4.9.15

Crise imigratória na Europa

Os noticiários divulgam diariamente a crise histórica de imigrantes do norte da África e do Oriente Médio, que têm tentado, a todo custo, entrar no continente europeu buscando melhores condições de vida.

Milhares de pessoas, principalmente, refugiados de guerras, miséria e conflitos na África e no Oriente Médio se arriscam por perigosas viagens pelo mar Mediterrâneo. Só em 2015, cerca de 2600 imigrantes já morreram tentando a dramática travessia.

Na quarta-feira, dia 02 de setembro, ocorreu outra tragédia no mar. Um navio que levava refugiados da Síria em direção a Grécia virou e 12 pessoas morreram, dentre elas o menino de 3 anos de idade, o sírio Aylan Kurdi.


Tragédia: policial turco recolhe o corpo de Aylan. 

Seu corpo foi encontrado em uma praia da Turquia e a imagem desse evento chocou o mundo.

Na aula de hoje, na turma 1001 do CIEP 280, a aluna Ludimila nos questionou sobre o problema migratório que ocorre na Europa, África e Oriente Médio. Debatemos o assunto e todos chegaram a óbvia conclusão de que estes imigrantes tentam escapar de seus países de origem por conta das guerras e da intolerância que assolam a terra natal.

Eles buscam refúgio na Europa, porque lá há mais segurança e estabilidade. Contudo, acabam sendo barrados nas fronteiras, presos e deportados.
Muitos países europeus, como a França, por exemplo, possuem leis severas para conter imigrantes "indesejáveis".

A Europa, ao longo de séculos, explorou a África e o Oriente Médio, semeou lá morte e discórdia, portanto, tem alguma responsabilidade sobre essa conjuntura belicosa em que se encontram as áreas circunvizinhas. Se há riqueza e prosperidade no Velho Mundo, isso se deve muito ao colonialismo praticado intensivamente sobre os africanos e os orientais, então nada mais justo do que os europeus prestarem auxílio para os migrantes desamparados.


Mas a responsabilidade não é só dos europeus, ela tem que ser partilhada por todo o Mundo. Não somos todos humanos? Não partilhamos o mesmo planeta, mesmo que de forma desigual?

Não podemos achar normal vidas serem perdidas sem, no mínimo, nos indignarmos, seja onde quer que esteja o problema, perto ou longe de nossa casa.

É preciso, em caráter de urgência,  que ocorra algum tipo de intervenção da ONU nas áreas mais afetadas pela guerra e pelo radicalismo religioso e político. Se não houver paz, as ondas migratórias não irão parar e continuaremos ouvindo o "baque de um corpo ao mar" e assistindo a mais um "sonho dantesco", onde a utopia de um sentimento global de humanidade e de pertencimento esmaece e enterra a esperança de um futuro melhor. 


Imagens que não se apagarão de nossas memórias:


O pai de Aylan: "Quero que o mundo nos escute".

Enterro de Aylan.
الله يكون معك.

Aylan Kurdi, um anjinho caído. Confira mais homenagens ao pequeno anjo clicando aqui

Assista:

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