26.12.14

Dilema indígena no Brasil contemporâneo: um olho no passado outro no futuro

Em Brasília (DF), no dia 16 de dezembro de 2014, tive um encontro surpreendente com representantes indígenas das seguintes nações: Terena (Mato Grosso do Sul), Krikati (Maranhão) e Xavante (Mato Grosso).

Estávamos hospedados no mesmo hotel e me aproximei deles para tentar conversar, conhecê-los e saber onde moravam e como viviam. Como estou fazendo a Pós-graduação em Cultura e História indígena da Universidade Federal de Juiz de Fora, não podia deixar passar esta oportunidade de dialogar com os índios e ouvir o que eles tinham a dizer sobre a situação atual de seu povo.


João Nonoy Krikati, Eu, Cacique Valcélio Terena e Januário Teresarol Xavante. (Esquerda para direita) Saguão do Hotel Saint Peter, em Brasília - DF.

Durante o café da manhã, pude conhecê-los um pouco mais e conversamos sobre a questão fundiária e as dificuldades que os povos indígenas enfrentam para ter o seu direito reconhecido sobre as terras que seus ancestrais ocupavam antes da chegada dos colonos europeus no Brasil, no século XV. A esse respeito, eles se mostraram bastante preocupados com a discussão da PEC 215, a qual pode trazer um recrudescimento dos direitos indígenas em relação à terra.

Hoje, eles vivem em reservas, algumas demarcadas, outras em processo de demarcação. Relataram que são atendidos por missionários, os quais até os dias atuais tentam convertê-los ao cristianismo. Nas aldeias, há escolas indígenas e até índios que cursam o Ensino Superior, caso de João Nonoy, bacharel em Direito. Eles se vestem como nós, possuem redes sociais e utilizam celulares de última geração.

Engana-se quem acredita que só porque os índios utilizam roupas e tecnologias do "homem branco" deixaram de ser índios. 

"Ao se apropriar das novas mídias e colocá-las a serviço de seus interesses, os povos indígenas dão um grande passo. Preservar essas informações [sua cultura] na internet, por exemplo, pode ser importante. Mas eles sabem que o desafio maior continua sendo manter suas culturas vivas e em transformação no interior de suas próprias comunidades." (História e cultura dos povos indígenas no Brasil. São Paulo: Barsa Planeta. 2009.  p. 129.)

Portanto, em suas aldeias, eles tentam preservar seus costumes, alguns ainda cultuam suas divindades, realizam seus ritos tradicionais e lutam para manter viva sua língua pátria, que é diferente do português, a língua oficial do Brasil. 

Não é só porque são índios eles são obrigados a viver na mata, como viviam seus antepassados. É possível manter sua cultura e seus costumes e mesmo assim usar jeans, acessar a internet por um smartphone ou assistir TV a cabo. Aliás, as tecnologias são ferramentas que auxiliam os índios a se mobilizarem para reivindicar seus direitos e divulgar suas estórias e visão de mundo.
O que faz  desses indivíduos índios é o seu sangue, sua ascendência, o reconhecimento próprio e social de sua identidade.

A cultura, que marca essa identidade, é plural e maleável, ela está sempre mudando, se adaptando e, com o passar do tempo e com a interação entre diferentes povos, incorpora novos elementos ao seu conjunto de valores. 
Nesse sentido, "... esses povos e suas culturas não são entidades fechadas e estáticas; na verdade, estão em constante transformação. Saber até que ponto e em que medida vão incorporar à sua cultura os idiomas, os recursos, os traços e os costumes não indígenas é uma decisão que diz respeito a cada povo..." (op cit. p. 137).

Apesar dessa metamorfose cultural, o índio continua sendo índio, numericamente inexpressivo no total da população brasileira atual (0,2% da população do país). Embora sejam minoria, as mais de 232 etnias indígenas que vivem espalhadas pelo território nacional merecem todo cuidado, amparo e o nosso respeito, pois a identidade cultural brasileira, historicamente, deve muito à cultura dos primeiros nativos desta terra.

21.12.14

Dicas da TV Escola [59] Observatórios




Vídeo curtinho da TV Escola mostrando alguns observatórios astronômicos espalhados pelo Mundo. 
Desde a Antiguidade até os dias atuais observar os astros e acompanhar os seus movimentos tem sido uma atividade importante nas culturas de diversas sociedades em diferentes períodos históricos.

Vale a pena conferir!

Final do Prêmio VivaLeitura 2014 é destaque no Portal do MinC

O Portal on-line do Ministério da Cultura (MinC) destacou a premiação dos finalistas do Prêmio VivaLeitura 2014,  em cerimônia ocorrida no Salão Nobre do Congresso Nacional (Brasília-DF), no dia 16 de dezembro de 2014.

Participei do Prêmio na Categoria 2 - Escolas públicas e privadas, a qual recebeu o maior número de projetos inscritos, segundo informação das organizadoras. 
Finalistas do Prêmio posam com seus troféus e autoridades presentes.
Meu trabalho "O celular como ferramenta de leitura e de aprendizagem" (veja mais sobre o projeto nos slides abaixo) ficou entre os 5 finalistas. Não ganhei o prêmio em dinheiro, mas recebi a honra de estar na final e de ter participado de um momento tão solene e importante para a minha carreira.



Quero agradecer mais uma vez aos meus alunos, especialmente os estudantes do 9º ano da E. E. Luiz Salgado Lima, que participaram diretamente deste trabalho. Agradeço também aos meus companheiros de escola, os quais me incentivam e me estimulam a melhorar sempre. Sou muito grato à minha esposa e à minha família e, principalmente, a Deus por ter me presenteado com essa vitória, a Ele eu rendo toda a Glória!

Clique sobre a imagem abaixo para conferir a notícia no site do MinC:


11.12.14

9.12.14

Estamos na Final!

Nosso projeto foi selecionado para a grande final do Prêmio VivaLeitura 2014!









Clique na imagem abaixo para conferir o resultado:


Agradecemos a Deus e aos nossos familiares, amigos e alunos por terem nos proporcionado essa grande oportunidade.

A cerimônia de premiação ocorrerá no Salão Nobre do Congresso Nacional, em Brasília (DF), no dia 16 de dezembro.

Obrigado!



8.12.14

Natal: tempo de reflexão

O Natal se aproxima e depois dele uma nova etapa começa em nossas vidas com a chegada de 2015.


Fazemos votos de paz, de amor, de mudanças, criamos expectativas e traçamos metas. Mas o que realmente aprendemos com o natal e o quanto desse aprendizado praticamos em nosso dia a dia?

Nesses momentos festivos tão especiais para a humanidade, sobretudo para os cristãos, devemos parar um pouco - esquecer dos presentes e dos banquetes - e refletir sobre a importância do Natal e do nascimento de Jesus Cristo.

Devemos elevar nossas mente e espírito e guardar os preciosos ensinamentos que estão gravados nas Escrituras Sagradas. O Mestre ensina:


Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento. (Mateus 22:37)
Amarás o teu próximo como a ti mesmo. (Mateus 22:39)

Seguimos as leis de Deus? Ou estamos aqui apenas de passagem, numa vida de individualismo, de futilidades e de busca de riquezas, que corrompem os homens e nos afastam do que é mais importante - do difícil caminho da retidão.

Ficam essa breve reflexão e nossos votos de saúde, prosperidade e fé para você, aluno, colegas de trabalho e demais visitantes do Blog!

Obrigado por seu carinho e sua atenção.


O Blog e o APP incentivando a leitura e a produção de textos pelos alunos

Os alunos da turma 9º ano, da E. E. Luiz Salgado Lima, estão adorando ler os textos publicados no Blog usando o celular.

Estamos aprimorando essa prática pedagógica, pois o uso das Tecnologias da Informação (TI) é fundamental na forma de ensinar e de aprender. Aliás, o uso do celular no ensino é apoiado pelo UNESCO e defendido por educadores, como o italiano Pier Cesare Rivoltella . Ele argumenta que os "...celulares deixaram de ser apenas ferramentas de recepção. Hoje, são também de produção. Uma criança pode tirar fotos ou fazer vídeos com um celular e publicá-los na internet. Qualquer um pode editar e produzir conteúdo". (Revista Nova Escola).

Portanto, achamos ser um equívoco menosprezar o potencial e o bom uso dos celulares na sala de aula. (Ver mais sobre o uso de celular nas práticas de ensino no post "

O celular na sala de aula").


Pelo aparelho telefônico eles baixam o aplicativo - Acrópole APP - e conseguem ter acesso ao conteúdo que postamos no blog.


O APP facilita o acesso aos textos do Blog e permite uma leitura dinâmica aos alunos.

Após uma aula expositiva sobre o Governo de JK (1955-1960), solicitamos a eles que produzissem um texto e que buscassem auxílio e apoio nos conteúdos digitais no Blog e no APP (conteúdo postado no blog e no app), além do texto base do livro didático.


A aula foi um sucesso! Todos se empenharam na atividade e olha só o que eles escreveram sobre esse importante período da História republicana brasileira, que foi a Era JK:

Texto do aluno P. Segio

"O presidente Juscelino Kubitscheck incentivou a vinda de empresas multinacionais para o Brasil, além de permitir a entrada de capital estrangeiro no país para fazer novos investimentos. Com isso, a produção industrial brasileira, cresceu cerca de 80 % entre 1956 e 1961. Esse foi um aspecto positivo do governo do presidente JK.

Mas esse crescimento era desigual, aumentava as desigualdades sociais e regionais, houve aumento da dívida externa e a inflação elevou o custo de vida. Assim, nem toda a população brasileira desfrutava dos "anos dourados" da Era JK."


Texto da aluna Vanessa V. D.

"Juscelino Kubitschek assumiu o poder no dia 31 de janeiro de 1956, ficando no poder até 1961. Seu plano era desenvolver o Brasil "50 anos em 5". Com essa finalidade investiu em áreas prioritárias para o desenvolvimento e abriu a economia brasileira ao capital externo.

Um dos grandes feitos de seu governo foi a construção de Brasília, na região centro-oeste, que naquela época era pouco povoada. A obra gigantesca mobilizou muita gente e muitos recursos, que foram conseguidos com os bancos estrangeiros. Isso endividou o Brasil e a economia começava a dar sinais de crise, pois nem todos os brasileiros usufruíam da política desenvolvimentista de JK."

Texto da aluna Ingrid de O. V.

"O lema era crescer "50 anos em 5". JK permitiu a entrada de capitais e investimentos estrangeiros no país, ao contrário de Getúlio Vargas, que pretendia nacionalizar a economia e tinha restrições ao capital estrangeiro.

No governo de JK destaco como aspectos positivos a construção de rodovias, hidrelétricas e a capital Brasília. A produção industrial brasileira cresceu aproximadamente 80%, principalmente os setores de eletrodomésticos e automobilístico.

Porém, só uma parcela da população usufruía desse crescimento. A política econômica adotada por JK acabou provocando mais desigualdades entre as regiões do país e o aumento da inflação prejudicou as classes mais pobres."


Podemos perceber que a turma está com a argumentação em dia. Quanto mais a gente lê, mais aprendemos, nos apropriamos de outras ideias, elaboramos novas concepções, conseguimos sustentar teses e pontos de vistas com segurança, tendo bons textos como referências.

O caminho do aprendizado em História é esse: muita leitura, pesquisa e produção.

Parabéns, turma!

Calendário de pagamento da SEEDUC 2015

Saiu a tabela com as datas de pagamento dos servidores da SEEDUC em 2015, no jornal Extra on-line.

Confira as datas para ir se planejando para o ano novo.



*Atualizado em 30 de dezembro de 2014.

6.12.14

Missão: colonização

Os alunos do 7º ano estão estudando a colonização do Brasil, levada a cabo pelos portugueses no início do século XV.

Nesse estudo, optamos pela estratégia didática tradicional: aula expositiva e dialogada + textos e atividades do livro didático.

Depois disso, partimos para o trabalho em grupo com o objetivo de confeccionar um Jogo de Tabuleiro sobre a Colonização. Esse foi o terceiro jogo que fizemos nesse ano e esse método de ensino, além de ter um caráter lúdico, tem dado bons resultados. Além disso, os jogos de tabuleiro, historicamente, fazem parte do lazer das sociedades humanas há pelo menos 7 mil anos, quando as primeiras partidas começaram a ser disputadas na Mesopotâmia e no Egito Antigo.

A turma 8 caprichou mais desta vez. No jogo que construíram, os jogadores tinham que escolher entre duas classes de personagens: Colono (esse quer riquezas e escravizar os índios) ou Missionário (um jesuíta interessado em catequizar as tribos indígenas).

A trilha percorre toda a costa brasileira e por ela havia obstáculos, perguntas, bônus e as tribos que deveriam ser colonizadas ou catequizadas em uma disputa de dados (como num jogo de RPG). 

O mapa do Brasil do tabuleiro foi ilustrado tendo como referência um documento histórico do livro didático - o mapa "Terra Brasilis", desenhado em 1519 pelo cartógrafo Lopo Homem.
A imagem apresenta os índios cortando árvores de pau brasil, pássaros, plantas e animais considerados exóticos pelos europeus. Nas praias nota-se a chegada dos navios portugueses, os quais começavam a tomar conta do litoral.

Confira o trabalho nas fotos abaixo:











  Parabéns, turma!

5.12.14

Relato de viagem

No dia 4 de dezembro de 2014, eu e meus colegas do CIEP 280, acompanhados pelos professores Rodolfo, Andrea e Magda, fizemos uma viagem até Petrópolis, como premiação pelo bom desempenho dos alunos no Saerjinho do 3º bimestre.

Primeiro, fomos à Catedral de São Pedro de Alcântara, que com seu estilo gótico encantou a todos. 

Logo em seguida, partimos para o Museu Imperial, onde fomos guiados por um passeio à História do Império no Brasil. Lá conhecemos um pouco da cultura e do modo de vida da elite imperial no século XIX.

Tiramos muitas fotos tendo como paisagem um imenso e lindo jardim que antecede o palacete do Museu.

Depois disso, visitamos a casa de Santos Dumont - a Encantada. Nela assistimos a um pequeno filme sobre sua vida e suas grandes realizações.

O último destino do grupo foi a rua Teresa, onde fizemos compras.

Na viagem de volta nos divertimos contando estórias ocorridas na escola.

Enfim, o passeio foi incrível.


Texto de Juliana Rabelo Menezes (Turma 2001)

3.12.14

Vamos a Petrópolis?

Amanhã, dia 04 de dezembro, os alunos e alunas do CIEP 280 que obtiveram rendimento igual ou superior a 80% no SAERJINHO do 3º bimestre receberão um presente.
Em destaque nossa rota de viagem para amanhã!

Eles irão viajar para Petrópolis e conhecer um dos pontos turísticos mais procurados da Região Serrana do Rio de Janeiro.

Iremos começar nosso passeio agora, conhecendo um pouquinho desta linda cidade. Então aperte logo o seu cinto de segurança e vamos lá!


Petrópolis (seu nome vem da junção da palavra em latim Petrus (Pedro) com a em grego Pólis (cidade), ficando "Cidade de Pedro") foi fundada no período Imperial. D. Pedro II assinou um decreto em 1843 permitindo o arrendamento das terras chamadas Córrego Seco, que ele herdou de seu pai.


Nessas terras foram iniciados os trabalhos para construir a cidade imperial, onde sua Majestade, a exemplo do que faziam os outros monarcas europeus, poderia viajar nos dias de verão e fugir do calor da capital do Império - Rio de Janeiro.

A partir da segunda metade do século XIX, Petrópolis recebeu centenas de imigrantes - alemães, franceses, portugueses, dentre outros. Em 1857, já tinha status de cidade e não parou mais de crescer.

A cidade atualmente tem 171 anos e uma população de mais de 295 mil habitantes. A economia da cidade imperial é baseada no Turismo Cultural e Histórico, além de se destacar no comércio, fabricação de chocolates e roupas.

Brasão da cidade.


Agora que já conhecemos um pouquinho da História de Petrópolis, vamos visitar, virtualmente, alguns dos principais atrativos turísticos da cidade. Siga-nos.

  • Palácio de Cristal: Inaugurado em 1884, sob incentivo do Conde D'Eu, o Palácio de Cristal abriga hoje eventos culturais de Petrópolis.

  • Catedral de São Pedro de Alcântara: Construção iniciada em 1884 e concluída apenas no final da década de 1960, tem estilo neogótico francês. As portas principais pesam mais de 2 toneladas. No seu interior encontra-se o Mausoléu onde estão os restos mortais da Família Imperial. 

  • Museu imperial: Era a antiga residência da família real. O Museu Imperial, em Petrópolis, guarda preciosidades como a pena que assinou a Lei Áurea, dentre outros objetos relacionados à Monarquia e às Artes. Transformado em Museu no ano de 1940 pelo presidente Getúlio Vargas e inaugurado em 1943.

  • Casa de Santos Dumont: Na "Encantada", os visitantes podem apreciar objetos pessoais do inventor e a arquitetura única de sua obra. O mineiro Santos Dumont adquiriu fama mundial na primeira década do século XX por ser um dos pioneiros na aviação.


  • Palácio Quitandinha: Construído nos anos 1940, o Palácio Quitandinha foi cassino e hotel de grande luxo, recebendo visitas de personalidades como Orson Welles, Henry Fonda e Greta Garbo. Hoje, é um centro de cultura e lazer.

  • Parque Nacional da Serra dos Órgãos: Com suas paisagens fantásticas, o Parque Nacional da Serra dos Órgãos é um dos mais belos atrativos da região de Petrópolis. Ele é uma grande opção de ecoturismo para quem visita a cidade.

  • Rua Teresa: Para quem gosta de fazer comprinhas aqui é o lugar ideal. Essa rua leva o nome da esposa de D. Pedro II. Nela você encontra de tudo, com destaque para roupas.

  • Gastronomia: Depois de todo esse passeio e das compras, bateu aquela fome, né... (rsrs). Não se preocupe, a Cidade Imperial é um polo gastronômico com inúmeros restaurantes e lanchonetes com sabores e valores para todos os bolsos. Peça o menu e aproveite (lista de restaurantes).

  • Hotel: Se quiser voltar para passar um fim de semana, clique aqui e confira uma lista de hotéis e pousadas no centro e arredores da cidade.

Fim da viagem!

29.11.14

Um imposto devido ao imperador

O nome do tributo é laudêmio, ele é cobrado sobre negociações de compra e venda de imóveis em certas cidades do Brasil.
Em alguns municípios, essa taxa é destinada aos cofres da União ou da Igreja Católica.

No caso deste post, iremos falar sobre o laudêmio ou a "taxa do príncipe", a qual é cobrada sobre as transações imobiliárias no centro de Petrópolis.

Breve histórico da cidade

A origem de Petrópolis (seu nome vem da junção da palavra em latim Petrus (Pedro) com a em grego Pólis (cidade), ficando "Cidade de Pedro"), deve-se a D. Pedro I, que comprou uma fazenda na região Serrana, onde pretendia construir um Palácio de Verão, para desfrutar do clima ameno e das belezas naturais da região serrana.

Após sua morte, as terras foram herdadas por seu filho, D. Pedro II, o qual assinou, em 1843, um decreto fundando a "Povoação-Palácio de Petrópolis”
O antigo palácio de verão de D. Pedro II hoje é o Museu Imperial, com vasto acervo artístico e histórico.

A partir do decreto, engenheiros, incluindo estrangeiros, como o Major Köeler ficaram responsáveis pela realização do projeto de construção da cidade imperial.

Com o desenvolvimento do povoado, vários imigrantes vieram para Petrópolis, que adquiriu o status de cidade em 1857, dentre eles alemães, franceses, portugueses, italianos etc.

Nos dias de hoje, Petrópolis é uma cidade turística do estado do Rio de Janeiro, com inúmeros atrativos históricos, culturais, gastronômicos e belezas naturais.


Palácio da Quitandinha, construído em 1944.
Um imposto devido à família imperial

Apesar de nossa forma de governo ser uma República, desde 1889, Petrópolis ainda respira ares imperiais. Até hoje um cidadão que deseja comprar ou vender um imóvel no centro da cidade, deve pagar o laudêmio (taxa de 2,5% sobre negociações de imóveis) para os descendentes da família imperial.


Engana-se quem pensa que o percentual é pouco. "No ano passado, segundo um representante dos herdeiros, as receitas provenientes do laudêmio totalizaram R$ 4 milhões, divididos entre cerca de dez integrantes da antiga família real." (BBC Brasil).

Recentemente, um vereador da cidade imperial apresentou um projeto para acabar com o imposto do príncipe.

Os defensores do fim da taxa alegam que sua existência eleva os preços dos imóveis e repele investimentos na cidade.

Os descendentes da família imperial argumentam que a taxa é legítima, pois o centro da cidade foi construído em terreno do Imperador Pedro II, que permitia a ocupação da terra. Mas caso ela fosse trocada de mãos uma taxa deveria ser paga à família real.

O que será que a população de Petrópolis pensa a respeito do imposto. Será que são a favor da taxa ou querem que ela seja extinguida?

Vamos fazer uma enquete para saber a opinião dos internautas a respeito do tema. E não deixe de assistir à reportagem desta polêmica abaixo, pois o seu conteúdo é bastante interessante.


22.11.14

Agradecimento!


Atingimos uma grande meta! Mais de 1000 pessoas curtiram nossa Fanpage e estão recebendo informações sobre História, Educação e o trabalho que realizamos nas escolas em Minas Gerais e no Rio de Janeiro.


Obrigado, de coração, a todos os alunos, pais de alunos, amigos e professores que ajudam a divulgar nossas ideias. Foi tanto apoio que recebemos que fica difícil citar nomes e cometer uma injustiça, deixando alguém de fora.

Obrigado a todos vocês!

O Trabalho continua e a meta agora é 2000 curtidas (rsrs).

Um grande abraço a todos.

Professor Rodolfo Alves Pereira


P.S. Se você ainda não curtiu, não perca tempo. Clique sobre a imagem das 1000 curtidas e venha logo estudar com a gente!

21.11.14

Tribuna do Povo

Nossa coluna no portal do Tribuna do Povo foi atualizada!

Clique na imagem abaixo para ler o nosso texto e descubra como nasceu uma ideia chamada República!


Fiquem a vontade para comentar, curtir e compartilhar.

Boa leitura para todos!

[RESENHA] Estou lendo...


Roma S.A. - Ascensão e queda da primeira corporação multinacional (Rio de Janeiro, Rocco. 2008) é um livro escrito pelo norte-americano Stanley Bing, um homem de negócios e consultor em multinacionais.

Nesta obra, ele compara a prática das grandes empresas contemporâneas aos feitos do Mundo romano Antigo, desde a fundação da cidade, em 753 a. C., passando pela República (509 a. C. a 27 a. C.) indo até o Império e sua derrocada no ano 476.

O autor identifica semelhanças entre erros e acertos cometidos por Roma Antiga e as potências empresarias da atualidade, como a Microsoft e a Apple. Cita as habilidades de liderança e executivas quer eram necessárias para os Imperadores romanos e para os CEOs das grandes companhias contemporâneas, como Bill Gates ou Steve Jobs.
César (100 a 44 a. C.); Steve Jobs (1955 a 2011) e Bill Gates (1955). O que eles possuem em comum? Foram, o último ainda é, líderes de corporações multinacionais!
Além de analisar os líderes - idealizadores e projetistas de coisas grandiosas -, Bing apresenta o nível classificado como gerência média. Esse cargo é ocupado por aqueles que são os responsáveis pela execução dos projetos elaborados pelos CEOs, Reis ou Imperadores. A gerência média é que concretiza os ideais, são os engenheiros, os oficiais do exército, os comerciantes, os construtores de pontes e estradas, enfim são essas pessoas que realizam os planos traçados pelos seus chefes.

O texto tem uma excelente tradução, a narrativa é prazerosa, embora a análise social e histórica seja superficial. O autor, como o bom americano que é, ignora a luta de classes, se esquece de mencionar quantos milhões - de plebeus, escravos e bárbaros - estavam vivendo à margem ou sendo explorados pelo mundo romano que ele exalta ao longo do livro.

Um dos temas mais apreciados na obra são as constantes conspirações envolvendo a cúpula do governo romano - o senado, os cônsules, os generais mais famosos e os imperadores. Nesse imbróglio, alguém sempre acaba sendo esfaqueado ou traído, para que outrem possa obter mais poder e glórias para Roma.

Stanley Bing acerta em cheio, na conclusão, quando diz que apesar da destruição da "multinacional" Roma pelos povos germânicos, no século V, a empresa não acabou ali. Ela soube se reinventar e deu continuidade ao seu legado, fundindo-se à uma força emergente - o cristianismo.

"Quando aquele conceito de corporação ficou velho [imperialismo romano], impraticável e perigoso demais para ser divertido, ela se transformou pela última vez no enorme edifício financeiro e religioso que hoje cuida de 1,1 bilhão de almas..." (p. 167). Grifos nossos.

Então, Roma vive algumas de suas práticas e costumes - como a ideia de expandir suas fronteiras além de seus limites territoriais - subsiste até os dias de hoje na Igreja Católica Romana.

Enfim, leitura recomendada, pois o texto é bom e inspirador, principalmente para aqueles que gostam de conhecer um pouco mais sobre a vida na Antiguidade e se interessam pela administração de reinos, impérios e empresas.