17.4.16

A formação dos estados nacionais europeus em imagens

A intenção deste post é apresentar aos nossos alunos as figuras de monarcas europeus, os quais iniciaram os processos de centralização política e formação dos Estados nacionais europeus. Em torno desses reis foram construídas alianças políticas, por meio de casamentos infrafamiliares e troca de favores e benefícios entre a realeza e os nobres, o clero e os burgueses de seus reinos.

Sobre a participação do povo, formado em sua maioria por camponeses, na política não há muita documentação existente, porém sabemos que ele nem sempre se aquietava e protestava contra as desigualdades sociais. Um exemplo da insatisfação popular foi a violenta revolta camponesa do século XIV, a jacquerie, que ocorreu na França. 

A violência da revolta camponesa.

A rebelião foi massacrada, pois era necessário manter a paz, a ordem e o povo sob controle. 

Na Idade Média, predominava a descentralização do poder, distribuído entre vários feudos e seus senhores, os quais impunham suas regras para aqueles que estavam sob seu domínio. Ao final desse período, houve aumento da urbanização, do crescimento populacional e a ascensão econômica da burguesia (comerciantes e artesãos), mudanças que irão transformar o mundo medieval, inclusive o poder dos nobres e da Igreja. 

Segundo José Murilo de Carvalho (2010), "o processo exigiu a concentração do poder nas mãos dos monarcas em detrimento da Igreja e da nobreza. O imperium impôs-se lentamente ao sacerdotium, o absolutismo à dispersão do poder nas mãos dos barões feudais. Particularizando, a transformação envolveu sobretudo o progressivo controle pelos monarcas da aplicação da justiça, tirando-as das mãos da Igreja e dos senhores feudais; ampliação do poder de taxação e a monopolização do recrutamento militar". (p. 27) 

A partir dessas transformações os processos de centralização política se fortaleceram e originaram os reinos europeus - Portugal, Espanha, Inglaterra e França. Assim, o poder decisório foi transferido para o Rei, embora os senhores feudais continuassem tendo grande influência na política.

Outras características políticas, econômicas e sociais resultaram da centralização monárquica e da formação dos Estados nacionais em torno do rei. Elas acompanharam a centralização política do século XI e seguirão até o século XV, quando alguns estados assumirão um caráter absolutista. As mudanças que foram implementadas nas novas nações, em maior ou menor grau de intensidade, foram:

  • Centralização do poder nas mãos do rei;
  • Estabelecimento de fronteiras territoriais;
  • Padronização dos pesos e medidas e criação de moedas nacionais;
  • Formação de burocracias a serviço do Estado;
  • Criação de exércitos permanentes;
  • Adoção de um idioma comum;
  • Subordinação da Igreja ao rei.

As imagens a seguir foram construídas com a finalidade de reforçar a identidade do reino e o papel de liderança do monarca em momentos de crise, como, por exemplo, os períodos de guerras.
Observem com atenção as imagens e procurem identificar nelas aspectos semelhantes e diferentes. Lembrem-se que a centralização desses Estados possibilitará o fortalecimento da monarquia e depois o surgimento do Absolutismo.


D. Afonso Henriques foi o primeiro monarca português. Proclamou a independência do Condado Portucalense em 1139 após enfrentar mouros e os reinos vizinhos que hoje, pertencem à Espanha.




O casamento dos príncipes Fernando de Aragão e Isabel de Castela, em 1469, resultou na unificação do território espanhol dez anos depois. O processo de unificação da Espanha foi concluído no final do século XV, após a expulsão dos muçulmanos da Península.





Henrique II governou a Inglaterra entre 1154 a 1189 e iniciou a centralização política e o fortalecimento do exército. Em 1215, os nobres impuseram ao rei que jurasse a Carta Magna e consultasse o Parlamento, marca peculiar da monarquia inglesa, antes de aumentar os impostos.



A centralização do poder na França ocorreu, em grande medida, devido a Guerra dos Cem anos (1337-1453) travada contra a Inglaterra. O processo de unificação foi liderado por Carlos VII.

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