29.10.18

Leopoldina diz #EleNão

Orgulho de ser Leopoldinense, de ter nascido nesta terra maravilhosa, com nome de princesa.

Aqui, na eleição presidencial de 2018, venceu a democracia. A maioria dos eleitores leopoldinenses votou contra a intolerância e o defensor do discurso do ódio  que redunda em diversos tipos de violência.

Parabéns Leopoldina, teu povo é de paz, quer trabalho com direitos, quer educação e o respeito à diversidade cultural.

Esse resultado poderá ter impactos políticos daqui a 2 anos, nas eleições municipais. Vejamos:

1°. Coloca a dinastia que apoiou o presidente eleito em sinal de alerta. Se o povo mantiver a coerência, renovará no próximo pleito, colocando um fim à trajetória política do clã que chefia o local.

2°. Pode assanhar a taba petista, a qual despregada da realidade, se autoenganará fazendo crer que o resultado de 2018 foi por conta da força do Partido no local. Farão de tudo para lançar candidato, mesmo sem ter um. Ledo engano, pois o anti-petismo criado por parte da mídia, setores do judiciário, a ala golpista do PSDB (leia-se Aécio Neves) e também pelos erros endógenos de segmentos petistas é forte, algo de difícil desconstrução. Haddad venceu aqui pois a SOCIEDADE  se organizou e disse #EleNão. A vitória de Haddad se deve à tomada de consciência do próprio povo do risco que Bolsonaro representa para a democracia e não à influência ou credibilidade dos caciques petistas junto aos eleitores locais.

O movimento de repulsa ao autoritarismo emergiu da sociedade, não nasceu da iniciativa do PT ou de qualquer outro partido. Foi fruto do protagonismo e da cidadania de pessoas de bem, preocupadas com o futuro do país.

Portanto, os Leopoldinenses devem dizer, em 2020, não ao autoritarismo e não aos candidatos que falseam uma representação popular. Buscaremos uma terceira via, que seja arrojada, competente e transparente na gestão pública. Essa gestão precisa ter metas, alinhadas as necessidades da população, que sejam divulgadas e monitoradas pelo povo para construirmos uma cidade cada vez melhor para todos!

23.10.18

O silêncio e o ódio: racismo, da ofensa ao assassinato


A obra está disponível na biblioteca da escola, de autoria da escritora francesa Marie Agnès Combesque. 
Marie-Agnès Combesque

Combesque trata do racismo em diversos momentos da História, em diferentes épocas e lugares, aborda desde o tratamento cruel recebido pelo escravos africanos, passando pela segregação racial norte-americana ao nazismo. Chega nos dias atuais e mostra a presença do ódio e da xenofobia no trato de europeus em relação aos imigrantes e povos islâmicos. 

A autora mostra como o racismo passa do imaginário à violência, quando as ideias viram ação e perseguição aos grupos diferentes. Enfim, o livro é um primor com narrativa envolvente e estrutura diferenciada, apresentando relatos, trabalhando conceitos e contextualizando as marcas e os impactos sociais, políticos e econômicos do racismo nos vários lugares onde ele se manifestou.

Trecho do livro

  

18.10.18

Depois da mentira sobre o kit gay, agora tem fraude digital na campanha de Bolsonaro?

A Folha de São Paulo apurou que supostamente um grupo de empresários, inclusive o dono da Havan o qual fez o papelão de pressionar seus funcionários a votarem em  Bolsonaro, estariam contratando serviços digitais chamado de "disparo em massa".

O banco de dados seria fornecido ilegalmente a apoiadores de Bolsonaro que enviavam mensagens pelo Whatsapp para influenciar eleitores.

A reportagem cita como exemplo um serviço similar utilizado por Zema, em Minas Gerais. Nesse caso, as mensagens  vinculavam o voto em Zema ao Bolsonaro, isso teria contribuído para o candidato ao governo de Minas ter ficado em primeiro lugar. Nas pesquisas pré-eleitorais ele ocupava apenas a terceira posição. 

Mediante as graves denúncias do jornal Folha de São Paulo, resta  ao TSE reagir de forma urgente e enérgica  e dar uma resposta à sociedade. O órgão ficou  acuado ao longo de todo o processo eleitoral pelos bolsonaristas, que questionam a urna eletrônica, usam robôs em redes sociais, espalham fake news, disseminam o ódio e a violência.
Será que a turma do Bolsonaro ficará impune? E os ministros do TSE irão combater as fakenews ou ficarão quietinhos fingindo que está tudo bem?




16.10.18

Equilibrando as chances: jogue a toalha, Haddad

A popularidade de Lula e do PT ficaram reduzidas ao Nordeste. Pouco para vencer a eleição que se avizinha. No restante do país predomina, com mais ou menos intensidade, o antipetismo.
É o repúdio ao lulo-petismo o maior combustível para o sucesso eleitoral de Bolsonaro, tendo em vista o despreparo e a falta de propostas desse candidato. Some a isso o fato de que a campanha de Haddad é insossa, quase inócua no centro-sul do país, onde Bolsonaro arregimenta multidões. O petista tem perfil discreto é boa figura, mas não emplacou, caminha para uma derrota segura. Não adianta chamar Bolsonaro para o debate ou denunciar fakenews no TSE, a vitória do extremismo e da via autoritária já está pavimentada.

No primeiro turno o candidato do PSL obteve quase 50 milhões dos votos e no segundo turno, ao que tudo indica, terá outro êxito fácil.

A eleição de  Bolsonaro  confirmará  mais uma aposta equivocada de Lula que impôs um "poste" para a centro-esquerda. Muitos esperavam o apoio do cacique petista à Ciro Gomes (PDT), mas a ideia foi rechaçada pela presidente do Partido, Gleisi Hoffmann: Ciro "nem com reza brava".

Mesmo com todas as pesquisas e simulações eleitorais apontando que somente o pedetista tinha chances reais de vencer a extrema-direita no segundo turno, o apoio do PT, em nome da hegemonia, não se concretizou. E Lula ainda trabalhou para isolar potenciais apoiadores de Ciro, deixando-o sem opções de alianças.

A vice na chapa do PDT, a senadora Kátia Abreu, sugeriu que Haddad desistisse para que Ciro Gomes pudesse concorrer. Ele é mais experiente, preparado e tem ficha limpa, além de ser mais incisivo e objetivo ao apresentar suas propostas. Ciro não carrega consigo o ranço antipetista, selado em Haddad junto com o apoio de Lula. Só o paulista radicado no Ceará teria chances reais de unir as forças democráticas contra o autoritarismo intolerante e violento que está  posto em nossa frente.

Agora, talvez, seja tarde demais para Ciro, para o PT e para o futuro da democracia. Mas como já  estamos no fundo do poço, por que não tentar algo diferente? 

Renuncia Haddad, abra a vaga para Ciro Gomes disputar em nome da soberania nacional, da retomada do desenvolvimento e da pacificação do país, sem alijar aqueles que mais necessitam do Estado e da política de bem-estar social.

Seria um ato digno e independente de sua parte, Haddad. Essa atitude demonstraria que você não é um fantoche do Lula e da louca hegemonia partidária petista.

14.10.18

CLT (1943-2019)




Vai um Açaí? Cuidado com o Mal de Chagas


A doença de Chagas foi descoberta no Brasil pelo médico Carlos Chagas, por volta de 1909. O cientista observou que o vetor do parasita era o inseto, o barbeiro, o qual vivia nas fendas das paredes de barro das casas de pau a pique.

À noite,  o inseto picava os moradores e transmitia-lhes o parasita, que Chagas chamou de trypanosoma cruzi. Uma vez que o parasita atingia a corrente sanguínea iniciava a devastação do organismo, provocando, dentre outros, graves problemas cardíacos na pessoa contaminada.

A partir dos anos 1970, o controle do inseto reduziu a contaminação via vetorial.

Entretanto, O Mal de Chagas continua fazendo vítimas no Brasil até hoje com o contágio pela via oral, através da ingestão de alimentos que tiveram contato com as fezes do barbeiro.

É o caso da cana e do açaí, as frutas, se não forem higienizadas adequadamente, podem ser trituradas junto com as fezes ou partes do barbeiro e assim contaminarem as pessoas pela via oral quando consomem esses produtos .

No estado do Pará, por exemplo, o extrativismo e o consumo do açaí são importantes para a economia do estado. Lá os casos de pessoas contaminadas pela doença de Chagas tem aumentado, por isso há um investimento em pesquisas, diagnósticos e incentivos aos extrativistas e comerciantes de açaí a adotarem medidas de higienização tanto do fruto quanto dos equipamentos de beneficiamento, como as batedeiras.

Embora pesquisadores afirmem que não há risco de epidemia, a situação preocupa, pois em vários casos a vítima não apresenta sintomas e o percentual de óbito dos contaminados pela via oral é maior do que na forma clássica de transmissão da doença.

Mais informações na reportagem no site da Folha de São Paulo.

Dica do Julius: Revolução industrial



Disputa em Minas Gerais e o fim do plano de carreira dos professores

Zema ou Anastasia.  Quem sair vitorioso no pleito do dia 28 deste mês atacará os direitos dos professores da rede estadual de Minas Gerais.

Anastasia quando governou impôs o subsídio, uma forma de burlar a lei federal do piso sob pretexto de modernizar o plano de cargos. Só fez isso com os profissionais da Educação, as demais categorias do serviço público  não foram tão prejudicadas quanto o magistério no mesmo período.  No governo de Anastasia, vale lembrar, ocorreu uma greve histórica na educação, que durou pouco mais de cem dias.

Já Zema pretende rever o plano de carreira dos professores, ele questiona o direito de promoção na carreira por tempo de serviço e  também por escolaridade. Defende a implantação de bonificações por cumprimento de metas, nada novo, pois já visto em governos anteriores. O fim da promoção por escolaridade, por exemplo, poderá ter um efeito negativo sob os profissionais que buscam aperfeiçoamento e formação continuada, o que sua vez impactará negativamente na melhoria da qualidade do ensino.

Com um ou outro eleito, quem sairá perdendo são os educadores, os quais haviam conquistado o piso salarial após anos de lutas e um plano de carreira mais justo.
O aspecto positivo do fim do (des)governo Pimentel é que o Sindicato representante dos educadores deve acordar de sua sonolência. Após quatro anos de modorra no governo petista (Por que será?), em 2019 o Sindicato deve colocar o bloco na rua contra a tempestade porvir. Difícil é ter moral para convocar e unir professores descrentes numa estrutura falida devido ao uso sindical feito por alguns elementos para galgar cargos na administração ou obter capital político para disputas eleitorais. 


13.10.18

Radicalismo político e a escalada da violência


A disputa política brasileira virou uma selvageria. Manifestar sua preferência por um ou outro candidato tornou-se um perigo no país.

Vejam o que ocorreu com o mestre de capoeira na Bahia, foi esfaqueado por dizer que preferia o PT.

Vamos lembrar que a arte que o mestre praticava é patrimônio da  cultura brasileira, um símbolo da resistência dos afrodescendentes à escravidão, instituição que tanto prejudicou este país.

Triste ver como os negros e os pobres são tratados com descaso, e como a vida e o respeito à dignidade e à liberdade estão  sendo corroído num país onde a regra sempre beneficiou os poderosos.

Triste ver em Leopoldina, cidade da Zona da Mata mineira marcada por um passado escravocrata e de segregação racial, mestre de capoeira apoiando Bolsonaro cujo discurso vai de encontro ao simbolismo libertário encarnado na arte da capoeira. Cada um tem o direito de apoiar quem quiser, é evidente, mas anular o pensamento crítico devido ao antipetismo propalado pela mídia é ceder espaço para o crescimento da violência, da intolerância e manutenção da ordem social que privilegia os mais ricos e pune negros, índios, mestiços e brancos pobres. 

Esse mestre de capoeira, no qual acreditei uma vez, não me convence mais. Para mim, o simbolismo libertário da arte afrodescendente que virou patrimônio nacional não combina em nada com o discurso autoritário, xenofóbico, excludente e violento da extrema-direita. Se o cidadão não tem esclarecimento para perceber isso, é porque não é um boa liderança política e nem tem apego aos ideais da democracia. 

Saúde e paz.

5.10.18

Por que Bolsonaro é um risco para a democracia e para os direitos dos trabalhadores?

Numa rápida pesquisa na internet buscamos o histórico do parlamentar, o presidenciável Bolsonaro, e as posições que ele defende. O candidato se apresenta em sua campanha como o "novo", apesar de estar há 27 anos na política.

A realidade é que Bolsonaro nunca escondeu ser um candidato com uma agenda anti-povo e anti-democrática. Além do que há gritantes contradições entre o que ele fala e a maneira como age.

Se alguém ainda tem dúvida sobre o caráter desse cidadão, leia as manchetes abaixo, capturadas em diversos sites de notícias, e veja vinte motivos para NÃO votar em Bolsonaro.