O historiador é o profissional, graduado em História com conhecimentos teóricos e metodológicos, para pesquisar o passado e escrever sobre os eventos históricos, interpretar fontes de variados tipos (documentos escritos, imagens, vestígios arqueológicos, entrevistas com pessoas que vivenciaram acontecimentos históricos etc) e, inclusive, identificar o impacto dos fatos pretéritos nos dias atuais.
Em 2009, foi sancionada uma lei que estabeleceu a data 19 de agosto como o dia nacional do historiador. A data foi uma homenagem ao intelectual e abolicionista Joaquim Nabuco (1849-1910).
Muitos acreditam que o historiador cuida apenas de coisas velhas, papéis antigos e livros empoeirados. Entretanto, essa visão é um grande engano, pois o campo de atuação e pesquisa do profissional de história vai além de arquivos e bibliotecas. Tudo ao nosso redor tem uma história para ser descoberta e contada, como o nome de uma praça, uma estátua que homenageia determinadas pessoas, em suma, a sociedade do tempo presente como um todo em suas múltiplas representações e configurações podem ser objeto de estudo do historiador! Logo, esse profissional pode atuar em vários setores, tanto no público, como instituições de ensino e de pesquisa, quanto no privado, organizando arquivos e resgatando a memória de empresas.
Como vimos, o papel do historiador é extremamente importante para a preservação do passado, da memória e mesmo para a compreensão do presente. A história está intimamente conectada com a identidade dos diversos grupos sociais e do país, como um todo. Por exemplo, a identidade de uma aldeia indígena ou de uma comunidade quilombola ou mesmo de um determinado bairro da cidade que preserva algumas tradições, como festas e celebrações populares. É a história que identifica a origem desses fenômenos sócio-culturais e explica sua manutenção até os dias de hoje.
Mas o papel do historiador não para por aqui, sua função social é por demais complexa e não se limita jamais à catalogação de nomes e datas.
O renomado historiador e professor Ciro Flamarion Santana Cardoso (1942-2013), em sua obra Uma introdução à história, nos ensina que
"o historiador brasileiro tem um compromisso ineludível com a sociedade na qual vive e age. O seu papel é o de pôr as suas capacidades profissionais a serviço das tarefas sociais que se impõem à coletividade da qual forma parte" (CARDOSO, C. F. S. Uma introdução à história. São Paulo: Brasiliense, 1992, p. 123).
Logo, o profissional da história não pode deixar de exercer sua função social, que é o de adquirir ferramentas teóricas e metodológicas para desconstruir a velha história, a qual construía narrativas de heróis, patriotismo e mitos que serviam aos interesses conservadores da sociedade, substituindo-a pela "história-problema", que faz indagações, aponta hipóteses, investiga várias fontes e desconstrói mitos.
Nesse caso, pergunta o professor Ciro Cardoso sobre a missão e a tarefa do historiador: "Haverá alguma dúvida a respeito de tais tarefas num país dependente e marcado por desiquilíbrios e injustiças sociais tão flagrantes?" (Op. Cit. p. 123).
Em 2009, foi sancionada uma lei que estabeleceu a data 19 de agosto como o dia nacional do historiador. A data foi uma homenagem ao intelectual e abolicionista Joaquim Nabuco (1849-1910).
Muitos acreditam que o historiador cuida apenas de coisas velhas, papéis antigos e livros empoeirados. Entretanto, essa visão é um grande engano, pois o campo de atuação e pesquisa do profissional de história vai além de arquivos e bibliotecas. Tudo ao nosso redor tem uma história para ser descoberta e contada, como o nome de uma praça, uma estátua que homenageia determinadas pessoas, em suma, a sociedade do tempo presente como um todo em suas múltiplas representações e configurações podem ser objeto de estudo do historiador! Logo, esse profissional pode atuar em vários setores, tanto no público, como instituições de ensino e de pesquisa, quanto no privado, organizando arquivos e resgatando a memória de empresas.
Imagens do projeto "Jovens historiadores", desenvolvido no CIEP 280 - Carmo (RJ), em 2015. |
Como vimos, o papel do historiador é extremamente importante para a preservação do passado, da memória e mesmo para a compreensão do presente. A história está intimamente conectada com a identidade dos diversos grupos sociais e do país, como um todo. Por exemplo, a identidade de uma aldeia indígena ou de uma comunidade quilombola ou mesmo de um determinado bairro da cidade que preserva algumas tradições, como festas e celebrações populares. É a história que identifica a origem desses fenômenos sócio-culturais e explica sua manutenção até os dias de hoje.
Mas o papel do historiador não para por aqui, sua função social é por demais complexa e não se limita jamais à catalogação de nomes e datas.
Ciro Flamarion S. Cardoso (1942-2013) |
O renomado historiador e professor Ciro Flamarion Santana Cardoso (1942-2013), em sua obra Uma introdução à história, nos ensina que
"o historiador brasileiro tem um compromisso ineludível com a sociedade na qual vive e age. O seu papel é o de pôr as suas capacidades profissionais a serviço das tarefas sociais que se impõem à coletividade da qual forma parte" (CARDOSO, C. F. S. Uma introdução à história. São Paulo: Brasiliense, 1992, p. 123).
Logo, o profissional da história não pode deixar de exercer sua função social, que é o de adquirir ferramentas teóricas e metodológicas para desconstruir a velha história, a qual construía narrativas de heróis, patriotismo e mitos que serviam aos interesses conservadores da sociedade, substituindo-a pela "história-problema", que faz indagações, aponta hipóteses, investiga várias fontes e desconstrói mitos.
Nesse caso, pergunta o professor Ciro Cardoso sobre a missão e a tarefa do historiador: "Haverá alguma dúvida a respeito de tais tarefas num país dependente e marcado por desiquilíbrios e injustiças sociais tão flagrantes?" (Op. Cit. p. 123).
Além disso, Eric Hobsbawn ressalta que no século XXI, o papel social do Historiador torna-se ainda mais relevante, pois entre a geração atual, com o advento das transformações culturais e tecnológicas, criou-se a noção de "presente contínuo".
Os jovens acreditam que o agora não tem nenhum vínculo ou conexão com o passado. Pois estão muito enganados, basta historiar as práticas presentes que encontraremos suas raízes no passado. Não foi à toa que Marc Bloch (1944) sustentou a ideia, segundo a qual a história é a ciência do homem no tempo. Assim, mesmo com a passagem dos anos os costumes, as instituições, as crenças e certos ritos permanecem inalterados ou se readaptam às novas realidades. E quem melhor do que os Historiadores para revelar a existência das permanências ou apontar as mudanças e à quais ordem ou interesses elas atendem?
Portanto, podemos concluir que o historiador é um profissional valioso para a sociedade, ele nos ajuda a lembrar o que não deve ser esquecido e que é por demais precioso para a humanidade, nossa identidade, nossa origem e os apontamentos futuros.
Os jovens acreditam que o agora não tem nenhum vínculo ou conexão com o passado. Pois estão muito enganados, basta historiar as práticas presentes que encontraremos suas raízes no passado. Não foi à toa que Marc Bloch (1944) sustentou a ideia, segundo a qual a história é a ciência do homem no tempo. Assim, mesmo com a passagem dos anos os costumes, as instituições, as crenças e certos ritos permanecem inalterados ou se readaptam às novas realidades. E quem melhor do que os Historiadores para revelar a existência das permanências ou apontar as mudanças e à quais ordem ou interesses elas atendem?
Portanto, podemos concluir que o historiador é um profissional valioso para a sociedade, ele nos ajuda a lembrar o que não deve ser esquecido e que é por demais precioso para a humanidade, nossa identidade, nossa origem e os apontamentos futuros.
opus bonum!
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