A Guerra de Canudos foi um sangrento conflito armado entre as tropas do governo federal e a população sertaneja, que vivia no interior da Bahia, no arraial de Canudos.
O líder de Canudos foi o religioso Antônio Conselheiro (1828-1897). O religioso vagava pelo sertão nordestino pregando para a população miserável e desemparada.
Ilustração de Antônio Conselheiro.
1893: Ano de fundação do arraial de Canudos, que chegou a ter 5 mil casas e cerca de 20 mil habitantes. Era a segunda maior cidade da Bahia, perdendo apenas para Salvador, capital do estado.
Arraial de Canudos, chamado de Belo Monte por Antônio Conselheiro.
No arraial, criavam cabras, cavalos e bois, e plantavam legumes, feijão, milho, mandioca, melancia, melão e cana-de-açúcar. Moravam lá ex-escravos, pequenos agricultores, índios, foragidos da Justiça, comerciantes etc. O uso da terra e o trabalho eram coletivos e 1/3 do que era produzido, destinava-se ao abastecimento da comunidade.
Conselheiro era contra a República, pois ela havia colocado um fim na Monarquia e separado oficialmente o Estado da Igreja. Em seus discursos, atacava os impostos cobrados pelo governo e dava esperanças de dias melhores para os pobres.
A liderança messiânica de Antônio Conselheiro e a vida comunitária no arraial de Canudos começaram a atrair pessoas pobres, as quais buscavam uma vida melhor. Isso chamou a atenção dos fazendeiros, incomodou os coronéis e também as autoridades governamentais.
O governo decidiu destruir o arraial para colocar um fim naquele "fanatismo". Contudo, somente após quatro expedições militares que a batalha foi vencida, tamanha fora a resistência e as táticas de guerrilha adotadas pelos bravos sertanejos. A última expedição do governo, contou com 10 mil soldados e levou mais de três meses para vencer a batalha.
O canhão Withworth 32 foi utilizado pelas tropas oficiais. Ele foi apelidado pelos sertanistas de "matadeira".
A guerra acabou em 05 de outubro de 1897 e causou 25 mil mortos (20 mil sertanejos rebeldes e 5 mil soldados). Antônio Conselheiro foi morto, sua cabeça foi cortada do corpo e levada para Salvador como um troféu.
Antônio Conselheiro morto. Foto tirada em 1897 por Flávio de Barros, fotógrafo do exército.
Euclides da Cunha cobriu a Guerra de Canudos, sendo enviado ao local pelo Jornal Estado de São Paulo. Escreveu vários artigos sobre o conflito, que foram reunidos no livro Os Sertões, publicado em 1902. A obra tornou-se um clássico, pois mesclou literatura, relato histórico com o jornalismo.
Você está mandando muito bem, continue assim. abç
ResponderExcluirObrigado Nívea!
ExcluirFico feliz se o material do Blog estiver ajudando.
Um abraço.
CARA TA AJUDANDO DEMAIS MESMO AS COISAS AQUI NO BLOG, SÓ CONTEÚDO BOM, COMPLETO E EXPLICATIVO. VALEU MESMO RODOLFO
ResponderExcluirValeu, Matheus.
ExcluirNossa, muito bom mesmo. Tenho uma prova amanha e estava desesperada atrás de alguma coisa resumida e clara! Me ajudou muito
ResponderExcluirQue bom! Feliz por ajudar.
ExcluirTexto muito bom, estava precisando revisar essa matéria, obrigada mestre
ResponderExcluir=) Aproveite Bárbara, estamos sempre às ordens!
ExcluirUm abraço.