2.9.20

Sobram pré-candidatos, mas faltam ideias

Li, sem muita empolgação, as entrevistas dos pré-candidatos à prefeitura de Leopoldina no portal do Jornal Leopoldinense.

Mesmo sendo de partidos diferentes, quase todos entrevistados repetiam as mesmas coisas: "fazer parceria com a Casa de Caridade", "reparar as estradas rurais", "gerar empregos" dentre outras afirmações comuns, que já ouvimos e lemos há mais de duas décadas.

Os problemas existem, é verdade, mas nenhum pré-candidato ousou apontar soluções concretas e criativas para trazer alguma esperança para os eleitores... Não há nenhum apontamento que sinalize mudança positiva na pasmaceira estrutura social e econômica da cidade, que clama por dinamismo. Todos ficaram estacionados no lugar comum, unidos pela falta de propostas e projetos para o desenvolvimento real da cidade.

Gostaria de ler ideias e planos, contendo metas e propostas concretas para promover o município e o bem-estar de seu povo. Na ausência de investimentos externos vultuosos, uma política de desenvolvimento endógeno e arrojada é extremamente necessária. É preciso repensar as prioridades da cidade, reorganizar e alinhar forças e estabelecer um projeto comum para ser trabalhado nos próximos anos.

Esse movimento passa por uma profunda reflexão sobre alternativas locais para geração de emprego e renda. Com políticas públicas eficientes e bem formuladas, por líderes capazes e com elevado espírito público, é possível fortalecer cooperativas, fomentar setores do turismo, como o turismo rural e o ecoturismo, incentivar a gastronomia, abrir postos de trabalho, valorizar os jovens e contribuir para o crescimento sustentável de nossa cidade.

Um projeto de desenvolvimento econômico deveria ter como pilares a exploração do turismo rural, do agronegócio, do cooperativismo, da educação profissionalizante e a oferta de emprego, especialmente para os jovens do Ensino Médio no contraturno escolar. Com isso, a roda da economia vai girar, fazendo aumentar a arrecadação municipal e a capacidade de investimento público.

Não podemos esperar o socorro cair do céu ou esperar a instalação de um indústria "salvadora" na cidade (veja o exemplo da Mercedes em Juiz de Fora). Precisamos pensar em alternativas de desenvolvimento a partir da inteligência local de de nossas possibilidades. 

Tomara que até a definição do pleito surjam boas ideias e candidatos à altura dos desafios que envolvem a gestão de um município com as necessidades tão urgentes quanto as de nossa cidade.

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