"Todos os caminhos levam a Roma". Esse ditado popular na Itália provém da Antiguidade, e se justifica pois Roma construiu um vasto império, conquistando toda a a região da orla do Mar Mediterrâneo. Assim, todos os caminhos iam em direção à capital do império, para onde seguia gente, riquezas, tributos e escravos.
Graças ao seu poderio militar, Roma dominou um imenso território (ver mapa acima). Pela força das armas e da política, os romanos mantinham os territórios dominados como províncias, que deviam impostos e tributos para a capital.
Um exército disciplinado e bem equipado foi fundamental para o sucesso de Roma. |
Com os impostos o governo mantinha um exército poderoso, construía pontes, estradas, coliseus e aquedutos. Muitas destas construções milenares estão erguidas até os dias atuais e são atrações turísticas para os interessados na Antiguidade Clássica.
Um aqueduto construído pelos romanos na França. |
Antes de se tornar um Império, Roma viveu sob o governo republicano entre 509 a. C. a 27 a. C.
A palavra República vem do latim res publica e significa "coisa pública". Essa forma de governo de governo deveria zelar pelo bem comum e pelos interesses coletivos.
Marco Túlio Cícero (106 a. C. a 43 a. C.), filósofo e político romano assim definiu o governo republicano:
“homens associados pelo direito a partir de interesses que
lhes são comuns. A associação pelo direito pressupõe a existência de leis e,
para promover os interesses comuns, essas leis devem ser a expressão da vontade
popular.”
Contudo, a realidade era diferente da teoria. A República romana era controlada pelos patrícios (donos de terras e de escravos), os quais se achavam descendentes dos fundadores de Roma. Eles ocupavam os cargos mais importantes, como os de cônsul ou de senadores.
O senado cuidava do orçamento, decidia se Roma entraria em guerra e elegia os dois Cônsules que lideravam o governo republicano. Em casos extremos ou de crise, um cônsul poderia assumir o poder e implantar uma ditadura até que o problema fosse solucionado.
No outro espectro social havia a massa popular, a plebe. Os plebeus eram um grupo social heterogêneo formado por camponeses, pastores, artesãos, comerciantes etc, os quais constituíam a maioria da população romana.
Eles reivindicavam mais direitos, como o fim da escravidão por dívidas e maior participação no governo.
Com lutas, greves e protestos os plebeus conquistaram, a partir de 494 a. C. o direito de eleger seus representantes para o Tribuno da Plebe (órgão que poderia sugerir leis e vetar medidas do senado) e a publicação da Lei das Doze Tábuas, por volta de 450 a. C., elemento fundamental do Direito Romano. A escravidão por dívidas foi abolida e foi permitido o casamento entre patrícios e plebeus.
Apesar das conquistas dos plebeus, as mulheres romanas não podiam participar da política, votar ou assumir cargos no governo, tal como era na Grécia Antiga. Mas, segundo o historiador Pedro Paulo Funari (2002), "o conceito de cidadania romana era muito mais flexível do que o ateniense, que vimos anteriormente. Tornavam-se romanos, por exemplo, os ex-escravos alforriados, chamados libertos, ainda que os plenos direitos políticos só fossem adquiridos pelos filhos libertos, já nascidos livres. Os romanos concediam, também, a cidadania a indivíduos aliados e, até mesmo, a comunidades inteiras" (p. 85).
Fica claro que a cidadania em Roma era mais abrangente do que fora na Grécia Antiga, especialmente em Atenas, berço da democracia.
Ao estender à cidadania para outros povos, os romanos se tornavam mais numerosos e mais dinâmicos do ponto de vista político e social.
DE OLHO NO ENEM - 2017. QUESTÃO SOBRE ANTIGUIDADE CLÁSSICA
Representação de uma sessão do Senado romano. |
O senado cuidava do orçamento, decidia se Roma entraria em guerra e elegia os dois Cônsules que lideravam o governo republicano. Em casos extremos ou de crise, um cônsul poderia assumir o poder e implantar uma ditadura até que o problema fosse solucionado.
No outro espectro social havia a massa popular, a plebe. Os plebeus eram um grupo social heterogêneo formado por camponeses, pastores, artesãos, comerciantes etc, os quais constituíam a maioria da população romana.
Eles reivindicavam mais direitos, como o fim da escravidão por dívidas e maior participação no governo.
Com lutas, greves e protestos os plebeus conquistaram, a partir de 494 a. C. o direito de eleger seus representantes para o Tribuno da Plebe (órgão que poderia sugerir leis e vetar medidas do senado) e a publicação da Lei das Doze Tábuas, por volta de 450 a. C., elemento fundamental do Direito Romano. A escravidão por dívidas foi abolida e foi permitido o casamento entre patrícios e plebeus.
Apesar das conquistas dos plebeus, as mulheres romanas não podiam participar da política, votar ou assumir cargos no governo, tal como era na Grécia Antiga. Mas, segundo o historiador Pedro Paulo Funari (2002), "o conceito de cidadania romana era muito mais flexível do que o ateniense, que vimos anteriormente. Tornavam-se romanos, por exemplo, os ex-escravos alforriados, chamados libertos, ainda que os plenos direitos políticos só fossem adquiridos pelos filhos libertos, já nascidos livres. Os romanos concediam, também, a cidadania a indivíduos aliados e, até mesmo, a comunidades inteiras" (p. 85).
Fica claro que a cidadania em Roma era mais abrangente do que fora na Grécia Antiga, especialmente em Atenas, berço da democracia.
Ao estender à cidadania para outros povos, os romanos se tornavam mais numerosos e mais dinâmicos do ponto de vista político e social.
DE OLHO NO ENEM - 2017. QUESTÃO SOBRE ANTIGUIDADE CLÁSSICA
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