2.3.19

Desinformação causa temor e apreensão em Leopoldina

O portal G1, na Zona da Mata mineira,  publicou uma notícia de óbito infantil por meningite e alarmou a cidade.

O que se vê por aqui, nos últimos dias, é apreensão, medo e um movimento de diversas famílias numa corrida por vacinação. Como nos postos de saúde  locais não oferecem a imunização contra os inúmeros tipos da bactéria causadora da doença,  o jeito é buscar a vacina particular, caríssima.

Em nota, a Casa de Caridade Leopoldinense afirma que a meningite meningocócica não foi a causa mortis da criança. E desmente a notícia publicada no portal de uma das afiliadas da Rede Globo.

Previnir nunca é demais, mas a desinformação pode causar pânico e agravar uma situação que requer tanto zelo e proteção, como é o caso da vida e da saúde das pessoas. Os jornalistas não deveriam consultar novamente suas fontes? Caso tenham errado, não deveriam corrigir a matéria? Os repórteres conferiram as informações junto aos órgãos de saúde? Conversaram com a família da criança que faleceu?

Confira abaixo os sintomas, transmissão e prevenção da meningite. Os dados são da Fiocruz, referência nacional na produção de vacinas.

Sintomas
meningite é a inflamação das meninges, membranas que envolvem o cérebro. A doença pode ser causada por vários tipos de micróbios, entre eles o meningococo, principal agente durante as epidemias. Trata-se de uma doença grave, que envolve o sistema nervoso central e pode levar à morte. Os principais sintomas são: febre alta, dor de cabeça intensa, náuseas, vômitos, rigidez de nuca e, algumas vezes, manchas na pele (tipo picada de mosquito). Em crianças pequenas, há também o abaulamento de fontanela (moleira inchada). Apesar de grave, a meningite bacteriana tem cura, desde que diagnosticada rapidamente e tratada com antibiótico apropriado.

Transmissão
O micróbio pode ser transmitido da garganta de uma pessoa a outra, através de gotículas da tosse, espirro e beijo. A meningite nem sempre é transmitida por indivíduos doentes. Algumas pessoas (geralmente adultas) que abrigam o meningococo na garganta podem retransmiti-lo, mesmo sem estarem doentes: são os chamados portadores sãos. A meningite atinge pessoas de todas as idades, sendo as crianças menores de cinco anos normalmente as mais afetadas.

Prevenção
Diversas medidas de controle são essenciais para prevenir epidemias de meningite. As principais são: o diagnóstico precoce com a internação de pacientes com sintomas da doença; a vacinação das pessoas em contato muito próximo com enfermos (especialmente dentro do mesmo domicílio); e a vacinação das pessoas com maior risco de adquirir a doença, como as submetidas à retirada cirúrgica do baço (esplenectomizados), as portadoras de disfunção do baço (asplenia funcional da anemia falciforme, da talassemia) ou aquelas com deficiências de imunoglobulinas e do complemento.

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