3.7.22

Sociedade sem Estado

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As sociedades primitivas, como a de certos povos indígenas americanos, por muito tempo foram classificadas, sob o ponto de vista político, como inferiores devido à ausência do Estado e de um poder centralizado.

Contudo, o antropólogo francês Pierre Clastres (1934-1977), no início dos anos 1970, questionou a ideia de que a inexistência de Estado e de burocracia colocava as tribos indígenas da América do Sul num estágio evolutivo inferior em relação à outros povos indígenasque estabeleceram sociedades e Estados hierarquizados .


Clastres chamava a atenção para o fato de que os povos indígenas, como os Guayaki do Paraguai, tinham um modo de vida que favorecia relações horizontais, dissolvendo as hierarquias.
Embora exista nas tribos as figuras como as do pajé, esses não exercem rígido controle sobre o grupo. A coletividade reconhece a importância do pajé e de seus conselhos, mas as decisões políticas não competem a apenas uma pessoa.

Essas sociedades, ao recusar a centralização do poder e a hegemonia de um grupo sobre a tribo, foram chamadas, por Clastres, de sociedades contra o Estado. Nelas, a lógica de comando-obediência não existe, pois são sociedades essencialmente igualitárias, inclusive do ponto de vista econômico. Os mecanismos políticos e culturais,  desse modo,  impedem a formação de um grupo dominante que exerça a autoridade coercitivamente sobre os demais membros da sociedade. 


Referências bibliográficas 

ARANHA, Aline & FREIRE, Gabriela. 2016. "Sociedade contra o Estado - Pierre Clastres". In: Enciclopédia de Antropologia. São Paulo: Universidade de São Paulo, Departamento de Antropologia. Disponível em: <http://ea.fflch.usp.br/conceito/sociedade-contra-o-estado-pierre-clastres>

https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/reportagem/sociedade-contra-o-estado-nao-tem-essa-de-mais-ou-menos-evoluido.phtml


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