Conflitos étnicos no contexto das duas Guerras Mundiais
- O genocídio armênio
A Armênia fica na Ásia Menor, situada entre três continentes - Europa, Ásia e África - e foi, ao longo da História, governada por persas, gregos, romanos, bizantinos entre outros povos. Apesar do domínio estrangeiro na região, os armênios conseguiam preservar sua identidade cultural e religiosa. Desde a Antiguidade eles tinham adotado o cristianismo.
A Armênia era parte do Império Turco Otomano, cuja ideia era expandir sua influência para o Leste e unificar os povos sob seu domínio, porém, os armênios representavam um obstáculo para os turcos mais radicais. Devido à intolerância cultural e religiosa, os turcos começaram a perseguir e exterminar os armênios. Estima-se que entre 1915 a 1923 mais de 1,5 milhão de armênios tenham sido mortos pelos nacionalistas turcos. Outros milhares foram obrigados a deixar a sua terra natal, os que sobreviveram ao horror eram obrigados adotar o islamismo.
Até hoje o governo da Turquia não reconhece o genocídio armênio, porém a Organização das Nações Unidas (ONU) e o Parlamento europeu reconhecem o genocídio, assim como o fez Senado Brasileiro, em 2015.
- Holocausto
Em 1935, os nazistas aprovaram "Leis raciais" proibindo o casamento entre os alemães com raças consideradas inferiores, como os judeus.
- Conflitos étnicos no contexto de criação do Estado de Israel
Em 1948, a Resolução 181 da Assembleia Geral das Organizações das Nações Unidas (ONU) aprovou um documento que previa a divisão da Palestina, no Oriente Médio, para criar dois Estados, um para os árabes e um para os judeus (Israel).
Muitos judeus dirigiram-se para a Palestina, num retorno histórico ao lar onde esperavam viver em paz depois do horror do Holocausto provocado pelos nazistas.
Ocorre que a criação do Estado de Israel e a chegada dos judeus na região tornou-se um problema para os povos palestinos e os países árabes. Desde então, os dois povos têm travado conflitos e guerras sistemáticas por disputas de terras e definição de limites e fronteiras resultando em uma catástrofe humanitária que parece não ter fim.
Em 1967, por exemplo, ocorreu a Guerra dos Seis dias quando Israel derrotou uma aliança árabe (Egito, Jordânia e Síria). Após o conflito, o Estado judeu passou a ocupar 75% do território que seria destinado à criação do Estado palestino. Parte dessas terras foram devolvidas, após 1982, parte permanece ocupada até os dias atuais sendo motivo de disputa.
Como Israel têm aliados poderosos, como os EUA, o país conseguiu fortalecer suas defesas e seu exército. Os palestinos, embora também tenham aliados, detém menos recursos bélicos e suas capacidades militares são reduzidas. De modo que as respostas israelenses aos ataques palestinos são desproporcionais, na visão de alguns analistas.
A desproporcionalidade entre as forças faz com que Israel avance sobre os territórios palestinos e incentive a formação de assentamentos e colônias, fomentando ainda mais a rivalidade e a violência entre os dois povos.
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