28.3.23

[Oportunidade] Capacitação gratuita online

A Empresa Brasil de Pesquisa Agropecuárias (Embrapa) oferece inúmeros cursos de capacitação com certificados de conclusão.





As inscrições estão abertas. Público alvo: produtores rurais, agricultores familiares, agentes do agronegócio, técnicos e a comunidade em geral.

O catálogo de cursos pode ser acessado clicando aqui.

27.3.23

[OPORTUNIDADE] Mestrado Profissional



Estão abertas as inscrições, até 9 de abril,  para o Mestrado Profissional em Preservação do Patrimônio Cultural, oferecido pelo IPHAN. Os selecionados receberão bolsas de estudo no valor de R$ 2.100,00 durante 24 meses.


Clique aqui para acessar o Edital.


26.3.23

Oportunidade de Cursos

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) está com inscrições abertas para dezenas de cursos gratuitos de curta duração em diversas aéreas do conhecimento.


As aulas podem ser síncronas ou assíncronas e haverá certificado para aqueles que concluírem as atividades previstas. 

Inscreva-se clicando aqui.

O que significa a Páscoa?

A chegada da Páscoa é, sem dúvida, um dos momentos mais importantes e sagrados para os cristãos, pois é celebrada a ressurreição de Jesus Cristo. Contudo, a Páscoa é mais antiga que o cristianismo e existia desde a Antiguidade, porém com diferentes significados.


Acredita-se que a celebração surgiu no Oriente Médio entre comunidades agrárias e pastoris, as quais comemoravam o nascimento das ovelhas na primavera. 

Para os judeus a Páscoa (Pessach) está associada ao fim do cativeiro no Egito, por volta do século XIII a. C. O livro de Êxodo, do Antigo Testamento, narra a saída dos hebreus do Egito e a peregrinação até Canaã, a terra prometida, sob a liderança de Moisés. Assim, para os hebreus a Páscoa representa a esperança, a passagem da escravidão à liberdade.

Os cristãos ressignificaram a data celebrando a ressurreição de Jesus Cristo, no domingo de Páscoa. Jesus foi preso enquanto comemorava a Páscoa judaica, o episódio ficou conhecido como a Última Ceia e aquela sexta-feira tornou-se a Sexta-feira da Paixão ou Santa.

A data da Páscoa gerou controvérsias, ao longo de sua História, pois cada povo a celebrava em datas diferentes. No ano 325, o Concílio de Nicéia, definiu que a Páscoa seria no primeiro domingo após a primeira lua cheia depois do equinócio da primavera, no hemisfério norte, esse fenômeno ocorre entre os dias 20 a 22 de março.
No hemisfério sul a data corresponde ao equinócio de outono. A data da Páscoa é móvel, varia frequentemente, pois depende do equinócio da primavera e da fase da lua.

O que os coelhos e seus ovos têm haver com a Páscoa?

A tradição do Coelho da Páscoa remonta à Idade Média e existem diferentes versões que explicam seu significado. Alguns acreditam que um coelho havia ficado preso no sepulcro de Jesus e teria sido o primeiro ser vivo a testemunhar a ressurreição de Cristo. Logo, o animal passou a representar a boa nova, o renascimento de Jesus. Os ovos do Coelho representam a vida e o renascimento. O costume de oferecer ovos de galinha como presentes era uma prática comum entre vários povos antigos,  os quais comemoravam o fim do inverno e a chegada da primavera. Esse era um rito pagão que foi incorporado à celebração da Páscoa cristã. 


Apesar de não botar ovos, o coelho tornou-se um símbolo da Páscoa, as datas são dificeis de precisar, porém o mais importante é emtender o sentido da representação de tais símbolos. O coelho representa a fertilidade, é o primeiro animal a sair da toca ao fim do inverno, possui orelhas grandes simbolizando a necessidade de escutar a Palavra de Deus. São várias as explicações que ajudam a entender a associação entre o roedor com a celebração da Páscoa.


Quanto ao chocolate... 

Os ovos recheados de chocolate surgiram na França, no século XVIII. No século XIX, os ovos passaram a ser feitos de chocolate e recheados com bombons. A guloseima ganhou o gosto dos consumidores e tornou-se uma atividade econômica importante, movimentando o mercado, gerando renda e oportunidade de emprego para muitos.


25.3.23

Associação de Pesquisadores em arte Sequencial prepara encontro

A Associação de Pesquisadores em Arte Sequencial (ASPAS) realizará o VI Entre Aspas, um encontro dos pesquisadores do segmento, em Leopoldina (MG). 



A abertura será no dia 01 de junho. Os interessados em participar do evento podem se inscrever no site da Instituição

Saiba mais sobre Brizola




Itagiba de Moura Brizola nasceu em 22 de janeiro de 1922 no Rio Grande do Sul. 
 
Itagiba não gostava de seu nome e resolveu trocá-lo por Leonel, em referência ao líder Leonel Rocha o qual lutara pelos maragatos na Revolução de 1923. Ainda criança, Leonel de Moura Brizola perdeu o seu pai, assassinado pelas forças leais ao governador Borge de Medeiros. 

Brizola teve uma infância humilde, foi alfabetizado pela mãe e chegou a Porto Alegre em 1936. Graduou-se em Engenharia Civil em 1949. Casou-se com Neusa Goulart, irmã de João Goulart, o Jango, futuro presidente do Brasil. 

Filiou-se ao Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) e foi eleito deputado estadual em 1947. Em 1954, com a maior votação nacional (103.033 votos) elegeu-se deputado federal.  Em 1956, com o lema "Nenhuma criança sem escola" disputou e foi vitorioso na eleição para a prefeitura de Porto Alegre. Em sua gestão criou escolas e promoveu obras de saneamento nos bairros periféricos. 


Em 1958, Leonel Brizola foi eleito governador do estado e fez um governo revolucionário. Continuou priorizando a educação e confrontou as multinacionais que monopolizavam o setor de energia e de telecomunicações. Criou um dos primeiros projetos de reforma agrária do país, no qual incluiu sua fazenda, distribuindo mais de 600 lotes para os sem terra.

Com a renúncia do Presidente da República Jânio Quadros, em 1961, houve uma tentativa dos militares para impedir a posse do vice-presidente, Jango, que se encontrava na China em viagem oficial. 

Jango e Brizola se abraçam (1961).

Brizola passou a denunciar a tentativa de golpe pela Campanha da Legalidade, transmitindo discursos por rádio em todo o país. Ele também organizou uma resistência armada para resistir ao golpe e garantir a posse do vice. 

Com o golpe militar de 1964, Brizola seguiu para o exílio, primeiro no Uruguai e depois na Europa. Só retornou ao Brasil em 1979, após a aprovação da Lei da Anistia.

Fundou o Partido Democrático Trabalhista, o PDT, pelo qual se elegeu, duas vezes, Governador do Rio de Janeiro. 

Na eleição de 1982 ao governo estadual, Brizola venceu o candidato apoiado pelo regime militar e pela rede Globo. Houve tentativa de fraude para impedir a vitória de Brizola, no escândalo da Proconsult, mas com o apoio do Jornal do Brasil a farsa foi revelada e Brizola teve a vitória confirmada. 

Brizola pula sobre a fogueira de armas de brinquedo. As armas foram trocadas por livros. Conjunto habitacional em Coelho Neto. 1982.

No Rio de Janeiro Brizola construiu os Centro Integrados de Educação Pública (CIEP), oferecendo às crianças educação gratuita em tempo integral, atividades extracurriculares, esporte, alimentação e atendimento médico e odontológico. Acreditava que somente a educação de qualidade provocaria uma revolução social. 

Seu projeto de universalização da educação pública de qualidade enfrentou resistência de segmentos da elite. Parte da imprensa ridicularizava a iniciativa, mas Brizola não esmoreceu e construiu centenas de Brizolões por todo o estado do Rio de Janeiro.

Em 1989, na primeira eleição presidencial direta após a redemocratização do Brasil, Brizola participou e terminou em terceiro lugar. Disputou e perdeu mais duas vezes, na última, em 1998, concorreu como vice-presidente na chapa de Lula.


Faleceu em 21 de Junho de 2004 devido a um infarto. Seu corpo foi sepultado no Cemitério da Paz, em São Borja (RS), onde também estão enterrados Getúlio Vargas, João Goulart e a esposa de Brizola.

Algumas curiosidades a respeito da trajetória de Brizola

. Brizola teve importante participação no movimento pelas "Diretas Já", em 1984.
Brizola junto com outras lideranças num comício das "Diretas Já". 

. Ao todo, existem cerca de 500 CIEPs no estado do Rio de Janeiro.
. Os edifícios dos Centros Integrados de Educação Pública (CIEPs) foram projetados pelo arquiteto Oscar Niemeyer.

. O projeto de Educação Integral foi desenvolvido a partir das ideias do educador Anísio Teixeira e do sociólogo Darcy Ribeiro, que foi vice-governador na primeira gestão Brizola.
. Brizola construiu o sambódromo Marquês de Sapucaí em 1983.
. Atualmente, o PDT é presidido por Carlos Lupi, atual ministro da Previdência Social. O Partido disputou a eleição presidencial mais duas vezes, com Ciro Gomes, em 2018 e 2022.
Ciro Gomes, Carlos Lupi e Brizola. 

24.3.23

[Lista de exercícios] sobre Cultura de massa

Atividades sobre Indústria cultural e cultura de massa



1.Vocês que fazem parte dessa massa
Que passa nos projetos do futuro
É duro tanto ter que caminhar
E dar muito mais do que receber
Ê, ô, ô, vida de gado
Povo marcado
Ê, povo feliz!

ZÉ RAMALHO. A peleja do diabo com o dono do céu. Rio de Janeiro: Sony, 1979 (fragmento).

Qual comportamento coletivo é criticado no trecho da letra da canção lançada em 1979?

A) Militância política.
B) Passividade social.
C) Altruísmo religioso.
D) Autocontrole moral.
E) Inconformismo eleitoral.

2. Hoje, a indústria cultural assumiu a herança civilizatória da democracia de pioneiros e empresários, que tampouco desenvolvera uma fineza de sentido para os desvios espirituais. Todos são livres para dançar e para se divertir do mesmo modo que, desde a neutralização histórica da religião, são livres para entrar em qualquer uma das inúmeras seitas. Mas a liberdade de escolha da ideologia, que reflete sempre a coerção econômica, revela-se em todos os setores como a liberdade de escolher o que é sempre a mesma coisa.

ADORNO, T; HORKHEIMER, M. Dialética do esclarecimento: fragmentos filosóficos. Rio de Janeiro; Zahar, 1985.

A liberdade de escolha na civilização ocidental, de acordo com a análise do texto, é um(a)

A) legado social.
B) patrimônio politico.
C) produto da moralidade.
D) conquista da humanidade.
E) ilusão da contemporaneidade.

3. “[…] Cada filme é apresentação do filme seguinte, que promete reunir outra vez mais a mesma dupla sob o mesmo céu exótico: quem chega atrasado fica sem saber se assiste ao “em breve neste cinema” ou ao filme propriamente dito. O caráter de montagem da indústria cultural, a fabricação sintética e guiada dos seus produtos, industrializada não só no estúdio cinematográfico, mas virtualmente, ainda na compilação das biografias baratas, nas pesquisas romanceadas e nas canções, adapta-se a priori à propaganda. Já que o momento particular tornou-se separável e fungível, descartado mesmo tecnicamente de qualquer nexo significativo, ele se pode prestar a finalidades externas à obra. O efeito, o achado, o exploit isolado e repetível, ligou-se para sempre a exposição de produtos para fins publicitários, e hoje cada primeiro plano de uma atriz é uma “propaganda” de seu nome, cada motivo de sucesso o plug da sua melodia. Técnica e economicamente, propaganda e indústria cultural mostram-se fundidas. […]”.

(Fonte: ADORNO, T. Industria cultural. Trad. Jorge Matos Brito de Almeida. São Paulo: Paz e Terra, 2002. p.40-41)

Theodor Adorno (1903-1969) é um dos nomes célebres da Escola de Frankfurt. Quanto à postura assumida por ele ao analisar o fenômeno da indústria cultural, suas práticas e efeitos como realidade social, assinale a afirmativa correta.

A) Propõe uma crítica parcial da indústria cultural, apontando a educação pautada em valores éticos universais como ponto positivo, porém a negatividade de tal cultura se apresenta na insustentabilidade tecnológica.

B) Oferece defesa da indústria cultura, isso porque seu aspecto popular encoraja a manifestação artística para fora de padrões sociais restritos e elitista do mercado.

C) Apresenta uma crítica à indústria cultural, dado o valor social desta mostrar-se essencialmente comercial, segundo sua análise, na produção e veiculação da arte.

D) Promove a apologia da indústria cultural, sendo seu repercutido caráter ético e educativo para as dinâmicas sociais, os aspectos mais favoráveis desta cultura.

4. Por força da industrialização da cultura, desde o começo do filme já se sabe como ele termina, quem é recompensado e, ao escutar a música, o ouvido treinado é perfeitamente capaz, desde os primeiros compassos, de adivinhar o desenvolvimento do tema e sente-se feliz quando ele tem lugar como previsto.

ADORNO, T. W.; HORKHEIMER, M. Dialética do esclarecimento: fragmentos filosóficos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2009.

A crítica ao tipo de criação mencionada no texto teve como alvo, no campo da arte, a

A) burocratização do processo de difusão.
B) valorização da representação abstrata.
C) padronização das técnicas de composição.
D) sofisticação dos equipamentos disponíveis.
E) ampliação dos campos de experimentação.

5. Leia o texto a seguir.

"Sabe esses cantores e bandas que parecem todos iguais, reproduzindo um certo padrão de música que ‘deu certo’ comercialmente? Ou então aquelas telenovelas que parecem seguir a mesma fórmula, sendo esteticamente parecidas e tendo sempre a mesma estrutura, os mesmos tipos de personagens e até o mesmo final feliz? Ou ainda revistas que impõem a seus leitores, veladamente, um certo modelo de consumo e comportamento?" 

(Texto capturado no site https://www.epsjv.fiocruz.br/).

O texto refere-se à:

A) Difusão da Cultura erudita.
B) Produção cultural crítica.
C) Indústria cultural.
D) Políticas públicas de incentivo à cultura.

6. Observe as imagens a seguir, depois responda as perguntas:





A) Por que os objetos retratados nas imagens fazem parte da indústria cultural?

B) Quais são os objetivos por trás da mercadorização e massificação da cultura?

[Lista de exercícios] Atividades sobre Memória e poder

Lista de exercícios com atividades de leitura e interpretação de textos sobre a relação entre a memória coletiva, patrimônio histórico e poder


1. Leia o texto a seguir depois responda as perguntas. 

"O Estado nacional surgiu, portanto, a partir da invenção de um conjunto de cidadãos que deveriam compartilhar uma língua e uma cultura, uma origem e um território. Para isso, foram necessárias políticas educacionais que difundissem, já entre as crianças, a ideia de pertencimento a uma nação. Os estudiosos modernos chamaram isso de introjeção ou doutrinação interior, que visava a imbuir o jovem, desde cedo, de sentimentos e conceitos que passavam a fazer parte de sua compreensão de mundo, como se tudo fosse dado pela própria natureza das coisas. Um sociólogo de nossa época,  o francês Pierre Bordieu, usou a palavra habitus para se referir a essa naturalização inconsciente que, no contexto dos Estados nacionais, depende de mecanismos de reprodução social, como a escola. Vários outros pensadores modernos, como Gilles Deleuze e Michel Foucault, ressaltaram o papel da escola na difusão e aceitação dos conceitos sociais. 

Os novos Estados nacionais tiveram como tarefa primeira inventar os cidadãos.  Em relação a isso, há uma frase famosa que vale a pena recordar. Logo após a unificação italiana,  em meados do século XIX, menos de 5% da população da Península Itálica falava ou entendia o italiano. O líder da unificação, Massimo D'Azeglio, constatou que "feita a Itália,  é preciso fazer os italianos". 

(FUNARI, P. P., PELEGRINI, S. C. A. Patrimônio histórico e cultural.  Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2006, p. 16-7).

A) Qual o papel da escola no processo de construção da identidade nacional?

B) Apresente uma definição para o conceito de Estado Nacional. 

C) Explique o sentido da frase "feita a Itália, é preciso fazer os italianos".

2. Leia o trecho a seguir, depois responda as questões. 

"... a leitura do Times de 17 de março dava a impressão de que, num discurso proferido na véspera, o Grande Irmão previra que as coisas permaneceriam calmas no fronte do sul da Índia, mas que o norte da África em breve assistiria a uma ofensiva das forças eurasianas. Na verdade, porém, o alto-comando da Eurásia lançara uma ofensiva sobre o sul da Índia, deixando o norte da África em paz. Assim, era necessário reescrever um parágrafo do discurso do Grande Irmão, de forma a garantir que a previsão que ele havia feito estivesse de acordo com aquilo que realmente acontecera. Ou ainda: o Times de 19 de dezembro publicara as estimativas oficiais do volume a ser atingido na produção de uma série de bens de consumo no quarto trimestre de 1983, que ao mesmo tempo era o sexto trimestre do Nono Plano Trienal. A edição do Times daquele dia trazia a informação sobre o volume de produção efetivamente atingido no período, e os números estavam em franco desacordo com os prognósticos anunciados em dezembro. A tarefa de Winston era retificar os números originais, fazendo-os corresponder aos resultados de fato obtidos. Já a terceira mensagem fazia referência a um erro muito simples, cuja correção não demandaria mais que alguns minutos de trabalho. Em fevereiro último, o Ministério da Pujança fizera publicamente a promessa (no linguajar oficial: “assumira o compromisso categórico”) de não promover nenhum corte na ração de chocolate no decorrer de 1984. Na verdade, como Winston já sabia, no fim daquela semana a ração de chocolate seria reduzida de trinta para vinte gramas. Bastava substituir a promessa original pela advertência de que a ração de chocolate provavelmente sofreria uma redução em abril. Tão logo se desincumbiu das mensagens, Winston juntou com clipes as ditografias de suas correções às respectivas edições do Times e as introduziu no tubo pneumático. Em seguida, com um movimento que ele fez o possível para que parecesse inconsciente, amassou as mensagens originais e duas ou três anotações que ele próprio fizera e as atirou todas no buraco da memória para que fossem devoradas pelas chamas. Winston não sabia em detalhe o que acontecia no labirinto invisível a que os tubos pneumáticos conduziam, mas tinha uma visão geral da coisa. Depois de efetuadas todas as correções a que determinada edição do Times precisava ser submetida e uma vez procedida a inclusão de todas as emendas, a edição era reimpressa, o original era destruído e a cópia corrigida era arquivada no lugar da outra. Esse processo de alteração contínua valia não apenas para jornais como também para livros, periódicos, panfletos, cartazes, folhetos, filmes, trilhas sonoras, desenhos animados, fotos — enfim, para todo tipo de literatura ou documentação que pudesse vir a ter algum significado político ou ideológico".

ORWEL, George. 1984

A) Qual seria a finalidade do "processo de alteração contínua" descrito no texto?

B) Imagine que você vivesse num país com práticas semelhantes às citadas no texto. Como deveria ser a forma de governo deste lugar? Justifique sua resposta. 

C) "... amassou as mensagens originais e duas ou três anotações que ele próprio fizera e as atirou todas no buraco da memória para que fossem devoradas pelas chamas".

Podemos afirmar que os líderes desse país estavam preocupados com a memória coletiva? Justifique sua resposta.

3. A Unesco condenou a destruição da antiga capital assíria de Nimrod, no Iraque, pelo Estado Islâmico, com a agência da ONU considerando o ato como um crime de guerra. O grupo iniciou um processo de demolição em vários sítios arqueológicos em uma área reconhecida como um dos berços da civilização.

Unesco e especialistas condenam destruição de cidade assíria pelo Estado Islâmico. Disponivel em: http://oglobo.globo.com. Acesso em: 30 mar. 2015 (adaptado).

O tipo de atentado descrito no texto tem como consequência para as populações de países como o Iraque a desestruturação do(a)

A) homogeneidade cultural.
B) patrimônio histórico.
C) controle ocidental.
D) unidade étnica.
E) religião oficial.

4. Desde meados de 2015 que os noticiários virtuais têm estampados manchetes sobre as ações violentas do grupo jihadista Estado Islâmico (EI), na Síria e no Iraque. Recentemente, o EI explodiu um antigo templo, com cerca de 2 mil anos de idade, e colunas romanas com grande valor arqueológico em Palmira, na Síria.


O atentado mencionado no texto afeta qual aspecto da vida das populações do Oriente Médio? 

a) homogeneidade cultural.
b) patrimônio histórico.
c) controle ocidental.
d) unidade étnica.
e) religião oficial.

6. Leia o texto a seguir, depois responda as perguntas.

"Pela memória do coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, o pavor de Dilma Rousseff, pelo exército de Caxias, pelas Forças Armadas, pelo Brasil acima de tudo e por Deus acima de tudo, o meu voto é sim." 

(Voto do então deputado federal Jair Bolsonaro a favor do Impeachment da presidente Dilma Rousseff, 2016).

A) No voto do deputado pela abertura do impeachment há uma referência à memória. Pesquise e explique qual foi a intenção do parlamentar em seu discurso.

B) Leia o Preâmbulo e o artigo 5º,  inciso III, da Constituição Federal de 1988. Em que medida o discurso do deputado federal contraria os princípios estabelecidos pela Carta Magna de nosso país? 

22.3.23

Oportunidade: FIOCRUZ oferece cursos gratuitos online

A Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) oferece vários cursos gratuitos em diferentes categorias e modalidades, os quais podem ser realizados on-line.



Os temas das capacitações são na área de saúde, educação, gestão entre outras.


As opções de cursos disponíveis estão listadas na plataforma Campus Virtual FIOCRUZ.

[Entrevista] Historiadora Mary del Priore

Confira, a seguir, uma entrevista para lá de especial com a Historiadora best-seller, Dra. Mary del Priore.


AC - Professora Mary, você é uma das referências mais importantes para os estudos sobre História do Brasil. Poderia nos contar como surgiu sua paixão pela pesquisa histórica e um pouco de sua trajetória acadêmica e profissional?

Mary del Priore - A história entrou em mim através dos livros. Eu não estudava, lia. Criança solitária e semi-interna no Colégio Sion, comecei a ler muito cedo, sobretudo a literatura infanto-juvenil que misturava aventuras e viagens. Viajar no tempo se tornou uma mania, um hábito, um prazer. No colégio, a única matéria em que me destacava era História. Como muitas mulheres da minha geração, logo abandonei a faculdade para me casar. Só pude voltar depois de três filhos. Aliás, cresci, estudando com eles. Passei no vestibular da PUC/SP onde tive excelentes professores, mas sob o império dos estudos marxistas. Eu frequentava a Livraria Francesa, no centro de SP, onde adquiria livros de historiadores das mentalidades que estavam revolucionando o fazer-história. Eu queria fazer “outra história” e não a que ouvia na faculdade. Por isso, optei pelos pós na USP onde tive a sorte de ter excelente orientadora: Maria Luiza Marcilio. Logo no primeiro ano, ganhei um concurso da OEA para um curso na Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais, em Paris. A experiência me tornou ainda mais determinada a buscar meus próprios caminhos, sem entrar em caixinhas ideológicas. Passei em 1º. lugar num concurso para História do Brasil Colônia e durante 12 anos lecionei na História da FFLCH/USP. Adorava os alunos, mas sentia que a burocracia me sufocava. Deixei a USP com um projeto: fazer história para todos. Os prêmios se sucederam. Recebi mais de vinte, inclusive quatro Jabutis por livros que nunca teria escrito numa trajetória acadêmica. Afinal, estava fazendo o que queria: história com prazer. Ao mudar para o Rio, lecionei brevemente na PUC e na Universidade Salgado de Oliveira. Sim, sinto falta de alunos e colegas com quem sempre renovei meu aprendizado. Mas compenso na companhia de protagonistas de outrora, homens e mulheres do passado, que seguem me dando lições.



AC - Quais autores e obras lhe exerceram maior fascínio? 

Mary del Priore - Indiscutivelmente Gilberto Freyre e seus três clássicos, Casa Grande e Senzala, Sobrados e Mucambos, Ordem e Progresso. Na graduação da PUC, passamos anos em torno de dois ou três autores que explicavam o passado por meio do modo de produção. Que simplificação, que tédio. O passado é tão complexo, os arquivos brasileiros tão inéditos e ricos, o Brasil tão grande e suas realidades sociais tão diversas, como não ser arrebentada por uma prosa cheia de saber e alegria contida na escrita de GF? Ele falava de tudo que me interessava: vida cotidiana, sexualidade, cozinha, mestiçagem, trabalho, natureza, trocas culturais, enfim, relações humanas vivas. Aqueles eram livros escritos com o prazer que eu queria dar, desde então, a quem me lesse. O mais bizarro é que, na graduação da PUC, a patrulha ideológica, perseguia e lacrava quem lesse GF, o que o tornava tão mais proibido quanto atraente. Tínhamos um pequeno grupo de leitura e enfrentávamos com bom humor o climão pesado de alguns cursos. Leio sempre com renovado prazer a trilogia de GF. E antes que venha nova lacração, é sempre bom lembrar: ele nunca jamais falou em “democracia racial”.


AC - Quais são os maiores desafios que você enfrentou enquanto Historiadora? Considera que ainda falta reconhecimento e mais espaço no mercado para os profissionais da história? 

Mary del Priore - Confesso que tive muita sorte, pois, não basta ter talento ou paixão pelo oficio. É necessário que as condições de trabalho ajudem. Tudo me favoreceu. Nos anos 90, na USP, pude dar o curso que quisesse e tive alunos maravilhosos, hoje espalhados pelas federais e estaduais do Brasil. Era a época de cobrar produtividade dos professores e nada me alegrava mais do que escrever: livros, artigos, resenhas. Professores estrangeiros vinham para cá, centenas de clássicos eram traduzidos, e também muitos de nós puderam fazer pesquisas em Portugal, ou no meu caso, França. Os editores me encomendavam um livro atrás do outro. Uma geração se formou no melhor momento das Ciências Humanas. .

Hoje, sem dúvida falta espaço e reconhecimento para profissionais de história fora do próprio meio. Mas precisamos analisar o porquê. Eu diria que o isolamento dentro dos Departamentos e “a história do pequeno jardim”, como a denominou meu querido amigo Ronaldo Vainfas, deixaram passar na frente jornalistas e ficcionistas que escrevem sem enrolar a língua, como faz a maior parte dos acadêmicos. Há, porém, brechas para respirar. As efemérides são sempre ocasião de mostrar o trabalho de muitos, sem contar que a internet facilitou a divulgação de pesquisas, artigos e teses. Mas no cômputo geral, são pouquíssimos os historiadores presentes na vida pública. A sua falta de visibilidade incentiva a apropriação da História por outros atores da cultura: diretores de cinema e novelas, influencers e pseudo-professores fakes na Internet. Daí a importância da dita “história pública”, cujo objetivo é o de valorizar o próprio ofício ou os colegas.

Mas também ocorreram problemas em nível teórico. Entre os anos 80 e 90, as Ciências Humanas entraram numa crise teórica e política. Numa espécie de revanche, a teoria da desconstrução cancelou o estruturalismo. Vários teóricos passaram a desqualificar a significação do discurso cientifico e sua capacidade de ter um sentido objetivo. Nos tornamos ciências puramente interpretativas. No século XXI, certa radicalidade identitária e a ideologia do cancelamento aceleraram a fragmentação de nosso oficio. Nesse quadro, a “uberização” de jovens historiadores doutores é visível. Desempregados ao final da pós-graduação, eles lutam para sobreviver com bicos e se esfalfam em trabalhos díspares, constituindo uma espécie de proletariado profissional sem grandes perspectivas.


AC - Vários de seus livros, como as publicações da tetatrologia "Histórias da gente brasileira", tornaram-se sucesso de venda. Num país onde a memória coletiva e a História são pouco valorizadas, como explica a grande demanda e procura pelos seus livros?



Mary del Priore - Explico: não são livros acadêmicos. Ao contrário. Meu leitor é gente comum, profissionais de outras áreas, amantes de História. Procurei ligar temas nascidos da farta produção historiográfica com assuntos que interessam à sociedade: trabalho, casamento e família, doença e morte, enfim, tudo o que ilustra e dá a ver o cotidiano de nossos antepassados. E procuro fazê-lo literalmente através de textos saborosos, que transportam o leitor a outros tempos, sem esmagar a narrativa com teorias e conceitos. A tetratologia Histórias da Gente Brasileira irá ao ar em julho no Canal History Channel com entrevistas com vários especialistas nossos conhecidos. A facilidade de leitura dos livros que escrevo me tornaram consultora de vários diretores de cinema, autora de obras institucionais ou palestrante em clubes, academias ou órgãos públicos. Não sou a única. Temos colegas que navegam entre o jornalismo e publicações como Jorge Caldeira e Eduardo Bueno. E outros ainda, como Christian Linch e Heloisa Starling que, em colaboração com meios de comunicação, nos explicam magnificamente como e porque o Brasil derivou para a extrema Direita. Ainda que o grosso da população desconheça ou não se interesse por história, ela é um produto cultural como outro qualquer. Como torna-lo atraente? Falando, não apenas PARA, mas COM o povo brasileiro.

AC - A reforma do Ensino Médio tem preocupado pesquisadores, professores universitários e docentes da educação básica devido à redução da carga horária de várias disciplinas, inclusive das Ciências Humanas e Sociais. Como a senhora vê o ensino de História na educação básica como um todo? Com a perda de espaço do ensino de História nas grades Curriculares, quais seriam os prejuízos para os jovens e a sociedade?

Mary del Priore - E a preocupação tem razão de ser. Todos sabemos que uma sociedade aberta e democrática, tem necessidade da reflexão que a História e as Ciências Humanas trazem. Temos recursos intelectuais para abrir o debate das questões de fundo, sem nos contentarmos com soluções cosméticas? Resposta: sim. Mas, essa disposição esbarra em questões que, sabemos, estruturais. A primeira delas é o compromisso da sociedade com a educação. Não se pode esperar que todas as soluções venham de cima, ou do Executivo seja lá quem o exerça. A aliança entre sociedade e educadores – como já mostrou o sociólogo Pierre Bourdieu – é essencial. Quantas vezes conseguimos colocar gente na rua, em passeatas por melhores condições de ensino, bibliotecas, respeito aos educadores? Se bem me lembro, ao final da Ditadura. Mas para pedir mais espaço para blocos de Carnaval, milhares acorrem. A família, seja monoparental, nuclear, etc., tem que se comprometer com o ideal da escolarização e letramento de seus filhos. E não basta levar até a porta da escola. É preciso valorizar por palavras e ações, seu comprometimento com a vida escolar. No caso da História, também. Valorizar o passado, os lugares de memoria da cidade onde se mora, criar projetos que valorizem os ancestrais, visitar museus e sobretudo, demonstrar respeito ao assunto é fundamental. As séries de tv e livros de história infanto-juvenil estão investindo, ainda que timidamente no filão. Acabei de fazer um livro com Mauricio de Souza onde virei personagem da Turma da Monica, contando sobre a Independência do Brasil. Vamos todos aproveitar a onda.

A segunda barreira me aparece mais difícil. Trata-se da revolução tecnológica em que estamos submergindo sem nos darmos conta. Quem não tem celular, hoje em dia? São 242 milhões de celulares inteligentes em uso no país, que tem pouco mais de 214 milhões de habitantes, de acordo com o IBGE. A pesquisa mostra ainda que, ao adicionar notebooks e tablets, os aparelhos resultam em 352 milhões de dispositivos portáteis, o equivalente a 1,6 por pessoa. De acordo com prognósticos de especialistas, o futuro de certa forma caótico e até mesmo catastrófico, é um cenário onde todas as inteligências artificiais vão interagir com dados de qualquer fonte em todo tipo de situação para criar novos conhecimentos. E ele foi escancarado pelo ChatGPT. Temos que parar de fingir que não vemos as Ciências Humanas perderem seu lugar frente à tecnologia. E começar a pensar em como interagir com as mudanças.


AC - Atualmente, a senhora está trabalhando em algum projeto editorial ou desenvolvendo novas pesquisas? Se possível, poderia falar um pouco sobre os projetos e novas obras que estão por vir?

Mary Del Priore - Esse ano pretendo me dedicar mais ao Clube da História, um canal no Youtube sem pretensões, mas que buscar promover os colegas que tem dificuldade de divulgação de seus trabalhos. Também, vou oferecer um curso sobre meu livro Histórias Íntimas que, depois de vender mais de cem mil exemplares será relançado em abril. Acredito que discutir a sexualidade dos brasileiros é importante, uma vez que as pautas morais estão na ordem do dia. No segundo semestre, será lançado Memórias de uma família imperial – os Bragança no exílio. Poucos conhecem o destino da princesa Isabel e seus filhos, depois do golpe republicano. Faço revelações inéditas sobre o cotidiano de uma família que, apesar de coroada, viveu suas tensões, dificuldades e perdas como quaisquer humanos mortais.

Apesar do cenário não ser luminoso, não desisto da História. Todos que amamos História temos que nos ajudar, nos escutar e dar as mãos para levar o melhor de nosso ofício para o maior número de pessoas.

21.3.23

Ações judiciais pelo piso do magistério e outros direitos

Atenção professores da SEEDUC-RJ, você tem direito de ingressar com uma ação na Justiça cobrando o pagamento do Piso Salarial do Magistério. 




Em razão do descumprimento da Lei do piso nacional do Magistério, a justiça está condenando o Estado do Rio de Janeiro a corrigir o salário dos professores e pagar os valores devidos atrasados! 

Para obter mais informações ligue para: Escritório de Advocacia Serafim Advogadas e Associados 

24 2237-3666 e 2237-1262 
24 99239-8066 (WhatsApp)

O Estado do Rio de Janeiro desde 2015 paga o vencimento-base dos professores em valor inferior ao devido, descumprindo o piso nacional para o cargo e, consequentemente, descumprindo as leis que regulamentam a carreira do magistério.
Em razão do descumprimento da lei a justiça está condenando o Estado a corrigir o piso do professor e pagar os atrasados dos últimos 5 anos que podem ultrapassar a R$ 80 mil reais.
Mas será que entrando na justiça consegue receber?
A resposta é sim! Pois o STF já julgou constitucional a lei do piso e a justiça vem deferindo liminares para pagamento imediato do valor defasado.

QUAIS SERVIDORES TÊM DIREITO AO PISO SALARIAL NACIONAL DO MAGISTÉRIO?

1) SERVIDORES ATIVOS DE TODAS AS CARGAS HORÁRIA
O piso salarial nacional é devido aos professores da rede estadual (Doc I, Doc II, Diretor(a), Agente de leitura, Inspetor(a), Supervisor(a), Orientador(a), entre outros) independente da carga horária ser de 40 horas semanais ou não.
Assim sendo, o direito à implementação do piso salarial alcança até os professores com carga horária abaixo de 40 horas semanais!

2) PROFESSORES INATIVOS/APOSENTADOS
De acordo com a Lei Federal que estabeleceu o reajuste anual da remuneração devida aos atuantes do magistério, o piso salarial nacional do Professor reflete, também, no aumento dos vencimentos da remuneração dos docentes aposentados.
Portanto, os professores aposentados e inativos fazem jus ao reajuste do piso salarial!

OS PROFESSORES ESTÃO RECEBENDO OS VALORES RETROATIVOS QUANDO ENTRAM NA JUSTIÇA?
Sim! Muitos professores já estão recebendo! O STF julgou ser constitucional a lei do piso nacional e, uma vez que o Estado é condenado pela justiça ao pagamento desses valores, é certo que o servidor irá receber!
 
PROFESSORES ESTÃO RECEBENDO SEU REAJUSTE EM DECISÃO LIMINAR
A liminar é uma decisão de urgência que o juiz concede no início do processo quando entende que o direito do professor está sendo claramente violado e precisa ser corrigido com celeridade.
Muitos juízes estão exigindo que o Estado reajuste o piso salarial já no início do processo. Com isso, logo após ingressarem com a ação judicial, os professores já começam a receber o valor correto do seu piso!

OS VALORES RETROATIVOS A RECEBER PODEM ULTRAPASSAR A R$ 80.000,00
A justiça está condenando o Estado do Rio de Janeiro a pagar os valores atrasados, e há casos em que esses valores ultrapassam a R$ 80.000,00.

QUAL O PRAZO PARA ENTRAR COM AS AÇÕES?
O prazo prescricional para cobranças das verbas atrasadas é de 5 anos. Ou seja, a cada dia que você, Professor, deixa de mover a ação judicial, é um dia a mais de valor que deixa de receber!

*INTERNÍVEIS - Mudança de Níveis do Professor - Ação somente para professores ativos e inativos que trabalharam entre Agosto de 1998 a Abril de 2003.*

Foi determinado que o estado do Rio de Janeiro cumprisse o escalonamento previsto no Plano de Carreira do Magistério, o que passou a fazer após a decisão em abril de 2003, bem como efetuasse o pagamento dos valores referentes ao período em que não ocorreu o cumprimento, compreendido entre maio de 1998 a abril 2003.
A Associação dos Professores do Estado entrou com Mandado de Segurança Coletivo questionando a aplicação do plano de Cargos e Salários que preve uma diferença de 12% entre as referências, e que diante do reajuste do salário mínimo, essa diferença (de 12%) não estava sendo aplicada. 
A ação dos Interníveis assegura aos professores que ingressaram no serviço público até 2003, a receberem diferenças salariais resultantes do descumprimento do escalonamento de 12% entre os níveis conforme preconiza a Lei 1.614/1990.
Documentação necessária:
1. Comprovante de residência, RG e CPF;
2. Os 3 (três) últimos contracheques atuais comprovando a condição de servidor hipossuficiente;
3. Contracheques de todo o período a executar, relativos aos meses de agosto de 1998 a março de 2003 ou declaração oficial com os respectivos dados (Referência, Triênio do período recebido) informados pela SEEDUC, Coordenadoria ou Escola;

ESTAMOS À DISPOSIÇÃO PARA MAIORES INFORMAÇÕES

*SERAFIM ADVOGADOS ASSOCIADOS*

RUA 16 DE MARÇO, nº 155, sala 602, Centro, Petrópolis/RJ.

Telefones: (24) 2237-3666, 2237-1262

*Celular e Whatsapp: (24) 99239-8066 – Dra. Graziela Serafim*

17.3.23

Cultura de massa

O que é cultura de massa?


É aquela veiculada pelos meios de comunicação de massa como rádio, televisão, jornais e revistas de grande circulação e, mais recentemente, pela internet. De acordo com os críticos da indústria cultural, sobre seu impacto no conjunto da sociedade, ela impõe padrões culturais com vistas à homogeneização de hábitos e gostos culturais consumistas articulados com a mercadorização no campo cultural. Suas metas são as vendas e o lucro e, não, o consumo cultural inerente ao processo de formação e desenvolvimento humanos." (Glossário de Cultura. Capturado no site Desenvolvimento e questão social)

O termo indústria cultural foi elaborado em meados do século XX pelos sociólogos alemães Theodor Adorno e Max Horkheimer para designar a produção de uma cultura padronizada a ser consumida pelo público massificado. 

Horkheimer e Adorno autores do livro Dialética do esclarecimento (1947).

Os intelectuais criticavam a transformação das obras de arte em produtos padronizados, os quais visavam apenas gerar lucro para a Indústria e manipular a população. O nazifascismo que surgiu na Europa nos anos 1920-1930, por exemplo, explorava o rádio e o cinema para divulgar, para um público cada vez maior, suas produções culturais com a finalidade de doutrinar as massas.

Se as novas tecnologias ajudaram a aumentar a produção e levá-las para muitas pessoas, por outro lado, as peças culturais padronizadas perderam em capacidade de estimular reflexões no público, visto que propõe ideias preconcebidas segundo os interesses das elites dominantes e do mercado.

Atualmente, o termo indústria cultural é aplicado às grandes corporações voltadas à produção musical, cinematográfica etc. Aplicando a lógica capitalista, as corporações buscam produzir algo para agradar  o maior número de pessoas possíveis. Na música, por exemplo, se um estilo musical fez sucesso, rapidamente surgem vários cantores do mesmo estilo e com canções muito semelhantes. O estilo se torna popular e o consumo aumenta. 

A indústria cultural estimula, entre as massas, o consumismo, veiculando, de forma sutil, o modo de vida das elites, as quais prezam pela manutenção de suas riquezas e do próprio sistema capitalista.

Com a padronização e simplificação dos bens culturais, os quais não estimulam a reflexão e a crítica, as massas tornam-se cada vez mais alienadas e alheias aos problemas e às injustiças sociais de sua realidade. 




A Escola de Frankfurt

O conceito de indústria cultural nasceu na Escola de Frankfurt, fundada nos anos 1920, onde Adorno e Horkheimer lideraram um grupo de estudiosos para estudar teoria social e filosofia. 
A escola de Frankfurt, na Alemanha. 


Esse grupo baseava-se nas ideias de Karl Marx, mas foram além delas ao buscar uma alternativa ao capitalismo e ao socialismo. Acreditavam na possibilidade do desenvolvimento de uma sociedade mais justa, sem a dominação da população, como ocorrerá com o nazismo na Alemanha e o socialismo na União Soviética.

Os pesquisadores também criticaram a crença de progresso contínuo, derivado do Iluminismo do século XVIII. Esta concepção acreditava que a razão e o constante aprimoramento tecnológico contribuiriam para o desenvolvimento da humanidade. Contudo, os novos processos e técnicas derivados da razão serviam a outros interesses distanciando-se da ideia de emancipação do ser humano.

Indústria cultural no Brasil

No Brasil a indústria cultural  desenvolveu-se principalmente através dos meios de comunicação: o rádio, a televisão e a Internet.

Os governos sempre tiveram interesse em divulgar ideais específicos por meio dos produtos culturais e de entendimento das multidões. 

O rádio foi amplamente explorado, nos anos 1930, pelo governo Vargas para promover o nacionalismo e o culto a liderança do presidente. Além de veicular a ideologia política, o rádio transmitia anúncios publicitários, de onde vinham suas receitas.

A televisão começou a se popularizar entre os lares brasileiros nos anos 1970 e, até os dias de hoje, é um dos meios de comunicação mais importantes do país. As redes de televisão cresceram com ajuda do Regime Militar (1964-1985) exibindo programas com uma imagem positiva da ditadura. As telenovelas eram sucesso, exaltando o modo de vida da elite e evitando a abordagem dos problemas sociais e o autoritarismo político. 

Nos anos 2000, a Internet surgiu como alternativa mais democrática de meio de comunicação ao permitir a expressão das vozes de outros atores sociais.

Exemplos de indústria cultural

As telenovelas e os serviços de streaming, como a Netflix, são exemplos de produtos da indústria cultural muito consumidos pelas classes mais baixas. Essas programações disseminam valores e procuram padronizar comportamento, incentivam o consumismo e a homogeneidade cultural. O indivíduo vê no entretenimento uma fuga da realidade, marcada pela violência e profunda desigualdade social. 

A cultura de massas favorece a integração entre as classes sociais mascarando as diferenças é conflitos existentes entre elas.

A música também reforça determinados valores e estereótipos. Além das canções que vem dos EUA, no Brasil o estilo sertanejo, funk e pagode estão entre os gêneros mais populares e consumidos.
Cantores do gênero sertanejo universitário apresentam músicas semelhantes que não estimulam o pensamento crítico sobre a realidade política e social do país. 


Desde os anos 1990, com o fim da URSS e a vitória do Capitalismo e a intensificação do fenômeno da Globalização, os EUA têm exercido influência sobre a Indústria Cultural. Nesse sentido, as produções incentivam o consumismo e padronizam comportamentos.


Estudar o tema e compreender a dinâmica da Indústria cultural é de suma importância para os estudantes desenvolverem consciência crítica para resistir à alienação da cultura de massa. 

Referências bibliográficas


FIOCRUZ. Indústria cultural

Atividades (Questões do ENEM) aqui.