13.5.14

[RESUMO] Absolutismo e Mercantilismo

  • O desmantelamento do mundo feudal e a ascensão da burguesia, grupo social ligado ao comércio, proporcionaram o surgimento dos Estados Nacionais europeus. Os feudos foram unificados em reinos, os quais eram governados por reis.
  • Os Estados Modernos passaram a ter territórios e fronteiras definidos, as pessoas falavam um idioma em comum e houve a padronização de pesos, medidas e moedas. O governo desse Estado era centralizado na figura dos monarcas, e o poder político não se encontrava mais nas mãos dos senhores feudais.
  • Os reis adquiriram um poder quase ilimitado (monarquia absolutista), podendo legislar (criar leis e decretos), executar as leis e julgar os conflitos, além de ter sob seu comando um exército permanente e um aparelho burocrático que lhe auxiliava na administração do Estado e na coleta dos impostos.
  • Em algumas monarquias o poder dos Reis confundia-se com o próprio Estado, temos como maior exemplo do Absolutismo o governo de Luís XIV, o qual governou a França, entre 1643 a 1715. Ele afirmou: "O Estado sou eu".
Luís XIV. Hyacinthe Rigaud. (1701).
  • O Absolutismo “é um conceito histórico que se refere à forma de governo em que o poder é centralizado na figura do monarca, que o transmite hereditariamente. Esse sistema foi específico da Europa nos séculos XVI a XVII.” (SILVA, K. V.; SILVA M. H. Absolutismo. In: Dicionário de conceitos históricos. São Paulo: Contexto, 2005. p. 11).
  •  A transmissão do poder ocorria de forma hereditária, como dito acima, portanto o trono passava de pai para filho.
  • A formação dos Estados Nacionais europeus variou de um lugar para o outro.Os reinos de Portugal e Espanha surgiram, respectivamente, em 1385 e 1492, após as Guerras de Reconquista de territórios contra os muçulmanos. O reino da França só teve uma centralização após a Guerra dos Cem anos (1337-1453). A Inglaterra passou por um processo de centralização do poder no século XIII, mas nela o Rei tinha o seu poder limitado pelo Parlamento. O absolutismo inglês atingiria o ápice no século XVI, no governo de Henrique VIII.
  • Teoria do direito divino dos reis: Alguns monarcas eram legitimados pelo discurso religioso, o qual conferia-lhe um poder sagrado. 
  • Jaques Bossuet, foi um dos teóricos a defender que o Rei era escolhido por Deus para governar, logo não seria correto questionar suas ações, pois seu poder representava a vontade divina.

  • Outro importante intelectual que defendia a centralização política foi o italiano Nicolau Maquiavel. Em sua obra "O príncipe", publicada em 1513, Maquiavel defendeu que para o governante manter o seu poder e o seu Estado unido, seguro e livre de ameaças externas e internas, era necessário tomar medidas que, por vezes, não respeitavam a ética. 
  • Thomas Hobbes, filósofo inglês, viveu entre 1588 e 1679. Escreveu a obra "O Leviatã". Defendia a necessidade de um governo centralizador para evitar um estado de guerra (estado de natureza). Somente um governo forte seria capaz de manter a ordem e a paz social. 

  • A política econômica implementada pelas Monarquias absolutistas é chamada de Mercantilismo, cujas características básicas são:
  1. Metalismo: acúmulo de metais preciosos, especialmente ouro e prata;
  2. Protecionismo alfandegário: o governo criava taxas para dificultar a entrada de produtos estrangeiros no reino, para incentivar a indústria nacional;
  3. Balança comercial favorável: exportar mais e importar menos, garantindo maior quantidade de metais preciosos dentro do reino;
  4. Pacto colonial: as colônias dos reinos europeus só poderiam comercializar com suas metrópoles, por exemplo, o caso do Brasil era colônia de Portugal e só poderia negociar com os portugueses. 
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9 comentários:

  1. Rodolfo, o que fizeram os reis dos feudos fizeram depois dos mesmos serem unificados?

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  2. Os nobres perderam força política na Idade Moderna e com a formação dos Estados Nacionais, aqueles nobres mais importantes eram convidados a assumir cargos de comando do exército real. Eles recebiam títulos e honrarias militares, alguns também faziam parte da corte do rei, outros eram nomeados para ocupar ministérios e outras funções da administração e dos negócios do Estado.

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  3. Como era decidido quem se tornava o rei? alguém que não fosse da família real podia roubar o lugar do rei?

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  4. O rei era escolhido dentre um conjunto de nobres. Aquele cuja influência fosse maior sobre os demais, era indicado para assumir o comando do reino.
    As disputas pelo trono foram bem comuns. Cito o exemplo da França, no final do século XIV, após a morte do rei Carlos V houve uma guerra civil travada entre os partidários da família real Orléans e os que defendiam o Duque de Borgonha.

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  5. qual a relação do clero com as monarquias absolutistas ?

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    1. Olá Murilo,

      O Clero legitimava a posição do monarca, sacralizando a figura do rei. Alguns teólogos defendiam a ideia de que o Rei era o escolhido de Deus para governar.
      Em troca desse apoio, o Clero recebia benefícios reais, tais como a isenção de impostos e até alguns cargos na administração do Estado.

      Abraço,

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  6. Rodolfo, estudei por aqui.. ta bem mais fácil por esse resumo, espero que a prova esteja fácil, aliás você nem vai estar aqui para tirar nossas dúvidas ! Rs

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    1. Thaiany,

      Caprichei no resumo pra vocês! Tenho certeza que você vai se dar bem na prova, como sempre. Fique tranquila e continue com seu esforço e dedicação.
      Viajei para um congresso de educação em Belo Horizonte nessa semana, na seguinte tiramos as dúvidas.

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