O feriado nacional que celebramos hoje é uma homenagem à Joaquim José da Silva Xavier (Tiradentes), um alferes que participou da Conjuração Mineira em 1789.
Por seu envolvimento com a revolta que pretendia libertar Minas Gerais do jugo colonial português, Tiradentes pagou com a própria vida.
No período colonial e imperial, ele era visto como um criminoso, um indivíduo que tentou trair a Coroa Portuguesa. Após a proclamação da República, em 1889, Tiradentes começou a aparecer nos livros didáticos de História como mártir, um herói que ousou lutar contra o domínio português no Brasil.
Assim a figura de Tiradentes foi apropriada pelo regime republicano, o qual, com êxito, transformou o Tiradentes em um mito e um símbolo da República, um exemplo para todos os cidadãos brasileiros.
Portanto, a imagem que ficou no imaginário de muita gente é a do Tiradentes virtuoso, que ofereceu sua vida em prol de uma grande causa, mas acabou traído, assim como ocorreu com Jesus Cristo.
Representação de Tiradentes semelhante ao Cristo, com barba e cabelos longos. |
Essa construção do mito em torno de Tiradentes ocorreu para legitimar o regime Republicano e ajudar as pessoas a se lembrarem do quanto os portugueses poderiam ser cruéis e exploradores. Ao passo que a República era uma forma de governo mais tolerante e democrática do que os regimes que a antecederam.
Foi desse modo que a História de Tiradentes foi sendo contada e recontada. Ela sofreu mudanças desde o final do século XVIII, chegando até as primeiras décadas do século XX, demonstrando o quanto as elites procuravam controlar o povo, manipulando fatos e personagens de acordo com os seus interesses e o jogo pelo poder.
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