16.7.15

Chegamos a todos os continentes!

Volta ao mundo... a expressão até se parece com o título de um livro escrito pelo francês Júlio Verne, em 1873, mas não se trata disso.

Se trata do alcance das publicações de nosso Blog, Acrópole - História & Educação.

Mapa com informações do dia 16/07/2015. http://whos.amung.us/stats/maps/hjzvlcsp8ccs/

Observe no mapa múndi acima, ele assinala o local de onde as pessoas estão acessando o Blog.
No Brasil, somos acessados de norte a sul.


Na América Latina ainda recebemos visitas da Bolívia e da Colômbia. 


Continuando o passeio pela América, chegamos ao norte, onde as visitas vêm do Canadá e dos EUA.



Atravessamos o Atlântico e chegamos à África, nos países que também falam o português - Angola e Moçambique.



Passamos pelo Velho Mundo, Lisboa, capital de Portugal, Alemanha e Polônia, até chegar no Oriente Médio, na Terra Santa - Israel.



A volta ao Mundo avança para o interior da Ásia e segue o caminho da Índia, aportando em sua capital - Nova Deli. 



Esse passeio cultural incrível e globalizado, graças à internet, termina na Austrália, que fica na Oceania.



Ufa, essa expedição virtual deixaria Marco Polo e Colombo mortos de inveja!

Iconografia do Livro das Maravilhas, de Marco Polo (1254-1324).


Obrigado a todos que nos acessam e nos ajudam a tornar essa linda viagem possível!


Até breve

As férias chegaram e chegou a hora de descansar, se divertir e recuperar as energias para o próximo semestre.

Por isso, o Blog faz uma pausa e retorna em agosto, com mais novidades.



Desejamos a todos um ótimo recesso e um até breve!

14.7.15

Onda de preconceito mantém o racismo vivo na sociedade brasileira

Nos últimos meses a imprensa noticiou inúmeros casos de discriminação contra pessoas de origem afro-brasileira.


Em muitos deles, as injúrias raciais ocorreram através das redes sociais e são investigadas pela polícia, tendo em vista que a prática do racismo é crime.

Infelizmente, os casos que recebem notoriedade, geralmente envolvem pessoas conhecidas, como artistas e apresentadores de TV, e devem ser apenas a ponta do iceberg. No dia a dia das pessoas comuns é provável que o preconceito seja uma realidade e uma faceta cruel de nossa sociedade.   

O racismo é, de forma geral, uma ideia equivocada que pressupõe a superioridade dos povos brancos e atribui a outras etnias, principalmente aos negros, uma condição de inferioridade por conta da cor da pele. Contudo, a Ciência desconstruiu esse mito e esclarece que a cor da pele não determina se uma pessoa é melhor ou pior do que outra.



Além disso, a História nos ensina que o povo brasileiro tem como principal característica  a miscigenação, isto é, o cruzamento de diferentes etnias - índios, europeus, africanos e asiáticos. Como resultado de tamanha mestiçagem, hoje temos mais de 30% da população que é de origem afrodescendente.
Por isso, nada justifica a intolerância e o preconceito étnico-racial, senão a ignorância e a falta de educação de certos elementos.

Confira os casos recentes de racismo no Brasil:

Julho de 2015.



Junho de 2015.

Os exemplos acima soam como alerta vermelho. Devemos parar e refletir sobre a sociedade que estamos vivendo, onde a intolerância e falta de respeito à diversidade étnica e cultural estão proliferando.

Se queremos uma democracia e uma sociedade mais justa, de fato, teremos que repensar as relações interétnicas urgentemente. 
E, além das medidas legais punitivas, só há uma maneira eficaz de combater este mal - Educação! 

A luta contra o preconceito é de todos nós. Comece agora a se conscientizar e ajude o próximo a tomar consciência também.


Na onda do racismo e da discriminação
Não tem a união e não vê a solução da questão
Que por incrível que pareça está em nossas mãos 

DE OLHO NO ENEM - 2017 (QUESTÃO SOBRE DIVERSIDADE)


8.7.15

O Brasil vai sofrer novo golpe de estado?

Um fato que tornou-se comum é ler e ouvir entrevistas dos petistas, inclusive da presidenta do país, falando que a oposição é golpista, que a imprensa é golpista e que as elites estão preparando um ataque para tirar Dilma do governo.

A oposição se defende, argumentando que o PT (Partido dos trabalhadores) adota um discurso fatalista para dar um golpe, se faz de "coitadinho", "protetor dos fracos e dos oprimidos" apenas para permanecer no poder.

Já faz um bom tempo que o PT deixou de ser o protetor dos pobres, passando a costurar acordos (política da conciliação, uma prática promíscua...) com setores sociais conservadores para se manter no poder. Neste governo Dilma a inflação corrói o salário dos trabalhadores; a economia do país está estagnada; a política econômica cortou verbas da Saúde e da Educação e ainda prevê aumento dos impostos; as taxas de juros astronômicas foram mantidas, o que atende apenas ao interesse do grande capital e dos bancos (alguns dos quais são patrocinadores da campanha de Dilma); e ao longo dos últimos 12 anos o país não passou por nenhuma grande transformação social que assegure ao partido governista uma aura de partido popular.

O PT se gaba de ter inserido no mercado de consumo a classe C e melhorado a situação da classe D, por meio dos programas de transferência de renda, mas isso é muito pouco para um partido que está no poder há mais de uma década.

É natural a oposição cobrar mais transparência e eficiência do governo, cujo certos membros estão envoltos em um mar de lama. Mesmo que alguns opositores não tenham moral para cobrar nada, eles estão eleitos, então, gostando ou não, possuem legitimidade para exercer as funções que competem ao cargo de deputado ou de senador.
É o sujo falando do mal lavado, mas faz parte do nosso jogo democrático...

Ademais, a possível abertura de um processo de impeachment, cogitado pela oposição, contra Dilma é constitucional, não é golpe. O PT concordou com esses termos quando assinou a Constituição de 1988. Não é, Lula e cia Ltda?

Caso exista alguma prova que ligue a presidenta Dilma aos atos ímprobos e a corrupção dos agentes públicos com setores privados, ela deve responder por isso.
Se a presidenta não tem nenhuma relação com os corruptos e sujos que quase acabaram com a Petrobras e não possui nenhum envolvimento com os esquemas de caixa dois e nem com empresas das pessoas presas e investigadas pela operação lava-jato, então não há com o que se preocupar.

Segundo pesquisa do DataFolha realizada em junho deste ano, o índice de reprovação ao governo atingiu 65%. O resultado é um grande alerta para o governo. Mas os petistas não levam a pesquisa a sério, argumentam que ela é parte de um plano para desestabilizar o governo.
Será que a pesquisa é manipulada? Será que esse resultado é a preparação para um golpe de estado? Será que os militares estão tramando uma nova tentativa de assumir o poder? Todos devem fugir para um confortável exílio no exterior? Ou será que as elites - bancos e empreiteiras - que financiaram a campanha de Dilma e do PT se arrependeram e agora querem derrubar o partido eleito?

Ora, petistas, vão trabalhar. Tentem cumprir o que prometeram, parem de assumir um discurso conservador e covarde. Parem de tentar inculcar o medo na população.
Tudo que dá errado no governo Dilma e é divulgado pela imprensa ou criticado pela oposição é tentativa de golpe.
Ficar se vitimizando não vai melhorar em nada a delicada situação econômica e política do país.

A maioria do povo acreditou no PT e espera que o governo trabalhe em prol dos trabalhadores e daqueles que mais necessitam do amparo do Estado.
Não haverá golpe algum, pois a população não irá apoiar nenhum ato ilegal, tampouco irá permitir que os militares assumam o poder novamente. Eles já provaram sua incompetência gerencial entre 1964 a 1985, quando arruinaram o país, a sua economia e estabeleceram uma cultura perniciosa e autoritária em nossas instituições, enfim, só se garantiram pela imposição do medo e da truculência.

A oposição ao governo Dilma está pronta para caçar o mandato da presidenta, e investiga, por meios legais (processos no TCU e TSE) a possível existência de irregularidades em suas contas. Caso algum problema seja detectado, isso sim será um golpe contra a ética e a moralidade.
Portanto, Dilma só perderá o seu cargo se realmente merecer e isso não será nenhum golpe.


Diário do Nordeste (CE). http://www.chargeonline.com.br/index.htm

Então fiquem tranquilos, petistas, e se caírem aprendam com o tombo. Aprendam a governar e a fazer oposição. E passem a fiscalizar as contas dos outros partidos também. Assim, todos serão mais responsáveis e não cometerão mais abusos de poder econômico.

Isso pode até ser benéfico para o país, todos os partidos fiscalizando uns aos outros pelo bem da administração pública e, quem sabe, para resgatar alguma dignidade no fazer político do Brasil.

5.7.15

Pelo fortalecimento do Conselho escolar

O Sind-Ute iniciou uma consulta aos educadores e filiados para colher sugestões sobre o processo de escolha de diretores das escolas estaduais, o qual deve ocorrer no final deste ano.

As opiniões dos educadores deverão ser sistematizadas em um relatório para subsidiar a organização da indicação de dirigentes a ser executada pela Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE-MG). 

Eis a minha sugestão: extinguir os cargos de diretor e vice-diretor de escolas públicas, substituindo-os por uma administração, efetivamente, democrática e compartilhada.

A gestão da escola pública deveria, portanto, ser entregue à comunidade onde ela está inserida. 

Gestão democrática, com responsabilidades compartilhadas.

O governo poderia criar, por meio da lei, Conselhos escolares que iriam administrar a escola em todas as suas esferas - administrativa e pedagógica.

Os conselheiros seriam escolhidos por toda a comunidade escolar e representariam todos os segmentos da escola - professores (efetivos), pais, alunos e demais servidores da unidade de ensino.

A SEE-MG promoveria cursos periódicos de formação e capacitação para os membros do Conselho gestor da escolar, valendo-se dos recursos da modalidade de ensino à distância.

O mandato dos conselheiros seria de três anos, permitido apenas uma reeleição. E penso que o desempenho da função deveria ser gratificada.

Por que o Conselho no lugar do Diretor?

Não é segredo para ninguém que o atual modelo de gestão escolar encontra-se defasado. A direção escolar reflete, de algum modo, a forma como se administra a coisa pública no país. Na esfera governamental e nas instituições públicas, o poder é marcado por excessiva centralização, improbidades administrativas, dentre outras práticas deploráveis que são estranhas à qualquer regime democrático.

Então, acreditamos que o Conselho pode ser uma alternativa para a atual forma claudicante de gestão da escola pública.

De acordo com uma publicação do Ministério da Educação (MEC), "os conselhos de gestão de políticas públicas setoriais, caracterizados simples e essencialmente como conselhos da cidadania, sociais ou populares, nascem das categorias associadas de pertencimento e participação  e se tornam a expressão de uma nova institucionalidade cidadã". (Conselhos Escolares: uma estratégia de gestão democrática da educação pública. MEC, 2004. p. 19).

Sendo assim, a implementação do Conselho escolar, em oposição aos atuais órgãos colegiados, fracos e inoperantes, que servem apenas para referendar a vontade do diretor, certamente tornará a gestão da escola mais democrática e atraente para sua comunidade.
As decisões da escola passariam por discussões e tomadas de decisões coletivas, as quais contemplariam toda a diversidade presente numa comunidade escolar.

É mister destacar que a participação em um Conselho fortaleceria o censo de cidadania e institucionalizaria, de uma vez por todas, a democracia na gestão da escola e nas relações entre os seus agentes - professores, pais, alunos etc.

Lançamos apenas uma ideia, que não é original e nem perfeita, pelo contrário é passível de críticas e muitos aprimoramentos. Contudo, alguns pontos de nossa forma de pensar parecem ir ao encontro dos anseios da coletividade:
  1. O modelo atual de administração escolar precisa ser revisto;
  2. Só haverá democracia na escola com a efetiva participação da comunidade na gestão escolar.
Estamos no século XXI e ainda não temos a Educação que desejamos e que precisamos, também não temos democracia, de fato, na gestão do ensino. 
Então, por que não tentar aplicar novas formas de administrar a coisa pública, em vez de manter a atual estrutura, que apenas reforça a tirania e o abuso de poder? 
Se é na escola que temos o dever  de formar cidadãos para a vida numa democracia, não seria nela que o ideal democrático deveria nascer?