4.2.14

Turismo em Leopoldina (MG)

(Reinventando o Ensino Médio)

10 locais com atrativos históricos, culturais e turísticos para se conhecer em Leopoldina (MG):

  • Painel de azulejos representando a origem lendária do Arraial do Feijão Cru no século XIX, o painel está situado na praça Félix Martins, no centro da cidade. O trabalho foi inspirado numa pintura do  artista Funchal Garcia (1889-1979).  Nele observa-se o colono preparando o alimento - o feijão, planta nativa da América - dentro de uma cabana de madeira e palha, erguida às margens do ribeirão Feijão Cru, que corta a atual cidade de Leopoldina.


Segundo a lenda, os colonos desbravadores da região, acampados à margem de um ribeirão, cozinhavam o feijão. Quando se afastaram um pouco do lugar e, depois retornaram, encontraram o fogo apagado e o feijão ainda cru. O fato serviu para batizar aquele riacho de "feijão cru". Essa lenda foi incorporada à cultura popular e tem sido contada e recontada pela tradição oral.
  • (Complemento da visita histórica) Caldeirão de feijão. É um monumento feito pela Prefeitura Municipal no ano de 2004. Ele não fica às margens de um córrego, mas sim na beira da Avenida Getúlio Vargas, próximo da rodovia BR 116, na entrada da cidade. O artefato também faz referência às raízes da cidade originada na segunda metade do século XIX, cuja lenda fundadora é preservada até os dias atuais pelos monumentos e pela tradição oral.

  • Piacatuba: É um bucólico distrito de Leopoldina, cujo nome significa lugar de gente de bom coração. Ele se destaca pelos seus casarões antigos e sua principal igreja (Matriz de Nossa Senhora da Piedade), datados da segunda metade do século XIX. 


É possível caminhar pelas ruas de pedras, tipo pé de moleque, assentadas por escravos no século XIX, e também conhecer suas belezas naturais, como a cachoeira "Poeira d'água" e a usina hidrelétrica Maurício, criada entre 1906-1908. Anualmente, Piacatuba realiza o Festival de Viola e Gastronomia, ótimo evento para quem gosta de boa música e saborosa culinária.

Como chegar: O distrito fica a cerca de 20 KM de Leopoldina, com acesso pela Rodovia Ormeo Junqueira Botelho (que liga Leopoldina à Cataguases).
  • Tebas: Outro distrito de Leopoldina que foi colonizado a partir da segunda metade do século XIX. 
Vista do distrito em 1894.

Tebas preserva alguns casarões antigos, com traços coloniais, e tem como principal tradição a produção de doces caseiros. A fabricação dos doces utiliza técnicas artesanais, as quais têm sido transmitidas de geração a geração. O distrito também organiza o Festival Comida de buteco, doces e artesanato de Tebas. Imperdível. 

Como chegar: Seguir  pela rodovia BR 267 - Leopoldina - Juiz de Fora. O distrito fica a 8 KM, aproximadamente, da sede do município.
  • Casa de Augusto dos Anjos. Situada à Rua Cotegipe, no coração da cidade, encontra-se preservado o casarão do início do século XX, onde o ilustre poeta paraibano viveu entre 22 de junho a 12 de novembro de 1914, data de seu falecimento. Augusto dos Anjos publicou a obra "EU", em 1912,  que possui um caráter singular na Literatura brasileira. A poesia de Augusto dos Anjos é marcada pelo uso de termos científicos, fúnebres e por um certo pessimismo, como se vê nos versos abaixo, extraídos de sua obra (Textos completos disponíveis no site Domínio Público):

Eu, filho do carbono e do amoníaco, 

Monstro de escuridão e rutilância, 

Sofro, desde a epigênese da infância, 

A influência má dos signos do zodíaco. 


Profundissimamente hipocondríaco, 

Este ambiente me causa repugnância... 

Sobe-me à boca uma ânsia análoga à ânsia 

Que se escapa da boca de um cardíaco. 



Hoje, a antiga casa  se tornou um museu, onde estão expostos alguns manuscritos e objetos do poeta.

  • (Complemento da visita histórica e cultural): É possível levar flores no túmulo que guarda os restos mortais do poeta paraibano, no Cemitério Nossa senhora do Carmo, no bairro Alto do Cemitério.
Sobre o túmulo de Augusto uma escultura feminina segurando uma guirlanda, simbolizando o destaque alcançado pelo morto.
  • Morro do Cruzeiro



"Deixe os traumas lá embaixo
E suba o Morro do Cruzeiro"
  (Morro do Cruzeiro, Serginho do Rock)


Aceite a sugestão dos versos do Serginho do Rock e curta a natureza!
O Morro do Cruzeiro é o local perfeito para contemplar a cidade e a cadeia de montanhas que circundam o município. A vista do topo da pedreira é incrível. Lá do alto também é possível acompanhar saltos de parapente e a prática do voo livre.  Acesso pelo bairro Pedra Pinguda.

  • Catedral de São Sebastião. Uma imponente construção com características semelhantes às catedrais medievais, tais como o verticalismo, a presença da torre, da nave, de arcos quebrados e de vitrais coloridos. A obra do templo foi iniciada em 1928 e concluída em 1965. Foi projetada pelo arquiteto Luiz Dantas de Castilho, da Escola Nacional de Belas Artes, e pelo engenheiro Ormeo Junqueira Botelho.

  • Casa de Leitura Lya Botelho. Inaugurada em 2009, tem grande acervo literário, destinado ao público infanto-juvenil. É mantida pela Fundação Ormeo Junqueira Botelho e está localizada na Rua José Peres, nº 04 - Centro, bem perto da praça Félix Martins. A Casa de Leitura apresenta periodicamente diversas atrações, tais como cinema, teatro, exposições de História e de Artes.
A casa da família Botelho é cercada por uma bela área verde. Sua arquitetura, igualmente linda, com traços vitorianos, foi inspirada na casa mostrada no filme "E o vento levou..." de 1939.
  • Escola Estadual Professor Botelho Reis. Fundado em 1906, o Gynnasio Leopoldinense assumiu importante papel na educação municipal, desde sua criação até os dias atuais. O projeto foi idealizado por José e Custódio Monteiro Ribeiro, lideranças políticas locais.  
A partir de 1954, o prédio passou a abrigar o Conservatório Estadual de Música Lia Salgado, no segundo andar. 
Em 1955, a escola passou a se chamar Escola Estadual Professor Botelho Reis, em homenagem ao professor José Botelho Reis, que dirigiu a instituição entre os anos de 1910 a 1925.
A escola, atualmente, tem mais de 2 mil alunos matriculados e conta com 156 funcionários para atendê-los. Devido à sua importância histórica, o prédio teve seu tombamento homologado em 1996.


A grandeza e a arquitetura neoclássica do edifício possuem um caráter monumental, com destaque para suas colunas e arcos imponentes. No topo do prédio, há uma imagem de São José com a frase: "mens agitat molem". A expressão latina está presente na obra Eneida, de Virgilio, e se traduz em "a mente comanda o corpo".
(Localização: Praça Professor Botelho Reis, no centro da cidade).
  • Prédio da Prefeitura Municipal.

Esta é uma obra cuja construção foi iniciada na década de 1860 pelo capitão João Gualberto Ferreira de Brito.
Em 1895, a edificação foi adquirida pelo órgão executivo e tornou-se a sede da Câmara Municipal de Leopoldina. Ali estiveram instalados o poder executivo e o legislativo, até o ano de 2007, quando a Câmara adquiriu sede própria.
Atualmente, o palacete abriga o gabinete do Prefeito e parte do aparelho burocrático da administração pública municipal.
(Localização: Rua Lucas Augusto, nº 68. Centro).

  • Passeio pela rua Barão de Cotegipe. Uma das principais vias da cidade. Nela estão estabelecidas inúmeras lojas, lanchonetes, bancos, drogarias, prestadores de serviços etc. Entre um e outro recinto comercial ainda restam alguns edifícios históricos, datados do início do século XX, com suas fachadas preservadas ou pouco alteradas pela ação do homem.

Bom passeio!

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