26.4.20

Nota sobre a quarentena

Num rápido deslocamento de carro pela cidade de Leopoldina, na Zona da Mata mineira, é com tristeza que constatamos  em algumas ruas e bairros,  o afrouxamento do isolamento social por parte dos cidadãos, comerciantes e igrejas evangélicas.

Numa atitude potencialmente criminosa, indivíduos se aglomeram para beber em botequins ou para orar em seus apertados templos, colocando em risco a si e, o pior de tudo, à sociedade como um todo, visto que a velocidade do contágio pelo coronavírus. Nos supermercados, segmento que funciona com restrições sanitárias, há aqueles que não usam máscara e não respeitam as distâncias mínimas de segurança, preferem ficar aglomerados ao invés de observar o aquilo que foi determinado pelas autoridades de Saúde. Os funcionários dos supermercados precisam fiscalizar e chamar a atenção dos consumidores que não cumprirem as regras do isolamento.

Todos sabem que estamos em quarentena, a cidade está sob estado de calamidade pública, desde o dia 14 de abril, diversas atividades foram restritas e outras suspensas, como atendimento ao público e etc. Bares e igrejas, por exemplo, não podem abrir, cultos estão proibidos por Decreto assinado pelo prefeito.
A imprensa local divulgou amplamente a notícia, o mesmo ocorreu na grande mídia a respeito do problema em nível nacional, portanto, todos sabem da existência da pandemia e do risco que corremos.

Na cidade já temos caso confirmado da doença, ao que parece, pode haver outras pessoas contaminadas. Sabe-se que 80% dos casos as pessoas se recuperam da gripe, porém, em hipertensos, diabéticos e obesos a doença pode causar complicações e morte.

Temos que ressaltar, o afrouxamento do isolamento não ocorre só em Leopoldina, parece que tem ocorrido de maneira geral, afinal, a principal autoridade pública do país já se posicionou contra a medida, diferente dos governadores e da maioria dos prefeitos que aderiram às recomendações das autoridades médicas. 

O presidente da república nunca respeitou o isolamento social, logo suas ações servem de estímulo para aqueles que acreditam nele e o seguem fazendo o mesmo. Enquanto o chefe do Executivo critica a quarentena, os números de óbitos e novos casos não param de crescer. O presidente parece não estar nem um pouco preocupado com isso e nem demonstrou solidariedade pelos mortos e pela dor dos familiares. Não dava para esperar algo diferente de alguém que nunca demonstrou apreço legítimo pelo povo, não é mesmo?  

As pessoas precisam refletir sobre isso: a capacidade de atendimento hospitalar em nossa cidade, a exemplo de tantas outras em todo o país, é muito restrita, logo, se muitos precisarem de atendimento, como poderá ocorrer em breve com o avanço da doença, faltarão leitos e insumos para socorrer as vítimas.

Podemos contribuir para controlar a situação ou agravá-la, tem gente nas ruas de dia e de noite que já escolheu piorar o quadro da crise sanitária. Ignorantes, fanáticos, imbecis, estão se colocando em risco, comprometendo seus familiares, vizinhos e a saúde pública.
Tomara que esses indivíduos, principalmente pastores destas ceitas de falsos cristãos, respondam criminalmente por seus atos e que a Lei restaure a razão para vencermos este momento difícil. 

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