A Guerra de Canudos (1896-1897)
. Ocorreu no interior da Bahia.
. Trata-se de um movimento messiânico. Um líder religioso - Antônio Conselheiro - guiava milhares de sertanejos pobres.
. Os coronéis, proprietários de terras, exploravam o trabalho dos camponeses, os quais viviam miseravelmente.
. Sob a liderança de Conselheiro os sertanejos fundaram o arraial de Belo Monte. Milhares se estabeleceram no local, apesar da seca e das difíceis condições geográficas.
. A elite da Bahia ficou incomodada com o crescimento do arraial de Canudos. Os jornais associavam Canudos à monarquia, portanto, contra a República.
. O exército destruiu o lugar após 4 expedições militares. Milhares foram mortos.
. Euclides da Cunha registrou o conflito na obra Os sertões, publicada em 1902.
A Guerra do Contestado (1912-1916)
. Esse conflito ocorreu em uma região disputada por dois estados, Santa Catarina e Paraná.
. Também é considerada um movimento messiânico. Seus líderes foram os monges José Maria e, depois, João Maria.
. Empresas estrangeiras interessadas na construção da ferrovia São Paulo-Porto Alegre provocaram a expulsão de camponeses que viviam na região do Contestado.
. José Maria liderou a formação de diversos povoados, chamados de "Monarquia Celeste", reunindo milhares de sertanejos.
. Assim como ocorreu em Canudos, as tropas do governo massacraram os camponeses.
Cangaço (1870-1940)
. Ocorreu por aproximadamente setenta anos no sertão do Nordeste.
. Caracterizava-se pela ação de bandos armados, os quais assaltavam armazéns, fazendas e cometiam diversos outros crimes.
. Os cangaceiros escondiam-se nos sertões, em regiões que dificultavam sua captura pelas forças policiais.
. O grupo mais famoso foi liderado por Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião.
. Devido às péssimas condições de vida e a falta de perspectiva, muitos homens optavam pelo cangaço.
. Lampião e a maior parte de seu bando foram mortos pela polícia no Sergipe, em 1938. O governo procurou usar este fato como exemplo para desestimular o surgimento de novos bandos armados.
Revolta da Vacina
. Ocorreu em 1904 no Rio de Janeiro, cidade que era a capital da República. A cidade passava por um processo de modernização com a derrubada de cortiços, expulsão dos pobres das áreas centrais e combate às doenças, como a peste, febre amarela e varíola.
. O diretor de Saúde Pública, o médico Oswaldo Cruz, propôs a vacinação obrigatória.
A medida ocorreu sem o consentimento da população e sem uma campanha informativa.
. A população se revoltou, virando bondes e atirando paus e pedras contra as forças policiais.
Um grupo que fazia oposição ao governo tentou tirar proveito da situação para tomar o poder, mas a iniciativa fracassou. Houve forte repressão das tropas do governo, dezenas morreram no conflito, muitos foram feridos, presos e deportados. A lei que exigia a vacinação obrigatória foi suspensa e a situação, enfim, pacificada.
Revolta da Chibata
. Em novembro de 1910, centenas de marujos se rebelaram e tomaram quatro navios de guerra, entre eles os encouraçados São Paulo e Minas Gerais.
. Os marinheiros exigiam o fim dos castigos físicos que eram aplicados aos acusados de indisciplina. Entre as reivindicações também estavam a melhoria da alimentação e aumento do salário.
. Oficiais foram presos e mortos pelos rebeldes e tiros foram disparados contra a capital - Rio de Janeiro.
. O marinheiro João Cândido, apelidado de Almirante Negro, era o líder do motim.
. No dia 26 de novembro os marujos concordaram em depor armas, após a aprovação da anistia por terem tomado os navios.
Os castigos físicos foram, enfim, abolidos. Contudo, o presidente da República Marechal Hermes da Fonseca baixou uma norma autorizando a Marinha a demitir os marinheiros indisciplindos.
. No dia 9 de dezembro de 1910, houve nova revolta dos marinheiros, os quais tomaram instalações da Marinha na Ilha das Cobras, que foi bombardeada pelo governo.
. No Congresso Nacional foi aprovado o estado de sítio, seguiu-se a prisão de centenas de marinheiros, alguns morreram na prisão outros foram executados ou deportados para o Acre. João Cândido foi preso, internado e expulso da Marinha. Morreu na pobreza, em 1969.
. Aqueles que tentaram resgatar e publicar a história da Revolta foram censurados durante o Estado Novo (1937-1945) e na Ditadura Militar (1964-1985). Só na década de 1980 que a Revolta da Chibata começou a aparecer nos livros didáticos.
Além de um ótimo professor, tem um site muito bom.
ResponderExcluirMuito obrigado. 💙 Você que é nota 💯!!!
ExcluirMuito bom resumo!
ResponderExcluirVocê é 💯!!
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