27.9.20

CalçaCarmo: fotos dos problemas identificados no entorno da escola

CalçaCarmo: por um caminhar seguro é o projeto de Intervenção e Pesquisa da turma 2002, 2º ano do Ensino Médio do CIEP 280.

A ideia surgiu após a turma identificar a falta de calçamento, acessibilidade e sinalização como aspectos vulneráveis do entorno da escola.

As fotos abaixo ilustram bem o problema:










Diagnosticado o problema, a turma vem pensando em ideias e possíveis soluções. A primeira ação do projeto já foi realizada: chamar a atenção do poder público, por meio de uma mensagem eletrônica endereçada ao presidente da Câmara dos Vereadores.

Aguardamos uma resposta e na próxima semana trabalharemos com outras ações visando à conscientização da comunidade sobre a importância do assunto!

O que é Globalização?


“A globalização é principalmente um processo de integração global, definindo-se como a expansão, em escala internacional, da informação, das transações econômicas e de determinados valores políticos e morais. Em geral, valores do Ocidente. Herdeira do imperialismo financeiro dos séculos XIX e XX, a globalização ultrapassas as fases anteriores de internacionalização da economia para abranger praticamente todos os países do mundo”.

 

SILVA, Kalina Vamderlei; SILVA, Maciel Henrique. GLOBALIZAÇÃO. In: DICIONÁRIO de conceitos históricos. São Paulo: Contexto, 2005. p. 169.


A palavra globalização surgiu nas escolas de administração norte-americanas, nos anos 1980, referindo-se à expansão de empresas transnacionais. As empresas transnacionais são aquelas que possuem filiais em diversos países. Como exemplo, podemos citar marcas conhecidas, como a Coca-Cola, Samsung, General Motors, Mc Donald´s, Nike dentre outras.

A Globalização emerge como uma nova fase do Capitalismo após a queda do muro de Berlim, em 1989, e o declínio do Socialismo. 

Queda do Muro de Berlim marcou o triunfo da Democracia Liberal sobre o Bloco Soviético.


A partir daí, houve avanço dos mercados sobre regiões outrora inacessíveis. Empresas expandiram suas atividades e passaram a integrar cada vez mais os territórios e pessoas. A globalização também tinha e tem efeito sobre a cultura e a mentalidade, promovendo os valores Ocidentais e padrões de consumo.


Em 1990, milhares de pessoas compareceram à inauguração da primeira loja do Mc Donald´s  na URSS.


Os defensores da Globalização alegam que ela gera riqueza e desenvolvimento para os países. Porém, esse crescimento econômico tem favorecido principalmente as multinacionais e seus investidores nos países onde elas atuam, provocando aumento da desigualdade e um número cada  vez maior de pessoas desempregadas ou na informalidade.

Assim como o neoliberalismo, política que defende a abertura dos mercados, as privatizações e a redução do papel do Estado, a globalização, econômica e cultural, é parte da nova ordem mundial. Nem a tendência à regionalização, isto é, a formação de blocos regionais unindo países vizinhos, como o Mercosul e a União Europeia, foi capaz de segurar o avanço da economia global.

O fenômeno da globalização é criticado por provocar aumento das desigualdades entre os países centrais e aqueles que estão em desenvolvimento, concentração da riqueza, empobrecimento dos trabalhadores e a tentativa de imposição dos valores e da cultura Ocidental para o restante do mundo por meio da internet e demais meios de comunicação. 



26.9.20

Atividades sobre o Neoliberalismo


Acesse o resumo sobre Neoliberalismo clicando aqui.

Leia os textos e responda as questões:

Texto 1: Efeitos do Neoliberalismo na América Latina

“A adoção do neoliberalismo jogou a América Latina nas profundezas do crasso subdesenvolvimento, periferizando ainda mais as precárias economias e relações societais no sistema-mundo. Neste processo houve uma deterioração das condições sociais de vida com o agravamento da pobreza, do desemprego, da precarização das relações de trabalho, do aumento das desigualdades internas etc. apesar dos recentes avanços em termos de redução da pobreza e da indigência”.

PETRY, Almiro. 2008. p. 23. Disponível online em: <http://www.projeto.unisinos.br/humanismo/al/neoliberalismo.pdf> Acesso em 14 set. 2020.

Texto 2: Milton Friedman trata sobre a relação entre o Mercado (Economia) e o Governo (Política)

“Enquanto a liberdade efetiva de troca for mantida, a característica central da organização de mercado da atividade econômica é a de impedir que uma pessoa interfira com a outra no que diz respeito à maior parte de suas atividades. O consumidor é protegido da coerção do vendedor devido à presença de outros vendedores com quem pode negociar. O vendedor é protegido da coerção do consumidor devido à existência de outros consumidores a quem pode vender. O empregado é protegido da coerção do empregador devido aos outros empregadores para quem pode trabalhar, e assim por diante. E o mercado faz isto, impessoalmente, e sem nenhuma autoridade centralizada. De fato, uma objeção importante levantada contra a economia livre consiste precisamente no fato de que ela desempenha essa tarefa muito bem. Ela dá às pessoas o que elas querem e não o que um grupo particular acha que devem querer. Subjacente à maior parte dos argumentos contra o mercado livre está a ausência da crença na liberdade como tal. 

A existência de um mercado livre não elimina, evidentemente, a necessidade de um governo. Ao contrário, um governo é essencial para a determinação das "regras do jogo" e um árbitro para interpretar e pôr em vigor as regras estabelecidas. O que o mercado faz é reduzir sensivelmente o número de questões que devem ser decididas por meios políticos - e, por isso, minimizar a extensão em que o governo tem que participar diretamente do jogo".

(Disponível online em: <http://www2.fct.unesp.br/docentes/geo/bernardo/BIBLIOGRAFIA%20DISCIPLINAS%20POS-GRADUACAO/MILTON%20FRIEDMAN/Capitalismo%20e%20Liberdade%20-%20Milton%20Friedman.pdf> Acesso em 16 set. 2020).


1. De acordo com Friedman, qual deveria ser a função do Governo?

2. Destaque e explique o argumento de Milton Friedman para justificar o livre-mercado.

3. Qual texto critica o modelo neoliberal? Sintetize os argumentos utilizados pelo seu autor.


25.9.20

Quem vai se responsabilizar pela destruição no Pantanal?

Parece que alguns dos verdadeiros  culpados responderão à Justiça pelos crimes cometidos contra o Pantanal e o patrimônio natural brasileiro. 






Lugares onde Dr. Irineu Lisbôa (1894-1986) exerceu a medicina como Sanitarista


Cidades e regiões de Minas Gerais onde Dr. Irineu Lisbôa trabalhou entre 1918-1948

Mata: Leopoldina, Além Paraíba, Juiz de Fora e Ubá.
Sul: Santa Rita do Sapucaí, Itajubá e Pouso Alegre.
Centro-Oeste de Minas: Divinópolis.
Triângulo: Uberlândia.

24.9.20

Evento acadêmico: Fórum Discente e de Egressos do Programa de Pós-graduação em História

Estão abertas as inscrições para os Fóruns do Programa de Pós-graduação em História da Universidade Salgado de Oliveira. 

Para mais informações, clique na imagem abaixo:





18.9.20

Como cuidamos de nossas calçadas?

As calçadas funcionam como a "pele" da cidade. Se forem bem cuidadas, elas tem um aspecto bonito e favorecem a circulação de pessoas com segurança.

No entanto, nem sempre as pessoas dão a devida atenção que as calçadas merecem, essa foi a conclusão que os alunos da turma 2002 chegaram ao discutir um dos problemas do entorno da escola, o CIEP 280.



As vezes encontramos lixo nas calçadas, buracos, degraus, falta de calçamento e de acessibilidade. Isso tudo dificulta o ir e vir dos alunos do CIEP 280, os quais acabam disputando trechos das ruas com os veículos. A situação é perigosa e pode ocasionar acidentes e ferir as pessoas.



Outro grave problema detectado pelos estudantes foi a ausência de sinalização vertical e horizontal para regular o trânsito. A falta da sinalização compromete o fluxo do trânsito e coloca os pedrestes em risco, sobretudo as crianças e os idosos. 



A proposta da disciplina Intervenção e Pesquisa do 2° ano do Ensino Médio é promover a reflexão e a ação sobre o "mundo" ao redor da escola. Problemas como os relatados acima tornaram-se parte da rotina da população, logo acabam despercebidos e caem no esquecimento. Por isso, estamos estudando, discutindo e elaborando projetos e propostas para sensibilizar os moradores e as autoridades municipais acerca da importância e da urgência da falta de calçamento adequado e de sinalização escolar. Esperamos proporcionar mais segurança e qualidade de vida para todos, membros da comunidade escolar e moradores do bairro.

Em breve, postaremos novidades com o desenvolvimento deste trabalho. 

16.9.20

SAEB servirá como acesso ao Ensino Superior

A prova do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) passou por mudanças. A avaliação, que era feita a cada dois anos, passará a ser anual e aplicada para todos os anos e séries a partir do 2º ano do ensino fundamental.

Pelo modelo anterior, apenas estudantes de 2º, 5º e 9º anos do ensino fundamental e do 3º ano do ensino médio participavam da avaliação. Além disso, todos os alunos, das redes públicas e privadas, serão avaliados. As mudanças estão na Portaria nº 458 do Ministério da Educação publicada no Diário Oficial da União da quarta-feira (6).

Saeb é um raio X do ensino no País.  Com a ampliação das provas, a ideia é ter informações mais precisas e por escola, e com isso fazer intervenções pedagógicas em um menor espaço de tempo, como explicou o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Alexandre Lopes. O Inep é o responsável pela avaliação.

“Para que a família possa ter informações para poder participar mais ativamente da vida da escola. Para o professor fazer autoavaliação e também os gestores escolares, os diretores, junto com seu corpo de professores, poder planejar melhor anualmente as estratégias”, disse Lopes.

Segundo o presidente do Inep, o foco é gerar informações para a ponta, que são as famílias, professores e diretores para melhorar a qualidade do ensino no País. “Com essas informações, o professor vai saber qual a proficiência dos alunos que está recebendo e qual o nível dos alunos que ele vai entregar”, afirmou. “Da mesma forma, os diretores junto com professores poderão estabelecer estratégias a partir das informações que virão todos os anos para melhorar a qualidade do ensino”, completou.

Ensino superior

Outra novidade é que a prova do novo Saeb poderá ser usada como mais uma possibilidade de acesso ao ensino superior. O novo modelo traz o chamado Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) seriado. Nele, as provas dos alunos do ensino médio formarão uma nota a partir da pontuação adquirida em cada uma das três séries. Essa nota poderá ser utilizada para acesso ao ensino superior. 

A implementação do novo Saeb será gradual e terá início no segundo semestre de 2021. Os estudantes do ensino médio que fizerem a prova do 1º  ano no ano que vem já estarão concorrendo a vagas nas universidades quando concluírem o ciclo, em 2023.

O Enem tradicional continuará existindo, aplicado normalmente nas versões impressa e digital. O Enem seriado utilizando a prova do Saeb será mais uma alternativa para ingressar no ensino superior.   

Aplicação

O presidente do Inep explicou que em 2020 não haverá aplicação do Saeb. Ano que vem será acrescentado o 1º ano do ensino médio, junto com a aplicação do 2º, 5º e 9º anos do ensino fundamental e 3º ano do ensino médio. “A partir de 2022, teremos o 1º e o 2º ano do ensino médio, e assim sucessivamente. E vamos implementando nos anos fundamentais”.

As provas do Saeb serão em papel até o 4º ano do ensino fundamental e eletrônicas do 5º em diante.

Fonte: https://www.gov.br/pt-br/noticias/educacao-e-pesquisa/2020/05/saeb-e-ampliado-e-podera-ser-usado-para-acesso-a-ensino-superior

14.9.20

Neoliberalismo

A proposta neoliberal surge nos anos 1930, através de um grupo de pensadores, muitos de origem austríaca, daí a formação da Escola Austríaca, orientada pelos estudos do economista Friedrich Hayek.

A Escola Austríaca opunha-se ao pensamento socialista e ao keynesianismo defendendo a não-interferência do Estado na economia, o livre mercado.

Entretanto, nos anos que se seguiram, o pensamento econômico baseado nas ideias do economista J. Maynard Keynes foi preponderante nos governos dos países Ocidentais. O Estado deveria intervir na economia e regular as relações de trabalho de modo a assegurar o emprego e a renda dos trabalhadores.

Nos anos 1950, economistas da Escola de Chicago, liderada por Milton Friedman, nos EUA, retomaram o estudo do neoliberalismo e passaram a defender:

  • Não intervenção do Estado na economia;
  • Livre mercado;
  • Privatização das empresas públicas;
  • Redução da interferência estatal nas relações de trabalho.   
A política econômica neoliberal iria substituir o estado de bem-estar social (welfare state), adotado por alguns países do Mundo Ocidental entre os anos 1950-1970. No "welfare state" havia investimentos públicos nos direitos sociais, como saúde, educação, moradia e assistência social. Porém, nos anos 1970, com a crise financeira o modelo era considerado insustentável. Segundo os dirigentes e economistas daquela época era imperativo adotar uma política de austeridade e reduzir gastos públicos, abrindo espaço para a livre-iniciativa e a atuação do setor privado. 

Chile: "laboratório" do neoliberalismo

Entre 1973 a 1990, o Chile foi governado pelo ditador Augusto Pinochet. Em seu governo foram implementadas medidas neoliberais. Pinochet privatizou empresas públicas, promoveu reformas tributária e previdenciária e adotou uma política de austeridade, com redução dos gastos públicos. As medidas liberais fizeram com que a economia chilena crescesse, em média, 4,7% ao ano. O crescimento, contudo, não diminuiu as desigualdades sociais e a ditadura chilena foi terrível, torturando e executando milhares de opositores ao regime e à sua política econômica. 

O "milagre econômico" do Chile foi visto como algo positivo pelos economistas vinculados à Escola de Chicago. Acreditavam que as medidas neoliberais ajudaria no crescimento econômico dos países pobres.  

Em 1989, instituições internacionais, como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial, condicionaram os empréstimos financeiros para os países em desenvolvimento, como os da América Latina, ao cumprimento das medidas de austeridade definidas no Consenso de Washington

A doutrina neoliberal passou a fundamentar o programa de diversos partidos políticos de países latino-americanos, incluído o Brasil. Nos países da América Latina, as medidas neoliberais foram alvo de críticas, pois o crescimento econômico foi limitado e acompanhado pelo aumento das desigualdades sociais. 

Outros governantes dos anos 1980, como Ronald Reagan, presidente dos EUA, e Margaret Thatcher, primeira-ministra do Reino Unido, adotaram medidas neoliberais.

Thatcher, ficou conhecida como a "dama de ferro", privatizou empresas, reformou as leis trabalhistas, impôs restrições aos sindicatos e reduziu impostos. 


Suas medidas governamentais, no entanto, não foram efetivas contra o desemprego, cuja taxa era elevada ao final do seu mandato.

Reagan, nos EUA, fez cortes nos gastos sociais e reformas tributárias para incentivar o livre-mercado.


Os valores neoliberais são influentes e perceptíveis até os dias atuais e inspiram vários líderes de diversos países do mundo. No Brasil, a política neoliberal tem privatizado empresas e,  na sua esteira, estão reformas que alteram leis trabalhistas e previdenciárias que prejudicam a classe trabalhadora e elevam as tensões  sociais. Além disso, a proposta de reduzir o papel do Estado, por meio de desregulamentação e flexibilização dos órgãos fiscalizadores, abre espaço para a iniciativa privada explorar atividades econômicas, como a expansão agropecuária, mineração e extrativismo colocando em risco o meio ambiente.

Atividades (clique aqui).

12.9.20

História do Brasil Império: Primeiro Reinado (1822 - 1831)

Após a proclamação da independência do Brasil em 7 de setembro de 1822, era preciso construir a nova nação e constituir o Estado, a forma de governo e as leis. 

  • 1º de  dezembro de 1822: coroação do imperador D. Pedro I.


Havia entre as elites brasileiras um consenso acerca da manutenção da escravidão, da garantia da propriedade privada e da necessidade de manter a unidade do território evitando sua fragmentação.  

Assim, em 1823, foi organizada uma Assembleia Constituinte, da qual participavam deputados que representavam os fazendeiros, traficantes de escravos, produtores de charque, criadores de gado, grandes comerciantes, enfim a elite econômica das províncias, e também representantes de profissionais liberais, como jornalistas, advogados etc. 

A Assembleia tinha por objetivo elaborar uma Constituição para o Brasil. Planejavam estabelecer uma Monarquia Constitucional, que fixasse limites ao poder do imperador.

D. Pedro, porém, não aceitou, cercou a Assembleia com suas tropas e a dissolveu. Ele outorgou a primeira Constituição do país, em 1824.

Vejamos o que ficara estabelecido pela Constituição:
  • Monarquia Constitucional;
  • Reconhecia os direitos individuais;
  • Cidadania: homens livres e libertos. Indígenas e escravos não eram cidadãos 
  • Divisão do Poder: Executivo, Legislativo, Judiciário e Moderador;
  • As leis seriam elaboradas por uma assembleia bicameral: Câmara dos Deputados e Senado;
  • O mandato dos senadores era vitalício; os deputados eram eleitos a cada quatro anos;
  • O voto era censitário (para votar o cidadão deveria comprovar a renda mínima de 100 mil réis anuais);
  • As províncias seriam governadas por um presidente nomeado pelo governo central;
  • Catolicismo era a religião oficial.
Com a criação do poder moderador, D. Pedro fortalecia sua posição e acumulava poder. Isso desagradou parte da elite política que desejava um governo liberal. Esse fato desencadeou uma revolta em Pernambuco, a Confederação do Equador.

Em 1824, parte da elite de Pernambuco pegou em armas contra o governo central, questionavam a criação do poder moderador e a falta de autonomia dos governos provinciais. Liderados por Frei Caneca, os revoltosos pretendiam se separar do império brasileiro e adotar a a república como forma de governo. O projeto de separação incluiria outras províncias, como Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte.

O governo central, no Rio de Janeiro, respondeu enviando tropas para Pernambuco. Frei Caneca foi preso e executado em praça pública e a revolta foi sufocada.

Em 1826, a Assembleia Geral se reuniu após a realização das eleições para deputados e d. Pedro sofreu oposição da maioria do poder Legislativo. Formaram-se dois grupos políticos, os liberais moderados e os liberais exaltados. O primeiro grupo defendia a Monarquia Centralizada, porém com mais espaço do Poder Legislativo nas decisões. Um dos seus principais membros foi o jornalista Evaristo da Veiga. 
Os liberais exaltados defendiam maior autonomia para as províncias e alguns até eram a favor da instauração da república. 

Os deputados criticaram fortemente o acordo assinado por d. Pedro com a Inglaterra comprometendo-se em acabar com o tráfico de escravos, em troca os ingleses reconheceram a independência do Brasil. Para os parlamentares, isso era prejudicial à economia brasileira dependente da mão de obra escrava e uma afronta à soberania nacional.   

A imagem do imperador estava sofrendo desgaste e tudo piorou após a perda da Província Cisplatina (atual Uruguai), após uma guerra travada contra Buenos Aires. O conflito acabou em 1928 e o Brasil passava por uma crise financeira. 

Tudo isso aumentou a insatisfação e o isolamento político de d. Pedro I. Seu pai, d. João VI, falecera em 1826, e d. Pedro I era o herdeiro do trono português. Em 7 de abril de 1831, o imperador abdicou do trono brasileiro, partiu para Portugal, e deixou seu herdeiro no Brasil, o príncipe d. Pedro de Alcântara sob os cuidados de José Bonifácio de Andrada e Silva. 

Após a abdicação do imperador, circulavam versos pelas ruas do Rio de Janeiro celebrando a partida de d. Pedro I:

"Passa fora pé de chumbo
Vai-te do nosso Brasil
Que o Brasil é brasileiro
Depois do 7 de Abril"

Assim chegava ao fim o I reinado. Iria começar o período dos regentes até a maioridade do príncipe.


Avaliação: Olho no ENEM (2019)

ENEM, 2012

Após o retorno de uma viagem a Minas Gerais, onde Pedro I fora recebido com grande frieza, seus partidários prepararam uma série de manifestações a favor do imperador no Rio de Janeiro, armando fogueiras e luminárias na cidade. Contudo, na noite de 11 de março, tiveram início os conflitos que ficaram conhecidos como a Noite das Garrafadas, durante os quais os “brasileiros” apagavam as fogueiras “portuguesas” e atacavam as casas iluminadas, sendo respondidos com cacos de garrafas jogadas das janelas.

VAINFAS, R. (Org.). Dicionário do Brasil Imperial. Rio de Janeiro: Objetiva, 2008 (adaptado).

Os anos finais do I Reinado (1822-1831) se caracterizaram pelo aumento da tensão política. Nesse sentido, a análise dos episódios descritos em Minas Gerais e no Rio de Janeiro revela

 

a)     estímulos ao racismo. 

b)     apoio ao xenofobismo.

c)     críticas ao federalismo.

d)    repúdio ao republicanismo.

e)    questionamentos ao autoritarismo.







9.9.20

As incongruências inexplicáveis do Parlamento

É muito difícil digerir certas coisas que lemos ou ouvimos nas redes sociais. Principalmente, quando se trata de contradições absurdas.



Caso da reportagem acima, segundo a qual Rodrigo Maia, atual presidente da Câmara, deputado federal eleito com pouco mais de 70 mil votos, afirma que "produtividade" não existe no serviço público.

Este cidadão deveria ter vergonha na cara. Acaso conhece o serviço público, a rotina dos servidores da educação, da saúde e da segurança? O setor privado no Brasil se tornou sinônimo de eficiência e produtividade desde quando? O que Rodrigo Maia  já produziu de bom em sua medíocre existência para benefício do país? 

Este sujeito defende a reforma administrativa que tira direitos dos servidores públicos e, ao mesmo tempo, preserva os privilégios dos políticos, militares, juízes e promotores. Qual matéria esse deputado já aprovou que favoreceu os trabalhadores, seja do setor público ou privado?  Esse sujeito deveria lavar a boca antes de falar do serviço público, tomando muito cuidado para não cometer generalizações ou achar que gente da laia dele existe em todo canto. 

Pois esse deputado que aprova retirada de direitos dos trabalhadores, segue agarrado com as suas mordomias às custas dos contribuintes. Tem casa, carros, dezenas de funcionários e outras regalias custeadas pelos cofres públicos, pagas por gente que trabalha e produz como eu e tantos outros trabalhadores. Como pode esse cidadão pensar em falar algo sobre os servidores públicos? 

Novamente, acho que na situação dele o melhor era se calar e ir trabalhar de verdade. Será que esse deputado sabe o que é trabalho? Sabe o que é estudar? Seja lá quem elegeu um perfil assim, deve se sentir muitíssimo bem representado no Congresso Nacional.

Evidente que há problemas sérios no serviço público, mas muito deles são provocados pela safadeza da classe política que remunera mal servidores e subtrai verbas públicas para fins particulares em detrimento da população.

7.9.20

Questões sobre as Ditaduras na América Latina



Leia o nosso resumo sobre a matéria e responda as questões abaixo:

1) (FUVEST, 2009) Existem semelhanças entre as ditaduras militares brasileira (1964-1985), argentina (1976-1983), uruguaia (1973-1985) e chilena (1973-1990).

Todas elas:

a) receberam amplo apoio internacional tanto dos Estados Unidos quanto da Europa Ocidental.  
b) combateram um inimigo comum, os grupos esquerdistas, recorrendo a métodos violentos.  
c) tiveram forte sustentação social interna, especialmente dos partidos políticos organizados.
d) apoiaram-se em ideias populistas para justificar a manutenção da ordem.   
e) defenderam programas econômicos nacionalistas, promovendo o desenvolvimento industrial de seus países.

2) (ENEM, 2011) Em meio às turbulências vividas na primeira metade dos anos 1960, tinha-se a impressão de que as tendências de esquerda estavam se fortalecendo na área cultural. O Centro Popular de Cultura (CPC) da União Nacional dos Estudantes (UNE) encenava peças de teatro que faziam agitação e propaganda em favor da luta pelas reformas de base e satirizavam o “imperialismo” e seus “aliados internos”.

KONDER, L. História das Ideias Socialistas no Brasil. São Paulo: Expressão Popular, 2003

No início da década de 1960, enquanto vários setores da esquerda brasileira consideravam que o CPC da UNE era uma importante forma de conscientização das classes trabalhadoras, os setores conservadores e de direita (políticos vinculados à União Democrática Nacional - UDN -, Igreja Católica, grandes empresários etc.) entendiam que esta organização

a) constituía mais uma ameaça para a democracia brasileira, ao difundir a ideologia comunista.

b) contribuía com a valorização da genuína cultura nacional, ao encenar peças de cunho popular.

c) realizava uma tarefa que deveria ser exclusiva do Estado, ao pretender educar o povo por meio da cultura.

d)  prestava um serviço importante à sociedade brasileira, ao incentivar a participação política dos mais pobres.

e) diminuía a força dos operários urbanos, ao substituir os sindicatos como instituição de pressão política sobre o governo.

3) (ENEM, 2013).

FORTUNA. Correio da Manhã, ano 65. n. 22 264, 2 nov. 1965.

A imagem foi publicada no jornal Correio da Manhã, no dia de Finados de 1965. Sua relação com os direitos políticos existentes no período revela a

a) extinção dos partidos nanicos.

b) retomada dos partidos estaduais.

c) adoção do bipartidarismo regulado.

d) superação do fisiologismo tradicional.

e) valorização da representação parlamentar.

  1. 4) Observe a charge abaixo:
  2. Nosso Século. São Paulo: Abril Cultural, 1980.

Ela se relaciona ao contexto histórico brasileiro, no qual:

a) ocorre a imposição do Estado Novo, quando o governo de Getúlio Vargas tornou-se ditatorial.
b) o governo de Eurico Dutra adere aos dos Estados Unidos no contexto da Guerra Fria.
c) houve um aprofundamento da ditadura militar no Brasil, com a imposição do Ato Institucional nº 5.
d) o presidente Fernando Collor determina o confisco dos recursos depositados nos bancos.
e) ocorre o fim da ditadura militar e os generais que exerceram a presidência foram expulsos do país. 

5) Até o ano de 1973, a república chilena era uma exceção na história política latino-americana. Ela não participara da triste crônica dos golpes militares da América Latina. Um regime civilista estável e forte (...) dominava os poderes tradicionais, fazendo com que as Forças Armadas chilenas (...) se mantivessem numa tradição de respeito às instituições do estado. (...) Então, a partir do dia 11 de setembro de 1973, tudo mudou. A derrubada do presidente Salvador Allende, obra de um violentíssimo golpe militar, conduziu o Chile a padecer por 17 anos sob uma ditadura - uma das mais cruéis e impiedosas da história latino-americana. (Allende, a morte de um homem. Disponível online em educaterra.terra.com.br)

A partir da leitura do fragmento, é possível concluir que: 

a) mesmo com a deposição do Presidente Salvador Allende, o Chile continuou a ser o único país latino-americano no qual as forças armadas garantiram a manutenção do poder civil.
b) as mudanças empreendidas por Salvador Allende, ao aproximar o país do bloco capitalista na Guerra Fria, levaram à sua deposição por militares de esquerda.
c) o golpe militar que depôs Salvador Allende no Chile, em 1973, foi um fato isolado na América Latina, já que todos os outros países mantiveram seus governos civis durante a década de 1970.
d) a partir da deposição do Presidente Salvador Allende em 1973 o Chile ingressou, a exemplo de seus vizinhos latino-americanos, em uma fase de ditadura militar.
e) a deposição de Salvador Allende, por militares americanos, visava alertar os outros países socialistas na América Latina de que o continente seria alinhado aos EUA na Guerra Fria. 

6) Os fragmentos a seguir versam sobre a deposição do Presidente João Goulart, em 1964. Leia-os atentamente.

Texto 1
"31 de março de 1964 foi um dia de expectativa ansiosa nas primeiras horas, e de tranquila vitória e confiança quando o dia já ia chegando ao fim. À meia-noite do dia 31 a vitória da democracia estava já assegurada. "O sr. Presidente da República, que ostensivamente se nega a cumprir seus deveres constitucionais, tornando-se (...) chefe de governo comunista, não merece ser havido como guardião da Lei Magna e, portanto, há de ser afastado do poder de que abusa (...)" - afirmava o manifesto à Nação, lançado dia 31 pelo general Olympio Mourão Filho, comandante da IVª Região Militar (...)". 
(REBELO, Fernando. A revolução de 1964. In: Integração e escola - Datas comemorativas. Juiz de Fora: Esio Pinheiro Dutra, 1979. p. 7).

Texto 2
"E assim é que o Alto Comando Revolucionário, sentindo que suas raízes não são profundas, impotente para realizar alguma coisa de útil à Nação - pois tirante a deposição do Sr. João Goulart não há conteúdo nem forma no movimento militar -, optou pela tirania. (...) Na realidade [o Ato Institucional nº 1] não foi editado. Foi simples e tiranicamente imposto a uma Nação perplexa, sem armas e sem líderes para a reação. Foi desprezivelmente imposto a um Congresso emaculado".
(CONY, Carlos Heitor. O ato e o fato. In: O ato e o fato - o som e a fúria das crônicas contra o golpe de 1964. Rio de Janeiro: Objetiva, 2004, p. 26).

A leitura dos excertos permite concluir que:

a) ambos defendem que  deposição de João Goulart teve como principal efeito a manutenção do regime democrático, uma vez que o Presidente desejava, efetivamente, a implantação de um governo de caráter comunista inspirado na política da união Soviética.
b) os dois se complementam, uma vez que o primeiro relata os acontecimentos dia 31 de março de 1964 e o segundo, escrito em 11 de abril do mesmo ano, expõe os efeitos positivos do sucesso do movimento que depôs o Presidente joão Goulart.
c) expressam visões antagônicas em relação ao movimento militar que depôs João Goulart. Enquanto o primeiro afirma que sua deposição garantiu a vitória da democracia, o segundo defende a tese de que o governo militar implantou um governo tirânico logo no início de sua gestão.
d) ambos defendem a teoria de que, a partir da deposição do presidente João Goulart, o Brasil ingressou em um regime caracterizado pela implantação de uma ditadura dos militares, caracterizada pela imposição de Atos Institucionais e pelo fechamento do Congresso Nacional.
e) enquanto o primeiro defende que, a deposição de João Goulart foi um golpe de Estado, o que levou o brasil para um regime de cerceamento de liberdades políticas, o segundo expressa o apoio ao movimento como forma de s garantir a democracia no país.

7) Após a leitura do texto, assinale a alternativa correta em relação ao seu conteúdo.

"Desde o final dos anos 1960, Odair [José] começou a ter problemas com o órgão repressor oficial do país na época da ditadura. (...) Talvez a música mais emblemática da carreira de compositor de Odair seja "Uma vida só" também conhecida como "Pare de tomar a pílula" (... pare de tomar a pílula/ porque ela não deixa nosso filho nascer...). (...) Quando lançou a canção em 1973, o Brasil passava pelo seu mais nefasto período de repressão à liberdade civil. (...) O Governo estava em franca campanha de controle de natalidade nas classes mais pobres (...) para "conter" o aumento da pobreza. (...) Para a fúria dos censores, a canção "Pare de tomar a pílula" tornou-se um megassucesso (...). Mas os militares não deixaram aquela "afronta" passar em brancas nuvens, e a música foi proibida nacionalmente. 
(CABRERA, Antonio Carlos. Almanaque da música brega. São paulo: Matrix, 2007. p. 91-92).


a) O regime militar preocupava-se apenas em censurar a produção artística e cultural que estivesse vinculada diretamente à oposição política, como atesta a proibição da música de Odair José.
b) A oposição aberta de Odair José ao projeto militar de controle de natalidade foi a causa essencial da proibição de sua canção, hino do movimento pela liberdade sexual no Brasil.
c) A censura à canção de Odair José ocorreu devido a uma série de pressões da Igreja católica, que vinha em campanha aberta contra a utilização de métodos contraceptivos.
d) A censura do regime militar não acontecia apenas nas questões de ordem política e ideológica, mas também no plano artístico e cultural, como atesta a proibição da canção de Odair José.
e) A proibição da música de Odair José demonstra que apenas temas sociais eram controlados pelos censores militares, enquanto a produção politizada era censurada diretamente pelos presidentes.

8) (PUC-RIO, 2008) as décadas de 1960 e 1970, a América Latina viveu a experiência de inúmeros golpes que deram início a Ditaduras Militares que, apesar das diferenças entre si, apresentam características comuns. Das alternativas abaixo, quais apresentam afirmativas que expressam corretamente esta idéia?

I – Em todos estes regimes militares as instituições representativas sofreram abalos, ocorreu a falência ou crise aguda dos partidos políticos tradicionais, assim como a militarização da vida política em geral.

II – O governo dos Estados Unidos, profundamente envolvido na Guerra Fria no continente asiático, não participou diretamente dos golpes militares ocorridos nesta época na América Latina.

III – A nova ordem política que se institucionalizou a partir destes golpes militares procurou se legitimar em nome dos princípios contidos na “doutrina de segurança nacional”, cujo ponto central era “impedir a iminente ameaça comunista” no continente.

IV – De maneira geral, nos novos governos autoritários nascidos destes golpes, ocorreu o desmantelamento das organizações sindicais, por meio da supressão do direito de greve, da intervenção nos sindicatos, da prisão e assassinato de líderes trabalhistas.

Assinale a alternativa correta:

a) Apenas as afirmativas II, IV estão corretas.

b) Apenas as afirmativas I, II, III estão corretas.

c) Apenas as afirmativas I e IV estão corretas.

d) Todas as afirmativas estão corretas.

e) Apenas as afirmativas I, III e IV estão corretas.


9) (PISM.UFJF/2022) Observe a imagem. 

Charge do cartunista Carlos Latuff, publicada em 2012. https://operamundi.uol.com.br/opiniao/24247/aniversario-do-ataque-terrorista-contra￾o-chile.

A charge evoca, simultaneamente, dois eventos da história recente do continente americano. A partir da charge, podemos afirmar que: 

a) Expõe a memória do ataque às Torres Gêmeas em 2001 e a guerra ao terror no Afeganistão, a qual durou 20 anos. 

b) Salienta o processo de redemocratização no Chile sob o governo de Augusto Pinochet entre os anos 1970 e 1980.

c) Evoca os usos da memória construída sobre o 11 de setembro, data em que ocorreu tanto o golpe civil-militar no Chile quanto o ataque às Torres Gêmeas. 

d) Aponta consequências do 11 de setembro nos Estados Unidos da América e a ação de Osama Bin Laden contra as Torres Gêmeas. 

e) Apresenta o potencial bélico do governo chileno contra organizações terroristas ao redor do mundo como consequência direta do ataque às Torres Gêmeas. 

10) (PISM.UFJF/2022) Observe a imagem.

Charge sobre a Operação Condor, de Carlos Latuff, 2008. https://memoria.ebc.com.br/2012/09/comissao-nacional-da-verdade-vai-investigar￾as-atividades-da-chamada-operacao-condor

A respeito da Operação Condor, podemos afirmar que:

a) Promoveu uma maior integração regional através de alianças políticas em defesa da redemocratização no Cone Sul.

b) Contribuiu para a formação de alianças em torno da legalização do comércio de tecnologia militar no contexto das ditaduras no Cone Sul. 

c) Fortaleceu os laços diplomáticos entre as repúblicas do Cone Sul para a futura instalação do Mercosul, nos anos 1990, com foco em transferência de tecnologia militar. 

d) Flexibilizou as fronteiras dos Estados nacionais envolvidos com base na doutrina de segurança nacional contra atividades consideradas subversivas pelos regimes militares em vigor. 

e) Reduziu os atos de violência cometidos pelos órgãos repressores ao longo dos anos 1970 nos países do Cone Sul.