29.1.16

Economia: liberar geral ou manter regulada pelo Estado?

Um dos pilares do liberalismo econômico é a lei da oferta e da procura. Segundo essa ideia, surgida no século XVIII com o teórico escocês Adam Smith (1723-1790), o mercado seria controlado por uma mão invisível, sem a necessidade de interferência do governo. 


Adam Smith foi um dos defensores do liberalismo: economia funcionando sem interferência estatal.

Para ilustrar, imagine uma relação de consumo, com uma loja tendo vários produtos em estoque e pouca procura por eles. Nesse caso, a tendência natural do preço é cair. Se ocorresse o contrário, os preços subiriam. O que faz os preços aumentarem ou caírem é a "mão invisível" do mercado.

Mas será que a "mão invisível" é justa em momentos de crise? Por exemplo, no Brasil, em algumas cidades cortadas pelo rio Doce, aquele que virou lama por conta do rompimento de uma barragem, o preço da água mineral teve aumento superior a 100% !!!




Outro exemplo atual de abuso do mercado é o caso da venda de repelentes para mosquitos, cujos preços dispararam nas farmácias por conta do aumento da procura em virtude da epidemia de dengue e zika vírus.




As duas situações mencionadas nas manchetes demonstram a atuação da "mão invisível" sobre o mercado. Os produtos tiveram seus preços aumentados devido a lei da oferta e da procura. Mas como fica a população mais pobre? Passa sede? Continua sendo atacada pelo mosquito?
Aí entra o governo que, por meio da interferência estatal na economia,  adota medidas para tentar deixar a situação mais justa e socialmente equilibrada, criando leis e órgãos que tentam impedir os abusos do mercado. Como se pode perceber pelo teor das manchetes de jornais, o mercado está vencendo, sinal que o governo e os órgãos competentes, como o Ministério Público e o PROCON, precisam agir com mais eficácia no sentido de garantir que o mercado não engula os consumidores.

Então, o blog Acrópole - História & Educação quer saber sua opinião: Você é a favor da desregulamentação do mercado, isto é, deixar que a lei da oferta e procura conduza os rumos da Economia, ou você é a favor da intervenção do Estado no setor econômico, atuando como regulador/mediador da produção e do consumo?

Participe, opine e vote na enquete ao lado!

4 comentários:

  1. Acredito que o mais viável, é a intervenção do Estado no setor econômico, já que passamos por trajetórias turbulentas tanto na economia quanto na política. O governo é um dos agentes econômicos que atua como regulador dos demais agentes (famílias e empresas) e dos mercados, sendo assim o Estado deve intervir de forma a mediar a produção e o consumo, visto que a lei de oferta e procura muitas das vezes pode vir a causar transtornos para algumas camadas da sociedade como nos casos citados no post, devido ao fato de no Brasil existir grande desigualdade econômica.
    Ocorre de se ofertar mais do que se procura ou de a procura ser maior que a oferta e isso causa um desequilíbrio na economia, quando isso acontece o Estado tem sim que interferir para esse desequilíbrio causar menos danos possíveis.
    O problema é que o Estado ainda não está sabendo lidar com essas questões e precisa criar medidas mais eficazes, para não deixar de interferir beneficamente na economia e nem interferir demais de forma a prejudicá-la.
    Na verdade falta desenvolver uma politica econômica mais eficaz, visando estabilidade de preço, crescimento e desenvolvimento econômico e distribuição de renda.

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  2. O nosso estado não está em condições de ter esse "poder" de controlar a situação do mercado porém liberdade demais nunca dá certo, pois faria com que alguns comerciantes tivessem um grande monopólio e as pessoas mais carentes não teriam condições de comprar e voltariamos a revolução industrial onde tínhamos os burgueses ricos e o proletariado pobre e o estado defendendo esse sistema contudo não teria a livre concorrência que criaria uma competição fazendo com que a situação das demais coisas melhorassem. De fato esse é um assunto muito delicado e não podemos restringir a apenas dois extremos.Repense nisso!

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    1. "Aí entra o governo que, por meio da interferência estatal na economia, adota medidas para tentar deixar a situação mais justa e socialmente equilibrada, criando leis e órgãos que tentam impedir os abusos do mercado."

      Creio que o papel do Estado não é restringir a livre concorrência, tampouco limitar o desenvolvimento econômico, mas sim de mediar as relações de consumo estabelecidas no mercado, afim de minimizar os danos provocados pela "mão invisível".

      Sobre voltar no tempo e retornar ao século XVIII ou XIX, no contexto da Revolução Industrial, isso é improvável, senão impossível!

      As especificidades da época e o dualismo social e econômico tão típicos daquele período histórico são incompatíveis, em grande parte, com o contexto vivido no século XXI. Então repense isso!

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