17.2.14

Monarquias contemporâneas

Castelos, reis, rainhas, coroa, luxo e muita pompa... Alguém pode pensar que esses personagens e símbolos são coisas da época medieval, de um passado longínquo. Mas algumas das casas reais conseguiram superar o tempo, e têm conservado um pouco de suas antigas tradições até os dias de hoje. 
Há, no mundo atual, muitos países cujo regime de governo é a Monarquia (do latim um no governo). No regime monárquico os reis e rainhas são considerados autoridades notáveis dentro de seus países ou reinos. 
Dentre os países atuais que vivem no regime monárquico podemos citar a Holanda, a Espanha e, provavelmente, o caso mais emblemático - o Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte.

Reino Unido, em destaque.
Entretanto, a função dos reis contemporâneos é muito diferente dos reis europeus dos séculos XVII e XVIII. No passado, os reis centralizavam todo o poder, governavam com o apoio da nobreza (proprietários de terras) e do clero (membros da Igreja Católica), podiam criar leis e novos impostos, a transmissão do poder era hereditária, isto é, passava do monarca para seu filho sem necessidade de uma consulta eleitoral. Os direitos do povo eram reduzidos, não podiam votar, eram obrigados a pagar muitas taxas e a seguir a religião do governante. Esse regime de governo era chamado de Monarquia Absolutista, devido à concentração de poderes pelo monarca (Rei).

Hoje em dia os monarcas têm um papel mais simbólico e não possuem tanto poder sobre os governos de seus países.
Tomemos, como exemplo o caso de Elizabeth 2ª, rainha do Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte. 
Bandeira do Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte.

Ela assumiu o trono em 1952, após a morte de seu pai rei Jorge 6º, e permanece nele até hoje. Contudo, a rainha não governa o país, essa é uma função exercida pelo Parlamento, cujos membros são escolhidos pela votação popular. Essa instituição discute, rejeita ou aprova os projetos de lei. Os parlamentares elegem um deles para ocupar o cargo de primeiro-ministro. O membro eleito torna-se o chefe do governo e governa, de fato, o país.

A rainha é chefe de Estado, ela representa o Reino em viagens internacionais, cumpre sua agenda real, recebe chefes de governos de outros países e apenas referenda as decisões tomadas pelo Parlamento.
Como podemos perceber, o regime de governo do Reino Unido é uma Monarquia Parlamentar. Nele o monarca deve respeitar as decisões do Parlamento e os direitos conquistados pelo povo, como o de poder votar, expressar-se livremente, ser tratado com igualdade e poder fazer sua escolha religiosa.

Embora não tenha mais poder sobre o governo, a família real inglesa ainda preserva algumas tradições típicas das monarquias do passado, tais como a  hereditariedade do trono, além de desfrutar de uma vida luxuosa na corte.
Palácio de Buckingham, em Londres, residência oficial do monarca.

A rainha Elizabeth 2ª está com 87 anos, e deve iniciar este ano a transição do trono para o herdeiro, seu filho príncipe Charles.

Família Real Britânica.

Monarquia, República ou qualquer outro tipo de governo, excetuando uma ditadura, são legítimos e importantes enquanto estiverem a serviço do bem comum e que sejam capazes de garantir ao povo os seus direitos naturais, que são a liberdade, a igualdade e a felicidade. 

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