25.3.14

Escolha difícil

Todos os cidadãos sabem que o Brasil é um país com elevado índice de corrupção política e empresarial. Nos rankings internacionais que medem esse quesito, nosso país, infelizmente, ocupa posição destacada.

A corrupção aqui se manifesta em todos os níveis da sociedade, está embrenhada na História brasileira, e sua origem remonta ao tempo da colonização portuguesa. 

No mundo dos negócios a corrupção é algo bastante comum. Nele, bilhões de reais são sonegados em impostos pelos empresários (pelos grandes pelos pequenos também, independente do tamanho do negócio todos buscam meios para "fugir" do fisco).
http://g1.globo.com/distrito-federal/noticia/2014/03/sonegometro-na-esplanada-mostra-evasao-de-r-108-bi-desde-janeiro.html

No campo político também há uma artéria aberta, pela qual corre enorme fluxo de verbas públicas, cargos, favorecimentos e outras benesses que contrariam os interesses coletivos, a lei, a moral e a ética, princípios que deveriam nortear a vida de todos, principalmente dos agentes públicos.

As eleições estão se aproximando e devemos escolher nossos candidatos, aqueles que irão nos representar no poder e tomar decisões que podem melhorar ou piorar nossas vidas.
Você votaria num candidato que está sendo investigado pela polícia ou pelas autoridades judiciais?

Você depositaria sua confiança num partido político que, quando indagado sobre os desvios de condutas de seus partidários, responde apenas "não sei"?

A última "bola fora" do governo federal foi a divulgação de um péssimo negócio feito nos EUA em 2006, quando a Petrobrás adquiriu uma refinaria norte-americana pagando um valor acima do mercado. A presidenta Dilma autorizou a compra, pois naquela época ela presidia o Conselho de administração da estatal. Agora diz que desconhecia cláusulas contratuais que aumentaram o prejuízo do negócio. Esse dano atinge os cofres públicos e abala a credibilidade da estatal, afastando os investidores da empresa.

Usar a falta de conhecimento como desculpa não é novidade no governo petista. Durante o Governo Lula, quando o mensalão foi denunciado, o presidente da República disse não saber de nada, desconhecia o fato, embora seu braço direito - José Dirceu - negociasse os termos da compra de votos parlamentar em uma sala próxima ao recinto presidencial.  

Partidários defendem o governo das denúncias e críticas atacando a imprensa, acusando-a de "golpista" e de oportunista. Mas o papel da imprensa é noticiar, cobrar e fiscalizar independente da cor partidária que ocupe o poder.  

Com tudo isso, fica muito difícil escolher um candidato ou uma candidata para ocupar os cargos públicos de nosso país. Todos eles, com pequenas exceções, têm seus nomes associados com negociatas sujas e condutas inadequados a agentes que ocupam cargos tão importantes na Administração do país.
Assim fica difícil escolher e votar com a segurança e a certeza de que estamos, realmente, escolhendo o melhor.

Apenas questiono se a alegação de desconhecimento dos governantes acerca atos ímprobos praticados em seus governos compensa a tal "revolução social" promovida no país. Aliás, a revolução tem sido bem conservadora feita em doses homeopáticas, sem significativas alterações nas estruturas de poder, sociais e econômicas do país, não acham?

O que fazer? Eis a questão!

O fato é que a conta de toda a corrupção e do mau uso do dinheiro público é altíssima e está sendo paga pelo povo trabalhador, o qual (sobre)vive com menos recursos investidos na Saúde, na Educação e na Segurança pública.

Entra governo, muda governo e permanece a incompetência e a falta de ética na política, o que mantém nosso país estagnado e distante de uma realidade socioeconômica estável, tal qual os países desenvolvidos desfrutam. Enquanto não surgem alternativas para mudanças efetivas em nosso cenário político, a Copa vem aí e junto com ela uma onda de protestos populares para dar continuidade à Revolução Brasileira, iniciada em junho de 2013.

Se as mudanças necessárias não vem pelas urnas, pelo menos o desejo de melhoras e de justiça social ecoarão, uma vez mais, em todas as ruas do país.

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