Este período da História, iniciado no século XV por portugueses e espanhóis, é extremamente relevante para a compreensão das raízes da Globalização e da interconexão entre diferentes partes do globo terrestre.
Aqui começou a descoberta de novas terras, novas culturas, novas riquezas... Descobertas que promoveram choques culturais e massacres em nome de Deus e do Ouro. Os navegadores/descobridores eram grandes aventureiros, sedentos por glória, riquezas e poder. Eles desbravaram o Oceano Atlântico, que na época se chamava Mar Tenebroso, pois os europeus acreditavam que ele era habitado por monstros e além dele havia o abismo do fim do mundo. Com coragem, esforço e determinação todos podemos romper as fronteiras de nossos medos. Inspirem-se.
Mapa do Mundo Conhecido em 1482. Note que nele não consta a América.
Monstros marinhos atormentando os navios. séc. XV.
Imaginário europeu. No séculos XIV-XV os europeus acreditavam que monstros e demônios habitavam as terras desconhecidas (Ásia, África e América).
Vamos ao resumo da Expansão Marítima Ibérica.
Pioneirismo português
1385: D. João I assume o trono português e inicia a Dinastia de Avis.
O monarca centralizou o estado português, conseguiu o apoio da burguesia e da nobreza, fato que estabilizou o país, ao passo que fortaleceu seu poderio militar.
A partir de então foi iniciada a expansão pelo mar, via Oceano Atlântico, com o objetivo de conquistar mais terras, novos mercados e chegar ao Oriente, fonte das valiosas especiarias.
Portugal voltou-se para o Atlântico, especificamente para a costa africana, onde avançava para o Sul.
Em diversos pontos da costa da África, os portugueses fundaram feitorias (entreposto comercial e militar), que servia como um escritório português, que marcava a posse do local e servia de apoio para outros navios que por ali navegassem.
Feitoria portuguesa na costa africana, século XVI.
Alguns fatores que contribuíram para a expansão marítima de Portugal:
Posição Geográfica privilegiada com relação ao Oceano Atlântico;
Investimentos da Coroa e da burguesia mercantil (comercial);
Experiência náutica e conhecimento técnicos - fundação da Escola de Sagres, pelo infante D. Henrique (filho de D. João I). Estudos de cartografia, desenvolvimento de naus e caravelas, uso de instrumentos para calcular distância e orientar os navegadores.
A bússola e o astrolábio (a primeira uma invenção chinesa, o último criação dos gregos antigos), ambos apresentados aos europeus modernos pelos árabes, foram recursos fundamentais para os navegadores ibéricos.
A Carraca - embarcação com casco liso, que tinha velas quadradas e triangular (latina) - foi muito utilizada no século XV.
Conquistas das navegações portuguesas:
1415 -tomada de Ceuta, importante entreposto comercial no norte da África;
1420 -ocupação das ilhas da Madeira e Açores no Atlântico;
1434 -chegada ao Cabo Bojador;
1445 -chegada ao Cabo Verde;
1487 -Bartolomeu Dias e a transposição do Cabo das Tormentas;
1498 -Vasco da Gama atinge as Índias (Calicute);
1499 -viagem de Pedro Álvares Cabral ao Brasil.
Porto de Lisboa (século XVI) - o comércio marítimo enriquecia banqueiros e a burguesia, garantia impostos para a Coroa, terras para a nobreza e almas para a Igreja Católica.
Confira o Mapa abaixo, observe com muita atenção os trajetos dos portugueses durante sua expansão pelo mar.
Vídeo relacionado (animação muito legal do poema de Fernando Pessoa, chamado "Monstrengo"):
Daqui a pouco posto o resumo sobre a Expansão marítima dos espanhóis!
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