16.11.14

Promessas de um governo novo

Conseguimos! O povo de Minas Gerais, enfim, se livrou de um governo conservador, encabeçado há 12 anos pelo PSDB.

Nós, servidores estaduais da Educação, tivemos um peso considerável para a vitória do PT de Fernando Pimentel em Minas Gerais, um estado que até então estava tomado por políticos acomodados e tecnocratas que pouco trabalharam em prol do povo. O candidato petista foi eleito ainda no primeiro turno, obtendo 52.98% dos votos, depois de uma campanha tranquila, na qual sempre esteve à frente de seus adversários.

Os Educadores são formadores de opinião, conversam com os alunos, com suas famílias, também possuem famílias e denunciaram o descaso dos últimos governos com a Educação Pública em suas redes sociais (Facebook, Youtube etc).

Hoje, com certeza, as lideranças tucanas mineiras se arrependem de ter subestimado a importância dos educadores, sobretudo dos bravos professores de Educação Básica. Tomara que PT e o novo governo não incorram no mesmo erro...

Nesses 12 anos de governo peessedebista, vivemos o choque de gestão, o qual prometia "modernizar" a administração pública. Na prática, essas medidas serviram para reduzir investimentos em áreas prioritárias, como a Saúde e a Educação e fazer economia às custas da folha salarial, tomando a Lei de Responsabilidade Fiscal como desculpa para não remunerar adequadamente os servidores, como por exemplo, os professores que até agora não recebem o piso salarial. O tal choque de gestão foi um fiasco, haja vista que parece haver um rombo nos cofres estaduais de muitos bilhões. Quanta eficiência, não?

Enquanto os tucanos não pagavam o medíocre piso salarial do magistério, as verbas destinadas à publicidade governamental não paravam de crescer e o que dizer das obras executadas com verbas públicas em propriedades particulares de parentes de Aécio Neves, escândalos na COPASA, falta de investimentos, conforme determina a Constituição, para Educação e Saúde, dentre outras mazelas governamentais.

Os servidores da Educação, sobretudo nos últimos anos, foram tratados com descaso pelo Governo do Estado e pela Secretaria de Estado de Educação. A relação estabelecida pelo governo peessedebista era vertical - eles decidiam e todos obedeciam calados...
Quem desobedecia era punido com processos administrativos, notas baixas nas avaliações de desempenho e outros tipos de assédio que contribuíam para adoecer ainda mais a já fragilizada categoria dos educadores.

Sem diálogo e sem a possibilidade de serem ouvidos, em suma, os educadores eram tratados com grande desprezo e sem o mínimo de respeito pelas autoridades responsáveis pela Educação em Minas Gerais.

Mas mudamos de governo, ainda bem! Mudamos não porque deixamos de ser do PSDB e passamos a vestir a camisa do PT. A vitória de Pimentel nas urnas está diretamente relacionada com a significativa rejeição de setores da sociedade mineira pelo gestão tucana. Então mudamos porque nós, educadores de Minas Gerais, queremos ser tratados com dignidade, com respeito, e queremos ter nossos direitos cumpridos, queremos nosso plano de carreira resgatado, porque ele nos foi tomado. Queremos ser valorizados e reconhecidos pela importância social de nossa missão e de nosso trabalho.

Além disso, esperamos que o novo governo estabeleça franco e constante diálogo com a categoria, que respeite os direitos dos trabalhadores em educação e que nos ajude a construir uma nova Educação Pública mineira. Precisamos urgentemente de escolas mais seguras, as quais devem ser ambientes acolhedores, espaços democráticos de construção do saber, que incentivem a convivência pacífica, considerando as diferenças étnicas, políticas e culturais.

Agora iremos postar aqui alguns recortes - imagens, textos e vídeo - do então candidato Fernando Pimentel e dos compromissos que ele assumiu com o Povo de Minas Gerais e com os Educadores Mineiros. Vamos ver se ele terá caráter, ética, moral, vontade e competência gerencial e política para ajudar a transformar a realidade mineira.


No vídeo acima, o candidato fala sobre compromissos com a Educação, dentre eles a garantia de pagar o piso salarial nacional. Destaca que subsídio não é piso.




Fernando Pimentel assina carta-compromisso ao lado da Presidenta da CUT-MG e do SindUte-MG. Foto registrada no final de agosto de 2013.


Texto do site de Pimentel aborda a precariedade da infraestrutura das escolas mineiras.


Agora é agir, Governador! Arregaçar as mangas e fazer como nós, profissionais da educação, da saúde, da segurança e de outros setores do funcionalismo público fazem, trabalhamos duro e fazemos acontecer. É sua responsabilidade enquanto governador liderar e ajudar a transformar nossa realidade com melhorias concretas para os trabalhadores e, consequentemente, para a população de Minas Gerais.

Continuaremos vigilantes e de olhos bem abertos sobre a gestão pública em nosso estado.

2 comentários:

Obrigado pelo comentário.