Lista de exercícios sobre Imperialismo e Neocolonialismo. Questões vestibular, PISM e ENEM.
1. Em dezembro de 1945, começou uma greve de dois meses no principal porto da África Ocidental Francesa, Dacar. As autoridades só conseguiram levar os grevistas de volta ao trabalho com grandes aumentos de salário e, o que é ainda mais importante, pondo em prática todo o aparato de relações industriais usado na França — em resumo, agindo como se os grevistas fossem modernos operários industriais.
COOPER, F.; HOLT, T.; SCOTT, R. Além da escravidão.
Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2005 (adaptado).
Durante o neocolonialismo, o trabalho forçado — que não se confunde com a escravidão — foi uma constante em diversas regiões do continente africano até o século XX. De acordo com o texto, sua superação deriva da
A) crítica moral da intelectualidade metropolitana.
B) pressão articulada dos organismos multilaterais.
C)resistência organizada dos trabalhadores nativos.
D) concessão pessoal dos empresários imperialistas.
E) baixa lucratividade dos empreendimentos capitalistas.
2. A produção de um ou dois cultivos de exportação transformou-se em regra em 1935: cacau na Costa do Ouro, amendoim no Senegal e em Gâmbia, algodão no Sudão, café e algodão em Uganda, café e sisal na Tanzânia etc. O trabalho forçado e o abandono da produção alimentar provocaram muita desnutrição, graves surtos de fome e epidemias, em certas partes da África, no início da Era Colonial.
BOAHEN, A. A. O legado do Colonialismo. Correio da Unesco, n. 7, jul. 1984 (adaptado).
Nos termos apresentados no texto, o Neocolonialismo europeu deixou o seguinte legado para as áreas ocupadas:
A) Desconcentração da estrutura fundiária.
B) Expropriação de direitos humanitários.
C) Autossuficiência do mercado interno.
D) Valorização de técnicas ancestrais.
E) Autonomia do setor financeiro.
3. Ata Geral da Conferência de Bruxelas, 2 de julho de 1890
As potências declaram que os meios mais eficazes para combater a escravatura no interior da África são os seguintes:
1º — A organização progressiva dos serviços administrativos judiciais, religiosos e militares nos territórios da África, colocados sob a soberania ou sob protetorado das nações civilizadas;
2º — O estabelecimento gradual no interior, pelas potências de quem dependem os territórios, de estações fortemente ocupadas, de maneira que a sua ação protetora ou repressiva possa se fazer sentir com eficácia nos territórios assolados pela caçada ao homem.
Disponível em: www.fd.unl.pt. Acesso em: 21 jan. 2015.
No contexto da colonização da África do século XIX, o recurso ao argumento civilizatório apresentado no texto buscava legitimar o(a)
A) estabelecimento de governos para a constituição de Estados nacionais.
B) submissão de espaços para alterar as relações de produção.
C) delimitação de jurisdições para bloquear a expansão capitalista.
D) defesa do continente para encerrar as contínuas guerras civis.
E) reconhecimento da alteridade para preservar as práticas tribais.
4. No Segundo Congresso internacional de Ciências Geográficas, em 1875, a que compareceram o presidente da República, o governador de Paris e o presidente da Assembleia, o discurso inaugural do almirante La Roucière-Le Noury expôs a atitude predominante no encontro: “Cavalheiros, a Providência nos ditou a obrigação de conhecer e conquistar a terra. Essa ordem suprema é um dos deveres imperiosos inscritos em nossas inteligências e nossas atividades. A geografia, essa ciência que inspira tão bela devoção e em cujo nome foram sacrificadas tantas vítimas, tornou-se a filosofia da terra”.
SAID, E. Cultura e política. São Paulo: Cia. das Letras, 1995.
No contexto histórico apresentado, a exaltação da ciência geográfica decorre do seu uso para o(a)
A) preservação cultural dos territórios ocupados.
B) formação humanitária da sociedade europeia.
C) catalogação de dados úteis aos propósitos colonialistas.
D) desenvolvimento de técnicas matemáticas de construção de cartas.
E) consolidação do conhecimento topográfico como campo acadêmico.
5. Na segunda metade do século XIX, muitos povos africanos e asiáticos viram seus territórios serem
ocupados pelas potências europeias. Sobre o imperialismo e neocolonialismo europeu na África e na Ásia, leia atentamente as afirmações abaixo:
I) O desenvolvimento industrial das grandes potências europeias levou ao empreendimento de um novo modelo de colonização. O aumento da produção e o acúmulo de capitais fizeram com que essas potências buscassem ampliar seus mercados e adquirir matéria-prima a custos mais baixos.
II) Durante a Conferência de Berlim, ocorrida entre os anos de 1884-1885, as potências europeias estabeleceram regras para a exploração e ocupação da África, levando em consideração a diversidade cultural e as identidades étnico-territoriais.
III) Os povos africanos e asiáticos não aceitaram passivamente o domínio dos europeus, o que gerou
diferentes formas de resistência em ambos os continentes. Muitos nativos utilizaram varias técnicas e táticas militares para defenderem-se contra a ocupação e exploração dos europeus.
IV) O discurso ideológico que procurou legitimar o domínio e exploração europeia nos continentes africano e asiático foi baseado nas teorias raciais. Difundiu-se a ideia de que os europeus constituíam a raça branca e superior, cuja missão era levar a civilização para lugares habitados por raças inferiores, primitivas e bárbaras.
Assinale a alternativa CORRETA:
a) Todas as afirmativas estão corretas.
b) Todas as alternativas estão incorretas.
c) As afirmativas I, II e III estão corretas.
d) As afirmativas I, III e IV estão corretas.
e) Apenas as afirmativas I e IV estão corretas.
6. Analise atentamente os documentos abaixo:
DOCUMENTO 1
"Todos sabem que a Terra é um planeta e, portanto, redondo (ou quase). Bolas não têm meio, apenas centro e, nesse
caso, qualquer indicação externa é arbitrária e convencional. A representação cartográfica do planeta é uma
uropeia de compreensão do mundo. (...). O mapa também se afirma como um
instrumento de formação da cidadania, definindo-se como emblema de identidade da nação. "
KNAUSS, Paulo; RICCI, Claudia e CHIAVARI, Maria Pace. Brasil: uma cartografia. Rio de Janeiro: : Casa da Palavra, 2010.
DOCUMENTO 2
Observando comparativamente o texto e a Tirinha da Mafalda é possível dizer que o modo de se compreender o espaço geográfico tem relação com o tema da identidade das nações. Sobre isso:
A) Cite DUAS nações europeias que se expandiram para outras partes do mundo no século XIX:
B) Explique como os mapas do século XIX serviram aos propósitos do imperialismo.
7. A política imperialista consistia na busca, principalmente, de novos mercados consumidores para os países industrializados e foi assim que vários países da África e da Ásia sofreram com a prática da neocolonização nos séculos XIX e XX. Portanto, sobre a justificativa construída pelas potências europeias para invadir as nações do continente africano e asiático é correto dizer que:
a) As potências europeias justificavam a invasão nos países periféricos afirmando que essa ação contribuiria para o desenvolvimento industrial e que incentivaria a adoção de um regime socialista nos países asiáticos.
b) As principais alegações utilizadas na prática do Imperialismo foram as teorias darwinistas que defendiam a superioridade cultural dos países europeus, sendo eles os países que levariam o progresso e o desenvolvimento social para os países da África e da Ásia através da missão civilizadora.
c) Uma das justificativas era que os europeus aprenderiam técnicas industriais com os africanos e asiáticos, o que acarretaria no desenvolvimento econômico e científico dos países desenvolvidos.
d) O fardo do homem branco era uma das legitimações europeias durante a política imperialista. Esse fardo consistia numa missão que contribuiria para o desenvolvimento industrial dos países africanos e asiáticos, gerando assim o crescimento da burguesia local, fazendo com que os países não desenvolvidos tivessem suas próprias indústrias.
8. Identifique, entre as afirmativas a seguir, a que se refere a consequências da Revolução Industrial:
a) redução do processo de urbanização, aumento da população dos campos e sensível êxodo urbano.
b) maior divisão técnica do trabalho, utilização constante de máquinas e afirmação do capitalismo como modo de produção dominante.
c) declínio do proletariado como classe na nova estrutura social, valorização das corporações e manufaturas.
d) formação, nos grandes centros de produção, das associações de operários denominadas “trade unions”, que promoveram a conciliação entre patrões e empregados.
e) manutenção da estrutura das grandes propriedades, com as terras comunais, e da garantia plena dos direitos dos arrendatários agrícolas.
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