21.8.18

Colégio Imaculada celebra centenário e presenteia Leopoldina com exposição de arte

Na noite de hoje, 21/08, foi inaugurada a exposição de arte "Dionísio... ainda vivo: traços dionísicos na nossa cultura" do artista plástico Ayman Esmandar (Doutor pela Universidade de Damasco na Síria).

Ayman falou para um grande público formado por professores, estudantes de todos os níveis de ensino e da sociedade leopoldinense e apresentou a história do Deus do Vinho, cultuado pelos antigos gregos e romanos.

Em seguida, foi servido aos visitantes um delicioso coquetel e todos admiraram o belo trabalho do palestrante. Sem dúvida, uma noite memorável.

Parabéns ao Ayman Esmandar e ão Colégio Imaculada Conceição, especialmente a diretora Conceição Zambrano e o coordenador Janderson Nóbrega, pela promoção desse evento artístico e cultural.



20.8.18

Centenário do CIC: Ciclo de eventos


Exposição de arte: Dionísio... ainda vivo

A partir de amanhã, dia 21 de agosto de 2018, o Colégio Imaculada Conceição sediará o maior evento artístico e cultural do ano em nossa cidade.

Trata-se da exposição dos trabalhos de Ayman Esmandar, doutor pela Universidade de Damasco na Síria.

Ayman já expôs em grandes centros, como Rio de Janeiro e Curitiba. Agora está em Leopoldina, onde fará diversas palestras como parte da comemoração do centenário do Colégio.

O evento terá entrada franca, imperdível para quem aprecia arte e cultura.




6.8.18

Seu candidato quer governar para quem?

Ao que tudo indica, Jair Bolsonaro estará no 2° turno da eleição presidencial deste ano.  Segundo um dos coordenadores de sua campanha, o deputado Onyx Lorenzoni, o governo Bolsonaro será liberal-conservador (algo absurdo pois contraditório, mas executável num possível governo com acentuada tendência anti-democrática).
Governo conservador refere-se à valores sustentados pelo ex-militar e seus seguidores, como o modelo de família do século XIX, o patriotismo cego dentre outros princípios nada modernos. O conservantismo será praticado pela intervenção estatal (num governo liberal?) nos costumes, na cultura, na mudança dos currículos escolares (programa escola sem partido) e o ataque à autonomia do ensino tanto em nível básico quanto no superior.
Já  o liberalismo se refere à  desregulamentação do mercado, manutenção da reforma trabalhista, menos fiscalização nas empresas, flexibilização (e quem sabe até revogação) de dispositivos legais que visam preservar o meio ambiente frente à expansão  predatória da pecuária, da agricultura e do extrativismo vegetal e mineral.

Desde o ano passado, quando viajou aos EUA, Bolsonaro demonstrou sinceramente sua vontade de ser um presidente submisso ao mercado. Quando se encontrou com investidores em New York foi pedir o beneplácito do Império norte-americano e ao mesmo tempo tentar obter ajuda financeira para sua candidatura. Nessa ocasião, defendeu a adoção de medidas impopulares, como a reforma da previdência e atacou a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), que segundo o parlamentar está engessada na Constituição e é prejudicial ao desenvolvimento dos negócios.

Recentemente, em encontro com industriais na capital paulista, Bolsonaro foi aplaudido pela plateia quando disse que ser empresário no Brasil é difícil. As dificuldades às quais se refere são sempre as mesmas que vem citando em seus discursos: burocracia, impostos, fiscalização, os encargos sociais e a existência dos direitos trabalhistas. Pena que ele se esqueceu de mencionar que ser trabalhador no Brasil é ainda mais difícil do que ser empresário. Trabalhador enfrenta longas jornadas de trabalho, vê seus direitos sendo sonegados, recebe salários baixos, depende de transporte, escola e hospitais públicos deficitários, convive com violência, enfim, tem péssima qualidade de vida. A realidade do trabalhador é, enfim, muito diferente de seus ricos e gananciosos empregadores que passam as férias em Miami, vivem em condomínios de luxo com segurança privada, possuem planos de saúde e matriculam seus filhos nas melhores e mais caras escolas.

Bolsonaro já afirmou, inúmeras vezes, que o trabalhador terá que escolher entre emprego ou direitos trabalhistas. Para ele, ao que parece, o fim dos direitos dos trabalhadores, como por exemplo a garantia de salário mínimo, décimo terceiro, seguro desemprego e previdência, é uma condição para assegurar os postos de trabalho. O candidato não se importa com as condições mínimas e a dignidade do trabalho, preocupa-se apenas em atender aos interesses vorazes do patronato e do mercado cuja finalidade é apenas lucro.

Fazendo afagos aos empresários, Bolsonaro disse que eles são os patrões e precisam ser valorizados, demonstrando novamente sua subserviência aos interesses do Capital. E os trabalhadores, como ficam? Terão empregos, mas não terão direitos! Trabalho sem direito não é coisa nova em nossa História, infelizmente.

Enquanto tenta seduzir os poderosos, o candidato continua atacando as políticas sociais, como bolsa família e cotas universitárias, e defende o armamentismo como meio para melhorar a segurança pública. Seu discurso, tosco, incoerente e desarticulado, tem funcionado e o colocou na disputa pela presidência, porém uma possível vitória deste sujeito representaria um retrocesso no avanço da cidadania e na necessária democratização das riquezas nacionais visando a redução das desigualdades existentes Brasil afora.

O mais triste é ver diversos segmentos das classes populares, como  trabalhadores, pequenos empreendedores e estudantes secundaristas, apoiando Bolsonaro. Como é possível que tais grupos apoiem um candidato que prega ideias prejudiciais aos seus próprios interesses e necessidades?  
Tal apoio advém, em minha opinião, de três razões básicas:

1 - descrença na política tradicional (da qual o Bolsonaro faz parte há décadas);
2 - desinformação;
3 - e a sedução do autoritarismo e do moralismo hipócrita presente no discurso bolsonarista que seduz parte da massa inculta e facilmente manipulável.

De todo modo, é chegada a hora do campo progressista e da centro-esquerda agir, é preciso que o povo trabalhador, estudantes, intelectuais, artistas, a imprensa, indígenas, quilombolas, homossexuais, sindicatos, enfim, todos os segmentos da sociedade se reúnam em torno de um projeto nacional-desenvolvimentista para o país. Projetos nacionais são incompatíveis com o personalismo, as vaidades partidárias e individuais precisam ser sacrificadas por interesses maiores, em nome da construção da nação democrática que sonhamos.  
Ou lutamos pela democracia agora ou não haverá nação e o nosso futuro será ainda mais nebuloso.

A maioria do povo, portanto, deve abraçar o campo progressista da política, ir às ruas, "vestir a camisa", defender a democracia e denunciar o autoritarismo e o retrocesso encarnado em Jair Bolsonaro ou em candidatos que pretendem assumir o poder apenas para manter o Brasil na condição de colônia dos banqueiros e do rentismo. Se esconder não vai ajudar a construir o país que queremos, se calar não é uma opção, pois o silêncio dos bons apenas encoraja o discurso de ódio, intolerância e segregação. É hora de luta!
O poder emana do povo e somente dele, então façamos valer essa máxima e vamos eleger um projeto popular para nos governar e trazer a prosperidade que merecemos.