A Constituição Federal de 1988 diz que um dos objetivos da República é reduzir as desigualdades sociais (artigo 3°, inciso III).
O objetivo é muito claro e deveria estar sendo trabalhado por todas as instituições que fazem parte da República, entretanto, não é o que ocorre.
Basta ver o exemplo da diferença salarial dos servidores do poder Executivo de Minas Gerais para perceber que o próprio estado colabora com manutenção dos níveis de desigualdade social.
Observando a tabela acima, na qual constam dados sobre a remuneração dos servidores públicos do estado de Minas Gerais, percebe-se que a maior parte deles está na faixa salarial de 2 a 4 salários mínimos. Esse grupo é formado principalmente pelos professores de educação básica.
Na faixa salarial seguinte, de 4 a 8 salários mínimos, a maioria é formada por policiais militares.
Temos no estado de Minas Gerais mais de 6000 servidores que recebem mais de 16 salários mínimos. Polícia Militar, Polícia Civil e Secretaria de Fazenda compõe o pódio, com pouco mais de 4000 servidores abocanhando o maior quinhão do orçamento estadual. E mais, esse pessoal ainda tem plano de saúde, diárias e outros privilégios bancados pelo contribuinte.
Imagine quanto dinheiro não é necessário para sustentar estes marajás da ativa, os milhares de inativos e os pensionistas?
São bilhões de reais por ano destinado pagamento de pessoal dos três poderes e sempre há uma minoria do funcionalismo com salários de R$ 20.000,00, R$ 25.000,00, muito acima do que é pago aos enfermeiros e professores.
O estado trabalha para reduzir as diferenças sociais ou apenas age para manter a desigualdade? Morreremos e não veremos uma reforma administrativa séria e justa que equipare salários e funções e extingua privilégios e regalias de pequenas corporações parasitárias.
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