18.2.23

A alimentação na Idade Média



A alimentação é parte central da vida, tanto por seu papel biológico para suprir as necessidades do corpo, quanto por sua função social, promovendo a união familiar, os ritos e o convívio entre os indivíduos de uma sociedade.

Na Idade Média a base da alimentação eram os cereais, especialmente o trigo, usado na fabricação de pães e mingau. Os melhores grãos eram destinados aos nobres; os camponeses serviam-se de uma mistura de cereais, os quais conferiam ao pão um aspecto escuro.

Padeiro assando pão. 


A carne era rara, mesmo entre os nobres. 
Açougue medieval.

Essa proteína era mais consumida em ocasiões especiais, como celebrações ou banquetes. 


Comiam carne de frango, porco etc. Os peixes eram parte importante da dieta, assim como os ovos. 

Nas cozinhas dos castelos as especiarias orientais, como gengibre e pimenta, temperavam os pratos e davam agradável sabor à comida. Até nas bebidas eram acrescentados os valiosos condimentos que vinham do Oriente.

Carnes de cervo ou javali eram apreciadas pelos nobres, uma vez que tais animais eram obtidos através da caça, uma das atividades esportivas comuns aos membros da nobreza. 

A caça, além de prática esportiva, era uma oportunidade para o nobre se exercitar na arte da guerra.

Banquete medieval, ocasião com muita comida, música e representações teatrais. Banquetes ocorriam para celebrar vitórias militares, casamentos e festas do calendário.

Entre os mais pobres, que formavam a maior parte da população europeia medieval, os cozidos foram muito consumidos. Vegetais, como repolho, espinafre, cenouras eram misturados com pedaços de carne de boi ou de carneiro em jarros de cerâmica. A sopa podia ser temperada com sálvia ou tomilho. Na ausência de talheres comia-se utilizando as mãos ou levando o prato à boca. 

No sul da Europa o vinho, feito de uva, romã ou amora, era diluído na água. Aqueles que não tinham acesso ao vinho, bebiam vinagre misturado com água.

Colheita das uvas e preparação do vinho.

A cerveja era bem mais escura e consumida fresca, pois desconhecia-se a técnica da levedura e a bebida estragava em poucos dias. 

  O casamento camponês (1568). Bruegel, O velho.

Ao norte do continente as principais frutas eram o morango, a pêra e a maçã. Ao sul encontravam-se laranjas e figos, além das uvas. Castanhas e amêndoas também compunham a dieta e acompanhavam as refeições, conferindo um sabor agridoce aos pratos.

Nos mosteiros medievais os monges fabricavam o queijo feito com leite de ovelha ou de cabra.

Na região de Roquefort, na França, a partir do século XI, o queijo passou a ser envelhecido nas cavernas, onde o contato com a umidade do ar fazia um fungo crescer e produzir um bolor esverdeado que concede o sabor picante ao alimento. Daí originou-se o famoso e mundialmente apreciado queijo Roquefor. 

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