14.10.18

Disputa em Minas Gerais e o fim do plano de carreira dos professores

Zema ou Anastasia.  Quem sair vitorioso no pleito do dia 28 deste mês atacará os direitos dos professores da rede estadual de Minas Gerais.

Anastasia quando governou impôs o subsídio, uma forma de burlar a lei federal do piso sob pretexto de modernizar o plano de cargos. Só fez isso com os profissionais da Educação, as demais categorias do serviço público  não foram tão prejudicadas quanto o magistério no mesmo período.  No governo de Anastasia, vale lembrar, ocorreu uma greve histórica na educação, que durou pouco mais de cem dias.

Já Zema pretende rever o plano de carreira dos professores, ele questiona o direito de promoção na carreira por tempo de serviço e  também por escolaridade. Defende a implantação de bonificações por cumprimento de metas, nada novo, pois já visto em governos anteriores. O fim da promoção por escolaridade, por exemplo, poderá ter um efeito negativo sob os profissionais que buscam aperfeiçoamento e formação continuada, o que sua vez impactará negativamente na melhoria da qualidade do ensino.

Com um ou outro eleito, quem sairá perdendo são os educadores, os quais haviam conquistado o piso salarial após anos de lutas e um plano de carreira mais justo.
O aspecto positivo do fim do (des)governo Pimentel é que o Sindicato representante dos educadores deve acordar de sua sonolência. Após quatro anos de modorra no governo petista (Por que será?), em 2019 o Sindicato deve colocar o bloco na rua contra a tempestade porvir. Difícil é ter moral para convocar e unir professores descrentes numa estrutura falida devido ao uso sindical feito por alguns elementos para galgar cargos na administração ou obter capital político para disputas eleitorais. 


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