10.3.15

[Resumo] Breve história da Amazônia

  • A Amazônia, cuja área total é de 6,5 milhões de quilômetros quadrados,  é uma parte do globo terrestre coberta pela floresta tropical. 5 milhões de quilômetros quadrados estão dentro do território brasileiro, na região Norte, além dos estados do Mato Grosso e do Maranhão.
Mapa da Amazônia Legal. Fonte: Uol Educação.
  • Outros países que possuem trechos da Floresta Amazônica são: Colômbia, Equador, Bolívia, Guiana, Guiana Francesa, Peru, Suriname e Venezuela.   
  • A floresta amazônica é densa e fechada, o que dificulta sua penetração e ocupação. Ela possui grande biodiversidade (variedade de espécies de animais e plantas).
  • Entre os anos 500 a 1300, povos ceramistas viviam na Ilha de Marajó (PA), onde formaram a cultura marajoara.
Achados arqueológicos: urnas funerárias dos povos marajoara.
  • A região já era conhecida pelos europeus antes de 1500, devido a uma expedição liderada pelo espanhol Vicente Pinzón.
  • 1539-1541: Os europeus navegaram por todo o rio Amazonas. Gonçalo Pizarro e Francisco Orellana chefiaram uma expedição que saiu de Quito (Equador) e atingiu o Atlântico, após navegar pelo Amazonas.
  • No final do século XVI e início do século XVII, holandeses e ingleses fundaram feitorias na região. Eles tinham interesses de explorar as drogas do sertão, como o cacau, gengibre, baunilha, cravo e noz-moscada.
  • A conquista da Amazônia pelos portugueses ocorreu entre os séculos XVI e XVII.
  • 1616: Fundação do Forte do Presépio, que se tornou um marco para o surgimento de Belém (Pará).
  • Além de enfrentar outros povos europeus, os portugueses encontraram muita resistência por parte dos indígenas como, por exemplo, dos Tupinambá, os quais eram aliados dos franceses.
  • Para solidificar sua posição no Amazonas, os portugueses contaram com a ajuda dos missionários Jesuítas e de outras ordens religiosas, que se instalaram na região para converter os índios ao catolicismo. Muitos índios morreram vítimas da guerra e das doenças trazidas pelos europeus, como a varíola, a gripe e o sarampo.
  • Os colonos entravam em atrito com os jesuítas, pois queriam escravizar os índios, já que não dispunham com tanta facilidade da mão de obra africana.
  • Em 1759, os missionários foram expulsos da colônia durante a administração do Marquês de Pombal (1750 -1777).
  • Pombal tentou transformar o índio em cidadão, integrante da Coroa portuguesa. Assim, ele pretendia garantir o povoamento e a exploração das riquezas da região e civilizar os índios. Mas o projeto de Pombal falhou, os colonos continuaram a negar as leis que garantiam a liberdade do nativo e exploraram extensivamente o trabalho indígena.
  • No início do século XIX, a Amazônia ainda tinha baixa densidade demográfica. Sua economia baseava-se na exploração das drogas do sertão, extrativismo da borracha e cultivo de gêneros agrícolas, como guaraná, café, arroz, algodão e mandioca.
  • Segundo a historiadora Magda Ricci (2003), entre 1804 a 1807, as capitanias do Pará e do Maranhão somavam 19% de todos os bens exportados pela Colônia  para a Europa.
  • A partir de 1835, com a descoberta de nova técnica que deu maior consistência para a borracha, proveniente do látex, passou-se a produzir inúmeros produtos com essa matéria prima: sapatos, rodas, correias, mangueiras etc.
Os seringueiros utilizam a técnica indígena para extrair o látex das árvores (Acre, 2014).
  • A partir de 1850, a borracha se tornou a principal atividade econômica da Amazônia.

  • Em 1870, Belém passou por um grande crescimento econômico e populacional. A popularização das bicicletas e a fabricação de carros aumentaram a demanda pela borracha no mercado exterior. 
  • Muitos migrantes nordestinos foram para a Amazônia tentar ganhar a vida como seringueiros. Havia agentes que mediavam a exportação do látex para a Europa e para os EUA. Eles também incentivavam a vinda dos migrantes para a Amazônia e exploravam o trabalho indígena, como ocorreu com os Munduruku e os Apiacá.
  • No início do século XX, a população de Belém era de cerca de 200 mil habitantes.
  • Após 1885, Manaus também se transformou em centro de exportação da borracha. Daí pra frente passou a dividir com Belém a participação na produção e exportação do produto.
  • Belle époque amazônica: a exploração e a exportação da borracha geraram riqueza para as elites locais. O capitalismo caminha junto com o ideal de modernidade, e os centros urbanos começaram a investir em infraestutura, urbanização, ampliação dos portos, teatros, tendo como referência as principais metrópoles europeias e do Sudeste do Brasil.
Theatro da Paz, em Belém. Construído no final do século XIX, com traços arquitetônicos neoclássicos.

No próximo post sobre a Amazônia, iremos ver como ficou a situação econômica e social daquela região a partir de 1910.

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