15.1.14

Onde está a política de valorização da SEEDUC-RJ?

O programa de planos de saúde do Governo do Estado do Rio de Janeiro para os seus servidores teve um início que pode ser considerado um fiasco, ou mesmo vergonhoso.

Segundo nota do jornal Extra-online, até o dia 13/01/14, apenas Mil (1000) servidores aderiram ao Plano que tem sido propagandeado desde o final do ano passado. Um número inexpressivo, se levarmos em conta todo o conjunto de servidores ativos, inativos e pensionistas do Estado do Rio de Janeiro.

Os Planos de Saúde oferecidos através de uma administradora, que faz a mediação entre os servidores (os segurados) e e as Operadoras (dos planos de saúde) são muito caros e estão longe da realidade financeira da maioria dos cerca de 460 mil servidores que poderia ser beneficiados pelo programa.

Para os servidores da SEEDUC-RJ que atuam nas escolas, nas salas de aula, no apoio e coordenação pedagógica, a realidade é ainda mais dura. Se não bastasse toda a extensa carga de trabalho (incluindo aí a jornada de trabalho extra-escola)  e as cobranças pelo cumprimento das metas determinadas pela pasta, há uma grande perda salarial acumulada ao longo dos últimos anos.

Os parcos reajustes concedidos pela SEEDUC  mal dão conta de se equiparar aos percentuais inflacionários, o que debilita ainda mais o poder aquisitivo dos trabalhadores.
Além disso, a política remuneratória estadual, em diversas vezes, desconsidera o reajuste previsto no Piso Salarial dos trabalhadores em Educação, previstos na Lei Federal nº 11.738/08, que deve ser reajustado no mês de janeiro de acordo com o custo/aluno do FUNDEB.

Como os governantes não pretendem remunerar bem os seus professores e demais trabalhadores em educação, o Secretário de Educação Wilson Risolia optou por conceder alguns auxílios e uma política controversa de bonificação por resultados invés de proporcionar melhores salários.
Os auxílios, tais como o Transporte e o Alimentação, implantados no primeiro semestre dos anos de 2011 e 2013, respectivamente, não são incorporados à aposentadoria e desde quando surgiram jamais foram reajustados.
O auxílio alimentação da SEEDUC, apelidado pelos internautas de "vale coxinha", é um dos mais baixos se comparado ao valor que é pago a outras categorias de servidores públicos. (veja no gráfico abaixo), comprovando o quanto os Educadores são desvalorizados pelos governantes, os quais tratam os servidores públicos de forma muito desigual.
Fonte: http://extra.globo.com/emprego/servidor-publico/auxilio-alimentacao-de-servidores-varia-ate-361-8290016.html

Na regulamentação de tais benefícios não há garantia de sua permanência, nem previsão de reajustes e eles só são pagos para os servidores que estão em efetivo exercício, portanto, são suspensos em período de afastamentos, tais como férias e licenças de saúde.

Será que a SEEDUC-RJ pensa que o custo com o Transporte está há 3 anos sem ter algum reajuste, caso de seu auxílio destinado à esse fim? E o valor dos alimentos, eles não subiram ao longo de 2013?

Já que a atual equipe do Governo Cabral não quer pagar um salário que dê mais dignidade para os trabalhadores em Educação, que tal reajustarmos os valores dos Auxílios Transporte e de Alimentação? Já passou da hora desses benefícios terem algum reajuste, que seja capaz de melhorar a vida dos trabalhadores e trazer um pouco de reconhecimento e valorização profissional para todos.

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