27.9.14

III CONGRESSO DE PRÁTICAS EDUCACIONAIS DA REDE PÚBLICA DE EDUCAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS: “NOVAS FORMAS DE ENSINAR E APRENDER”

Participamos, com muito orgulho e entusiasmo, do III Congresso de Práticas Educacionais, realizado pela MAGISTRA, em Caeté (MG), entre os dias 22 e 26 de setembro desse ano.

Nosso projeto, executado com os alunos do 7º ano do Ensino Fundamental da Escola Estadual Luiz Salgado Lima, foi escolhido por uma comissão da SRE-Leopoldina para ser apresentado no Congresso, onde estiveram reunidos centenas de professores e pesquisadores da área da Educação de todo o estado.
Comunicação feita no dia 23/09/2014.

Abaixo, postamos o material que apresentamos, por meio de uma comunicação oral, no dia 23 de setembro, para a apreciação do público:

19.9.14

Quando surgem as boas ideias

A ideia de criar um aplicativo era, para mim, inimaginável até algum tempo atrás.
Há pouco mais de um mês, durante um sábado letivo no CIEP 280, as alunas Juliana e Nívea da turma 902 me sugeriram que criasse um Aplicativo para o Blog.

Respondi que isso seria muito difícil e complicado, mas que iria pesquisar sobre o assunto.
Cheguei em casa e resolvi pesquisar, fiz uma busca no Google e descobri um site brasileiro que oferece a possibilidade de criar um aplicativo gratuitamente.

Efetuei meu cadastro no site, fui quebrando a cabeça e, após um final de semana, conclui a aplicação no dia 17/08 e a disponibilizei para ser baixada e instalada em celulares e smartphones.


Desde então divulguei a tecnologia para os meus alunos e o aplicativo já foi baixado, até o presente momento, 118 vezes!

Nosso aplicativo, chamado de Acrópole APP (ver imagem acima), mostra aos seus usuários os últimos conteúdos postados aqui no Blog e em nossa página no Facebook. Portanto, a partir de um celular ou smartphone, é possível, de maneira mais ágil e dinâmica, fazer pesquisas no Blog, navegar por seu conteúdo e visualizar as fontes históricas iconográficas e escritas que postamos aqui frequentemente e que são estudadas nas aulas.

Esperamos continuar nos aprimorando, buscando integrar as práticas de Ensino com as novas Tecnologias, visando sempre a melhoria da aprendizagem. Afinal, não podemos desconsiderar o grande potencial das tecnologias da informação no processo educacional contemporâneo.
Estamos apenas começando esse trabalho, crescendo e aprendendo com os nossos alunos, como aprendi com a Juliana e com a Nívea depois de ouvir suas preciosas ideias e sugestões.

Muito obrigado!


Tenha a História na palma de sua mão, clique aqui e baixe o Acrópole APP.

16.9.14

Visita à UNIPAC

Os alunos do primeiro ano, da turma do Turismo, visitaram hoje a UNIPAC.

Eles já estão de olho no futuro, e muitos pensam em prestar exames de vestibular depois de concluírem o Ensino Médio, por isso fomos conhecer a Universidade, acompanhados pela vicediretora Josiane Badaró e a especialista em educação, Maria de Lourdes R. Zangirolami. 

Após uma breve e descontraída caminhada matinal, o grupo chegou à Universidade, onde foi cordialmente recebido pela Diretora da instituição, a professora Gleides Góis.


A Diretora apresentou aos alunos e professores as dependências da Universidade, tais como a Biblioteca, Salas de Estudos e os laboratórios utilizados pelos acadêmicos dos cursos de Engenharia Ambiental e de Biomedicina. Os alunos também conheceram o Laboratório de Anatomia Humana, sendo acompanhados por uma acadêmica do Curso de Biomedicina.


Os alunos e os demais visitantes ficaram entusiasmados com a excelente estrutura e a organização oferecida pela UNIPAC.


Depois de conhecerem a Escola de Ensino Superior, todos se reuniram num amplo espaço de convivência e de confraternização, onde fizeram um piquenique. Após o lanche, o grupo retornou para Escola, satisfeito e motivado com essa rica experiência cultural.


Nós, da E. E. Luiz Salgado Lima, agradecemos à Diretora da UNIPAC por ter nos recebido com tanta atenção e carinho!

10.9.14

Preparando as malas...

Estamos nos preparando para representar a E. E. Luiz Salgado Lima, no III Congresso de Práticas Educacionais da MAGISTRA, em Caeté, na região metropolitana de Belo Horizonte, entre os dias 22 a 26 de setembro.

Nossa Escola teve dois projetos selecionados pela SRE-Leopoldina para serem apresentados no Congresso, que acontecerá no Tauá Resort Caeté.

Os projetos selecionados foram: 

"A gramática no texto: sequência didática para estudo do modo imperativo no texto injuntivo". (Professora Cristiane Gonçalves Tôso Pereira).

"Por mares nunca dantes navegados: jogo de tabuleiro e ensino da Expansão Marítima europeia no século XV" (Professor Rodolfo Alves Pereira).



  • Lista completa dos trabalhos selecionados no Centro de Referência Virtual (CRV) - clique aqui.


Estou muito orgulhoso e agradecido a Deus por receber essa oportunidade, pela segunda vez em 2014, e poder participar de mais um importante evento educacional do estado de Minas Gerais.

Confira o projeto de História, na íntegra, abaixo:


Leia mais sobre o trabalho clicando no link:

8.9.14

IDEB 2013 da E. E. Luiz Salgado Lima

A equipe da Escola Estadual Luiz Salgado Lima é incrível. O corpo docente é nota 10, e o pessoal do apoio faz um trabalho de excelência garantindo suporte aos professores.

O resultado de tanto esforço, dedicação e competência dos profissionais da escola repercute diretamente no ensino e garante mais qualidade na aprendizagem dos seus quase 700 alunos.

Os indicadores do IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) 2013, divulgados recentemente, comprovam o bom rendimento dos alunos da Escola nas avaliações externas aplicadas pelo governo federal. A escola pode não ser perfeita, mas tem suas virtudes que merecem ser reconhecidas e valorizadas!

Saiba mais sobre o IDEB (clique aqui).

Parabéns para todos, alunos, equipe gestora, pessoal de suporte e apoio e aos demais membros da comunidade escolar por fazerem a diferença!

Clique na imagem abaixo para ler a matéria no portal do Tribuna do Povo:

3.9.14

SAERJINHO [3º BIMESTRE]


Está se aproximando a prova do Saerjinho do 3º bimestre.

Que tal estudar mais um pouco e se preparar melhor para essa avaliação?

Clique nos links abaixo para relembrar os conteúdos trabalhados no bimestre. 

  • Matéria do 9º ano (Ensino Fundamental)


RESUMO DA ERA VARGAS

CONCEITOS DA ERA VARGAS

JOGO SOBRE A ERA VARGAS

SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

DESCOLONIZAÇÃO DA ÁFRICA E DA ÁSIA



  • Matéria do 1º ano (Ensino Médio)

ÁFRICA

INFLUÊNCIAS DA CULTURA AFRICANA

TIPOS DE ESCRAVOS NO BRASIL

EXPANSÃO MARÍTIMA

+ SOBRE A EXPANSÃO MARÍTIMA
Clique aqui, aqui e depois aqui.

CIVILIZAÇÕES PRÉ-COLOMBIANAS


Tenha uma ótima leitura e bom estudo para todos!

Civilizações pré-colombianas

Antes da chegada de Cristóvão Colombo à América, em 1492, o continente era habitado por povos com culturas muito distintas entre si. 

Os nativos americanos totalizavam cerca de 100 milhões de habitantes, distribuídos ao longo de todo o continente: América do Norte, Central e do Sul. Os historiadores denominaram essas civilizações de pré-colombianas.

Vamos conhecer, resumidamente, algumas delas.

Índios no Brasil

Em 1500 havia no Brasil, aproximadamente, 5 milhões de índios. Eles se dividiam em quatro grupos linguísticos: Tupi, Jê, Aruaque e Caraíba.

Os povos com os quais os portugueses tiveram maior contato, inicialmente, foram os da família linguística Tupi, como as nações Tupi e Tupinambá, por exemplo, as quais ocupavam a faixa litorânea do território brasileiro.

Embora as tribos indígenas apresentem muitas diferenças culturais, há algumas características comuns entre elas, como a prática da caça, da pesca, da coleta e da agricultura de subsistência de alimentos como o feijão, a abóbora e a mandioca.
Grupo indígena caçando. Rugendas, século XIX.
As tribos eram chefiadas por um líder - o cacique - que tomava as decisões com o apoio de um conselho comunitário. O pajé exercia a liderança religiosa, sendo um místico e também um curandeiro.

A religiosidade era muito importante para a cultura indígena. Eles cultuavam vários deuses (politeísmo). 
Alguns povos, como os Tupinambá, praticavam a antropofagia (canibalismo), devorando um inimigo morto, após ser capturado na guerra.    
Antropofagia. Theodore de Bry (1592).
A terra e os recursos naturais eram bens comuns, pertenciam a todos da aldeia. E cada indivíduo tinha uma atribuição, que eram distribuídas de acordo com o sexo. Mulheres cuidavam das crianças, plantavam e preparavam os alimentos. Os homens faziam a guerra, caçavam e realizavam a coivara (derrubada da mata e queima dos arbustos para limpar o terreno).

Astecas - México 

Habitavam a região do atual México. No século XIV, fundaram a capital de seu império, a cidade de Tenochtitlán, em uma ilha no lago Texcoco.
Vista da capital do Império Asteca.
Os astecas dominaram os povos vizinhos e os obrigavam a pagar tributos. A sociedade asteca era bastante hierarquizada, no topo estava o imperador, abaixo dele os nobres e os sacerdotes, seguidos por artesãos e camponeses e, por fim, os escravos.

A economia asteca era muito diversificada. Desenvolveram técnicas sofisticadas para cultivar alimentos, como as chinampas (ilhas artificiais de madeiras e folhagens cobertas com lama do fundo do lago). Cultivavam milho, tomate, cacau, dentre outros.

Eram hábeis artesãos, confeccionavam tecidos, objetos de ouro e prata.

Utilizavam as sementes de cacau como moeda de troca e faziam uma bebida bastante admirada pelos nobres e pelo imperador, a partir dessa fruta, chamada de chocoatl.


Eles foram grandes engenheiros, construíam grandes cidades, como a sua capital, templos, aquedutos e pirâmides, onde realizavam sacrifícios humanos para apaziguar a ira dos deuses. Sua religião era politeísta.

O império asteca chegou ao fim em 1521, após uma sangrenta luta onde acabaram derrotados pelos espanhóis. 

Incas - América do Sul

No século XIII, os Incas já dominavam um vasto território na América do Sul. Seu território englobava terras dos atuais Equador, Peru, Bolívia, Chile e Argentina.

Uma das cidades de maior importância no Império era Cuzco ("umbido do mundo", na língua quíchua). A partir dela que o imperador - o Sapa Inca, considerado o Deus Sol - administrava o seu império.

A sociedade Inca também era bastante hierarquizada e todos do Império deviam pagar tributos ao governante.

Na economia se destacava a agricultura. Cultivavam o milho, a batata, o algodão, o amendoim e etc. Plantavam em terraços agrícolas, semelhantes a degraus feitos nas montanhas.

Criavam lhamas e alpacas, que os auxiliavam no transporte de mercadorias, além de fornecerem leite, carne e lã.

Construíam cidades grandiosas, templos, estradas e pirâmides onde realizavam sacrifícios humanos. 
Machu Picchu (Cidade inca no Peru).
Os incas cultuavam vários deuses (politeísmo). O sol e a lua eram entidades divinas.
As pessoas falecidas que tinham importância social em vida, eram mumificadas.

Embora não tivessem escrita, os incas eram hábeis com cálculos. Usavam cordões coloridos e nós, o quipu, para registrar a produção de alimentos e a coleta de tributos. 

O Império foi conquistado pelos espanhóis em 1533.

Maias - América Central

Surgiram por volta de 1500 a. C. e ocuparam a região das atuais Guatemala, Honduras e sul do México.

Não tinham um império centralizado, eles se organizavam em cidades-estado, cada uma tinha sua autonomia política e administrativa.
Tikal - ruínas de cidade maia na Guatemala. 
A atividade econômica mais importante era a agricultura, com destaque para o cultivo do milho. 

Cobravam tributos dos artesãos e dos camponeses, os quais também eram obrigados a prestar serviços nas grandes obras.

Construíam templos, observatórios astronômicos e pirâmides e era muito comum a realização de sacrifícios humanos para agradar os seus deuses (politeísmo).

Os maias possuíam um sistema de escrita, feito através de uma combinação de símbolos, e um calendário tendo como referência o movimento da Terra ao redor do Sol e o movimento do planeta Vênus.

Por volta do ano 800, as cidades maias foram sendo abandonadas, devido às guerras com outros povos e à fome. A partir do século XV, os Maias ainda tiveram que enfrentar os espanhóis, e suas cidades acabaram sendo conquistadas ao final do século XVII.   
Contudo, a língua Maia ainda é falada até os dias de hoje por cerca de 7  milhões de pessoas que vivem na América Central.

Conclusão

Os povos indígenas da América, as civilizações pré-colombianas, eram bastante diversificadas sob o ponto de vista cultural, linguístico, religioso, político, social e econômico. 

A partir do século XV, após a chegada dos europeus à América, os povos indígenas foram explorados e submetidos pela ambição dos colonos. Muitos índios perderam seus territórios e acabaram sendo dizimados pelas guerras,  pela escravidão e pelas doenças trazidas pelos europeus.

Avaliação 

1. ENEM, 2022.


2.9.14

Descolonização da África e da Ásia

Desde a segunda metade do século XIX, a maior parte do continente africano estava sendo explorada pelas potências imperialistas europeias. O mesmo ocorria com as regiões da Ásia, como o Oriente Médio, a Índia e a China. Essa prática ficou conhecida como neocolonialismo.
Governantes europeus disputam um "pedaço" da China (Charge do século XIX).

Os países europeus se julgavam superiores aos africanos e asiáticos, do ponto de vista racial e cultural. Isso justificava sua presença nesses continentes, como uma missão "civilizadora".

Porém, as potências imperialistas estavam mais preocupadas em obter matérias-primas e mão de obra baratas e novos mercados consumidores de seus produtos industrializados.

Contudo, ao final da II Guerra Mundial, em 1945, muitos povos africanos e asiáticos iniciaram movimentos em prol de sua autonomia, isto é, pretendiam ficar independentes da interferência europeia.

Alguns desses movimentos resultaram em batalhas e guerras sangrentas entre as colônias e as metrópoles europeias, outros foram realizados por vias pacíficas. Vamos conhecer alguns exemplos:

Argélia (África)
Militares e civis da Argélia comemorando a independência em 1962.

Emancipou-se da França em 1962, depois de 8 anos de guerra contra as forças francesas.

Angola (África)
Soldados nacionalistas angolanos lutaram contra Portugal.
Conseguiu sua independência em 1974, após travar uma violenta guerra contra as tropas de sua metrópole - Portugal.

Líbano (Oriente Médio)
Tropas francesas na Síria e no Líbano (1920).
Em 1946, o Líbano conquistou a sua independência da França.  

Índia (Ásia)

Um dos líderes do movimento de independência da Índia foi Mahatma Gandhi. Ele pregava a resistência pacífica, por meio da desobediência às ordens de autoridades coloniais britânicas, protestos e boicotes aos produtos ingleses. Em 1947, os indianos conquistaram sua autonomia em relação à Inglaterra.

Após a independência desses países, os seus problemas não chegaram ao fim. A desigualdade social, a crise econômica e outras dificuldades provocaram inúmeros conflitos internos, que geraram guerras civis entre grupos étnicos diferentes residentes nos novos países.

Além disso, num contexto de Guerra Fria, foi comum a interferência dos E.U.A e da U.R.S.S na Ásia, na África e no Oriente Médio, já que as superpotências mundiais lutavam para aumentar sua zona de influência no Globo.

No Oriente Médio, numerosos conflitos ocorreram no século XX em virtude de disputas políticas, motivadas por interesses econômicos (terra e petróleo), além das diferenças culturais e religiosas. 
Civis caminham em meio a escombros na Faixa de Gaza. Conflito de agosto/2014.
Infelizmente, muitas disputas sangrentas continuam a ocorrer até os dias atuais, como as lutas entre palestinos e israelenses na Faixa de Gaza; ou na República Centro-Africana, onde grupos rebeldes enfrentam os soldados do governo nacional. Os confrontos provocam milhares de mortes, sobretudo de civis, crianças, mulheres, homens e idosos, enfim pessoas inocentes que sofrem com a ganância, o fanatismo e a ambição de alguns pelo poder. 

1.9.14

Escravidão no Brasil: diferentes formas de exploração do trabalho escravo

Entre os séculos XVI e XIX, a mão de obra predominante na economia brasileira foi a escrava. 
De acordo com o Historiador Jaime Pinsky, a escravidão "se caracteriza por sujeitar um homem ao outro, de forma completa: o escravo não é apenas propriedade do senhor, mas também sua vontade está sujeita à autoridade do dono e seu trabalho pode ser obtido até pela força." (PINSKY, 2000).


Dentre as principais atividades desempenhadas pelos escravos no Brasil no período colonial e imperial, temos:

Escravo rural


Trabalhavam nas fazendas, cultivando cana de açúcar, tabaco, café e outros gêneros agrícolas. Nelas os escravos suportavam uma jornada diária de até 18 horas de trabalho. A rotina no campo era extenuante, pois os cativos sofriam muitos castigos físicos, viviam em condições precárias e ficavam a mercê da autoridade de seus proprietários.

Escravo de ganho

Atuavam no comércio urbano, a mando de seus senhores ou de suas senhoras. 
"Eles vendiam doces, refrescos, frutas, aves e ovos, roupas, chaleiras, velas, estatuetas de santos, poções de amor. Ou atuavam nos demais ofícios, como barbeiros, ferreiros, quitandeiros, parteiras, doceiras, mascates, lixeiros, carregadores. Transportavam tudo nos ombros e nos braços, até pessoas - brancos brasileiros e estrangeiros acomodados em cadeirinhas almofadadas. O dinheiro acumulado na prestação desses serviços podia um dia comprar a carta de alforria. " (Fonte: Guia do Estudante, acesso em 27 ago. 2014).

Escravo de aluguel
Anúncio do jornal Diário de Minas (Janeiro de 1875).
Eram alugados por seu senhor a terceiros. Normalmente eram escravos especialistas em algum ofício, como sapateiros, carpinteiros e cozinheiros.
Como pode ser observado no anúncio acima, retirado de um jornal do século XIX, as empresas também procuravam escravos para alugar, tendo em vista que com a proibição do tráfico internacional de cativos a partir de 1850, era preciso buscar mão de obra internamente. Assim, foi comum os senhores de escravos alugarem seus cativos para particulares e até para órgãos governamentais, recebendo dinheiro por esta negociação.

Escravo das minas


Mineração. Litogravura de Rugendas. 1827.
Com a descoberta do ouro em Minas Gerais no século XVII, houve grande fluxo de migrantes para essa região. Eles buscavam riquezas e recorreram aos escravos africanos para explorar as minas. Havia o ouro de aluvião, encontrado entre o cascalho no leito dos rios e a aquele extraído do interior das montanhas. Nas minas era muito comum ocorrer desmoronamentos, os quais mataram muitos escravos. Eles também adoeciam e morriam por intoxicação devido aos gases exalados pelos metais. Todos esses riscos tornavam a expectativa de vida dos escravos mineiros muito baixa, atingindo em média 7 anos. (ESCHWEGE apud SOUZA. O preço do risco. Site: Revista de História).

Escravo urbano
Carregadores de água. Rugendas (século XIX).
Esse grupo de escravos concentrava-se nas cidades do Brasil Colônia e Império. Nelas eles se dedicavam a diversas atividades profissionais, como o serviço doméstico, fazendo mandados e outros serviços para seus senhores.

Os escravos das cidades viviam em condições um pouco melhores dos escravos do campo. Sua rotina era menos árdua, comiam melhor, tinham algumas regalias e mais facilidade para obter sua alforria (liberdade).  


Mas a vida do escravo das cidades brasileiras não era nenhum "mar de rosas". Eles passavam por dificuldades e humilhações, como por exemplo ocorria com os tigreiros. Os “tigres”, escravos que na calada da noite transportavam barris com fezes e urina para jogá-los em praias e valas. Quando o nauseabundo carregamento transbordava, escorria pelos seus corpos formando listras que justificavam o apelido". (Fonte: Revista de História. Acesso em 27 ago. 2014).
 

Conclusão

Desde o início da colonização do Brasil o trabalho escravo foi uma constante em nossa História.
O trabalho compulsório foi imposto aos índios e aos povos africanos trazidos para cá. Essa forma de exploração humana iniciada por volta de 1530 só foi abolida em 1888, portanto durou mais de 350 anos.
O passado escravocrata deixou marcas em nossa sociedade, que são perceptíveis até os dias atuais, em manifestações de racismo, na desigualdade social, na exploração do trabalho e através de outros tipos de preconceitos relacionados aos índios e aos afroamericanos.

Qualquer tipo de exploração do trabalho é crime e, como tal, deve ser denunciado às autoridades, pois a escravidão fere o direito sagrado de todo indivíduo que é a Liberdade.

De olho no ENEM

Questão do ENEM - 2017 sobre escravidão doméstica