Entre os séculos XVI e XIX, a mão de obra predominante na economia brasileira foi a escrava.
De acordo com o Historiador Jaime Pinsky, a escravidão "se caracteriza por sujeitar um homem ao outro, de forma completa: o escravo não é apenas propriedade do senhor, mas também sua vontade está sujeita à autoridade do dono e seu trabalho pode ser obtido até pela força." (PINSKY, 2000).
Dentre as principais atividades desempenhadas pelos escravos no Brasil no período colonial e imperial, temos:
De acordo com o Historiador Jaime Pinsky, a escravidão "se caracteriza por sujeitar um homem ao outro, de forma completa: o escravo não é apenas propriedade do senhor, mas também sua vontade está sujeita à autoridade do dono e seu trabalho pode ser obtido até pela força." (PINSKY, 2000).
Dentre as principais atividades desempenhadas pelos escravos no Brasil no período colonial e imperial, temos:
Escravo rural
Trabalhavam nas fazendas, cultivando cana de açúcar, tabaco, café e outros gêneros agrícolas. Nelas os escravos suportavam uma jornada diária de até 18 horas de trabalho. A rotina no campo era extenuante, pois os cativos sofriam muitos castigos físicos, viviam em condições precárias e ficavam a mercê da autoridade de seus proprietários.
Escravo de ganho
Atuavam no comércio urbano, a mando de seus senhores ou de suas senhoras.
Atuavam no comércio urbano, a mando de seus senhores ou de suas senhoras.
"Eles vendiam doces, refrescos, frutas, aves e ovos, roupas, chaleiras, velas, estatuetas de santos, poções de amor. Ou atuavam nos demais ofícios, como barbeiros, ferreiros, quitandeiros, parteiras, doceiras, mascates, lixeiros, carregadores. Transportavam tudo nos ombros e nos braços, até pessoas - brancos brasileiros e estrangeiros acomodados em cadeirinhas almofadadas. O dinheiro acumulado na prestação desses serviços podia um dia comprar a carta de alforria. " (Fonte: Guia do Estudante, acesso em 27 ago. 2014).
Escravo de aluguel
Anúncio do jornal Diário de Minas (Janeiro de 1875). |
Como pode ser observado no anúncio acima, retirado de um jornal do século XIX, as empresas também procuravam escravos para alugar, tendo em vista que com a proibição do tráfico internacional de cativos a partir de 1850, era preciso buscar mão de obra internamente. Assim, foi comum os senhores de escravos alugarem seus cativos para particulares e até para órgãos governamentais, recebendo dinheiro por esta negociação.
Escravo das minas
Mineração. Litogravura de Rugendas. 1827. |
Escravo urbano
Carregadores de água. Rugendas (século XIX). |
Os escravos das cidades viviam em condições um pouco melhores dos escravos do campo. Sua rotina era menos árdua, comiam melhor, tinham algumas regalias e mais facilidade para obter sua alforria (liberdade).
Mas a vida do escravo das cidades brasileiras não era nenhum "mar de rosas". Eles passavam por dificuldades e humilhações, como por exemplo ocorria com os tigreiros. Os “tigres”, escravos que na calada da noite transportavam barris com fezes e urina para jogá-los em praias e valas. Quando o nauseabundo carregamento transbordava, escorria pelos seus corpos formando listras que justificavam o apelido". (Fonte: Revista de História. Acesso em 27 ago. 2014).
Conclusão
Desde o início da colonização do Brasil o trabalho escravo foi uma constante em nossa História.
O trabalho compulsório foi imposto aos índios e aos povos africanos trazidos para cá. Essa forma de exploração humana iniciada por volta de 1530 só foi abolida em 1888, portanto durou mais de 350 anos.
O passado escravocrata deixou marcas em nossa sociedade, que são perceptíveis até os dias atuais, em manifestações de racismo, na desigualdade social, na exploração do trabalho e através de outros tipos de preconceitos relacionados aos índios e aos afroamericanos.
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