30.9.17

Tolkien e o mundo fantástico da Terra Média

"Numa toca no chão vivia um hobbit. Não uma toca desagradável, suja e úmida, cheia de restos de minhocas e com cheiro de lodo, tampouco uma toca seca, vazia e arenosa, sem nada em que sentar ou o que comer: era a toca de um hobbit, e isso quer dizer conforto". (O hobbit).


A colina dos hobbits, seres pacíficos e adoráveis. Ilustração de Roger Garland. 

Quem não gosta de conforto e de um lar aconchegante, com uma despensa cheia de boa comida? Os hobbits são assim, pequenos seres que valorizam os prazeres da vida, como a música, a diversão e a bebida compartilhada com os amigos. Eles se juntam a outros seres fantásticos, como elfos, anões, humanos, orcs e dragões e compõe a maravilhosa obra de John Ronald Reuel Tolkien, ou J. R. R. Tolkien, como ficou conhecido internacionalmente o criador da Terra Média.




Todos esses elementos estão presentes tanto no livro O hobbit (1937), quanto em O senhor dos anéis (1954), além de outros títulos do autor.

Tolkien nasceu na África do Sul, em 1892, bem cedo se mudou para a Inglaterra, terra natal de seus pais. Nesse país, participou da Primeira Guerra Mundial (1914-1918), com o fim do conflito, sua admiração pela linguística o levou à faculdade e depois à docência da língua anglo-saxã.  Seu empenho no estudo das línguas será uma habilidade fundamental para sua produção literária, na qual o autor criou idiomas específicos para suas criaturas, como, por exemplo, a famosa língua dos elfos. O escritor faleceu em 1973, aos 81 anos de idade, vítima de úlcera.


Devido ao sucesso e a importância que sua obra adquiriu, principalmente a partir da década de 1960, Tolkien é considerado o "pai da literatura  fantástica moderna". Seu trabalho foi traduzido em mais de 30 idiomas e vendeu centenas de milhões de cópias. A belicosidade de seu tempo é reproduzida em seus textos, bem como referências filosóficas, políticas, sociais e culturais da sociedade de sua época. Por isso, ele influenciou gerações de escritores, como J. K. Rowling, criadora da série Harry Potter, e produtores de cinema que levaram seus livros para as telonas, como as trilogias dos filmes O senhor dos anéis  e O hobbit, ambas premiadíssimas no Oscar.


Além do cinema, a vasta produção de Tolkien inspirou jogos eletrônicos, artigos variados, como roupas, material escolar, quadrinhos, brinquedos etc.

Pelo exposto, a leitura dos textos de Tolkien, bem como assistir aos filmes baseados em seus livros é uma atividade extremamente divertida e prazerosa.  Portanto, não deixe de conferir essa atividade cultural imperdível, corra para a biblioteca ou para locadora imediatamente!



Sabedoria tolkieniana:

"Eu descobri que são as pequenas coisas, os simples atos de bondade e Amor que tornam possível manter longe a escuridão” (Personagem Gandalf, o cinzento).



"Se mais pessoas valorizassem o lar mais que o ouro, este mundo seria um lugar mais alegre." (Personagem Thorin, escudo de carvalho)


Diário de Ywesky Borislav

Página II 

Escolas que não funcionam, de quem é a culpa?

Certa vez, enquanto parei numa venda de secos e molhados, pedi um refresco e um pouco de toicinho e fiquei a ouvir a conversa de um lente local com o dono do estabelecimento. Não que quisesse ouvir, mas o tom elevado de suas lamúrias faziam-nas serem escutadas por quem estivesse por perto. Ademais, o assunto era tão sério que resolvi registrá-lo em minha brochura.
O mestre reclamava da falta de recursos do educandário, da demora em obter da administração materiais simples para o seu trabalho, desde o giz para quadro negro à folhas de papel almaço para os discentes realizarem trabalhos e pesquisas.
Ele contou que ao solicitar de seu superiores as folhas, fizeram-no mil perguntas e falaram que enviariam a requisição para a superintendência de apoio. Parecia bom, pois o professor receberia o que pedira. Contudo, depois de passar pelo crivo daquele órgão a ordem com a solicitação havia sido encaminhada à subsecretaria de controle orçamentário, para liberação ou não de recursos, depois de examinada, retornaria para o Apoio, que destinaria a permissão à escola para adquirir o produto. Resultado: um semestre perdido com a tramitação da papelada de um lado para o outro.
_Pra quê tanta repartição pública? Indagou o dono da loja.
_Ora, respondeu o educador, para servir de cabide de emprego! O governo eleito tem que encaixar seus asseclas nos órgãos públicos como retribuição e para assegurar votos nas futuras eleições. Explicou o mestre, deixando o lojista com a pulga atrás da orelha.

E não parou por aí, o professor reclamava do salário, falava que mal dava para sustentar sua esposa e suas quatro filhas. Dizia que as mulheres eram caras demais e a sua remuneração uma ofensa à quem estudara tanto e se dedicava à cuidar da formação de vidas humanas, de homens e de mulheres. 

Quando parecia que as lamentações iriam cessar, o docente enrolou um pouco de fumo de rolo num pedaço de palha, acendeu o pitinho e continuou a resmungar:

_E o que dizer do serviço interno? Ninguém na escola respeita ninguém. A maioria dos pais e seus filhos, os alunos, se  preocupam apenas em estar pela escola e não em viver a escola. Perde-se mais tempo preenchendo formulários e ouvindo bobagens em reuniões infrutíferas do que com o ato de ensinar. Nem vou lhe contar da carga horária sobre-humana que exigem de nós, tampouco falarei da  infra-estrutura ou da ausência dela...  
_Mas e os diretores e os supervisores e os coordenadores e os fiscais e o pessoal do apoio e etc e etc? Foi a pergunta do comerciante.
_São apenas nomes bonitos para cargos pouco úteis...  Acho que farei como um de meus companheiros docentes, vou comprar uma granja, importar galinhas Wyandotte e começar o meu próprio negócio, quem sabe não faturo mais do que tentando ensinar para as paredes?! Emendou o professor.
Depois disso ele pediu uma dose de aguardente e foi-se, antes disse que iria ao boticário, pois o mesmo lhe receitaria um tônico para curar as fortes dores de cabeça que o mestre sentia quando deixava o trabalho.

Eu conclui que a escola adoeceu aquele pobre homem e, que ele sozinho, não daria conta de se opor a uma engrenagem tão pesada quanto a burocracia da política educacional. Ou você nada a favor da corrente ou morre afogado. O drama que acabara de ouvir também me fizera recordar de um estudo bíblico realizado no mosteiro, a luta de Davi contra Golias. Se nas escrituras Davi derrotou o gigante, na vida real as chances disso ocorrer eram bem menores.       

Memorial homenageia vítimas da Ditadura Militar


Os restos mortais dessas pessoas foram descobertos em uma vala comum, encontrada em 1989, nela há 1.049 ossadas sem identificação.

Para conhecer mais sobre os mortos que foram identificados, os quais foram vítimas da repressão do regime militar, clique na fotografia e será redirecionado para a matéria completa no site UOL. 

28.9.17

Para que serve o historiador?

O historiador é o profissional, graduado em História com conhecimentos teóricos e metodológicos, para pesquisar o passado e escrever sobre os eventos históricos, interpretar fontes de variados tipos (documentos escritos, imagens, vestígios arqueológicos, entrevistas com pessoas que vivenciaram acontecimentos históricos etc) e, inclusive, identificar o impacto dos fatos pretéritos nos dias atuais.

Em 2009, foi sancionada uma lei que estabeleceu a data 19 de agosto como o dia nacional do historiador. A data foi uma homenagem ao intelectual e abolicionista Joaquim Nabuco (1849-1910).




Muitos acreditam que o historiador cuida apenas de coisas velhas, papéis antigos e livros empoeirados. Entretanto, essa visão é um grande engano, pois o campo de atuação e pesquisa do profissional de história vai além de arquivos e bibliotecas. Tudo ao nosso redor tem uma história para ser descoberta e contada, como o nome de uma praça, uma estátua que homenageia determinadas pessoas, em suma, a sociedade do tempo presente como um todo em suas múltiplas representações e configurações podem ser objeto de estudo do historiador! Logo, esse profissional pode atuar em vários setores, tanto no público, como instituições de ensino e de pesquisa, quanto no privado, organizando arquivos e resgatando a memória de empresas.




Imagens do projeto "Jovens historiadores", desenvolvido no CIEP 280 - Carmo (RJ), em 2015.

Como vimos, o papel do historiador é extremamente importante para a preservação do passado, da memória e mesmo para a compreensão do presente. A história está intimamente conectada com a identidade dos diversos grupos sociais e do país, como um todo. Por exemplo, a identidade de uma aldeia indígena ou de uma comunidade quilombola ou mesmo de um determinado bairro da cidade que preserva algumas tradições, como festas e celebrações populares. É a história que identifica a origem desses fenômenos sócio-culturais e explica sua manutenção até os dias de hoje.

Mas o papel do historiador não para por aqui, sua função social é por demais complexa e não se limita jamais à catalogação de nomes e datas. 


Ciro Flamarion S. Cardoso (1942-2013)

O renomado historiador e professor Ciro Flamarion Santana Cardoso (1942-2013), em sua obra Uma introdução à história, nos ensina que 

"o historiador brasileiro tem um compromisso ineludível com a sociedade na qual vive e age. O seu papel é o de pôr as suas capacidades profissionais a serviço das tarefas sociais que se impõem à coletividade da qual forma parte" (CARDOSO, C. F. S. Uma introdução à história. São Paulo: Brasiliense, 1992, p. 123).

Logo, o profissional da história não pode deixar de exercer sua função social, que é o de adquirir ferramentas teóricas e metodológicas para desconstruir a velha história, a qual construía narrativas de heróis, patriotismo e mitos que serviam aos interesses conservadores da sociedade, substituindo-a pela "história-problema", que faz indagações, aponta hipóteses, investiga várias fontes e desconstrói mitos.

Nesse caso, pergunta o professor Ciro Cardoso sobre a missão e a tarefa do historiador: "Haverá alguma dúvida a respeito de tais tarefas num país dependente e marcado por desiquilíbrios e injustiças sociais tão flagrantes?" (Op. Cit. p. 123).  


Além disso, Eric Hobsbawn ressalta que no século XXI, o papel social do Historiador torna-se ainda mais relevante, pois entre a geração atual, com o advento das transformações culturais e tecnológicas, criou-se a noção de "presente contínuo". 

Os jovens acreditam que o agora não tem nenhum vínculo ou conexão com o passado. Pois estão muito enganados, basta historiar as práticas presentes que encontraremos suas raízes no passado. Não foi à toa que Marc Bloch (1944) sustentou a ideia, segundo a qual  a história é a ciência do homem no tempo. Assim, mesmo com a passagem dos anos os costumes, as instituições, as crenças e certos ritos permanecem inalterados ou se readaptam às novas realidades. E quem melhor do que os Historiadores para revelar a existência das permanências ou apontar as mudanças e à quais ordem ou interesses elas atendem?

Portanto, podemos concluir que o historiador é um profissional valioso para a sociedade, ele nos ajuda a lembrar o que não deve ser esquecido e que é por demais precioso para a humanidade, nossa identidade, nossa origem e os apontamentos futuros.

Dicas de Aplicativos que ajudarão a manter o seu cérebro em bom funcionamento!



Servidores da educação de Minas Gerais receberão o benefício do ADVEB

Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais divulga lista de nomes dos servidores que terão o direito de receber o AVEB (Adicional de valorização da Educação Básica).

Confira a lista clicando aqui.

Memórias de Ywesky: parte I

Meu nome é Ywesky Borislav (? - 1990), não sei minha data de nascimento, pois fui enviado ao Brasil às pressas, ainda era bebê e não tinha completado nem o meu primeiro ano de idade, enquanto a Europa ardia com as chamas da Grande Guerra, que terminou em 1918. Nada sei a respeito de meus pais. Eles me deixaram apenas um cordão com meu nome gravado numa esfera de cobre. Ao desembarcar no porto do Rio de Janeiro, fui acolhido por monges que me levaram para o mosteiro de São Bento, onde fui alfabetizado, aprendi o credo, a ler, escrever e contar, estudei latim e noções de ciências. Junto com os demais internos, lavrávamos a terra e cuidávamos dos animais. Também descobri com meus mestres que meu originário de países eslavos, Bulgária possivelmente. Como estava bem ambientando neste país tropical, jamais tive interesse de retornar à Europa e buscar por minha família e, pelo visto, se meus parentes estão vivos nunca deram notícias de sua existência ou preocupação a meu respeito.

Quando completei dezoito anos, por volta de 1936, resolvi deixar o mosteiro e saí a vagar pelo interior do Rio de Janeiro. Fui para a região Serrana buscar emprego e vida tranquila, sem a agitação doentia da capital e também para afastar-me do calor escaldante. Desejava respirar novos ares, e fui buscar o frescor nos morros e serras do interior.  Também conheci o interior de Minas Gerais, uma área de fronteira entre os dois estados brasileiros que visitei.
Não constituí família e não permanecia muito tempo no mesmo lugar. Eu não tenho parentes, mas não queria deixar este mundo sem algum registro de minha estada por aqui, então resolvi escrever um diário com minhas observações sobre esta terra exótica e sua gente mestiça, alegre e tão singular. Eis minhas anotações sobre as andanças que fiz entre Rio e Minas no Século XX, registradas num velho caderno de folhas amareladas, onde ora escrevia com tinta e pena ora com lápis preto. Apesar de meu diário ser grafado por um escritor sem nenhum talento, torço, após minha partida, para que ele chegue às mãos de um leitor e produza nele algum efeito, desprezo, irritação, paixão, compreensão ou talvez mudança.

Parte I - Uma nação sem educação

As escolas brasileiras (isto é, as do interior de Minas e do Rio, que foram os locais pelos quais passei e onde vivi a maior parte de minha vida) são bem problemáticas, embora o país tenha grande educadores e mestres que pensam a nação a partir de projetos educacionais, dentre eles Anísio Teixeira (1900-1971), Paulo Freire (1921-1997) e Darcy Ribeiro (1922-1997). Em comum, além do fato de serem educadores, esses três pensadores queriam promover uma transformação da realidade do país através da educação das crianças e dos adultos. Paulo Freire, por exemplo, desenvolveu um método específico para alfabetizar homens  e ensiná-los a fazer a leitura do mundo, pois esta precede a leitura da palavra.
Coitado, Paulo Freire foi acusado de subversão pelo regime militar e teve que deixar o país para não ser preso, só porque defendia uma pedagogia da libertação, que pusesse fim nas amarras da ignorância.
O pior de tudo era ver o silêncio da população que não lutava e que aceitava a tirania pacificamente. Deve ser por isso que um pensador brasileiro disse que seu povo se assemelhava a ovelhas que se deixavam tosquiar pelos poderosos.
Teixeira e Freire defendiam a escola integral, visando formar o indivíduo em sua totalidade, com a mescla de teoria e prática por meio de oficinas. O empreendimento também não deu certo. Parece que os políticos brasileiros sempre arranjavam uma forma de não implementar as grandes teorias tal como se deveria, sempre alegavam falta de dinheiro para justificar o pouco cuidado que o governo dispensava ao povo. Agora some o descaso político com o desinteresse do povo e dos professores, o produto disso é uma nação em frangalhos, que estava por ser construída, mas com qual perspectiva? Qual era a real face deste país e de sua gente?
Eu me perguntava como um país pode esperar ser uma nação se o Estado não assegura direitos mínimos para o seu maior patrimônio, que é sua gente, e não lhes permite uma escola com algum padrão de qualidade?

Até esse momento, em minha primeira juventude, não obtive uma resposta satisfatória para essas questões e não encontrava o porquê de os governantes obliterarem as melhores mentes do país para implementar planos educacionais conservadores, mecanicistas, que não promovem nem a inclusão e nem a cidadania, senão um culto cego à pátria. Mas o que o futuro reservaria ao povo desta nação? Eu ainda não tinha solução para essas indagações que tomavam a minha mente enquanto eu viajava e observava a realidade ao meu redor.

Observação: Essa é a primeira página do meu diário, escrita nos anos 1930, mas eu a atualizei, passei-a a limpo, por volta de 1980.

21.9.17

Inscrições abertas para o Seminário Internacional Migrações Atlânticas no mundo contemporâneo (séculos XIX-XXI): novas abordagens e avanços teóricos

Mais informações podem ser obtidas no site abaixo:



Lei regulamenta o ADVEB para professores da rede estadual de Minas Gerias

DECRETO Nº 47.258, DE 20 DE SETEMBRO DE 2017. 

Dispõe sobre a concessão do Adicional de Valorização da Educação Básica – Adveb –, a que se refere o art. 12 da Lei nº 21.710, de 30 de junho de 2015. 

O GOVERNADOR DO ESTADO DE MINAS GERAIS, no uso de atribuição que lhe confere o inciso VII do art. 90 da Constituição do Estado e tendo em vista o disposto no art. 12 da Lei nº 21.710, de 30 de junho de 2015, 

DECRETA: 

Art. 1º – O servidor ocupante de cargo de provimento efetivo das carreiras de Professor de Educa- ção Básica – PEB –, Especialista em Educação Básica – EEB –, Analista de Educação Básica – AEB –, Assistente Técnico de Educação Básica – ATB –, Técnico da Educação – TDE –, Analista Educacional – ANE –, Assistente de Educação – ASE – e Auxiliar de Serviços de Educação Básica – ASB –, pertencentes ao Grupo de Atividades de Educação Básica do Poder Executivo, a que se refere a Lei nº 15.293, de 5 de agosto de 2004, fará jus ao Adicional de Valorização da Educação Básica – Adveb –, previsto no art. 12 da Lei nº 21.710, de 30 de junho de 2015, e no art. 116 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias da Constituição do Estado, observados os critérios estabelecidos neste decreto. 
Art. 2º – O Adveb será atribuído mensalmente ao ocupante de cargo das carreiras a que se refere o art. 1º, no valor de 5% (cinco por cento) do vencimento básico do cargo de provimento efetivo do servidor, a cada cinco anos de efetivo exercício contados a partir de 1º de janeiro de 2012. 
Art. 3º – Para a contagem do tempo a que se refere o art. 2º, será computado o período de efetivo exercício em cargo de provimento efetivo pertencente às carreiras do Grupo de Atividades de Educação Básica do Poder Executivo, a que se refere a Lei nº 15.293, de 5 de agosto de 2004. § 1º – Além do disposto no caput, serão considerados efetivo exercício para fins de concessão e percepção do Adveb: I – os afastamentos decorrentes de disposição, adjunção e exercício de cargo de provimento em comissão ou função gratificada em órgão ou entidade da administração direta, autárquica e fundacional do Poder Executivo estadual; II – os afastamentos previstos nos arts. 88 e 178 da Lei nº 869, de 5 de julho de 1952; III – os afastamentos previstos nos arts. 87 e 90 da Lei nº 7.109, de 13 de outubro de 1977, e no inciso IV do art. 33 da Lei nº 9.381, de 18 de dezembro de 1986; IV – os períodos de licença à servidora adotante e de licença paternidade de que tratam os incisos XVIII e XIX do art. 7º da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988; V – o afastamento por requisição da justiça eleitoral de que trata o art. 365 da Lei Federal nº 4.737, de 15 de julho de 1965; VI – o exercício de mandato eletivo em diretoria de entidade sindical de que trata o art. 34 da Constituição Estadual; VII – os dias de dispensa de ponto para doação de sangue de que trata a Lei nº 11.105, de 4 de junho de 1993. § 2º – Para os fins do disposto neste artigo, cada período de um ano equivale a trezentos e sessenta e cinco dias. § 3º – É vedado, para fins de contagem de tempo de efetivo exercício a que se refere este artigo: I – a soma de tempo de serviço prestado simultaneamente em dois ou mais cargos, empregos ou funções; II – a soma de tempo de serviço vinculado a diferentes admissões; III – o cômputo de períodos de designação para função pública nos termos do art. 10 da Lei nº 10.254, de 20 de julho de 1990; IV – o cômputo de qualquer período anterior a 1º de janeiro de 2012. 
Art. 4º – Caso o servidor seja ocupante de dois cargos de provimento efetivo das carreiras do Grupo de Atividades de Educação Básica do Poder Executivo, a que se refere a Lei nº 15.293, de 2004, o Adveb será atribuído em ambos os cargos. Parágrafo único – Para os fins do disposto no caput, a apuração dos requisitos para concessão do Adveb será realizada separadamente para cada um dos cargos. 
Art. 5º – O Adveb não constituirá base de cálculo para qualquer vantagem pecuniária integrante da remuneração do servidor, salvo a decorrente de adicional de férias e gratificação natalina. 
Art. 6º – O Adveb será calculado sobre o valor atribuído ao cargo efetivo do servidor pela tabela de vencimento básico da respectiva carreira e não incidirá sobre o valor da vantagem pessoal nominal a que se refere o art. 4º da Lei nº 21.710, de 2015, bem como sobre o valor das aulas de extensão de jornada e de exigência curricular de que tratam os arts. 35, 36 e 36-A da Lei nº 15.293, de 2004. § 1º – O servidor ocupante de cargo efetivo, no exercício de cargo de provimento em comissão ou função gratificada, receberá o Adveb calculado sobre o vencimento básico fixado para o respectivo cargo efetivo, independentemente da opção de composição remuneratória. § 2º – O servidor ocupante de dois cargos efetivos pertencentes às carreiras estabelecidas no art. 1º e que se encontre no exercício de cargo de provimento em comissão, com opção pela remuneração desse cargo comissionado, receberá o Adveb atribuído ao cargo efetivo ao qual esteja vinculado o cargo em comissão exercido. 
Art. 7º – Este decreto entra em vigor na data de sua publicação, retroagindo os seus efeitos a 1º de janeiro de 2017. 

Palácio Tiradentes, em Belo Horizonte, aos 20 de setembro de 2017; 229º da Inconfidência Mineira e 196º da Independência do Brasil. 
     
FERNANDO DAMATA PIMENTEL

MINAS GERAIS, 21 DE setembro de 2017. p. 1.

19.9.17

Projeto do Karatê na E. E. Luiz Salgado Lima é destaque no Leopoldinense

O jornal Leopoldinense além de possuir um site de notícias tem sua versão impressa, que circula por toda a cidade.

Na última edição, do dia 16 de setembro de 2017, o periódico estampou na primeira página o registro do projeto "Karatê na Escola", que está sendo desenvolvido na E. E. Luiz Salgado Lima.

Confira a notícia a seguir:


A notícia também está no portal on-line do Leopoldinense e pode ser lida clicando aqui.


Agradecemos a atenção e o carinho de Luiz Otávio Meneghite e de João Gabriel Meneghite por apoiarem às nossas demandas e incentivarem nossos projetos através de seus espaços para divulgação.

Mais produções dos alunos do projeto "2017 - Ano Lobatiano"

O aluno Arthur, do 8º ano do Ensino Fundamental da E. E. Luiz Salgado Lima, participou ativamente  da Primeira Etapa do projeto 2017 - Ano Lobatiano.

Arthur simplesmente ficou encantado pela biografia de Lobato e por sua obra. De março para cá, esse promissor estudante não parou de produzir: escreveu contos, a biografia do criador do Jeca Tatu e agora me apresentou um belíssimo desenho com alguns dos incríveis personagens do Sítio do Pica-pau amarelo.

Eis o trabalho artístico de Arthur:
Parabéns Arthur, o seu desenho ficou lindo!

Preconceito tem cura!

Capitalismo selvagem?


ONU e OIT estimam que há 40 milhões de escravos no mundo, pessoas sendo forçadas ao trabalho, recebendo abaixo de suas necessidades vitais, sendo submetidas à condições sub-humanas de trabalho.

Isso é resultado de um Estado ausente, de leis e fiscalização adequadas que assegurem direitos, proteção ao trabalhador, cidadania e dignidade! 

A quem favorece a manutenção do trabalho escravo até os dias atuais? Aos grupos econômicos sem o mínimo de ética, solidariedade e responsabilidade social que tiram vantagem do sofrimento e da exploração de seus semelhantes.  

Link da matéria completa aqui.


18.9.17

Outra ditadura militar no Brasil?



Os militares ficaram 21 anos no poder, sem qualquer oposição e nada fizeram pelo país, senão aumentar as desigualdades sociais, suprimir direitos civis e políticos, além de abrir o mercado para o capital estrangeiro, especialmente o norte-americano, que havia apoiado o golpe de 1964, retardando projetos de desenvolvimento da economia nacional.

Agora, em meio a crise ética e política em que estamos mergulhados, o alto comando do exército pensa em fazer nova intervenção no campo político. Será que o povo brasileiro aceitará essa abominação novamente?

Movimentos políticos ilegítimos, como o impeachment da Dilma, contribuem para a instabilidade e abalam a democracia, some a isso uma crise econômica, e teremos um contexto favorável a todo tipo de discurso autoritário. Mas a omissão do Partido dos Trabalhadores, que governou o país por treze anos, também favoreceu a ala golpista do exército. Por que o PT não renovou as lideranças militares? Por que o PT não fez uma reforma constitucional especificando as  atribuições das forças armadas, mantendo-as afastadas da política? Por que o PT não alterou o currículo da academia de formação de oficiais e de escolas militares, como a ESG, visando formar uma geração democrática, com apego às leis e aos direitos humanos? Por que o PT não fez o enfrentamento com Comissão Nacional da Verdade para pesquisar os crimes cometidos, durante a ditadura, pelos militares e os abusos contra os direitos humanos?

Enfim, governo omisso também contribui para a proliferação do ódio, da intolerância e do autoritarismo na política, a qual deveria ser a arte de governar pelo bem comum e promover o bem-estar de todos os cidadãos. Se o partido e seus aliados tivessem feito os enfrentamentos e reparações quando estavam no poder, provavelmente, não estaríamos correndo risco de uma nova intervenção militar na política. 

Agora devemos crer, se é que tal coisa seja possível, que o general que falou o absurdo noticiado na manchete e ainda afirmou que o alto comando do exército pensa dessa mesma forma, receberá a devida punição, para ele se lembrar que é um soldado e não político.

17.9.17

A estrada de terra, a ponte e o ribeirão

Na roça, onde passávamos o final de semana, sempre caminhávamos num grupo de 4 ou 6 primos, andávamos com os pés descalços e amarelados devido ao chão de terra batida. Não só os pés, mas também as pernas ficavam encardidas de poeira, que só deixavam os membros inferiores do corpo, à noite, depois de um banho de bucha e sabonete. É importante destacar que essa casa de campo não era um lugar qualquer, ela ficava no KM 5, uma minúscula gleba entre propriedades maiores, bastante simplória mas parecia ser um lugar encantado, parcialmente cercado pela natureza e por magia.

Mas voltando a falar da estrada,  na qual seguíamos, ela ligava o asfalto ao interior, onde se localizavam sítios e fazendas. De um lado dessa via tinha um grande morro, com o pasto para o gado do fazendeiro, do outro lado uma ribanceira, mais pastagens, e um riacho sinuoso, de águas pacatas e turvas, cor de terra, as quais entrecortavam o terreno e, por fim, um exuberante bambuzal compunha essa pintura bucólica. Nada levávamos nesta aventura, senão a roupa do corpo, linha, anzóis, varinhas de bambu e numa latinha usada de massa de tomate ia terra com minhocas, arrancadas do quintal, debaixo da jabuticabeira do vovô.






O ponto da estrada que dava de frente para o bambuzal era parada obrigatória do grupo. Pois, do alto gritávamos e ouvíamos nossas vozes ecoando por todo o espaço ao redor, sob sol escaldante e um belíssimo céu azul.




Depois do eco, a jornada prosseguia, contávamos piadas, apostávamos corrida e pulávamos entre os blocos de terra que desbarrancavam. Era preciso cuidado e atenção para ver onde se pisava, esterco de vaca era abundante nesta estrada. Na cerca de arame farpado que acompanhava todo o trajeto era possível observar toda a sorte de aves: seriemas, canários da terra, joões de barro e maritacas que tornavam a paisagem ainda mais pitoresca com suas cores e as mais diferentes notas musicais que entoavam, num legítimo concerto natural!

Eis que de repente ouvíamos o rangir de uma velha carroça, normalmente, puxada por dois bois e conduzida pelo agregado da fazenda, era uma alegria só. Na roça, a aproximação de um carro de boi significava apenas uma coisa para um bando de garotos: era carona na certa! Assim, mais rápido chegaríamos ao nosso destino e mais divertido se tornava aquele passeio fantástico!

- Obrigado, vai com Deus! - assim nos despedíamos do carroceiro, que acenava com um sorriso entre os lábios.

Havíamos chegado na ponte. Por mais que ela se parecesse mais com uma pinguela, construída com tábuas de madeira e medindo aproximadamente 2,5 x 4 m, para nós ela era uma vultuosa manifestação da engenhosidade rústica dos peões daquelas paragens.




Na ponte, conversávamos por horas, observávamos o curso despreocupado do ribeirão, qualquer mínima agitação ou ondulação no riacho poderia ser indicio de uma traíra que aventurara a se exibir na flor d'água. Rapidamente atravessavam os a cerca, íamos para uma das margens e todos miravam suas linhas com anzóis e iscas naquele lugar tentando fisgar um dos peixes mais saborosos da água doce. Sonhávamos em pegá-la, para que vovó a preparasse no jantar.

Porém, a traíra nunca aparecia, fisgávamos acarás, lambaris, bocarras e mandis, todos peixes miúdos, mas cada um deles valia mais que um  troféu. Tirar o mandi do anzol exigia cuidado e, acima de tudo, perícia com as mãos, pois ele ferroava e se isso ocorresse a vítima teria forte dor de cabeça à noite. Mas esse problema tinha cura, a sabedoria da roça e a medicina popular ensinavam que caso fôssemos ferroados, bastava esfregar o local da ferida na barriga do mandí que a dor de cabeça não viria. É como se o óleo da barriga do peixe possuísse propriedades curativas para o veneno que ele injetava nos seus captores.

Os peixinhos fisgados eram cuidadosamente colocados num ramalhete, semelhante a uma fieira, que era arrancado junto ao mato, passava-se o galho da planta por uma das guelras e puxava pela boca do peixe, os quais seriam orgulhosamente expostos na varanda da casa, onde ficava o fogão a lenha. Cada peixinho daquele tinha sua história, seu grau de dificuldade, peculiaridades na luta travada com o pescador etc. Ao chegarmos na velha casa da roça, contaríamos a todos os nossos causos, que seriam ouvidos com entusiasmo pelas pessoas da casa. Lá, a vovó recolhia os espólios da pescaria, nós ajudaríamos a limpar, retirando as vísceras e as escamas com uma faca. Do resto a velha se encarregava, salgando e salpicando fubá nos peixinhos até que estivessem prontos para serem fritos e degustados. Deste delicioso banquete só restariam as espinhas.

Quando se encerrava a pesca nos banhávamos no ribeirão, mergulhávamos e tentávamos nadar naquelas águas rasas onde os braços e pernas ficavam presos no cascalho e disputávamos quem prendia a respiração por mais tempo debaixo d'água.




Já era tardinha, o sol começava a se pôr, o corpo molhado nos fazia sentir frio. Era hora de voltar para casa. O retorno não era tão empolgante quanto o caminho feito para vir a ponte, por mais belo que fosse o pôr do sol, havia tristeza no recolher das aves e no silêncio fúnebre que vinha da capoeira. 




Era algo deprimente, que permanecia oculto de dia e só se manifestava com o cair da noite. Mas isso não importava tanto para nós, os sentimentos sorumbáticos e melancólicos rapidamente se dissipavam, afinal, sabíamos que no dia seguinte teríamos uma nova chance de fisgar a danada daquela traíra.
E nós amávamos aquela doce aventura na roça.

Ywesky

16.9.17

Manuscrito medieval é objeto de dúvidas entre especialistas

Historiador britânico afirma ter conseguido decifrar um livro misterioso datado do período entre os séculos XV e XVI.

Iconografia do livro mostra mulheres se banhando em algum tipo de mistura.

O manuscrito, decifrado pelo pesquisador Nicholas Gibbs, contêm informações sobre a medicina medieval, com instruções para cuidar da saúde das mulheres.

No texto, consta, dentre outras medidas, o uso dos banhos públicos como recurso terapêutico, uma prática que remonta aos tempos antigos de Grécia e Roma, que fora mantida também na Idade Média.

Apesar do anúncio e da euforia da decifração de partes do texto, outros especialistas na matéria apontaram críticas, afirmando que o trabalho ainda estava incompleto, devido à complexidade do documento. 


  • Divergências na pesquisa histórica são bastante comuns, uma vez que cada historiador investiga os fatos a partir de várias fontes históricas e recorrem a métodos e escolas teóricas distintas, que podem se complementar ou colidir em suas linhas de interpretação.  



Leia mais detalhes clicando aqui.

Odisseia carmensis

Arraial de Samambaia 
no século XIX nasceu,
encravado na serra fluminense,
uma joia bruta floresceu.

Entre rios e trilhos de ferro,
a cafeicultura proliferou.
Sobre os braços dos escravos,
a riqueza aumentou.

Do velho povoado pouca coisa restou
com a chegada do progresso.
Nossa Senhora do Carmo
À freguesia passou.

Liberdade por aqui era apenas um ideal
que com a Lei Áurea se concretizou afinal.
Veio o trabalho livre
e a urbe prosperou.

Soltaram o brado da república, findara a monarquia.
Era esse o rumo que o Carmo seguia.
Paquequer ditava o ritmo, com águas sem turbulência.
Aqui a mudança de regime se fez em paz, sem violência.

O epíteto de Bela essa pólis recebeu
Sob qual justificativa o escriba não respondeu.
Seria de ordem natural, física ou humana?
A resposta depende de cada visão.

Quem passa por aqui
faz a sua interpretação:
cosmopolita, singela ou bonita.
Carmo deixa marcas na alma e também no coração.


Ywesky

7.9.17

Alunos do Ensino Médio realizaram pesquisa sobre a Independência do Brasil

Ontem, dia 06/09/17, às vésperas de um importante feriado nacional, pedimos aos alunos do 2º ano 10, que realizassem uma pesquisa na escola, entrevistando os colegas da outras turmas. A pergunta a ser respondida foi simples: "O que é comemorado no dia 7 de setembro?"  

Depois de percorrerem a escola, os alunos obtiveram os seguintes resultados:

Total de entrevistados: 43 estudantes.
  • Não souberam responder a questão: 11 (25,58%);
  • Responderam corretamente: 30 (69,76%);
  • Responderam errado: 02 (4,65%).
Dentre as respostas erradas foram mencionados que no 7 de setembro é comemorado o aniversário da cidade, por isso há desfile e fanfarra nas ruas.

Em rápida análise sobre os dados, observamos que a maioria respondeu corretamente, talvez devido ao esforço, que historicamente foi empreendido pelo Estado brasileiro, para perpetuar no imaginário coletivo a data cívica como um momento fundador da nação. Esse esforço pode ser exemplificado pelas pinturas históricas, as quais construíram a imagem de um D. Pedro virtuoso, líder militar e aclamado pelo povo. (Atenção, as imagens foram construções sobre o fato, elas não representam necessariamente a realidade acerca dos acontecimentos! Isso torna a História extremamente complexa e problemática!)



Somando os que não souberam responder aos que responderam errado, temos 30%, um percentual significativo de jovens que desconhecem um fato importante da história de seu próprio país. Contribui para isso, em síntese, o desinteresse pelas aulas de História, a carga horária reduzida da disciplina e o fato de que a Independência do Brasil em si foi um evento elitista, sem o envolvimento de populares, que visava preservar a ordem latifundiária e escravocrata do Brasil no século XIX.

A atividade, em suma, foi muito bacana. Os alunos "foram a campo" e exercitaram noções de história oral e memória por meio da coleta dos dados e puderam refletir sobre a importância da História na construção de símbolos e eventos que compõe a identidade nacional.

P A R A B É N S !

6.9.17

Projeto "Karatê na escola" é destaque no portal de notícias Leopoldinense

Confira a matéria completa no site do principal periódico do município:


A E. E. Luiz Salgado Lima agradece ao editor do jornal Leopoldinense, senhor Luiz Otávio Meneghite, por seu costumeiro apoio e incentivo na divulgação dos trabalhos e projetos desenvolvidos em nossa instituição de ensino.