30.1.15

Entrevista para o Jornal O Registro

Concedemos uma entrevista, há pouco tempo, para a jornalista Patrícia do jornal O Registro, do Sul de Minas e Região Bragantina.




Para ler a entrevista, na qual falamos sobre o Projeto finalista do Prêmio VivaLeitura 2014, clique na capa acima que você poderá ler o jornal em formato digital!


Matéria sobre o projeto do celular como ferramenta de aprendizagem (Jornal O Registro).

Agradecemos o carinho da jornalista e do jornal O Registro por nos concederem esta grande oportunidade ao divulgar o nosso trabalho.

Leia aqui:

28.1.15

Patrimônio natural em perigo

Hoje visitamos um dos mais importantes atrativos naturais de Leopoldina - a Cachoeira Poeira d'água, situada no distrito de Piacatuba.


Cachoeira Poeira d' água. Mesmo com baixo volume, a queda d'água é refrescante e maravilhosa (Acervo do autor).

A cachoeira continua linda como sempre. Fazia muito tempo desde que a visitei pela primeira vez e, hoje, fiquei um pouco chocado com a realidade encontrada no local.

Por todo canto, na terra, entre as pedras e nos cursos d'água, há muito acúmulo de lixo: garrafas pet, sacolas plásticas, papel, latas de refrigerante, canudos, chinelos, cigarros, embalagens de biscoitos etc e etc.




Mesmo tendo grandes lixeiras na área que dá acesso à cachoeira, o lixo é jogado, insistentemente, fora do local adequado e largado nas áreas de lazer, reservadas para os visitantes se banharem e se refrescarem. Isso demonstra total falta de educação, civilidade e consciência ambiental de certas pessoas que frequentam o lugar.


Em uma das pedras há espaços que se assemelham a caixas de gordura residenciais, destoando da natureza do lugar.

Fato é que todo o lixo acumulado na Poeira d'água só servirá para gerar três consequências negativas:
  1. Degradar o meio ambiente;
  2. Repelir turistas;
  3. Trazer prejuízos econômicos para o comércio local.
Lamentável, pois o lugar é um dos símbolos de Leopoldina e de nossa região. Se ele continuar sendo tratado com descaso, como ficará um dos nossos cartões postais mais belos e atraentes?

23.1.15

De volta ao Ensino Médio tradicional

Ao que tudo indica, o polêmico Programa "Reinventando o Ensino Médio", implementando pelo governo de Anastasia, chegou ao fim.

Com mais uma Resolução publicada, após quase um mês de exercício, a nova Secretária estabeleceu os parâmetros para os conteúdos e carga horária do Ensino Médio (Ver tabela abaixo).

RESOLUÇÃO SEE Nº 2.742, DE 22 DE JANEIRO DE 2015.

Note que nem na tabela e nem no texto da Resolução constam as disciplinas do Reinventando o Ensino Médio, aquelas denominadas "áreas de empregabilidade". Aqui na Escola Estadual Luiz Salgado Lima, vivemos essa experiência com as turmas do 1º ano do Ensino Médio. Tínhamos turmas de Turismo e de Comunicação Aplicada.

Eu fui escolhido pela direção da escola para ministrar as aulas de Turismo, uma matéria que tem muitas afinidades e algumas relações com minha disciplina de formação, que é a História.

Passamos o maior aperto para procurar material, elaborar atividades, provas, montar apresentações de slides, baixar vídeos na internet sobre o tema etc. Apesar do trabalho duro, demos conta do recado, graças a Deus. Fizemos o melhor possível e as provas deste trabalho estão espalhadas aqui pelo Blog, com vasto conteúdo publicado sobre o Turismo, enfocando os aspectos locais, regionais, nacionais e internacionais.



Enfim, mesmo sem receber nenhum tipo de curso prévio ou capacitação, materiais e recursos adequados para se trabalhar um programa novo, tentamos, com nossos próprios meios, levá-lo adiante.

O que estamos querendo dizer é o que o tal Reinventando o Ensino Médio já nasceu fadado ao fracasso. As matérias pouco agregavam ao currículo dos estudantes, que estão mais preocupados com o ENEM; O Programa foi implantando "goela abaixo" pelo governo, sem nenhum diálogo com a comunidade escolar e com os professores, algo típico do governo anterior; Por fim, a criação de um sexto horário para o 1º ano do Ensino Médio foi problemático devido à falta de transporte e estrutura das escolas para ficar com os alunos por mais tempo.


Alunos da Rede Estadual dão depoimento sobre os problemas vividos no Reinventando o Ensino Médio.

Aperfeiçoar o Ensino Médio é necessário. É fato que este segmento precisa se tornar mais atrativo para manter os alunos na escola, reduzindo os elevados índices de evasão da modalidade, cerca de 10%. 
Para isso é preciso estruturar as escolas, oferecer aulas de informática - com computadores e internet funcionando; esporte com material esportivo adequado; lanche e uma refeição completa; garantir formação continuada de qualidade para os docentes e remunerar adequadamente os professores, pagando, no mínimo, o piso salarial para todos os educadores que estiverem em sala de aula. Em suma, necessitamos de mais investimentos e melhor uso do dinheiro público na Educação.

Nesse imbróglio, vejo outro grave problema, que é a incapacidade política de elaborar e manter programas educacionais eficazes funcionando a longo prazo. O entra e sai da política, naturalmente, impede a continuidade de medidas iniciadas por governos rivais, quem sofre com isso é a população. Portanto, acho que nós - SOCIEDADE - devemos assumir a Educação como prioridade em nossas vidas.
Embora a presidenta do país tenha declarado "Brasil, pátria educadora", sabemos que a frase não passará de efeito para as massas. Estamos muito longe de ter a Educação Básica com a qualidade almejada e não podemos continuar refém dos interesses políticos e partidários, os quais têm trazido tantos prejuízos para o país e para o povo brasileiro.

E vamos lembrar que filho de político não estuda em escola pública, por isso conclamamos a sociedade a assumir o controle da Educação Brasileira, tirando nosso futuro das mãos de gente mesquinha que só se preocupa em tirar proveito da coisa pública para benefício próprio.

Não tem mágica, tem que haver é uma política social séria, construída democraticamente, para que o Ensino Médio seja fortalecido e que os jovens formandos recebam uma formação intelectual, acadêmica e moral mais sólida e que assim possam contribuir para melhorar nossa sociedade, seguindo com suas vidas, seja para o nível técnico, superior ou para o mercado de trabalho.

Leia mais sobre o encerramento do Reinventando o Ensino Médio clicando aqui.

Novo texto em nossa coluna do Tribuna do Povo

Está disponível no site do Tribuna do Povo nosso novo texto, no qual analisamos a memória da Praça da Bandeira a partir da observação de uma antiga fotografia. Para ler é só clicar na imagem abaixo, que você seguirá direto para o site.



O texto "Imagem e memória" também está publicado na edição impressa do Jornal Tribuna do Povo, Nº 664. Ano XXVII. 21 janeiro de 2015, o qual pode ser encontrado nas bancas de Leopoldina.

Boa leitura para você! 

21.1.15

[Resenha] Estou lendo...

Andaluz - Desvendando os mistérios da Espanha Moura, escrito por Jason Webster e publicado pela Editora Rocco, no ano de 2007.


O livro é uma mistura de autobiografia e romance. O autor registra sua aventura pela região da Andaluzia, situada no sul da Espanha.

Ali ele busca encontrar, e acha sem muitas dificuldades, vestígios da cultura moura (árabes que vieram do norte da África e ocuparam grande parte da Península Ibérica entre os séculos VIII e XV).

Por onde o autor passa, encontra construções com arquitetura tipicamente islâmica, dialetos, comidas e nomes de cidades que remontam ao passado histórico quando a Espanha esteve sob domínio mouro e recebeu muita influência cultural de seus conquistadores.

A obra, além de propiciar uma leitura prazerosa, ganha vigor histórico e social quando o autor conhece um imigrante marroquino vivendo ilegalmente na Espanha. Esse homem trabalha num regime semelhante à escravidão. O fato, além de outras situações de discriminação étnica relatadas no livro, revela como os espanhóis tratam mal os imigrantes, sobretudo os do norte da África, e menosprezam a cultura árabe, a qual muito contribuiu para a formação da cultura espanhola.

Desse encontro entre o imigrante e o autor, um americano radicado na Espanha, surge um laço de amizade e o compromisso do último em ajudar o primeiro a conseguir um emprego e a viver com dignidade no país europeu. Ao longo do percurso, o livro nos convida a viajar junto com a dupla protagonista, conhecendo uma Espanha que se parece mais árabe e africana do que católica e europeia.


"Viaja, e tu compreenderás o significado das coisas."
(Provérbio Marroquino) Citação extraída do livro.

Alguns destaques da Resolução do Quadro de Pessoal da SEE-MG


  • Educação Física (Professores habilitados na disciplina estão de volta aos anos iniciais)
Art . 6º A Educação Física é componente curricular obrigatório da Educação Básica, sendo facultativo ao aluno nas situações  estabelecidas na Lei Federal nº 10.793, de 1º de dezembro de 2003. 
§1º O professor efetivo, estabilizado e na situação funcional 26 - Decisão ADI 4876 do STF habilitados no componente curricular Educação Física somente poderão atuar nos anos iniciais do Ensino Fundamental se não houver aulas disponíveis nos anos finais e no  Ensino Médio. 
§2º Nos anos iniciais do Ensino Fundamental o componente curricular de Educação Física será ministrado pelo professor habilitado neste componente curricular, de acordo com a Lei Estadual nº 17.942/2008 e, na ausência desse profissional as aulas serão ministradas 
pelo próprio Regente de Turma.

  • Escolha de turmas e aulas (Professores efetivos têm prioridade na escolha)
Art . 18 As turmas, aulas e funções serão atribuídas aos servidores, observando-se o cargo, a titulação e a data de lotação na escola, conforme a seguinte ordem de prioridade: 
I – detentores de cargo efetivo e de função pública decorrente de estabilidade; 
II – servidores na situação funcional 26 - Decisão ADI 4876 do STF. 

  • Extensão da carga horária do professor efetivo
Art . 29 A carga horária semanal de trabalho do Professor de Educação Básica efetivo poderá ser acrescida de até dezesseis horas-aula, para ministrar componente curricular para o qual seja habilitado, na escola onde está em exercício. 

  • Designação 2015
Art . 35 Somente haverá designação de servidor para o exercício de função pública, em cargo vago ou substituição quando não existir servidor efetivo, estabilizado ou na situação funcional 26 - Decisão ADI 4876 do STF, que possa exercer tal função, observado o disposto nesta Resolução.

  • Critérios para Designação 2015
Art . 45 Onde houver necessidade de designação, esta será processada observada a seguinte ordem de prioridade: 
I – candidato concursado para o município ou SRE e ainda não nomeado, obedecida a ordem de classificação no concurso, desde que comprove os requisitos de habilitação definidos no Edital do Concurso; 
II – candidato concursado para outro município ou outra SRE e ainda não nomeado, obedecido o número de pontos obtidos no  concurso, promovendo-se o desempate pela idade maior, desde que comprove os requisitos de habilitação definidos no Edital do Concurso;
III – professor habilitado e servidor em exercício de outras funções em 31/12/2014 que comprove, no mínimo, 90 (noventa) dias de efetivo exercício em 2014, na mesma função e componente curricular, observado o número de vagas existentes e a ordem de  classificação na listagem do município de candidatos inscritos em 2014; 
IV – candidato habilitado, obedecida a ordem de classificação na listagem geral do município de candidatos inscritos em 2014; 
V – candidato habilitado, que não consta da listagem geral do município de candidatos habilitados inscritos em 2014; 
VI - professor não habilitado, em exercício em 31/12/2014 que comprove, no mínimo, 90 (noventa) dias de efetivo exercício em 2014, na mesma função e componente curricular, observado o número de vagas existentes e a ordem de classificação na listagem do 
município de candidatos inscritos em 2014; 
VII – candidato não habilitado, obedecida a ordem de classificação na listagem geral do município de candidatos inscritos em 2014.
§1º O disposto nos incisos III e VI deste artigo somente se aplica após a designação de candidatos concursados e exclusivamente para designações com início até 30 de abril de 2015. 
§2º Na hipótese de comparecimento de mais de um candidato na condição a que se refere o inciso V, eles serão classificados utilizando-se os critérios estabelecidos na Resolução SEE nº 2686, republicada em 08 de novembro de 2014 .

  • Datas importantes
Atribuição de turmas, aulas e funções aos servidores da escola: Até 26/01/2015

Chamada inicial para designação com vigência a partir de 1º/02/2015, observadas as disposições desta Resolução: De 28/01/2015 até 30/01/2015

Início do ano escolar: 02/02/2015 

Início do ano letivo: 03/02/2015 

  • Enturmação (Salas continuarão lotadas!)
A enturmação observará os seguintes parâmetros legais: 
- nos anos iniciais do Ensino Fundamental: 25 (vinte e cinco) alunos por turma; 
- nos anos finais do Ensino Fundamental: 35 (trinta e cinco) alunos por turma; 
- no Ensino Médio: 40 (quarenta) alunos por turma; 
- na Educação Especial: 08 (oito) a 15 (quinze) alunos por turma. 

19.1.15

E tudo começou num cupinzeiro...

Não é raro as pessoas se perguntarem sobre a própria origem. Como tudo começou? De onde viemos?

A Ciência tem suas explicações. Uma das mais estudadas e aceitas no meio acadêmico e escolar é a Teoria da Evolução, elaborada pelo cientista inglês Charles Darwin. Segundo ele:

"...todos os seres vivos tiveram sua evolução a partir de um ancestral comum. As mudanças ocorridas e as diferenças entre as espécies deram-se pelo processo de seleção natural, no qual os indivíduos que melhor se adaptam ao meio ambiente sobrevivem, deixando descendentes, que por sua vez também sofrem alterações em seu mecanismo biológico e deixam novos descendentes formando um círculo..." (Infoescola)


Na teoria de Darwin, o Homem levou milhões de anos para evoluir e atingir o estágio atual.

Mas não pense que só a Ciência é a dona da verdade. Há várias outras explicações sobre o surgimento do Mundo e de todas as suas espécies. Em várias culturas de povos que vivem em diferentes lugares do planeta, existem mitos e lendas que explicam o começo de tudo, porém diferente da Ciência, a qual tenta compreender e esclarecer as coisas a partir de hipóteses, teorias, fórmulas, provas, experimentos e outros meios que lhe assegurem maior percentual de acerto.

No livro Terra Grávida, de Betty Mindlin (2001), a pesquisadora reúne diversas narrativas de povos indígenas de Rondônia. A seu modo, estes povos, relatam a criação e a origem do Mundo e dos Homens. 



A obra é repleta de passagens interessantes e belas histórias contadas por descendentes de índios da região norte do Brasil. Os narradores abordam vários assuntos relacionados à origem da vida, dentre outros aspectos de sua cultura e sua cosmogonia. Mas destacaremos aqui um trecho do povo Aruá,  que fala sobre o surgimento dos primeiros Homens.


Povo Aruá. Rondônia. Fonte: http://pib.socioambiental.org/pt/povo/arua/1664


"Havia dois irmãos, Andarob, o irmão mais velho, e Paricot, o mais novo. Tinham uma irmã, Antoinká.

[...]

Não existia mulher alguma - só a irmã dele.

Não tem esse munduru, aquele cupim? Um montinho de terra? Aquele foi a mulher de Deus. Ela era mulher; o buraco do cupim era como vagina de mulher, por lá Paricot tinha relação com ela. Txapob, o buraco do cupim, era como se fosse a vagina da mulher.


O cupinzeiro - a mãe dos Aruá. Acervo do Autor. Ibitipoca, 2015.

Só que foi muito depois que Deus descobriu gente, nós índios - gente existe há milhões de anos, só que não temos escrita, essa história vai passando de pai para filho, de um para o outro.

Quando Paricot estava trabalhando para fazer o mundo, não se interessava por comida, por fogo.

Saía de um lugar para outro, achava bonito o mundo, andando, andando. O que ele pensava, surgia, bastava falar para existir.

Só Paricot fazia, o irmão não fazia, vivia só deitado. A vida do irmão era só comer, dormir, e nada mais. Paricot é que trabalhava.

A mulher de Paricot, o cupim, ficou grávida. A gravidez não era como a de hoje, só de um filho. Ela é a terra, a terra é que engravidou. Paricot engravidou a terra de vários tipos de gente, vários povos, que tiveram um só pai." (p. 52-54).


Como podemos perceber, a resposta dos Aruá para explicar a origem dos homens é bem diferente daquela apresentada no início do texto, que segue o modelo científico, típico de nossa sociedade urbano-industrial.

Enquanto a sociedade "civilizada" se pauta na escrita, na coleta de informações, na formulação de hipóteses e análise de dados para tentar compreender os fenômenos que a cercam, as explicações indígenas são resultado de seu passado e da estreita relação que eles estabeleceram  com a natureza, cultuando-a como a Mãe do Universo e de seus seres. O conhecimento dos índios, até então, era mantido pela oralidade, uma prática que vem sendo passada de geração a geração.

O nosso modelo científico tende a tratar esses mitos e lendas com reservas e preconceitos, como se fossem manifestações culturais inferiores e de menor importância para o Saber. Contudo, não devemos desprezar culturas diferentes. 

Segundo a Antropóloga Betty Mindlin (2001):

"Cada povo tem uma forma de responder, uma tradição diferente da de outros povos, fundamental para definir sua identidade, juntamente com a língua, o território, a economia, a organização social, a cultura e os costumes." (op. cit. p. 15).

Assim sendo, devemos respeitar as tradições e crenças de outros povos, mesmo que elas sejam diferentes das nossas. E precisamos considerar também que a nossa Ciência é falha e ainda não tem as respostas para todas as nossas perguntas.

12.1.15

Projeto do Celular saiu no Jornal do Professor - MEC

Nosso Projeto, "O celular como ferramente de leitura e de aprendizagem", é destaque entre as notícias do Jornal do Professor, publicado pelo MEC, Edição 109.

Para ler a notícia completa, ver fotos e mais detalhes sobre a reportagem é só clicar na imagem abaixo e ir direto para a matéria:


7.1.15

Reajuste do Piso do Magistério = 13,01%

O piso salarial do magistério será reajustado em 13,01%, conforme determina o artigo 5º da Lei nº 11.738, de 16 de julho de 2008. O novo valor será de R$ 1.917,78 e passa a valer a partir deste mês. Nos últimos dias, o ministro da Educação, Cid Gomes, reuniu-se com representantes do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) e da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE).



O piso salarial do magistério foi criado em cumprimento ao que estabelece a Constituição Federal, no artigo 60, inciso III, alínea e, do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias:
“Art. 60. Até o 14º (décimo quarto) ano a partir da promulgação desta emenda constitucional, os estados, o Distrito Federal e os municípios destinarão parte dos recursos a que se refere o caput do art. 212 da Constituição Federal à manutenção e desenvolvimento da educação básica e à remuneração condigna dos trabalhadores da educação, respeitadas as seguintes disposições:
(...)
III — observadas as garantias estabelecidas nos incisos I, II, III e IV do caput do art. 208 da Constituição Federal e as metas de universalização da educação básica estabelecidas no Plano Nacional de Educação, a lei disporá sobre:
(...)
e) prazo para fixar, em lei específica, piso salarial profissional nacional para os profissionais do magistério público da educação básica; (...).”
Esse dispositivo constitucional foi regulamentado pela Lei nº 11.738/2008. Conforme a legislação vigente, a correção do piso reflete a variação ocorrida no valor anual mínimo por aluno definido nacionalmente pelo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).
Assessoria de Comunicação Social
Fonte: MEC

Assista:

4.1.15

Imagem e memória

Hoje me deparei com uma fotografia interessante na internet que mostra a linda Praça Zequinha Reis, em Leopoldina, também chamada, popularmente, de Praça da Bandeira.

Eis a foto:
Praça da Bandeira. Disponível no Facebook em Leopoldina On-line.
A imagem, que parece um postal, tem em seu rodapé o nome: "Praça das Bandeiras", diferente de como a população a trata e registra, com a locução adjetiva no singular.

"A antiga praça da Bandeira teve seu nome mudado pela Lei nº 637, de 29.03.1968, para praça Zequinha Reis, numa homenagem a José Ribeiro dos Reis, fazendeiro, agro-pecuarista, industrial, um dos fundadores e diretor da Cia Fiação e Tecidos Leopoldinense." (CANTONI, N.; RODRIGUES, J. L. Nossas ruas, nossa gente. Disponível online em: http://www.cantoni.pro.br/ruas/Logradouros_Atuais_T_V_W_X_Z.pdf acesso em 04. jan. 2015).

O senhor Zequinha Reis atuou como prefeito da cidade entre 1948 e 1951 e, devido ao seu empreendedorismo, foi justamente homenageado e seu nome passou a denominar a praça, a partir de 1968.   

Embora a fotografia não tenha data, supomos que ela tenha sido registrada na década de 1960 ou 1970.

Não há sinal de nenhum veículo automotor, o que, provavelmente, sugere a intenção do autor do retrato em demonstrar a tranquilidade característica do lugar e, ao fundo, se vê um indivíduo em frente a uma grande casa.

O fotógrafo quis retratar a beleza natural do espaço, enfocando a vegetação, como as plantas no primeiro plano e o lago com a ponte logo atrás.

No aspecto central, os caminhos fazem curvas e são cercados por canteiros, onde há árvores de pequeno porte, talvez oitis, os quais fornecem sombra e ar fresco para os transeuntes. 

No horizonte mais distante do espectador é possível notar as montanhas, típicas de nossa região. Aqui elas ainda estão despovoadas, bem diferente dos dias de hoje, já que foram ocupadas e formaram novos bairros, como por exemplo, o Alto da Copasa.

A foto revela uma composição harmônica entre os elementos - natureza e construção humana - demonstrando um paisagismo simples, mas atraente e funcional. 

Como cresci na Praça da Bandeira, sempre ouvi dos moradores mais antigos sobre o quanto a praça era bela e um lugar prazeroso para se ficar. As pessoas iam até lá para conversar, descansar, tomar ar puro, e as crianças se esbaldavam com as brincadeiras de pique e de roda... O lugar era uma calmaria só, bem diferente da praça de agora.

Atualmente, a praça da Bandeira está cercada por bares, lanchonetes, sorveteria, farmácia e mercearias, que atendem aos moradores das redondezas e promovem um intenso fluxo comercial e de pessoas que se cruzam percorrendo as calçadas e os caminhos do largo, carregando suas sacolas. 

Nos dias recentes, o antigo lago agora está tomado por areia e parte dele virou um parque infantil cercado por grades.

A vegetação dos dias atuais perdeu em exuberância, quase não se vê flores e plantas em seus canteiros, restando apenas alguns oitis e um gramado mal cuidado, bastante castigado por pés nervosos que não respeitaram o calçamento.

Quando se aproxima o fim de semana, a praça fica cheia, e parte delas é invadida por mesas e cadeiras onde as pessoas se sentam para beber e se divertir.
As crianças estão sempre por lá, os menores vão ao parque, alguns ainda brincam de pique e outros não desgrudam dos tablets  e dos celulares.

O tempo passa e a Praça continua ali, encaminhando as pessoas pelas ruas que se conectam à ela, acolhendo os cansados em seus bancos, oferecendo alguma sombra para os que tem calor e buscam um abrigo, tem assistido ao aumento populacional e às mudanças nos costumes dos moradores. Impassível, ela também tem sofrido, ao longo do tempo, com as terríveis intervenções que a deixaram desfigurada e menos bela que outrora. 

Férias sem problemas

Dica para a garotada: vamos curtir as férias numa boa, sem causar problemas para si e para o próximo.

Sabemos que a maioria dos jovens gostam de empinar pipas e papagaios. Infelizmente, muitos utilizam, indiscriminadamente, o cerol ou a linha chilena. Tais artifícios são extremamente perigosos e já causaram a morte de centenas de pessoas.


Aproveite as férias em paz. Se for soltar pipa não use cerol ou similares. Brinque, divirta-se mas zele pela vida, acima de tudo.

Fica a dica!