19.5.18

Hitler morreu mesmo em 1945?

Após o fim da Segunda Guerra Mundial, muitas suspeitas foram aventadas sobre uma fuga de Adolf Hitler a para América Latina. Argentina ou talvez o Brasil teriam sido os prováveis destinos do líder nazista. Nessa versão, Hitler teria escapado do cerco soviético ao leste e dos aliados, ao oeste e deixado à Alemanha para evitar os seus captores. De fato, vários oficiais nazistas fugiram para o cone sul da América, caso de Josef Mengele (1911-1979) e Adolf Eichmann (1906-1962). Mas Hitler teria conseguido deixar o bunker numa Berlim dominada por tantos inimigos?

O jornalista e historiador alemão Joachim Fest (1926-2006) escreveu vários livros sobre Hitler, um deles publicado em 2002 - No bunker de Hitler: os últimos dias do terceiro reich, o escritor alemão descreveu, com base em documentos escritos e fontes orais, como o depoimento da secretaria pessoal do führer, o fim da trajetória de Hitler e sua esposa, Eva Braun. Ambos teriam cometido suicídio, após Hitler ingerir uma cápsula de cianureto deu um tiro na própria cabeça em 30 de abril de 1945. O livro deu origem a um filme que teve grande repercussão, A queda! As últimas horas de Hitler, lançado em 2004.
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As capas do livro de Fest (D) e do filme sobre a morte de Hitler (E).
Em 05 de maio de  1945, os soviéticos chegaram ao bunker encontraram os restos mortais de Hitler, sua esposa e de seu ministro da propaganda e chanceler, Joseph Goebbels. Os corpos foram incinerados, segundo os relatos soviéticos, mas parte do crânio de Hitler foi preservado e permanece na Rússia (ver foto abaixo).
Suposto pedaço do crânio do ditador nazista Adolf Hitler com uma perfuração de bala
Crânio de Hitler com perfuração do projétil. 
  
Contudo, a versão soviética sobre o fim de Hitler sempre foi bastante questionada, principalmente no Mundo Ocidental. Ex-agentes da Inteligência dos EUA, estudiosos e aventureiros não paravam de alimentar a chance de Hitler ter fugido ileso da Europa. Há incontáveis livros, documentários e séries de televisão que tentavam contestar a prova dos russos e buscavam descobrir o "verdadeiro" paradeiro de Hitler. Um estudo da Universidade de Connecticut levantou a possibilidade do crânio pertencer à uma mulher, devido às suas características anatômicas.

Os russos permitiram que um médico legista americano examinasse o crânio e ele teria afirmado que, de fato, pertencia à Hitler. 
Em 2017,  pesquisadores franceses também examinaram os restos mortais e concluíram que o crânio e a arcada dentária são mesmo do ditador, o qual cometeu suicídio em 1945.  O estudo foi publicado nessa semana na revista científica European Journal of internal Medicine.

O professor Philippe Charlier, especialista em Medicina e Antropologia legais participou da pesquisa e disse o seguinte em entrevista publicada hoje em vários jornais on-line:

"Já podemos parar com todas as teorias conspiratórias sobre Hitler. Ele não foi para a Argentina em um submarino, não está escondido em uma base na Antártica, nem no lado oculto da Lua" 

Para finalizar, eu deixo a seguinte questão: Será que os norte-americanos, as editoras e os produtores de documentários do tipo History Channel aceitarão a morte de Hitler ou continuarão fazendo dinheiro produzindo fake news para manipular o grande público?

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