31.3.18

Enquadramento por formação: antes tarde do que nunca

  • Medida eleitoreira (é possível);
  • A matéria, furtivamente,  não menciona o retroativo;
  • Um alento para o caos em que se encontra o governo estadual do Rio de Janeiro.



22.3.18

Colégio Imaculada Conceição: 100 anos

Parabéns, CIC Leopoldina!


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Colégio Imaculada Conceição



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A TERCEIRA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL ESTÁ A CAMINHO


Por Alessandro Mendonça Reis
(Historiador e mestrando em História)










A evolução da tecnologia é cada vez mais evidente e o mundo do trabalho não fica fora deste processo. Tarefas que fazíamos há alguns anos como a própria comunicação entre as pessoas enviando cartas, por exemplo, já teve o seu prazo muito encurtado e agilizado com a utilização do e-mail. As barreiras foram sendo quebradas e a globalização não só diminuiu as distâncias como criou profissões novas. Os youtubers são a prova disso. E sobre uma possível Terceira Revolução Industrial, ela existe? Se levarmos em consideração todo aparato tecnológico aplicado na indústria e na automação do trabalho, eu digo que sim. Estamos diante de uma nova era onde a robótica cada vez mais ocupará o espaço do ser humano.

Depois da mecanização do tempo, este nunca mais foi o mesmo. O homem utilizava o tempo da natureza para conduzir a sua vida, agora o relógio com mecanismo moderno controla suas ações no dia a dia. O filme “Tempos Modernos” (1936) de Charles Chaplin[1] é um exemplo clássico. O trabalhador migrou dos campos para as cidades em busca de melhores condições de vida. Foi justamente nesta transformação da migração da mão de obra agrária para as manufaturas que uma classe começa a se formar, a do trabalhador urbano. Segundo o historiador Edward Thompson não é possível quantificar a percepção do tempo de um trabalhador, nem de milhões de trabalhadores[2]. Assim, máquinas surgem cada vez mais como trabalhadores perfeitos. Não reclamam de trabalho excessivos, não recorrem à Justiça do Trabalho, não adoecem e tiram licenças médicas e outros problemas referentes a natureza humana.

Diante de questões que envolvem a eficiência do trabalho, as máquinas modernas através do advento da computação seguem lógicas da programação, e quem está por trás disto é o próprio homem. Nascem as ferramentas necessárias para o bom cumprimento do trabalho. Eric Hobsbawm afirma que o trabalho manual coletivo por tradição é ritualizado, entrelaça a vida dos indivíduos[3], portanto, uma máquina afasta essa forma de aproximação e friamente, a um comando, executa as tarefas. Não há mais como fugir e devemos encarar uma nova realidade que se impõe. Neste processo veremos cada vez mais profissões desaparecerem e novas serem criadas, é preciso se adequar aos novos tempos.



No vídeo apresentado vemos uma perfeita sincronização de todo secular processo do trabalho aplicado por causa do desenvolvimento de novas tecnologias. Mesmo à distância temos condições de realizar tarefas em uma fábrica que precisaria provavelmente de mais de dez operários. O touch é muito aplicado em nossas vidas. A fábrica em questão é de uma grande montadora de veículos e podemos perceber que diante de tarefas mais minuciosas os operários concluíram o trabalho, isso, até aparecer máquinas com capacidade para tais funções. Entre o final dos anos 1970 e início dos 1980 no Brasil, na região conhecida como ABC paulista, greves estouraram no parque industrial que abrigava várias montadoras. O poder ainda estava nas mãos dos trabalhadores sindicalizados. Diante de toda automação diversificada que temos, qual o nosso poder de reivindicar por nossos direitos no mundo do trabalho? É impressionante e ao mesmo tempo assustador a capacidade de produção das máquinas nas indústrias, de fato nossas vidas foram facilitadas.

 A modernização é muito importante e é nosso dever nos aplicarmos para acompanhar. O domínio das máquinas na produção em larga escala faz parte da própria história da humanidade que sempre criou ferramentas para melhorar e diversificar o trabalho. Muitas vezes por exigência das cobranças que vivemos para dar conta em ser um indivíduo produtivo o nosso ritmo natural é alterado. Na música “Construção” (1971) de Chico Buarque, em um determinado trecho, o autor é categórico “(...) Subiu a construção como se fosse máquina (...)”[4], a própria história da Revolução Industrial tinha na exploração da mão de obra o seu grande trunfo. Trabalhar como se fosse máquina. Hoje, como podemos perceber no vídeo elas vão tomando o lugar do trabalhador na criação de um sistema mais qualificado e engenhoso. Depois de trocarmos as máquinas à vapor da Revolução Industrial iniciada na Inglaterra na segunda metade do século XVIII,  cabe a cada um de nós percebermos as mudanças, nos adaptarmos e fazer parte desta Terceira Revolução Industrial que está em curso.




[1] O filme completo está disponível em: <www.youtube.com/watch?v=3tL3E5fIZis>
[2] THOMPSON, Edward Palmer. Costumes em comum: Estudos sobre a cultura popular tradicional. São Paulo: Companhia das Letras, 1998, p. 299.
[3] HOBSBAWM, Eric. Mundo do Trabalho: Novos estudos sobre História Operária. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2000, p. 102.
[4] A íntegra da letra está disponível em: <www.vagalume.com.br/chico-buarque/construcao.html>

18.3.18

Cuidado com as ideias que defende



Morte ou assassinato de ativistas políticos, isto é, de agentes que defendem os direitos humanos, denunciam a destruição ambiental ou a violência policial, esta era uma das bandeiras da vereadora Marielle, não é caso isolado no país.
Infelizmente, ocorre com frequência. Basta levantar uma bandeira que contrarie interesses de grupos ou corporações poderosas e influentes que o ativista é eliminado.

Isso torna a atividade arriscada no país, segundo a Anistia Internacional, e revela a fragilidade de nossas instituições e do regime democrático.
Democracia pressupõe respeito à pluralidade de ideias, não é o que ocorre no país lamentavelmente.

Defender uma causa poder incomodar e trazer sérios transtornos para o seu defensor. Precisamos estudar mais a fundo o conceito de democracia nas escolas e começar a incutir, desde cedo, na alma dos estudantes os princípios que norteiam a vida numa sociedade democrática, plural e inclusiva.


Stephen Hawking (1942-2018)

Faleceu aos 76 anos o cientista britânico Stephen Hawking. O físico destacou-se nos estudos sobre os buracos negros, descobriu que eles podem soltar radiação e partículas antes de desaparecerem após explodirem.

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Vergonha: isso é justiça?


A Folha de São Paulo, on-line, resolveu criticar a seletividade da Lava Jato, operação que prendeu vários agentes que possuíam conta no exterior e permite que Paulo Preto, ligado ao PSDB continue intocável.

Não é estranho?

Clique na manchete para ler a notícia completa, é interessante.

Tiros contra a democracia

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11.3.18

A (in)justiça no Brasil

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Observe a imagem e note dois casos emblemáticos de como a justiça parece ser caolha. Para o político da esquerda, o trâmite do processo nunca foi tão acelerado, resultando em condenação e iminência de prisão. Para a figura da direita, ex-governador de Minas Gerais, a justiça engatinhou, embora haja condenação, o personagem contou com a benevolência de seus julgadores.

Não se trata de defender Lula, se trata de lutar por um ideal de justiça equilibrado e menos parcial. Do que adianta prender Lula enquanto corruptos contumazes permanecerão soltos, impunes, com investigações travadas e prescrevendo nos descaminhos burocráticos de um poder judiciário que se mostra cada vez mais seletivo. Alckmin, Serra, Aécio, Perrella, Temer e Cia? Nada acontece e, provavelmente, não acontecerá nada com essa turma.

Parem e pensem: por que só os petistas estão presos, como José Dirceu, Vaccari e brevemente Lula?

Por que não temos tucanos atrás das grades?

Por que empresários, empreiteiros, dirigentes da PETROBRAS, doleiros e delatores estão sendo soltos ou cumprindo penas reduzidas em condomínios de luxo?

O que ocorre agora no Brasil, conjuntura que pode ser notada por  qualquer ser racional, é uma clara perseguição de setores mais reacionários do judiciário contra políticos que ergueram bandeiras populares, como programas de distribuição de renda, de moradia popular, de inclusão de jovens no ensino superior e no mercado de trabalho etc. 

A caça as bruxas continua, enquanto isso forja-se no país instituições cada vez mais perversas em relação à não observância dos direitos fundamentais do cidadão, o que diz respeito não somente aos poderosos, mas também a todos nós, cidadãos comuns. Isso cria um clima de insegurança generalizada, o qual somado à ilegitimidade política no executivo e no legislativo, faz emergir um caldo de cultura autoritária, conservadora e as sombras do passado, com a intervenção militar, o fim do direito, da liberdade e da soberania.