Aula ministrada nas turmas de 2º ano do Ensino Médio, E. E. Luiz Salgado Lima.
21.9.15
20.9.15
Saerjinho - 3º bimestre (1º ano do Ensino Médio)
Fiquem ligados no conteúdo que será cobrado na avaliação do Saerjinho deste bimestre.
A seguir, postamos links com todo o conteúdo trabalhado em sala.
Lembrem-se, não há vitória sem esforço. Então o jeito é estudar bastante!
Expansão Marítima
- http://acropolemg.blogspot.com.br/2012/02/resumo-da-expansao-maritima.html
- http://acropolemg.blogspot.com.br/2012/02/ii-parte-do-resumo-expansao-maritima.html
- http://acropolemg.blogspot.com.br/2012/02/iii-parte-da-expansao-maritima.html
- http://acropolemg.blogspot.com.br/2014/07/voce-sabe-tudo-sobre-expansao-maritima.html
- http://acropolemg.blogspot.com.br/2012/08/caca-palavras-expansao-maritima.html
- http://acropolemg.blogspot.com.br/2015/08/as-expansoes-maritimas-nos-seculos-xv-e.html
- http://acropolemg.blogspot.com.br/2014/08/expansao-maritima.html
África
- http://acropolemg.blogspot.com.br/2014/08/africa.html
- http://acropolemg.blogspot.com.br/2012/04/escravidao-moderna.html
- http://acropolemg.blogspot.com.br/2013/03/o-trafico-atlantico-no-mundo-moderno.html
- http://acropolemg.blogspot.com.br/2014/09/escravidao-no-brasil.html
- http://acropolemg.blogspot.com.br/2012/09/so-os-africanos-eram-escravizados.html
- http://acropolemg.blogspot.com.br/2014/08/ecos-de-um-passado-escravocrata.html
América
- http://acropolemg.blogspot.com.br/2014/09/civilizacoes-pre-colombianas.html
- http://acropolemg.blogspot.com.br/2015/09/patolli-o-jogo-de-tabuleiro-dos-astecas.html
Bons estudos!
8.9.15
A mídia e a ditadura da beleza
Você se deixa influenciar por tudo que é divulgado pela mídia?
A mídia exerce algum tipo de interferência sob sua forma de pensar e de agir?
Quais são as consequências que a imposição de valores traz para a vida das pessoas?
É sobre essas questões que pretendemos refletir nesta postagem, então vamos começar o trabalho!
A sociedade contemporânea é bombardeada, diariamente, por informações provenientes de vários meios de comunicação - televisão, revistas, jornais e internet.
Em grande parte, o conteúdo veiculado divulga modelos e padrões que procuram homogeneizar a sociedade. É o caso, por exemplo, das publicações, impressas ou virtuais, que tratam sobre saúde e beleza.
Há revistas, sites e blogs da internet que mostram homens e mulheres considerados belos, saudáveis e bem sucedidos.
Dessa forma, o sucesso, a felicidade e a ascensão social estão diretamente relacionados ao fato do indivíduo ter o corpo perfeito.
Mas quem estabelece o que é perfeito ou imperfeito?
As revistas, os repórteres, as telenovelas, as propagandas, enfim a mídia que diz para o público o que ele precisa fazer para obter a perfeição.
Essas publicações informam o necessário para ter o corpo perfeito: muitas horas de academia, dietas rigorosas, roupas certas e produtos de beleza.
Quem não puder frequentar a academia, tem a opção de se exercitar em casa e há vários canais no Youtube que auxiliam nessa parte. Caso a dieta não funcione, pode recorrer aos suplementos, pílulas e remédios que ajudam a perder peso. E por fim, há a opção radical de consultar um médico para fazer uma cirurgia plástica e deixar o corpo tão lindo quanto o da moça na capa da revista!
Essas publicações não respeitam a singularidade das pessoas e não se preocupam com a saúde e a beleza interior dos indivíduos. Na sociedade de consumo ter é mais importante do que ser, não importa a qual preço.
Muita gente aceita a imposição de valores por parte da mídia e acaba infeliz consigo mesma, insatisfeita com o seu corpo.
Por isso, inúmeras pessoas começam a praticar esportes, muitas vezes sem o acompanhamento adequado, aderem às dietas "milagrosas" e, quando não conseguem o resultado esperado, se tornam depressivas e até fazem cirurgias plásticas.
Em 2013, o Brasil foi o campeão internacional de cirurgias plásticas, superando os EUA, com um total 1,49 milhões de intervenções. Entre as mais procuradas estão a lipoaspiração e o aumento dos seios. (http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2014/07/brasil-se-torna-pela-primeira-vez-lider-em-cirurgias-plasticas-diz-organizacao.html).
Os adolescentes são aqueles que se deixam seduzir mais facilmente pela propaganda em massa da mídia. Os jovens são presas fáceis da publicidade, pois se preocupam em demasia com a aparência e enxergam como um requisito para ter aceitação social.
Assim eles acabam desenvolvendo doenças como a bulimia e a anorexia, dentre outras patologias que provocam graves danos à saúde.
Muitos não percebem que por trás da indústria da beleza está a lógica do mercado.
Marcas de roupas, suplementos alimentares, cosméticos, clínicas estéticas e redes de academias utilizam os padrões de beleza para vender seus produtos e serviços.
A estratégia tem dado certo, um exemplo é o crescimento do mercado de suplementos. No Brasil, esse segmento movimenta mais de 1 bilhão de reais por ano. Para emagrecer e criar músculos rapidamente, os jovens usam os suplementos sem se preocupar com os riscos para a saúde.
Inconsequentes ou mal informados, os usuários não se preocupam com o fato de os médicos alertarem que os suplementos alimentares trazem mais prejuízos do que benefícios para o corpo. (http://www.brasil.gov.br/saude/2012/07/consumo-de-suplemento-alimentar-pode-causar-danos-a-saude-alertam-autoridades)
Conclusão
Devemos encarar a mídia com criticidade e não aceitar passivamente suas imposições.
As revistas só mostram pessoas magras, "bonitas", "felizes", brancas e ricas, mas isso não significa que os outros são menos importantes só porque não se parecem com o modelo que a sociedade cultua como o ideal.
Precisamos praticar esportes sim, mas por lazer e em prol da saúde. Alie isso a uma alimentação equilibrada para ter mais qualidade de vida, o que possibilitará a cada um almejar o sucesso profissional e a felicidade.
Por trás de toda a publicidade que envolve o mercado da beleza há uma indústria bilionária. Aqui o dinheiro fala mais alto e o bem estar das pessoas fica apenas em segundo plano.
Portanto, todo cuidado é pouco para não seguir por um caminho que não vai te levar a lugar algum. Então aprenda a aceitar a si mesmo e seja feliz como você é.
Em grande parte, o conteúdo veiculado divulga modelos e padrões que procuram homogeneizar a sociedade. É o caso, por exemplo, das publicações, impressas ou virtuais, que tratam sobre saúde e beleza.
Há revistas, sites e blogs da internet que mostram homens e mulheres considerados belos, saudáveis e bem sucedidos.
Dessa forma, o sucesso, a felicidade e a ascensão social estão diretamente relacionados ao fato do indivíduo ter o corpo perfeito.
Mas quem estabelece o que é perfeito ou imperfeito?
As revistas, os repórteres, as telenovelas, as propagandas, enfim a mídia que diz para o público o que ele precisa fazer para obter a perfeição.
Quem não puder frequentar a academia, tem a opção de se exercitar em casa e há vários canais no Youtube que auxiliam nessa parte. Caso a dieta não funcione, pode recorrer aos suplementos, pílulas e remédios que ajudam a perder peso. E por fim, há a opção radical de consultar um médico para fazer uma cirurgia plástica e deixar o corpo tão lindo quanto o da moça na capa da revista!
Essas publicações não respeitam a singularidade das pessoas e não se preocupam com a saúde e a beleza interior dos indivíduos. Na sociedade de consumo ter é mais importante do que ser, não importa a qual preço.
Muita gente aceita a imposição de valores por parte da mídia e acaba infeliz consigo mesma, insatisfeita com o seu corpo.
Por isso, inúmeras pessoas começam a praticar esportes, muitas vezes sem o acompanhamento adequado, aderem às dietas "milagrosas" e, quando não conseguem o resultado esperado, se tornam depressivas e até fazem cirurgias plásticas.
Em 2013, o Brasil foi o campeão internacional de cirurgias plásticas, superando os EUA, com um total 1,49 milhões de intervenções. Entre as mais procuradas estão a lipoaspiração e o aumento dos seios. (http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2014/07/brasil-se-torna-pela-primeira-vez-lider-em-cirurgias-plasticas-diz-organizacao.html).
Os adolescentes são aqueles que se deixam seduzir mais facilmente pela propaganda em massa da mídia. Os jovens são presas fáceis da publicidade, pois se preocupam em demasia com a aparência e enxergam como um requisito para ter aceitação social.
Assim eles acabam desenvolvendo doenças como a bulimia e a anorexia, dentre outras patologias que provocam graves danos à saúde.
Muitos não percebem que por trás da indústria da beleza está a lógica do mercado.
Marcas de roupas, suplementos alimentares, cosméticos, clínicas estéticas e redes de academias utilizam os padrões de beleza para vender seus produtos e serviços.
A estratégia tem dado certo, um exemplo é o crescimento do mercado de suplementos. No Brasil, esse segmento movimenta mais de 1 bilhão de reais por ano. Para emagrecer e criar músculos rapidamente, os jovens usam os suplementos sem se preocupar com os riscos para a saúde.
Inconsequentes ou mal informados, os usuários não se preocupam com o fato de os médicos alertarem que os suplementos alimentares trazem mais prejuízos do que benefícios para o corpo. (http://www.brasil.gov.br/saude/2012/07/consumo-de-suplemento-alimentar-pode-causar-danos-a-saude-alertam-autoridades)
Conclusão
Devemos encarar a mídia com criticidade e não aceitar passivamente suas imposições.
As revistas só mostram pessoas magras, "bonitas", "felizes", brancas e ricas, mas isso não significa que os outros são menos importantes só porque não se parecem com o modelo que a sociedade cultua como o ideal.
Precisamos praticar esportes sim, mas por lazer e em prol da saúde. Alie isso a uma alimentação equilibrada para ter mais qualidade de vida, o que possibilitará a cada um almejar o sucesso profissional e a felicidade.
Por trás de toda a publicidade que envolve o mercado da beleza há uma indústria bilionária. Aqui o dinheiro fala mais alto e o bem estar das pessoas fica apenas em segundo plano.
Portanto, todo cuidado é pouco para não seguir por um caminho que não vai te levar a lugar algum. Então aprenda a aceitar a si mesmo e seja feliz como você é.
4.9.15
Crise imigratória na Europa
Os noticiários divulgam diariamente a crise histórica de imigrantes do norte da África e do Oriente Médio, que têm tentado, a todo custo, entrar no continente europeu buscando melhores condições de vida.
Milhares de pessoas, principalmente, refugiados de guerras, miséria e conflitos na África e no Oriente Médio se arriscam por perigosas viagens pelo mar Mediterrâneo. Só em 2015, cerca de 2600 imigrantes já morreram tentando a dramática travessia.
Na quarta-feira, dia 02 de setembro, ocorreu outra tragédia no mar. Um navio que levava refugiados da Síria em direção a Grécia virou e 12 pessoas morreram, dentre elas o menino de 3 anos de idade, o sírio Aylan Kurdi.
Seu corpo foi encontrado em uma praia da Turquia e a imagem desse evento chocou o mundo.
Na aula de hoje, na turma 1001 do CIEP 280, a aluna Ludimila nos questionou sobre o problema migratório que ocorre na Europa, África e Oriente Médio. Debatemos o assunto e todos chegaram a óbvia conclusão de que estes imigrantes tentam escapar de seus países de origem por conta das guerras e da intolerância que assolam a terra natal.
Eles buscam refúgio na Europa, porque lá há mais segurança e estabilidade. Contudo, acabam sendo barrados nas fronteiras, presos e deportados.
Muitos países europeus, como a França, por exemplo, possuem leis severas para conter imigrantes "indesejáveis".
A Europa, ao longo de séculos, explorou a África e o Oriente Médio, semeou lá morte e discórdia, portanto, tem alguma responsabilidade sobre essa conjuntura belicosa em que se encontram as áreas circunvizinhas. Se há riqueza e prosperidade no Velho Mundo, isso se deve muito ao colonialismo praticado intensivamente sobre os africanos e os orientais, então nada mais justo do que os europeus prestarem auxílio para os migrantes desamparados.
Mas a responsabilidade não é só dos europeus, ela tem que ser partilhada por todo o Mundo. Não somos todos humanos? Não partilhamos o mesmo planeta, mesmo que de forma desigual?
Não podemos achar normal vidas serem perdidas sem, no mínimo, nos indignarmos, seja onde quer que esteja o problema, perto ou longe de nossa casa.
É preciso, em caráter de urgência, que ocorra algum tipo de intervenção da ONU nas áreas mais afetadas pela guerra e pelo radicalismo religioso e político. Se não houver paz, as ondas migratórias não irão parar e continuaremos ouvindo o "baque de um corpo ao mar" e assistindo a mais um "sonho dantesco", onde a utopia de um sentimento global de humanidade e de pertencimento esmaece e enterra a esperança de um futuro melhor.
Imagens que não se apagarão de nossas memórias:
Na quarta-feira, dia 02 de setembro, ocorreu outra tragédia no mar. Um navio que levava refugiados da Síria em direção a Grécia virou e 12 pessoas morreram, dentre elas o menino de 3 anos de idade, o sírio Aylan Kurdi.
Tragédia: policial turco recolhe o corpo de Aylan. |
Seu corpo foi encontrado em uma praia da Turquia e a imagem desse evento chocou o mundo.
Na aula de hoje, na turma 1001 do CIEP 280, a aluna Ludimila nos questionou sobre o problema migratório que ocorre na Europa, África e Oriente Médio. Debatemos o assunto e todos chegaram a óbvia conclusão de que estes imigrantes tentam escapar de seus países de origem por conta das guerras e da intolerância que assolam a terra natal.
Eles buscam refúgio na Europa, porque lá há mais segurança e estabilidade. Contudo, acabam sendo barrados nas fronteiras, presos e deportados.
Muitos países europeus, como a França, por exemplo, possuem leis severas para conter imigrantes "indesejáveis".
A Europa, ao longo de séculos, explorou a África e o Oriente Médio, semeou lá morte e discórdia, portanto, tem alguma responsabilidade sobre essa conjuntura belicosa em que se encontram as áreas circunvizinhas. Se há riqueza e prosperidade no Velho Mundo, isso se deve muito ao colonialismo praticado intensivamente sobre os africanos e os orientais, então nada mais justo do que os europeus prestarem auxílio para os migrantes desamparados.
Mas a responsabilidade não é só dos europeus, ela tem que ser partilhada por todo o Mundo. Não somos todos humanos? Não partilhamos o mesmo planeta, mesmo que de forma desigual?
Não podemos achar normal vidas serem perdidas sem, no mínimo, nos indignarmos, seja onde quer que esteja o problema, perto ou longe de nossa casa.
É preciso, em caráter de urgência, que ocorra algum tipo de intervenção da ONU nas áreas mais afetadas pela guerra e pelo radicalismo religioso e político. Se não houver paz, as ondas migratórias não irão parar e continuaremos ouvindo o "baque de um corpo ao mar" e assistindo a mais um "sonho dantesco", onde a utopia de um sentimento global de humanidade e de pertencimento esmaece e enterra a esperança de um futuro melhor.
Imagens que não se apagarão de nossas memórias:
O pai de Aylan: "Quero que o mundo nos escute". |
Enterro de Aylan. الله يكون معك. |
Aylan Kurdi, um anjinho caído. Confira mais homenagens ao pequeno anjo clicando aqui. |
Assista:
2.9.15
Patolli - o jogo de tabuleiro dos astecas
Os jogos de tabuleiro existem há milhares de anos. Eles surgiram por volta de 5000 a. C., no Egito e na Mesopotâmia Antiga.
Em todas as culturas, no Oriente e no Ocidente os jogos se fazem presentes e são mecanismos didáticos, além de promoverem o lazer e a interação social entre os indivíduos.
Aqui na América, os índios também tinham seus jogos de tabuleiro. Um exemplo disso são os maias e os astecas. Os primeiros habitavam, por volta de 1500 a. C. até o século XVI, a Guatemala, Honduras, Belize e o sul do México; os últimos dominaram a região do México entre os séculos XIV e XVI. Eles também eram adeptos dos jogos de tabuleiro.
Os jogos, na maioria das vezes, "...estavam associados às cerimônias religiosas, especialmente aos sacrifícios, juntamente com cantos, danças e representações teatrais".
Patolli. Códice Magliabecchi - século XVI. |
Entre os astecas, poderosa civilização pré-colombiana, jogar o Patolli era a maior diversão!
O Patolli "tinha um tabuleiro em forma de cruz onde as quatro partes estavam divididas em quadrado sobre os quais avançavam as pedras, cujo número era determinado por um sorteio de feijões" (HUMBERG; NEVES, 1996, p. 72).
Representação de astecas jogando o patolli. |
Não se sabe muito a respeito das regras originais do jogo, pois com a destruição do império Asteca pelos espanhóis em 1521, o Patolli foi proibido pela Igreja.
Há sites na internet que disponibilizam regras adaptadas, portanto, é possível jogar o patolli com os amigos!
O jogo era tão popular nessa civilização pré-colombiana que havia até apostadores.
A palavra patolli, de origem asteca, significa "feijão", esse grão era utilizado como dado para ser lançado pelos jogadores, os quais avançavam pelas casas desenhadas no chão.
A trilha do jogo estava associada a deuses e aos astros, elementos muito importantes na cultura dos guerreiros astecas.
E então, aceita jogar uma partida de patolli?
Bibliografia básica
HUMBERG, Flávia Ricca; NEVES, Ana Maria Bergamin. Os povos da América: dos primeiros habitantes às primeiras civilizações urbanas. São Paulo: Atual, 1996.
<http://www.ludensspirit.com.br/jogos/planet/pdfs/patolli_pt.pdf> Acesso em 02 set. 2015.
Enquete encerrada
O blog Acrópole - História & Educação perguntou: o que você achou do acordo entre o governo de Minas e o sindicato dos educadores?
O acordo selado entre as partes estabeleceu o pagamento do Piso salarial do magistério, em três anos.
Foto: Portal G1. |
Portanto, a lei federal de 2008 só será efetivamente cumprida em 2017. "Antes tarde do que nunca", diz o ditado popular. Mas os educadores não pensam bem assim.
Os visitantes responderam à enquete e os resultados foram os seguintes:
- Bom = 10%
- Poderia ter sido melhor = 19%
- Razoável = 13%
- Não atende às demandas da categoria = 56%
As insatisfações dos trabalhadores em Educação são inúmeras e se acumularam ao longo da última década, quando Minas Gerais foi governada por Aécio-Anastasia.
O choque de gestão dos tucanos para os educadores foi uma política de arrocho salarial, precarização do plano de carreira e falta de investimentos na Educação.
Cabe ao governo eleito, que tem vários apoiadores na direção do Sindicato, trabalhar para solucionar as inúmeras deficiências deixadas pela gestão anterior.
Há graves problemas na Educação: aumento da violência no âmbito escolar, assédio moral no trabalho, urgência em democratizar a gestão das escolas e garantir a melhoria das condições de trabalho. Esses temas tão relevantes nem sempre estão entre as prioridades do Sindicato, tampouco estão na agenda do governo, pelo menos não saíram do papel.
O acordo assinado em Maio deste ano ainda está longe de atender as demandas da categoria. Pagar o piso ao final de três anos e manter o plano de carreira nos moldes do subsídio imposto pelos antigos mandatários é muito pouco.
Nós queremos e precisamos de mais!
1.9.15
Estamos na revista Profissão Mestre
A conceituada revista Profissão Mestre, de circulação nacional, trata como poucos sobre Educação.
Tivemos a honra de participar de uma entrevista com um de seus jornalistas e a matéria está publicada na edição de Setembro (Já nas bancas!).
Nossa experiência de sucesso com este Blog e o Acrópole APP rendeu frutos e despertou o interesse nacional acerca da metologia e dos resultados alcançados.
Entre no site para conferir a chamada e adquira seu exemplar para ler a matéria na íntegra.
Relembre outras publicações nacionais sobre o Blog e o Acrópole APP:
Portal do Professor - MEC (12/01/2015)
Ministério da Cultura (17/12/2014)
UNDIME (30/01/2015)
Cultura, Mídia e Poder
Neste post, iremos abordar a relação entre a Mídia e a Cultura, mediante a manipulação dos meios de comunicação para atender a um projeto de Poder.
Seja num regime democrático ou num governo ditatorial, grupos políticos e sociais estão sempre tentando exercer algum tipo de controle sobre os veículos de comunicação.
Esse controle assegura o poder sobre o mercado, a política, a cultura e as pessoas que se pretende influenciar.
Por ora, nos deteremos apenas à análise de dois momentos históricos do Brasil, nos quais a mídia e a cultura foram violentamente controladas pelo Estado brasileiro e pelos grupos políticos que exerciam o poder.
O primeiro momento foi entre 1937 a 1945, quando o Brasil era governado por Getúlio Vargas. Estávamos no Estado Novo e o presidente precisava da Mídia para difundir entre o povo sua imagem de líder popular e de "pai dos pobres".
O segundo momento ocorreu entre 1964 a 1985 - a Ditadura Militar - uma forma de governo despótica que deixou cicatrizes e resquícios de autoritarismo profundos em nossa cultura até os dias atuais.
Esse estudo pretende deixar claro que nos dois momentos selecionados para análise, os princípios democráticos foram violados em prol de um projeto autoritário de poder.
O Estado Novo (1937-1945)
Em 1937, Vargas inaugurou o Estado Novo inspirado no fascismo italiano e suspendeu direitos políticos e civis dos cidadãos. Partidos políticos de oposição foram fechados, eleições foram suspensas e não havia liberdade de expressão.
Para manter essa ditadura e preservar sua popularidade, o presidente criou o Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP) em 1939.
O DIP estava encarregado de censurar os órgãos de imprensa (rádio, cinema, teatro, jornais etc) e evitar a divulgação de notícias que contrariavam os interesses do governo.
O referido órgão também promovia concursos culturais e de música popular, ao passo que ajudava a solidificar a imagem de Getúlio Vargas de líder populista, conhecido como o "pai dos pobres".
Em 1935, o governo criou um programa de rádio oficial, chamado "Hora do Brasil", encarregado de divulgar as realizações de Getúlio Vargas. O programa era transmitido por todas as emissoras e, a partir de 1939, passou a ser produzido pelo DIP.
A falta de liberdade de imprensa era tamanha que jornalistas chegaram a ser presos e jornais foram invadidos por tropas do exército, como ocorreu com a redação de "O Estado de S. Paulo", em 1940.
A ditadura militar (1964-1985)
Não faz muito tempo que deixamos esse período histórico para trás, mas historiadores e cientistas políticos afirmam que até os dias de hoje nos deparamos com práticas arbitrárias, seja no aparelho estatal ou na sociedade. A permanência desse tipo de prática num regime democrático é fruto de resquícios culturais que sobraram de um passado recente.
Os vinte anos de ditadura militar foram terríveis para o país.
Naquela época havia muita repressão, violência, restrição dos direitos civis e políticos, arrocho salarial, torturas e assassinatos em nome de um projeto de poder que alijava a população do processo político.
Uma forma de governo tão nefasta era sustentada sobretudo pelo medo, pela covardia e pelo rigoroso controle dos agentes do governo sobre a mídia.
Por isso, os militares fiscalizavam os jornais e outras produções culturais, instauravam processos contra jornalistas, prendiam, agrediam e até matavam profissionais da imprensa.
Um dos exemplos mais emblemáticos da intolerância e da censura envolveu o jornalista jornalista Vladimir Herzog, que dirigia a TV Cultura em São Paulo. Ele era acusado de ter ligação com o Partido Comunista, o qual foi colocado na clandestinidade pelo regime, por isso foi preso em 1975.
Herzog foi espancado pelos militares, torturado com choques elétricos e sufocado com amoníaco até morrer. Os militares tentaram forjar uma cena de suicídio, mas estava claro que houve ali um assassinato.
Conclusão
Podemos perceber o quanto a mídia e os meios de comunicação e informação são importantes.
Em nossa história, grupos políticos sempre tentaram manipular e controlar as informações que chegam até o povo, para moldar a opinião pública.
Se usada de maneira indevida, a mídia se torna um instrumento a favor dos poderosos e pode alienar a população, afastando-a da verdade.
Para se evitar os abusos, a mídia precisa ter autonomia e deve ter compromisso com a liberdade e com a democracia.
O artigo 19 da Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948) diz o seguinte: "Todo homem tem direito à liberdade de opinião e expressão; este direito inclui a liberdade de, sem interferências, ter opiniões e de procurar, receber e transmitir informações e ideias por quaisquer meios, independentemente de fronteiras".
Só teremos democracia ampla e efetiva quando assegurarmos o direito a "liberdade de opinião e expressão" para os cidadãos. Não seremos livres se sofrermos perseguições por emitir uma opinião que desagrada quem está no poder.
A vida num regime democrático passa pelo diálogo e pela capacidade de respeitar o direito do outro de se expressar livremente, mesmo que seus pensamentos não me agradem.
Para manter essa ditadura e preservar sua popularidade, o presidente criou o Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP) em 1939.
O DIP estava encarregado de censurar os órgãos de imprensa (rádio, cinema, teatro, jornais etc) e evitar a divulgação de notícias que contrariavam os interesses do governo.
Temas proibidos pelo DIP de serem divulgados na imprensa. |
O referido órgão também promovia concursos culturais e de música popular, ao passo que ajudava a solidificar a imagem de Getúlio Vargas de líder populista, conhecido como o "pai dos pobres".
Getúlio Vargas celebrado no dia do Trabalhador. |
Em 1935, o governo criou um programa de rádio oficial, chamado "Hora do Brasil", encarregado de divulgar as realizações de Getúlio Vargas. O programa era transmitido por todas as emissoras e, a partir de 1939, passou a ser produzido pelo DIP.
A falta de liberdade de imprensa era tamanha que jornalistas chegaram a ser presos e jornais foram invadidos por tropas do exército, como ocorreu com a redação de "O Estado de S. Paulo", em 1940.
A ditadura militar (1964-1985)
Não faz muito tempo que deixamos esse período histórico para trás, mas historiadores e cientistas políticos afirmam que até os dias de hoje nos deparamos com práticas arbitrárias, seja no aparelho estatal ou na sociedade. A permanência desse tipo de prática num regime democrático é fruto de resquícios culturais que sobraram de um passado recente.
Os vinte anos de ditadura militar foram terríveis para o país.
Naquela época havia muita repressão, violência, restrição dos direitos civis e políticos, arrocho salarial, torturas e assassinatos em nome de um projeto de poder que alijava a população do processo político.
Uma forma de governo tão nefasta era sustentada sobretudo pelo medo, pela covardia e pelo rigoroso controle dos agentes do governo sobre a mídia.
Jornal destaca a morte de um inimigo da ditadura (1969). |
Por isso, os militares fiscalizavam os jornais e outras produções culturais, instauravam processos contra jornalistas, prendiam, agrediam e até matavam profissionais da imprensa.
Um dos exemplos mais emblemáticos da intolerância e da censura envolveu o jornalista jornalista Vladimir Herzog, que dirigia a TV Cultura em São Paulo. Ele era acusado de ter ligação com o Partido Comunista, o qual foi colocado na clandestinidade pelo regime, por isso foi preso em 1975.
Herzog foi espancado pelos militares, torturado com choques elétricos e sufocado com amoníaco até morrer. Os militares tentaram forjar uma cena de suicídio, mas estava claro que houve ali um assassinato.
Conclusão
Podemos perceber o quanto a mídia e os meios de comunicação e informação são importantes.
Em nossa história, grupos políticos sempre tentaram manipular e controlar as informações que chegam até o povo, para moldar a opinião pública.
Se usada de maneira indevida, a mídia se torna um instrumento a favor dos poderosos e pode alienar a população, afastando-a da verdade.
Para se evitar os abusos, a mídia precisa ter autonomia e deve ter compromisso com a liberdade e com a democracia.
O artigo 19 da Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948) diz o seguinte: "Todo homem tem direito à liberdade de opinião e expressão; este direito inclui a liberdade de, sem interferências, ter opiniões e de procurar, receber e transmitir informações e ideias por quaisquer meios, independentemente de fronteiras".
Só teremos democracia ampla e efetiva quando assegurarmos o direito a "liberdade de opinião e expressão" para os cidadãos. Não seremos livres se sofrermos perseguições por emitir uma opinião que desagrada quem está no poder.
A vida num regime democrático passa pelo diálogo e pela capacidade de respeitar o direito do outro de se expressar livremente, mesmo que seus pensamentos não me agradem.
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