30.4.15

Ecos da guerra

A Guerra do Vietnã terminou há 40 anos, mas as consequências do sangrento conflito envolvendo o país asiático e os EUA ainda estão bem vivas entre os vietnamitas.

Os norte-americanos abusaram dos aviões bombardeiros e despejaram mais de 75 milhões de litros herbicidas altamente venenosos. O objetivo era desfolhar as árvores, onde os inimigos ficavam escondidos e arrasar as tropas rivais.

Crianças vietnamitas fogem, após sua vila ter sido bombardeada pelas tropas americanas.

Dentre esses herbicidas estava o agente laranja, um produto químico que provocou, provavelmente, inúmeras doenças e deformidades em mais de 3 milhões de pessoas, incluindo civis - mulheres, homens e crianças.


Helicóptero americano despeja veneno no Vietnã.

O contato com o veneno também provocou mutações genéticas, o que comprometeu a saúde das gerações que vieram no pós-guerra, a partir de 1975. Muitas crianças nasceram com deficiências físicas e mentais, pois herdaram de seus pais genes contaminados pelos agentes químicos usados na guerra.

Uma mãe banha seu filho, o qual tem problemas físicos.


Além de toda destruição humana provocada pela guerra, cerca de 25% da área florestal do Vietnã foi devastada pelas bombas lançadas pela força aérea dos EUA.

O conflito, iniciado em 1964, ocorreu no contexto da Guerra Fria, entre EUA e URSS, num momento em que as duas potências buscavam expandir sua influência pelos continentes e submeter os demais países do mundo ao seu domínio ideológico.
  
Veja uma galeria de imagens sobre a Guerra do Vietnã clicando aqui.

Assista à reportagem e saiba mais sobre a Guerra do Vietnã clicando aqui.

27.4.15

Um imperador na minha cidade

Ano 1881. Local: Cidade de Leopoldina, província de Minas Gerais.

A cidade fora assim chamada em homenagem à segunda filha do Imperador D. Pedro II, a princesa Leopoldina. Por conta de seu nome, um periódico local publicou uma nota do Padre Luiz Lopes Teixeira, na qual exaltava a identificação da cidade com o regime monárquico. A esse respeito, dizia que a cidade, "...cujo nome, tomado, na sua creação, por seus habitantes, externa a identidade dos sentimentos monarchicos, por ser nome tirado da Augusta prole de Vossa Magestade imperial". (O Leopoldinense, 24 de abril de 1881, p. 2).
Princesa Leopoldina. Anônimo. Ca. 1853. Daguerreótipo. 13 x 10,4cm.  Acervo do Arquivo Histórico do Museu Imperial.

Cercada por montanhas e fazendas de café, onde trabalhavam milhares de escravos (em 1876 a região concentrava a maior população escrava da Zona da Mata mineira (http://web.cedeplar.ufmg.br/cedeplar/site/diamantina2002/textos/D10.PDF p. 11), a antiga vila crescera, fora elevada à condição de cidade em 1861 e respirava ares de modernidade com a chegada, em 1877, da linha férrea, das estações e das locomotivas.


(O Leopoldinense, 24 de abril de 1881).
O trem ajudava a escoar o café para os grandes centros consumidores, incluindo o porto do Rio de Janeiro, de onde o produto seguia para o exterior, garantindo mais lucros para comerciantes e grandes cafeicultores. Na década de 1870, o café produzido na Zona da Mata respondia por cerca de 60% da arrecadação de toda a província de Minas Gerais. (Fábio W. A. Pinheiro. O Tráfico de escravos na Zona da Mata Mineira: Minas Gerais, 1808 – 1850). Portanto, a região era rica e economicamente importante para a província e para o império. 

O crescimento econômico da cidade de Leopoldina, baseado na monocultura do café e no trabalho escravo, proporcionou o surgimento de ricas famílias, cujos líderes eram proprietários de terras e influentes políticos, como os Monteiro de Barros.
Vista da sede da Fazenda Niagara - distrito de Abaíba, pertencia a influente família Ribeiro Junqueira. Exemplo da opulência local na segunda metade do século XIX (Foto de outubro de 2014).
Nas primeiras décadas do século XIX, a referida família já acumulava riqueza e poder no cenário regional, como demonstra o historiador Angelo Alves Carrara na seguinte passagem:

"Esta família conseguiu apropriar-se de um vasto patrimônio agrário, cuja distribuição foi muito facilitada pela presença de alguns de seus membros importantes nos cargos mais altos do governo da capitania e depois da província: o comendador Manuel José Monteiro de Barros, Romualdo José Monteiro de Barros (Barão de Paraopeba, membro da segunda Junta do Governo Provincial) e o desembargador e ouvidor Lucas Antônio Monteiro de Barros. Só o comendador Manuel José obteve a concessão de quatorze sesmarias. No total, oito membros da família possuíam vinte e quatro sesmarias." (ESTRUTURAS AGRÁRIAS E CAPITALISMO; contribuição para o estudo da ocupação do solo e da transformação do trabalho na zona da Mata mineira (séculos XVIII e XIX), p. 20. Disponível em http://historia_demografica.tripod.com/pesquisadores/angelo/estrutura-texto.pdf). 

Tamanho poder e influência política chamava a atenção das autoridades, inclusive de sua majestade o imperador D. Pedro II, o qual visitou, por inúmeras vezes, a província de Minas Gerais e a Zona da Mata, que como vimos era uma próspera e destacada região mineira. 

D. Pedro II. Fotografia de 1870.
Importante destacar que as viagens que o Imperador fez por todo o país possuíam um significado político, pois o monarca se apresentava para os súditos como o representante da nação e da unidade do Império (Ver Alvarenga, Susiely. As viagens de D. Pedro II à província de Minas Gerais em 1881[manuscrito] : festividades, política e ciência / Susiely Alvarenga - 2012.191f.: il.). D. Pedro II era o elo entre a corte com as demais regiões, sua presença servia para fortalecer os laços de poder com as elites locais do interior do Brasil. Alguns ilustres cidadãos residentes nas cidades visitadas pelo Imperador eram, inclusive, agraciados com títulos de nobreza e honrarias imperiais para reforçar alianças e a lealdade local com monarca. 

Numa das viagens que fez à província, em 1881, D. Pedro II visitou Leopoldina, situada na Zona da Mata mineira. Era comum que as cidades que recebessem Sua Majestade Imperial organizassem uma grande recepção. As ruas eram enfeitadas com flores, as casas iluminadas, havia banda de música, comemorações religiosas e civis.

Em Leopoldina não foi diferente, alguns dias antes da chegada do Imperador, o jornal da cidade, "O Leopoldinense", repercutia o fato e discutia os preparativos para a recepção da maior autoridade do Império e quem iria arcar com os custos de tais provimentos.
As páginas do jornal local exaltavam a visita do Imperador como a "maior e mais elevada distincção a que esta cidade possa aspirar..." Em destaque o Brasão de D. Pedro II.  (O Leopoldinense, 30 de abril de 1881. p. 2).

Organizar uma recepção "com as pompas e festas" digna do Imperador era algo caro. O jornal questionava quem iria custear a visita de D. Pedro II e de sua comitiva - a Câmara Municipal (órgão que era a prefeitura da cidade naquela época) ou os cidadãos, empregando recursos próprios.

O periódico reproduziu em suas páginas o dilema do município:
"applicar os dinheiros municipaes aos festejos com a recepção do Imperador e prejudicar sem uma razão legal todos os ramos do serviço publico attendidos pelas verbas orçamentarias, de que se retirassem aqueles dinheiros ou sollicitar de outra fonte a precisa quantia, embora corresse o risco de não poder levar a effeito os ambicionados festejos,..." (O Leopoldinense, 21 de abril de 1881. p. 1).    

O jornal da cidade louvou a escolha da segunda opção, isto é, a busca de dinheiro para a festa de boas vindas junto a particulares, poupando assim os recursos dos cofres públicos municipais. 

A cidade estava mobilizada com os preparativos para receber o imperador. O papel de liderar a organização da festa ficou sob a responsabilidade da Irmandade do SS Sacramento, uma associação ligada à Igreja Católica, formada por membros do Clero e da sociedade civil, e do "Club Agricola". O município foi todo decorado com flores. Lírios e dálias foram colhidos para serem espalhados pelos caminhos que seriam percorridos por D. Pedro II.


Lírios e Dálias embelezavam a cidade para receber a família imperial.

Na linha férrea próxima à fazenda do Desengano e em outros pontos da cidade, foram instaladas girandolas de onde sairiam fogos para celebrar a chegada do Imperador.

No dia 30 de abril de 1881, numa bela manhã de sábado, por volta das onze e trinta horas, o trem que trazia sua Majestade e sua comitiva, incluindo a Imperatriz Teresa Cristina, chegou à Estação da cidade.


Imperatriz Teresa Cristina. Foto disponível no site do Museu Imperial.

Segundo o relato do jornal "O Leopoldinense", edição de 1 de maio de 1881, a estação de trem estava tomada pela população. Havia autoridades municipais, vereadores, políticos, militares, membros do clero, diversas famílias e bandas de música.

Após a festiva recepção, o Imperador, sua comitiva e os convidados saborearam um delicioso banquete, regado a vinhos e perfeitos preparados, oferecido pelo Restaurante Carceler.
Como era de costume, D. Pedro II visitou os prédios públicos, como a Cadeia, a Câmara, a Matriz e a Escola. Sobre isso, registrou o seguinte em seu diário pessoal de viagem:


Na estação de Vista Alegre (10h 35’) tomou-se o ramal da Leopoldina. Aí cheguei às 11 ½ à casa de um amigo de Gervásio Monteiro de Barros sobrinho neto do Congonhas.

Almoço que interrompi às 12.

Câmara e cadeia — idem. A casa não é má. Aula primária de meninos que não me desagradou. A sala é muito pequena. Colégio de meninas que não me pareceu mau, tendo a mestra fisionomia inteligente. Aula 1ª de meninos do grau superior. Sofrível. A aula 1ª de meninas não tem agora professora. O cura não explica doutrina aos meninos na igreja como quase nenhum faz.

Oração na igreja de onde se goza de boa vista; subida íngreme; fomos de trole e de lá por boa ladeira para a estação. 

(Diário de D. Pedro II. Viagem a Minas Gerais – Segunda Parte. Volume 25. 19 a 30/04/1881).

A comitiva imperial foi recebida por um membro da importante família Monteiro de Barros, detentora de terras, produtores de café e influentes políticos a nível provincial.


Em seu diário, D. Pedro II registrou suas impressões sobre os prédios públicos (Câmara e cadeia) e visitou o colégio de meninos e de meninas e parece não ter se impressionado com as aulas e com o ensino no município.


Depois dirigiu-se, de carruagem, à Igreja (atualmente está a Igreja Nossa Senhora do Rosário) onde orou e pode apreciar a vista da cidade.


Dali, seguiu para a estação e antes de embarcar entregou ao sr. barão da Leopoldina a quantia de 500$, dos quais 200$ deveria ser destinado à "pobreza" e 300$ para a aquisição de livros para o "Club Agricola". Às 13 horas e 45 minutos, sob vivas e foguetórios,  a comitiva partiu com destino à Corte (Rio de Janeiro), onde foi encerrada a primeira viagem real à Minas Gerais no ano de 1881.


A euforia e a comoção gerada pela visita imperial, contudo, não foram suficientes para que a imprensa local deixasse de registrar pequenos incidentes, embora não tenham chegado a atrapalhar as celebrações oficiais. O jornal noticiou que no "alto do morro ao incendiar-se as salvas ali collocadas, fracturou a perna direita o fogueteiro..." e um escravo, o pardo Manoel Bernardo, se feriu. O Leopoldinense, 1 de maio de 1881, p. 2).
  
Pouco mais de uma semana após a conclusão dessa viagem, D. Pedro II enviou uma correspondência para sua filha, a princesa Isabel, relatando o ocorrido e sua passagem por Minas Gerais:

Cara Filha 


O diário lhe teria dito como foi interessante minha viagem a Minas. Esta província tem grandes elementos de prosperidade. 

Não falo de suas montanhas de ferro e de ouro e outros minerais. Tem regiões fertilíssimas por todas as culturas mesmo para o trigo de que comi muito bom pão. A escola de Minas pode servir de modelo. 


(Cartas de D. Pedro II a Isabel. Carta de 08 de Maio de 1881). 



Importante destacar que as viagens oficiais do Imperador tinham um caráter simbólico e político, visando levar ao interior de seu Império e aos seus súditos os ritos, os costumes e a representação do Poder real.

Assim sendo, a presença de Sua Majestade e de sua comitiva materializavam, nos locais mais afastados da sede do império, o regime monárquico em vigor no Brasil.

O momento histórico era delicado, tendo em vista que os grandes produtores rurais criticavam o governo imperial e o processo de abolição da escravatura, que tomava forma. Isso representava um risco para a unidade do Império. Nesse contexto, as visitas de D. Pedro II ao interior serviam como uma estratégia política, com as quais o imperador distribuía cargos, títulos honoríficos e até recursos financeiros para os locais visitados, tudo com o objetivo de tentar manter a unidade nacional, firmar alianças com as elites locais e tentar minimizar os rumores da implantação de uma República no Brasil.


Apesar de todos os esforços imperiais, os rumos da História política brasileira sinalizavam mudanças, e oito anos após visitar Leopoldina foi proclamada a República, sob a égide dos militares e com o apoio dos grandes produtores rurais, principalmente dos paulistas, os quais estavam insatisfeitos com a Monarquia. A família real foi enviada ao exílio e do navio que a conduzia para a Europa assistiram à ruína do regime monárquico no Brasil.


Com relação à breve passagem de D. Pedro II por Leopoldina, foi um marco histórico para o local, um reconhecimento de seu prestígio e influência política e econômica ao final do século XIX. Embora os tempos de glória e opulência do município tenham ficado para trás, a memória da visita imperial continua viva nas páginas da história desta cidade.  


Referências de pesquisa


GENOVEZ, Patrícia Falco. A viagem enquanto forma de poder: a viagem de Pedro II e a inauguração da rodovia União e Indústria, em 1861Tempo, Rio de janeiro, Vol. 3, n° 5, 1998, pp. 161-180. 1.

MACHADO, Cláudio Heleno. Tráfico interno e Concentração  de população escrava no
principal município cafeeiro da Zona da Mata de Minas Gerais: Juiz de Fora (Segunda metade do século XIX)X Seminário sobre a Economia Mineira. 

PIRES, João Ricardo Ferreira. Notas de um Diário de Viagem a Minas Gerais: política e ciência na escrita viajante do Imperador D. Pedro II (1881). Dissertação apresentada na Pós-Graduação em História/UFMG como requisito parcial à obtenção do título de mestre
Linha de Pesquisa: História e Culturas Políticas. Orientadora: Eliana de Freitas Dutra

ALVARENGA, Susiely. 
As viagens de D. Pedro II à província de Minas Gerais em
1881[manuscrito] : festividades, política e ciência / Susiely Alvarenga - 2012. 191f.: il. Orientador: Prof. Dr. Ronaldo Pereira de Jesus. Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal de Ouro Preto. Instituto de Ciências Humanas e Sociais. Departamento de História. Programa de Pós-graduação em História. Área de concentração: Poder e Linguagens.

Volume 25: Viagem a Minas Gerais (Segunda parte) 19 a 30/04 de 1881.


Jornal O Leopoldinense. Abril e Maio de 1881.

Feliz aniversário, Leopoldina!


Parabéns, Leopoldina, pelos seus 161 anos! by Slidely Photo Gallery

23.4.15

Animação sobre o Iluminismo

Assista a esta breve animação e aprenda mais sobre o Iluminismo, o mais importante fenômeno intelectual do século XVIII!

22.4.15

Animação sobre o Absolutismo e o Mercantilismo

O título do post apresenta dois conceitos fundamentais para se compreender a Idade Moderna, uma época em que surgem os Estados Nacionais europeus e se dá a formação do capitalismo comercial, que resultará, posteriormente, nas grandes navegações e descobrimentos do século XV.

Para facilitar o estudo e a assimilação dos conceitos, elaboramos uma animação através do recurso digital Powtoon, que exploramos pela segunda vez.

Assista ao vídeo abaixo e descubra como não é tão complicado aprender História.




Obs.: Não se esqueça de estudar o caderno, o livro didático e outros textos e resumos disponíveis aqui no Blog para ampliar o seu conhecimento sobre o assunto.

Bons estudos!

21.4.15

A mídia está em todo lugar

Os alunos das turmas do 2º ano do CIEP 280 foram às ruas de Carmo encontrar as tais das mídias.

A pesquisa de campo se deu depois deles terem conhecido os conceitos de cultura e de mídia, daí resolvemos encontrá-las em nosso dia a dia.

Cotidianamente, somos "bombardeados" por informações e nem nos damos conta do volume de outras tantas informações que estão por trás de tantos letreiros, cartazes, anúncios etc.

Os alunos fotografaram tudo que encontraram de informação disponível nas ruas da cidade. Depois, em sala de aula, selecionaram as fotos, pesquisaram e elaboraram, coletivamente, uma apresentação de slides que foi exibida na quinta-feira para todas as turmas do 1º ano e do 2º ano do CIEP 280.

Confiram os slides com o trabalho do dia:


Em memória de Tiradentes o feriado de 21 de abril

O feriado nacional que celebramos hoje é uma homenagem à Joaquim José da Silva Xavier (Tiradentes), um alferes que participou da Conjuração Mineira em 1789.

Por seu envolvimento com a revolta que pretendia libertar Minas Gerais do jugo colonial português, Tiradentes pagou com a própria vida.

No período colonial e imperial, ele era visto como um criminoso, um indivíduo que tentou trair a Coroa Portuguesa. Após a proclamação da República, em 1889, Tiradentes começou a aparecer nos livros didáticos de História como mártir, um herói que ousou lutar contra o domínio português no Brasil.

Assim a figura de Tiradentes foi apropriada pelo regime republicano, o qual, com êxito, transformou o Tiradentes em um mito e um símbolo da República, um exemplo para todos os cidadãos brasileiros.

Portanto, a imagem que ficou no imaginário de muita gente é a do Tiradentes virtuoso, que ofereceu sua vida em prol de uma grande causa, mas acabou traído, assim como ocorreu com Jesus Cristo.
Representação de Tiradentes semelhante ao Cristo, com barba e cabelos longos.

Essa construção do mito em torno de Tiradentes ocorreu para legitimar o regime Republicano e ajudar as pessoas a se lembrarem do quanto os portugueses poderiam ser cruéis e exploradores. Ao passo que a República era uma forma de governo mais tolerante e democrática do que os regimes que a antecederam.

Foi desse modo que a História de Tiradentes foi sendo contada e recontada. Ela sofreu mudanças desde o final do século XVIII, chegando até as primeiras décadas do século XX, demonstrando o quanto as elites procuravam controlar o povo, manipulando fatos e personagens de acordo com os seus interesses e o jogo pelo poder.


Leia mais sobre Tiradentes e a Conjuração Mineira clicando nos links abaixo:

Animação sobre o Renascimento Cultural

O 2º bimestre já vai começar.

Que tal ficar por dentro do novo conteúdo assistindo à uma animação super legal?

Ok, então vamos lá!


20.4.15

+ produções da NEJA

Estudamos com os alunos da Nova Eja um pouco sobre a tentativa das elites, no século XIX, de forjarem uma identidade nacional brasileira tendo como referência o padrão de "civilização" europeu.
Nesse sentido, estudamos também que uma das medidas adotadas pelos políticos e apoiada pelas elites foi o incentivo da vinda de imigrantes europeus para o Brasil, com o intuito de "branquear" o povo brasileiro.

O projeto falhou devido a nossa diversidade étnica e cultural, mesmo com a miscigenação, hoje cerca de metade da população brasileira é afrodescendente, por isso o branqueamento engendrado no século XIX deu errado.

Abaixo seguem dois textos maravilhosos, escritos pelas alunas da Nova Eja que abordam a diversidade étnica e cultural do Brasil. Leiam.

Brasil: a sua rica diversidade

A identidade nacional brasileira tem haver com a História do começo do Brasil.
Com a vinda dos portugueses, trazendo africanos e daí aconteceu também o envolvimento com os índios.

Assim, ao longo de nossa História, foi acontecendo a miscigenação e surgiu toda essa diversidade cultural, social, religiosa e a existência de vários grupos étnicos.
Operários (1933), de Tarsila do Amaral. A obra representa a variedade étnico-racial de grupos formavam a sociedade brasileira. 

Com essa certeza, não poderemos definir de forma simplificada a grande diversidade que se tornou a identidade do nosso Brasil.


Ana Carla Rezende Moura Gonçalves 
Aluna da NEJA - Módulo 1




Meu Brasil, brasileiro

É lindo ver e viver neste país sem igual...
Meu maior patrimônio cultural.

Parece esses caldeirões, dos bem grandes...
Onde tudo foi misturado.

Mexe daqui, mexe de lá!!! Resultado: 
este povo lindo, sem igual, 
jamais em outros lugares encontrado.

Nossas comidas... hummm!!!
São cheias de misturas, sabor sem igual,
Por estrangeiros admirada
Como me deixa maravilhada!

Mesmo crendo somente em um Deus,
temos diversas formas de nos aproximar d'Ele,
respeitosamente uns aos outros, 
em inúmeras quantidade de religiões.

Nossas crenças, que são muitas
originadas por diversas culturas, 
se misturam umas as outras,
fundindo assim novas histórias 
através da memória vivida e compartilhada.

Nossas peles, multicoloridas, 
mais parecem iluminar os dias
de tão diversos tons...

Uns poucos, com tanto;
Muitos outros com tão pouco...

Mas um povo que sorri acima de tudo,
que é receptivo (desde os índios),
que nasceu de uma louca mistura
para se tornar
esta inigualável nação.

Fernanda Santos
Aluna do NEJA - Módulo 1









Parabéns para a toda turma. Continuem lendo, pesquisando e produzindo. Estão todos caminhando bem!

19.4.15

CIEP NEWS: um projeto que está se tornando realidade

O jornal CIEP NEWS, que se encontra em fase de diagramação, surgiu a partir de uma iniciativa da disciplina Cultura e uso das mídias, em parceria com as disciplinas de Filosofia e Sociologia.

Assim, o trabalho tem sido feito pelos alunos das turmas 2001, 2002 e 2003 sob a orientação dos Professores Rodolfo, Carlos Frederico e Douglas Rocha.

Nós, professores do PROEMI do CIEP 280, discutimos e elaboramos a proposta de confecção de um jornal escolar, constando de objetivos, recursos, cronograma, ações e pessoal responsável pelas atividades a serem desenvolvidas.

Cabe ressaltar que em nossas reuniões deixamos claro que os alunos do Ensino Médio devem ser protagonistas e nós apenas orientadores, parceiros dos estudantes na elaboração do jornal.



Até aqui tudo foi muito democrático, os próprios alunos escolheram o nome do jornal, por meio de votação. Criaram a logomarca, que será apresentada em breve, fizeram enquetes, entrevistas e colunas com um rico conteúdo que irá interessar a todos os leitores.

Não podemos deixar de mencionar o apoio que a escola tem nos conferido, tanto da equipe de Coordenação Pedagógica (Cláudia, Josaura e Ednéia) quanto da gestão da escola, por meio da diretora Elaine Gaspar Ferreira. Sem elas, não teríamos chegado até aqui.

Estamos todos ansiosos com a vinda da 1ª edição, principalmente os alunos e os professores diretamente envolvidos com o jornal, por isso fiz este post para lembrar a todos que o CIEP NEWS vem aí. E vem para ficar, para fazer bonito, para estimular a leitura e a produção de textos de variados gêneros pelos nossos alunos e informar a Comunidade escolar e carmense sobre os principais projetos e trabalhos desenvolvidos no CIEP 280.

14.4.15

Um show de criatividade!

Vamos postar as fotos dos trabalhos dos alunos das turmas 7º ano 8 e 9.
Eles confeccionaram maquetes reproduzindo um feudo medieval, típico da França, nos séculos IX e X.

Importante destacar que pedimos aos alunos para usarem materiais reaproveitáveis, que eles têm disponíveis em casa, como garrafas pet, caixinha de leite etc.

Vejam só o resultado final. Um show!

P@rabéns, turma!

*Fotos pela especialista em educação Sônia.
















13.4.15

A mídia e o consumo

Depois de discutirmos conceitos como mídia, cultura, padrões e consumo partimos para o trabalho.


Os alunos do 2º ano do Ensino Médio produziram textos analisando a ilustração acima, que encontramos na internet.
Vamos parar de conversa porque selecionamos alguns trabalhos incríveis que foram produzidos. Então vamos nessa.

A mídia no comando

Ao analisar a charge começamos a refletir se somos ou não marionetes da mídia... e chegamos a triste conclusão que sim! Nós somos dependentes de informação, procuramos propaganda e até caímos em alguns de seus golpes publicitários. Afinal, ela está ma TV, rádio, internet, impressos etc.

A mídia parece ser um vírus que se propaga e nunca mais saí de nós. Mas não apenas "sofremos" a influência da mídia, como também fazemos parte dela, nós somos a mídia; nossas redes sociais são exemplos de mídia. Elas são nossos meios de comunicação e interação, nos quais compartilhamos ideias, notícias e opiniões.

Em resumo, nós "vivemos" a mídia. Loucura, não? Mas a mídia nos segue onde quer que estejámos. Ela pode nos fazer mudar de ideia, nos fazer rever nossos conceitos e, mais importante, influenciar em nossa própria IDENTIDADE!

E agora, viver ou não de mídia?  

Texto por:
Isabela.


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A culpa não é da mídia

Atualmente, com a acessibilidade facilitada aos meios de comunicação é muito fácil espalhar ideias sem a necessidade de perguntar as pessoas se elas estão interessadas nessas ideias.
É assim que a mídia influência a cultura...

Mas o contrário também acontece. A mídia visa o lucro e lucra vendendo ás pessoas o que elas querem. Por exemplo, um padeiro não faria pão se isso não lhe rendesse dinheiro, e se ele não lucrar vai deixar de fabricar pão e fazer outra coisa.

A mídia é como o padeiro, se as pessoas não compram o que ela vende ela vai vender outra coisa. Se as pessoas não compram o que ela vende, ela vai vender outra coisa. Se as pessoas não acatam os padrões que a mídia tenta estabelecer, ela anuncia outra coisa. A mídia manipula os que se deixam manipular.

Reclamam da mídia ditar o modo como as pessoas vivem, mas as pessoas não são totalmente inocentes e facilmente manipuláveis.
É possível assistir a um filme do Super Man sem querer, ao final do filme, saltar de prédios e voar. Portanto, as pessoas precisam ter maturidade para filtrar o que a mídia diz e assim separar o que é útil do que não é.

Se você coloca fogo no próprio corpo você vai se queimar e a culpa não é do fogo.

Texto por:
Patrick



Parabéns. As ideias estão bem trabalhadas, objetivas e coerentes!

Trabalhando com fontes históricas - 6º ano do Ensino Fundamental

Levamos para o 6º ano do Ensino Fundamental uma sacola com diversos objetos e, na medida, em que selecionávamos algum iríamos dialogando a respeito dele e qual sua importância para a vida humana e a História.

Assim, tentamos demonstrar que o campo das fontes históricas é ilimitado. Portanto, tudo ao nosso redor é passível de ser estudado e compreendido historicamente.

Os alunos escolheram algumas fontes que mais lhes chamou a atenção, pesquisaram e escreveram sobre elas. Note que eles conseguiram estabelecer relações entre as fontes e a realidade, seja a atual ou a histórica (no passado), entrelaçando os objetos de estudo com a sociedade, a economia, a literatura e a cultura humana.

Confiram:

O milho

O milho é muito útil, pois serve como alimento para todos e ajuda a prevenir e a combater certas doenças. Ele pode ser utilizado em comidas, como: canjiquinha, pipoca, milho cozido, angu, mingau, bolo etc.

O milho também pode ser usado como ração para alimentar os animais, como porcos e galinhas.



Antigamente, era muito comum as crianças usarem o sabugo do milho para fazer bonecos, colocando nele pedaços de tecidos e pregando com botões. Um exemplo de boneco feito com espiga de milho é o Visconde de Sabugosa, da turma do Sítio do Picapau Amarelo.

Ana Luíza Paixão Vieira


O Milho

O milho tem origem lá na América Central há sete mil anos. O milho serve para fazer vários tipos de comidas, como: bolo, mingau, sorvete, doces, salgados etc. 



Além disso, o milho também é muito importante na alimentação dos animais, como as galinhas e o gado.

Isadora Amorim Oliveira


Celular

Celular, ainda bem que você existe. Se você não existisse minha vida em comunicação seria horrível. Não iria poder conversar com ninguém pelo celular.
E ainda ficaria sem os meus aplicativos, que são facebook, tira selfie, twitter, WahtsApp, jogos e instagran.

Além disso tudo, eu escuto música, pesquiso e faço contas na calculadora. Na minha opinião, o celular fez muito para a sociedade.

Jeniffer F.



Relógio

O relógio existe há milhares de anos e podemos dizer que somos "escravos" do relógio, porque sem ele não seríamos nada.
Ele que marca o tempo de todas as nossas coisas, como por exemplo, hora de acordar, de tomar café, de tomar banho, de ir para a escola, de brincar e de fazer a lição...

A persistência da memória. Salvador Dalí (1931)

Existem vários tipos de relógio - relógio de sol, relógio de pulso, relógio de parede, relógio com algarismos romanos etc.

Os relógios movidos à pilha podem nos causar problema, pois quando a pilha passa da validade a gente acaba não notando e perde a hora. Assim, acabamos nos atrasando e perdendo a hora certa.

Emmanuelle Paixão Gonrado


O avião

O inventor brasileiro Santos Dumont é considerado o criador do avião. Ele criou essa invenção para transportar as pessoas mais rapidamente.



Infelizmente, os aviões também são utilizados para carregar bombas, armas e munições para as guerras.



Antigamente, o avião era usado somente por pessoas com melhores condições financeiras. Mas isso já mudou, pois muitos, hoje em dia, têm acesso a esse meio de transporte.

Mariana



Parabéns, turma! Os textos ficaram incríveis.

4.4.15

Palestra em Ouro Branco: O celular como ferramenta de leitura e de aprendizagem

No dia 31 de Março estivemos no IFMG, em Ouro Branco, a convite do professor Carlos Eduardo Paulino, para fazer uma palestra para os acadêmicos do Curso Superior de Licenciatura em Comunicação.

Atendemos prontamente o pedido e ficamos honrados com a oportunidade.

Na palestra contamos um pouco da História do Acrópole, desde o seu surgimento em 2010 até os dias atuais, em que o Blog está associado à outras redes sociais e possui até o próprio aplicativo. Relatamos também nossa experiência com o celular e o aplicativo empregados na sala de aula, como um meio didático. Aliás, foi essa experiência exitosa que nos levou à final do Prêmio VivaLeitura, em dezembro de 2014.

Apresentamos o Blog para os ouvintes, demonstramos os seus recursos - como os textos, vídeos, imagens, fontes históricas, avaliações e jogos on-line e, claro, muitas publicações de nossos alunos e alunas.

Ao final da palestra os professores do Curso de Computação, acadêmicos e professores da rede municipal de Educação de Ouro Branco fizeram várias perguntas e nos deram ótimas sugestões para aprimorarmos o nosso trabalho.

Quero agradecer novamente ao professor Carlos Eduardo Paulino e a todos que nos agraciaram com sua presença naquele dia especial.

Fotos: