23.12.16

Feliz natal!

Ufa,  enfim, férias! 

2016 foi um ano difícil, marcado nacionalmente por instabilidade política e desaceleração da economia, as perspectivas para 2017, nesses setores, não são nada positivas. Por isso, no ano vindouro devemos ficar atentos para tentar minimizar, caso ainda seja possível, as tentativas de subtração de direitos sociais e trabalhistas do povo pelos grupos que assaltaram o poder.

Feito esse necessário registro, chegou a hora de agradecer, mais uma vez, ao bom Deus por um ano de saúde, de muito trabalho, muito estudo, amor, amizade, crescimento profissional, novas oportunidades e, acima de tudo, pela graça da vida!

Por fim, gostaríamos de abraçar a todos os nossos amigos, colegas de trabalho, alunos, visitantes e pessoas que acompanham o Acrópole - História & Educação e desejar a todos um ótimo natal e próspero ano novo!



Voltamos em fevereiro, se Deus quiser, renovados, de olho na História & na Educação, com novidades, postagens de conteúdos, projetos escolares e trabalhos dos nossos alunos.

Um abraço,

Rodolfo.

27.11.16

Estudo sobre imagens: forma

Na disciplina de Cultura e uso de mídias estamos estudando os elementos que constituem a imagem. Depois de entendermos o traço, chegou a vez de analisar as formas.

Como vimos, as formas possuem certos significados. O quadrado simboliza o racionalismo, é científico e militar; o triângulo representa o equilíbrio, sua base demonstra a solidez, entretanto, se for girado 180º fica com a ponta para baixo e se torna instável. Já o círculo é a forma perfeita, causando a sensação de tranquilidade. Será por isso que ele foi escolhido para ficar sobre as cabeças dos homens santos? Imagine como ficaria a imagem de Cristo com um quadrado ou um triângulo sobre a cabeça? Estranho, não?!


Além dessas reflexões, analisamos o conceito de razão áurea, que nos remete aos matemáticos gregos da Antiguidade e aos estudos do Padre italiano Pacioli na passagem do Medievo para a Idade Moderna. Pacioli publicou sua obra no século XV, que serviu de inspiração para artistas e arquitetos do Renascimento, os quais aplicaram em seus trabalhos a razão 1,62:1. 
Segundo Pacioli, essa fórmula estava presente na natureza e no corpo humano, por isso ficou conhecido como a divina proporção.

Confira o pessoal da turma 2001 em ação:




26.11.16

Lançamento de livro


Antonio Marcio Junqueira Lisboa, médico e professor leopoldinense, lançará seu livro - Memórias de um pediatra - na Associação Médica de Brasília (AMBr). 

Confira mais informações:




Data: 01/12/2016
Hora: 19 h às 22 h
Local: hall do auditório Jacarandá da AMBr.

Fidel Castro (1926-2016)


Fidel Castro faleceu hoje, aos 90 anos de idade, segundo foi informado por seu irmão, Raúl Castro, atual presidente de Cuba.

Saiba mais sobre Fidel Castro e a Revolução Cubana clicando aqui.

22.11.16

Exposição: Patrimônio, fontes e história dos jogos e brincadeiras

Hoje, os alunos da turma 6º ano 3 expuseram para o todo o turno da tarde o projeto preparado para a Semana de Educação para a vida.

Em nosso tema abordamos o patrimônio histórico e cultural que herdamos de nossos pais, através dos jogos e das brincadeiras. Os brinquedos evocam, no espectador, memórias de infância. Entre os mais velhos, quem nunca se divertiu jogando peteca confeccionada com penas de galinha ou brincou com boizinhos feitos com palitinhos espetados em chuchus? A imagem dos brinquedos revive, em nós, lembranças, trazendo à tona doces sentimentos dos tempos de outrora.

Além disso, os jogos e as brincadeiras são importantes documentos históricos, que revelam informações sobre a sociedade, seus valores e práticas culturais. Não está convencido disso? Então, vamos analisar, por exemplo, as bonecas e as panelinhas. Esses tipos de brinquedos são comuns em qual grupo social? Entre o grupo das meninas, todos irão responder. Mas o que esses brinquedos sugerem? Eles não indicam que as meminas devem aprender a ser domésticas, a saber cozinhar e a cuidar dos filhos? Por que não é comum as meninas ganharem de presente bolas de futebol ou brinquedos militares, tais como carros de guerra e bonecos fuzileiros? Ora, pois as brincadeiras refletem as práticas sociais, o machismo preponderante no mundo, a divisão do trabalho, as hierarquias e a ideia de que às mulheres cabe cuidar do lar. Os meninos, por outro lado, precisam praticar esporte, se fortalecer e se encantar pelo mundo das forças armadas, para no futuro servirem à sua nação. Ambos os gêneros começam a aprender essa divisão desde cedo, na infância. Através das brincadeiras e dos brinquedos eles vão interiorizando sua função social! Agora, perguntamos: os brinquedos são ou não são reveladores de aspectos sociais e culturais importantes para a compreensão de nossa sociedade e de nossa História? 

Nesse sentido, decidimos criar uma sala temática para resgatar e valorizar antigas cantigas de roda, folguedos e brinquedos tradicionais, os quais trazem consigo muito valor histórico. Tanto é que até os dias de hoje eles convivem com modernos aparelhos de vídeo-game e sofisticados equipamentos eletrônicos como os tablets e os smartphones.   

Os alunos também apresentaram para os visitantes, por meio de cartazes e da oralidade, as definições dos conceitos de fonte histórica, seus subtipos e o de patrimônio imaterial, isto é,  as práticas herdadas de nossos antepassados, como as cantigas e as brincadeiras tradicionais (pique pega, pique esconde, roda etc) dentre outras manifestações culturais. 

Além da exposição dos brinquedos e da palestra dos alunos, tivemos uma mostra de desenhos e de pinturas de Candido Portinari (1903-1962), com telas ilustrando as tradições lúdicas de nossa cultura.

Concluído o circuito artístico e patrimonial, os visitantes poderiam se testar no Quiz, caso acertassem 5 perguntas, sorteadas através do dado, ganhavam um brinquedo recheado com balas! 

A sala temática ficou muito bacana e atingiu o seu objetivo que é de reconhecer e valorizar o nosso patrimônio cultural, por meio da exposição dos jogos e brinquedos, tomando-os como fontes históricas, capazes de nos ajudar a compreender o passado e a entender as permanências e as mudanças que ocorrem na história da sociedade.  

19.11.16

Bem comum x interesses pessoais: contradições da política brasileira

O título desta postagem expressa um dos principais dilemas da República brasileira. O termo república vem do latim res publica, que significa coisa pública, um governo cujo objetivo é zelar pelo bem comum, isto é, trabalhar pela coletividade.

Em teoria, numa república os interesses de particulares e das classes dirigentes não podem vir à frente dos interesses populares. A prioridade nessa forma de governo deve ser o benefício do povo. Não restando, portanto, espaço para que agentes públicos ou civis usem o poder para a busca de benesses e privilégios pessoais.

Recentemente, tivemos mais um exemplo que comprova que a república brasileira anda mal das pernas. No dia 18/11/16, Marcelo Calero, ministro da Cultura do governo Temer, anunciou sua demissão do ministério. Em entrevista do ex-ministro, publicada hoje no site da Folha de S. Paulo, ele explicou as razões de sua saída. Alegou que estava sofrendo pressões de um nome forte do governo, Geddel Vieira Lima (Secretaria de Governo), e detalhou encontros e conversas que teve com o Secretário que exigia que o ministro agisse em favor da aprovação da construção de um edifício em uma área tombada de Salvador (BA). 

Acontece que o projeto imobiliário, objeto de embargo judicial na Bahia, também não foi autorizado pelo Iphan (Instituo do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), órgão vinculado ao Ministério da Cultura,  pois poderia descaracterizar a paisagem histórica do lugar. Por isso, o Instituto recomendou uma adequação do projeto, que incluía a redução do número de andares.

A medida do Iphan contrariou os interesses imobiliários do empreendimento, inclusive os do Secretário de Governo, Geddel, que segundo Calero é proprietário de um apartamento em um andar mais alto do projeto. Geddel, sentindo-se prejudicado, passou a usar sua posição no governo para pressionar o ministro da Cultura para que a obra fosse logo aprovada, mesmo que ela contrariasse as regulamentações técnicas e ferisse o patrimônio histórico-cultural da região. Incomodado com a situação, Calero resolveu deixar o cargo ministerial.      

Pelo conteúdo da entrevista, percebemos que para Geddel, o articulador político do governo Temer, pouco importava as consequências que a obra traria para o local, para ele o mais importante era a liberação da obra e a garantia de que seu negócio não fosse prejudicado. Isso reflete como ocorre o fazer político republicano no país, onde os agentes do poder misturam o campo público com o privado, colocam os interesses particulares em primeiro lugar, em detrimento do bem estar comunitário.

Se for confirmado que o Secretário de Governo anda usando o cargo público para trabalhar em prol de assuntos particulares, o mínimo que um presidente probo, constitucionalista e de verdadeiro espírito republicano deve fazer é afastá-lo, imediatamente. 

Vamos aguardar para ver se somos uma res publica ou uma república das bananas, de fato.  

Leia mais sobre o ocorrido clicando abaixo:


Quem deve pagar pela crise financeira do estado do Rio de Janeiro?

Neste país, a farra com o dinheiro público não tem limites.

A classe política parasitária se apossa do poder e, ao invés de agir em prol do bem comum, começa a trabalhar, incessantemente, apenas por si, sua família e seus "amigos".

O contribuinte sustenta com o seu suor todas as extravagâncias promovidas por alguns agentes públicos, caso do Sérgio Cabral, ex-governador que ajudou a falir o Rio de Janeiro, que levava uma vida de rei, não porque conquistou riqueza com trabalho honesto, mas porque roubou dos cofres estatais, se envolveu em negociatas e falcatruas em conluio com empresários canalhas. Enquanto alguns esbanjam, vivendo numa realidade onde os efeitos da crise e da recessão econômica passam longe,  o estado agoniza e não tem recursos para pagar os seus servidores, os aposentados e nem para manter os serviços básicos em funcionamento tão necessários para os cidadãos humildes. 

Observe alguns itens de luxo apreendidos pela polícia junto com a prisão do ex-governador do estado carioca.  Os objetos pertencem à família Cabral e, supostamente, são oriundos de propina.





O político, enfim preso, deve pagar por todos os males e desfalques que causou aos cofres públicos. É injusto que o povo seja ainda mais sacrificado com medidas administrativas e fiscais, caso da PEC 55 em nível federal e o pacote anticrise do governo Pezão em trâmite na ALERJ, cujas propostas visam o arrocho salarial, aumento de impostos e tributos e redução de investimentos em setores fundamentais, como saúde e educação. É imoral e inadmissível transferir a responsabilidade para a população e para os trabalhadores a conta de uma enorme dívida criada por uma classe política asquerosa e corrupta. 



Esperamos que junto com Cabral e Cia, outros figurões sigam (e permaneçam) para a cadeia, que é o local adequado para esse tipo de gente, e que todo o dinheiro e vantagens obtidas indevidamente sejam devolvidas ao erário. Cadeia para os ladrões, os quais, por muito tempo, zombaram das leis, tiraram proveito da impunidade, massacraram o povo e fizeram o infortúnio desta nação.

9.11.16

Ele está de volta (Às vezes parece que ele nunca foi embora)!

Berlim (Alemanha), 2011.

Adolf Hitler desperta num terreno baldio, no subúrbio da cidade. Vê à sua volta inúmeros imigrantes de origem turca convivendo entre os seus. Descobre que uma mulher ocupa a presidência, que outrora fora sua, e sai em busca de respostas em meio ao vaivém de pessoas e de veículos nas ruas da capital.

O livro Ele está de volta (2012) do autor alemão Timur Vermes narra o retorno de Hitler no século XXI, cujo discurso nacionalista e impregnado de xenofobia se torna viral com o advento das novas tecnologias de comunicação e recursos de mídia, como a televisão e a internet. 

Eu já tenho o meu!

De leitura agradável, a obra nos faz refletir sobre a predisposição do grande público em aceitar os discursos propalados por lideranças conservadoras e populistas, muitas das quais defendem um "governo forte" e a adoção de medidas autoritárias. 

O texto, evidentemente, dialoga com as questões e tendências políticas do século XXI, evocando um fato do século XX - a ascensão de Hitler ao poder. Assim, a obra nos possibilita refletir sobre o avanço da direita conservadora na Europa, em países como Itália e França, por exemplo, cujas lideranças disseminam uma cultura de intolerância às minorias étnicas e defendem restrições a entrada de imigrantes em seus países com significativa aprovação popular. E, por que não citar, o caso de Donald Trump, recém eleito presidente dos EUA, personagem que durante a sua campanha ergueu a bandeira do isolacionismo, torcendo o nariz para os latinos e islâmicos. Ainda na América, mas desta vez no cone Sul, países como a Venezuela, Peru, Argentina e Brasil (vide a retórica do deputado Bolsonaro, a qual exalta o regime militar), há incontáveis políticos simpáticos às práticas governamentais populistas e demagógicas que seduzem multidões.

Enfim, há resquícios de cultura política autoritária por toda a parte, às vezes ela fica em estado latente, em outros momentos, como nos de crise econômica, ela se manifesta de modo mais forte e aí redundam em governos que cerceam  direitos e ceifam vidas. 

A repercussão do livro foi tamanha, que ele acabou virando filme homônimo à publicação de Vermes. Confira o trailer abaixo:




Sem dúvida, vale a leitura e o ingresso para o cinema!

7.11.16

Tome cuidado com a selfie




A onda de tirar selfie já ultrapassou os limites. Pessoas tiram o autorretrato nos lugares mais inusitados e, às vezes, inadequados. Olha o que um turista brasileiro desatento provocou num museu em Portugal: foi fazer uma foto e acabou provocando um acidente que destruiu uma peça do século XVIII.


E você, acha que por uma boa selfie vale tudo?! 
Há tanta necessidade de publicarmos imagens dos inúmeros momentos de nossa vida nas redes sociais? 
É saudável que as pessoas fiquem tão dependentes dos perfis mantidos na web?


Eis o resultado da tentativa de selfie: uma escultura do século XVIII destruída. :( 



Cortiços: exemplo de permanência histórica

Quando o prefeito do Rio de Janeiro - Pereira Passos - iniciou suas reformas urbanas, em 1903, ele tinha forte inspiração no modelo parisiense. Nesse sentido, queria remover os cortiços, locais de habitações coletivas, do centro da cidade substituindo-os por amplas avenidas, bulevares e prédios modernos. 



Esse evento ficou conhecido como "bota-abaixo", pois as autoridades públicas demoliram inúmeros cortiços, expulsando seus habitantes das áreas centrais da cidade. Porém, nem todos os cortiços desapareceram, alguns resistiram às demolições do início do século passado e conservam, até os dias de hoje, certas semelhanças com as moradias de outrora. Confira mais na reportagem abaixo:

2.11.16

Exposição de fontes históricas sobre a História dos Brinquedos

Para a Semana de Educação para a vida, os alunos da turma 6º ano 3 irão apresentar para o público uma exposição sobre patrimônio e fontes históricas, como brinquedos e jogos que ajudam a contar a trajetória da Infância ao longo do tempo.

Na Sala Ambiente, haverá música, exposições orais e de objetos históricos, mostra de pinturas e desenhos e um quizz, com perguntas sobre o tema para os visitantes. Quem acertar todas as perguntas ganhará um prêmio.

Confira mais detalhes sobre o evento no cartaz abaixo:


30.10.16

Corrupção: um mal social

É possível uma sociedade corrupta ter um governo ético? 

Um governo corrupto se sustentaria numa nação com comportamento ético?

O historiador e professor Leandro Karnal ajuda a elucidar a questão no vídeo abaixo:

21.10.16

Sanitarismo em Leopoldina (1895-1930): fontes e perspectivas para uma pesquisa histórica

Trabalho apresentado no 1º Seminário do Grupo de Pesquisa de História da Zona da Mata mineira, na UEMG-Carangola (MG), no dia 20/10/2016.



Projeto de pesquisa sobre os ecos do movimento sanitarista brasileiro, ocorrido nas primeiras décadas do século XX, na cidade de Leopoldina (MG).

17.10.16

O custo da Justiça no Brasil


Pagar R$ 2.000,00 para um professor é um sacrifício hercúleo para a administração pública. Não tem greve que faça os dirigentes cumprirem a lei e pagar direito o professor. Agora, quanto ao Estado (leia-se contribuintes) sustentar as mordomias do Judiciário e dos juízes isso não se discute. Pagamos caro demais para os juízes e quando precisamos da Justiça onde ela está? Escondida atrás de uma coluna gigante de papel. Os processos se arrastam por anos e anos sem resposta... Faltam servidores para o judiciário? Deve faltar, precisamos de pessoal que dê conta do trabalho, afinal o serviço da justiça é fundamental, mas nada que justifique o pagamento de fortunas para seus servidores.

Até quando continuaremos mantendo os privilégios dos membros do judiciário, do legislativo e das altas castas do Executivo? Há grupos que se servem do Estado e não servem para quase nada, são parasitas sugando os impostos que pagamos. 

Precisamos de uma reforma administrativa séria, não de uma PEC, como a malfadada 241, que, na prática, pode diminuir recursos para áreas essenciais como Saúde e Educação.


Leia mais sobre grupos parasitários que se dão bem fazendo carreira no setor público clicando aqui.

15.10.16

Profissão Professor

Professores tem o poder de marcar nossas vidas. Cada um de nós tem que aquele professor inesquecível. Eles nos ensinam, orientam, nos dão bronca e compartilham conosco seus sonhos e visão de mundo.

Professores são tão marcantes que as produções de cinema e de televisão não deixaram de abordar a importância dos mestres para a sociedade.

Em homenagem ao dia do professor, o Acrópole relembra vários educadores que protagonizaram filmes, novelas, seriados e até desenho animado e nos emocionaram com suas atuações.

E então, dos que foram exibidos pela TV qual marcou mais a sua vida?

8.10.16

Brasil: uma causa perdida?

Quando Monteiro Lobato (1882-1948) mudou-se para os EUA, em 1927, para trabalhar como adido comercial junto à embaixada brasileira em Nova Iorque, encantou-se pela dinâmica social e econômica da América.
Ao observar o elevado grau de desenvolvimento alcançado pelos norte-americanos, comparou-o com o do Brasil, que naquela época vivia de cócoras, mergulhado em práticas políticas arcaicas, como o coronelismo, e  a economia nacional se resumia a exportação de gêneros agrícolas e a uma incipiente e pouco competitiva produção industrial. Em carta enviada por Lobato ao amigo Arthur Neiva, médico sanitarista, dizia que o Brasil não tinha jeito, era "um caso perdido que já supunha aí."

Apesar de achar que o Brasil era uma causa perdida, por conta das mazelas nacionais - falta de riquezas, infraestrutura deficiente, políticos incapazes e as doenças que impediam o povo de prosperar - Lobato, posteriormente, passou a acreditar que o país poderia ser arrebatado de seu estado letárgico se houvesse investimento naquilo que ele chamou de "binômio salvador". Tratava-se do ferro e do petróleo, recursos que ajudavam a sustentar o crescimento econômico norte-americano na década de 1920.
O ferro servia para construir as máquinas para as indústrias, o petróleo era utilizado como o combustível para movê-las e aumentar a produção.

Com a produção industrial, haveria riqueza e ela solucionaria todos os problemas, traria saúde para o povo, estabilidade política, colocando fim nos protestos e conflitos que marcaram as primeiras décadas da república no Brasil e asseguraria a independência financeira do país frente às demais potências capitalistas.

Quando o criador da turma do Sítio do Picapau amarelo retornou para o Brasil em 1931, ele trouxe consigo o sonho de tornar o Brasil rico por meio do "binômio salvador", porém ele nunca se realizou, pelo menos não da maneira idealizada por ele. Na tentativa de emplacar suas ideias, Lobato encabeçou duas grandes campanhas, a do Ferro e depois a do Petróleo, utilizou amplamente a imprensa, publicou livros, fundou empresas, fez conferências por todo o Brasil para tentar convencer as pessoas e o governo sobre a viabilidade de suas ideias econômicas. Não teve sucesso, pagou caro por isso, faliu, viu seus sonhos ruírem e até foi preso por contrariar interesses de grupos econômicos estrangeiros poderosos e afrontar a política do governo Varguista na exploração petrolífera. 


Lobato perseguido e preso pela ditadura Varguista.

Em tempos atuais, no século XXI, o Brasil ocupa os primeiros lugares na produção de ferro e está na lista dos 20 maiores produtores mundiais de petróleo, apesar do crescimento econômico, o país ainda não atingiu patamares de desenvolvimento e progresso a ponto de erradicar a miséria do povo, reduzir as desigualdades e promover a cidadania e a estabilidade política e social. E por que ainda não conseguiu fazer isso? Pois as velhas práticas políticas permanecem intocadas, porém travestidas de modernidade, readaptadas às exigências da nova conjuntura. 

É nossa política perniciosa que impede o desenvolvimento do povo, é ela que desvia caudalosos recursos públicos da saúde, da educação e da infraestrutura para os bolsos de grupos organizados parasitários, os quais sobrevivem às custas da manutenção da ignorância do povo. Por isso, sempre faltam investimentos nas áreas fundamentais, o que impede nossa nação de almejar a grandeza.

A permanecer assim, não há "binômino salvador" que dê jeito neste país! Ou mudamos o fazer político dessa república, ou continuaremos a sentir o sabor amargo da criminalidade, da injustiça, da impunidade, da proliferação da pobreza e da ineficiência de um governo que não se importa com o bem comum.

A grande pergunta é: Como fazer tal mudança? Quisera eu ter a resposta e uma receita pronta para solucionar esse enigma! A resposta para esse problema oferecida por Monteiro Lobato em sua época, que até aqui ajudou a nortear essa reflexão, mostrou-se insuficiente para colocar o Brasil e o seu povo nos trilhos. Não é nossa intenção esgotar um tema de tamanha complexidade, pelo contrário, entendemos que ele continua em aberto aguardando por aprimoramentos, ajustes e contribuições que tragam algum alento e esperança para todos os brasileiros. 

24.9.16

Heróis não usam capas

_Acorda, filho, tá na hora.
Eram três e meia da madrugada quando papai me despertou do sono. A cama estava quentinha, relutei para me desfazer do velho e aconchegante cobertor de algodão com retalhos que mamãe coseu para mim, mas me levantei, pois chegara o dia em que iria prestar os exames para obter minha carteira de motorista. Se passasse nas provas, enfim, poderia dirigir.
Iria dirigir não por prazer ou por lazer, mas porque trabalhava na cidade e, morando na roça, ficava distante de meu trabalho. Portanto, saber conduzir um carro me ajudaria e muito. 

Naquela manhã fazia frio, chovia e a luz elétrica fraca e amarelada mal iluminava o meu quarto. Tivemos que acordar cedo, pois o exame de habilitação teria que ser feito em outra cidade, no estado do Rio de Janeiro, daí, no dia seguinte, combinamos levantar da cama antes mesmo que as galinhas começassem a deixar os poleiros para ciscar no terreiro atrás de pequenos insetos, musgo e minhocas.

Fui para o banheiro, enquanto eu lavava o rosto e escovava os dentes, papai preparava um garrafão que enchia de leite e café, cujo grãos haviam sido torrados ali mesmo há pouco tempo e agora seu aroma enchia o ar da cozinha com um delicioso odor. Meu velho também tomou um grande tabuleiro com broa de fubá, que mamãe havia assado ontem à tarde. O café da manhã já estava garantido.

Deixamos nossa humilde casa, ela tinha o reboco da parede na cor branca, pequenas janelas e portas estreitas de madeira pintadas de azul e telhado colonial, e fomos em direção a estrada onde o compadre Eurico já nos aguardava em seu fusca azul ano 1977. Papai combinara com ele nos levar até o estado do Rio para que eu pudesse fazer os testes, ele era nosso vizinho e amigo da família, por isso aceitou prontamente o pedido de meu pai. A vida no campo exigia solidariedade, na roça todos se ajudavam da forma possível.

_Bom dia, cumpadre!

Depois dos cumprimentos entramos no veículo e, quando nos preparávamos para partir, Seu Eurico disse:

_O garoto guia! É bom pra ir praticando e chegar na prova afiado.

Meus olhos brilharam com aquela oportunidade, adorava dirigir, eu praticava às vezes no carro do patrão e agora teria uma possibilidade de levar o carro durante a viagem. Assumi a direção, colocamos os cintos, dei a partida. O motor roncou, depois veio o movimento, a velocidade e o vento que assoprava em meu rosto e teimava em desmanchar meu penteado, causavam em minha alma euforia e uma sensação de liberdade, bem diferente do que sentia com a rotina de pedra da vida na roça.

Eu guiava o automóvel, Seu Eurico estava ao meu lado e no banco de trás meu pai levando consigo os papéis, documentos e o café da manhã que tomaríamos mais tarde. O dono da máquina me orientava, pontualmente, mas parece que eu só escutava o ruído do carro, que para mim se parecia com o som de uma sinfonia. Acelerei e fomos embora.

A viagem seguia tranquila, a estrada estava pouco movimentada, pois saímos de casa por volta de quatro da matina. Chovia bastante, mas nada que fosse capaz de diminuir minha satisfação de dirigir...

A fome estava apertando e decidimos parar antes da divisa entre o estado de Minas e do Rio para tomarmos café. Depois de percorrer algumas dezenas de quilômetros, chegamos numa grande serra, com uma descida muito acentuada. Ao final dela, iríamos encostar o carro para forrar o estômago. Seu Eurico era homem de poucas palavras, papai cochilava enquanto eu me esforçava para enxergar o que vinha pela frente.  

Acontece que a chuva apertou, indicando que as águas continuariam a cair nas próximas horas e teríamos mais um dia nublado, num tom cinza desbotado. Enquanto descíamos a serra cruzamos com um caminhão subindo, o farol alto do veículo que vinha no sentido oposto me cegou temporariamente, deixando minha visão turvada.
Como não via nada direito, em meio aquela cortina formadas de pingos de chuva e confuso pelo ofuscamento, acabei pisando no acelerador e quando dei por mim estava entrando numa curva acentuada. 
Girei o volante do carro esperando com algum desespero no coração esperando fazer a curva, mas o veículo parecia não responder aos meus comandos. Minha reação foi pisar no freio e, para meu total espanto, o carro não desacelerou, mas começou a rodar na pista, deixando a mim e os outros passageiros em pânico. Eu não sabia ainda, mas a única coisa que controlava o fusca naquele momento era uma lei da Física. Ficamos a mercê dela, bastava clamar pela misericórdia divina enquanto o carro rodopiava feito um pião de madeira.

Quando parecia que tudo terminaria bem, ao final da curva, o carro saiu de vez do asfalto, atravessou o acostamento e foi cair na pirambeira, capotando por sobre o mato e indo parar numa vagem com as rodas para o ar. Estávamos todos de cabeça para baixo.

_Tá todo mundo vivo? Perguntou Seu Eurico com uma voz trêmula impactada pelo terrível acidente.

Papai estava pálido devido ao susto. havia café com leite e broa pra todo o lado. E eu sentia que meu coração iria sair pela boca a qualquer momento, tamanho era o medo que sentia de morrer aos 18 anos de idade.

_Mas que diacho deu na sua cabeça, rapaz? Onde já se viu entrar numa curva correndo daquele jeito... Você quase nos matou. Ponderou o dono do fusca.

Fiquei envergonhado e pedi desculpas. Tentei me recompor, pois agora tínhamos que sair daquela posição incômoda, meu estômago parecia se misturar com o cérebro e não suportaria por muito tempo ficar de ponta cabeça e desmaiaria. 

Lá do alto do barranco ouvimos uma voz:

_Tem alguém vivo aí embaixo? Vocês estão bem?

Era o caminhoneiro do farol alto que havia me cegado, ele viu pelo retrovisor o fusca rodando na curva e sendo engolido pelo precipício, daí resolveu encostar e tentar ajudar.
Seu Eurico respondeu que estávamos bem, mas não podíamos sair do carro, pois as portas ficaram emperradas devido ao carro ter capotado. O caminhoneiro falou que iria seguir viagem até o posto mais próximo para pedir socorro. Senti algum alívio, me desculpei novamente com papai e com Seu Eurico e me defendi dizendo que o ocorrido fora um acidente e eu não tinha culpa e nem experiência para ter evitado aquela situação. Os dois passageiros me perdoaram e agradecemos a Deus por ninguém ter se ferido. Estávamos presos no interior do carro, só nos restava ter paciência e aguardar pelo auxílio que viria. A espera foi longa, tão longa que comecei a delirar. Era muito sangue pressionado a minha cabeça e meus olhos ficavam entreabertos piscando sem parar...

Já era dia, a chuva dera uma trégua, quando ouvi uma voz:

_Aguentem aí, pessoal, já vou tirar vocês daí, depois cuido do carro!

Um homem se aproximava, ele vestia uma longa roupa azul. Pensei comigo:

_Ora, será ele um super-herói como aquele da capa longa que vi no cinema certa vez? Então heróis existem de verdade! Exclamei.

O homem fincou um pé de cabra na fresta da porta do fusca, puxou firme e conseguiu abri-la. Depois ele me puxou pelo tronco para fora do veículo.

Deitado naquele chão molhado, bastante tonto e com o raciocínio avariado, eu vi o homem que trajava um roupão azul tirar do carro meu pai e o Seu Eurico. Minha viagem para tirar carteira acabaria ali e fiquei decepcionado comigo mesmo, mas foi naquele exato instante que descobri que heróis existem, mas diferente do que fora mostrado na telona, eles não usam capas, usam macacão.   

O herói era um mecânico que veio da cidade nos resgatar, depois que nos salvou enganchou uma corrente no fusca e lá de cima do barranco, com seu caminhão rebocou o carro morro acima. Depois nos levou até o hospital mais próximo, fomos examinados e liberados pelo doutor, afinal, graças a Deus, nada de grave aconteceu conosco. O fusca, tinha a lataria resistente, precisava apenas de pequenos reparos de lanternagem. Como tudo estava bem, a viagem seguiu, mas com Seu Eurico no volante. Chegamos no destino, me apresentei para o examinador e fui fazer os exames teóricos e práticos de direção sob a supervisão de um oficial de trânsito. Ainda assustado com o acidente sofrido, fiquei trêmulo quando o oficial ordenou que iniciasse a prova prática no veículo. Relutante, tomei o volante, fechei os olhos por um instante, me concentrei, restabeleci a calma e decidi que só voltava pra casa com a carteira na mão. Depois de tudo, enfim fui aprovado e minha felicidade ficou completa quando vi a expressão de orgulho no semblante de meu pai ao receber as boas novas. Agora podia ir embora aliviado depois de uma longa aventura que quase custou nossas vidas!

7.9.16

Versões sobre a independência do Brasil

O sete de setembro foi tomado como marco fundador da nação brasileira. A data representa a separação do Brasil de Portugal a partir de 1822.
Toda jovem nação precisa de símbolos, mitos e heróis que possam legitimar um novo governo ou um novo tempo e servir de referência para unir o povo. Essa necessidade de criar uma identidade nacional justificou todo o esforço do Estado brasileiro para perpetuar a memória do dia da independência no imaginário popular.

Assim, para que a estratégia se consolidasse, houve incentivo governamental para historiadores e artistas escreverem e pintarem a data e os seus acontecimentos com o objetivo de eternizá-la. Como desdobramento dessa política pública para registrar a história, tivemos a produção de obras literárias, o nascimento de instituições acadêmicas e o surgimento de um acervo artístico, como, por exemplo, o célebre quadro de Pedro Américo: O grito do Ipiranga (1888), o qual mostra o sete de setembro de 1822.


Analisando a pintura é possível percebermos que o artista seguiu a orientação ideológica oficial, isto é, aquela defendida pelo governo brasileiro, no sentido de transformar a data num grande feito. Observe que o pintor retratou o fato histórico e atribuiu a d. Pedro um papel central. O príncipe se destaca frente à tropa, é o líder, um comandante militar que declara o fim do jugo colonial perante seus comandados.
O caipira, situado à esquerda de quem observa a imagem, fica atônito, talvez sem ter a mínima ideia do que se passa naquela colina, era um bestializado, enfim, estava à margem dos acontecimentos políticos em curso. 

Mas será que os acontecimentos ocorreram mesmo assim? No livro 1822, escrito pelo jornalista Laurentino Gomes, o autor descreve esse momento como algo sem brilho e desprovido da aura mítica mostrada no quadro do século XIX.  O escriba conta que d. Pedro, que naquele dia retornava de São Paulo para o Rio de Janeiro, estava sentindo forte desconforto intestinal, por conta de uma diarreia. A respeito de sua montaria assinala que ela "nem de longe lembrava o fogoso alazão que, meio século mais tarde, o pintor Pedro Américo colocaria no quadro “Independência ou Morte”, também chamado de “O Grito do Ipiranga”, a mais conhecida cena do acontecimento. O coronel Marcondes se refere ao animal como uma “baia gateada”." (Fonte: Folha ilustrada).

A "baia gateada" que servia de montaria para o príncipe era uma mula com pelagem amarelo-avermelhada, meio de transporte usual entre os que trafegavam pela região montanhosa e de difícil acesso da Serra do Mar. Cavalos não conseguiam dar conta daquele trajeto. Mas essa versão menos suntuosa da história não prevaleceu na historiografia, isto é, na escrita dos fatos históricos.  

A obra de Pedro Américo foi bastante divulgada entre o povo ao longo dos anos, sobretudo através dos livros didáticos utilizados nas escolas de todo o país e contribuiu para cristalizar esse acontecimento no imaginário popular, reforçando a ideia de que a separação do Brasil foi um ato de bravura, conduzido por um grande líder. Ela ajudou, em suma, a consolidar a versão oficial dos acontecimentos conforme desejava a elite política que estava no poder no século XIX e que precisava da história para construir uma identidade nacional e forjar um novo Estado independente de sua antiga metrópole.

O exemplo da independência do Brasil e suas diferentes versões mostra como a história e o ato de escrevê-la  é, em si, uma manifestação de poder. Poder de escolher o que deve ser lembrado e o que, consequentemente, pode ser esquecido. Esse processo ocorre, pois o registro da história não se resume em narrar objetivamente os acontecimentos, o relato sofre a interferência dos agentes envolvidos no processo de escrita da história e também é marcado pelos interesses dominantes em seu tempo. Cabe a nós, historiadores, historiar os mitos, desconstruir os fatos, confrontar diferentes documentos e versões para tentarmos conhecer as tramas e complexidades que perpassam a historiografia a fim de compreendermos melhor o fazer histórico e a nossa realidade.  

4.9.16

Cultura, arte e lazer em Leopoldina

A Cultura leopoldinense ganhou novo e forte fôlego, especialmente a partir da primeira década deste século, primeiro com a consolidação do Museu Espaço dos Anjos, depois com a chegada da Casa de Leitura Lya Botelho e, mais recentemente, a inauguração do Centro Cultural Mauro de Almeida reforçou o renascimento do setor na cidade.   

Essa revitalização cultural é um forte indicativo de sua importância para o município e também indica que a população, pelo menos parte dela, valoriza a cultura local e os espaços destinados à preservação do maio r patrimônio de um povo. Sinal de que há esperança e que podemos sempre melhorar.

Se antes era comum ouvirmos as pessoas reclamarem da falta de opção de entrenimento na cidade, agora o cenário começa a a ser modificado, pois temos um verdadeiro circuito cultural na cidade que atende muito bem ao lazer das famílias leopoldinenses e dos turistas que desejam conhecer mais sobre nossa bela terra.

Agora, cabe a população leopoldinense cobrar das autoridades públicas a manutenção desses espaços de cultura, bem como a ampliação de suas atividades, a fim de promovermos, cada vez mais, a inclusão social e a cidadania através da celebração da cultura popular e do resgate de nossos valores históricos e identitários.



Leia mais sobre o circuito cultural de Leopoldina clicando no link abaixo:


28.8.16

Eu não sabia o que era o amor

Envolto num casulo mesquinho
Achava que sabia o que era amar
Na redoma artificial de meu próprio mundo
Pensava conhecer plenamente a definição e a sensação do sentimento mais nobre
Minh'alma acreditava, honesta e cinicamente,
que dominava a maior de todas as invenções humanas
Imerso num caldo de pseudo-razão
o gesto de amar se parecia com algo simples, quase banal
Bastava ler os versos do poeta e, pronto, já estava amando
Terrível engano...
Amor de verdade subverte a ordem cartesiana...
Amor de verdade não se encontra em páginas de livros...
Amor de verdade se encontra no desabrochar da existência
Ele é o fôlego que enche os pulmões
É o ar que assopra as labaredas de fogo
É a água que alimenta as células
É, em suma, a essência que move nossas vidas até o apagar das luzes

(Ywesky)

17.8.16

Relatório da visita à exposição "Por mares nunca dantes navegados"

O texto a seguir foi redigido por uma estudante do 6º ano 3. Ela relatou suas observações a respeito da visita realizada por alunos e professores à exposição na Casa de Leitura Lya Botelho.


Um passeio pelo conhecimento

Visitamos a exposição "Por mares nunca dantes navegados", na Casa de Leitura, no dia 16/08/2016 (terça feira). Havia no local três salas, começamos pela principal, cuja decoração se parecia com a de um navio antigo; tinha vários objetos diferentes e interessantes, como um canhão e uma bússola. Em uma mesinha de madeira tinha alguns alimentos, como pães e biscoitos, representando a comida dos marinheiros, e ratos espalhados pelo espaço, simbolizando a sujeira e a falta de higiene do lugar.

A limpeza desses antigos barcos era horrível, para falar a verdade, os hábitos de higiene não eram regra entre a tripulação, homens vomitavam em si mesmo e nos outros, por causa do enjoo provocado pelo movimento da embarcação e o balanço do mar.

Com uma dieta pobre e má alimentação, os marinheiros acabavam sendo pegos pelas doenças, seus dentes caíam e as gengivas sangravam, tinham náuseas e alucinações. 

Imaginavam que tinha monstros nos mares e que eles eram os causadores dos desastres e dos naufrágios.

Indo para a segunda sala, à direita, podemos ver os grandes navegadores dos séculos XV e XVI, como Vasco da Gama, Cristovão Colombo entre outros não menos importantes. 

Uma curiosidade é que quando Colombo chegou à América acreditou que estava nas Índias, não sabia que tinha chegado num novo continente, por isso chamou os habitantes do lugar de índios. Nesta sala também tinha uma espada, um barril de madeira, alimentos, imagens, mapas e relatos de época.

A terceira e última sala continha especiarias da China e da Índia, também tinha alimentos e artigos do Oriente, como seda, vasos de porcelana, espadas etc. Essas mercadorias não eram fabricadas na Europa, por isso os viajantes iam atrás delas, pois elas tinham grande valor e seu comércio era muito lucrativo.
Aprendemos sobre um mito da época, que dizia que a Terra era plana e que, além do oceano, havia um abismo que engolia os navegadores. Foram as aventuras marítimas que comprovaram que a Terra é esférica e aumentaram o conhecimento sobre o mundo.


Os "marinheiros" de nossa geração são os astronautas, que se aventuram pelo espaço, onde há muito para ser explorado e conhecido.


Certamente, no futuro, outras pessoas falarão sobre nós e as descobertas de nossa época, assim como agora falamos do que foi realizado no passado.

11.8.16

Game sobre a Revolução Francesa (1789)

Descubra quais são as palavras-chave relacionadas à Revolução Francesa!

Tome cuidado com o tempo, pegue dicas, clicando em Hint, desembaralhe as palavras com o mouse e confira se acertou em Check. Cada acerto lhe renderá pontos.